Vaticano anuncia que 400 padres foram afastados em 2 anos por pedofilia

O Vaticano disse hoje (18) que cerca de 400 padres foram afastados durante o pontificado do papa Bento XVI, devido às queixas de crianças abusadas sexualmente por clérigos.

pedo“Em 2012, foram cerca de 100, enquanto que em 2011 foram cerca de 300”, disse o porta-voz do Vaticano Federico Lombardi.

No entanto, a organização Snap, que junta vítimas de abusos sexuais por parte de membros da Igreja, disse em comunicado que essas medidas disciplinares não são suficientes e que “o papa deve afastar também os clérigos que encobriram crimes sexuais”.

As revelações dos crimes sexuais cometidos por membros do clero e o encobrimento pelos seus bispos começaram na Irlanda e nos Estados Unidos há mais de uma década e têm abalado a Igreja Católica.

Bento XVI, que renunciou o ano passado e foi substituído pelo papa Francisco, prometeu tolerância zero para os sacerdotes que cometeram os abusos e o Vaticano informou que recebeu milhares de relatos de abuso de dioceses locais.

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Brasil: credibilidade da Igreja Católica diminui nos últimos anos

A escolha do cardeal argentino, Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, como o primeiro papa latino-americano da história dá novo ânimo e traz esperanças aos católicos em todo o mundo. Durante o papado anterior de Bento XVI, a Igreja Católica reuniu forças para investigar denúncias que envolveram alguns de seus sacerdotes. Mas, apesar dos esforços, a imagem da instituição não permaneceu ilesa.

Na última edição do Índice de Confiança Social (ICS), medido em julho de 2012 no Brasil, pelo IBOPE Inteligência, a Igreja Católica atingiu 71 pontos, numa escala de 0 a 100. Apesar de alto, o índice registrado está cinco pontos abaixo do que foi obtido em 2009, quando ocorreu a primeira medição do indicador.

Naquele ano, a instituição chegou à marca de 76 pontos e, de lá para cá, o nível de confiança dos brasileiros na Igreja Católica sofreu quedas seguidas, passando para 73 pontos em 2010 e 72 pontos em 2011.

Na Argentina, terra do novo papa, o nível de confiança na Igreja Católica é menor que o registrado no Brasil. No país vizinho, a instituição atingiu 56 pontos na medição de 2012.

Mas, ao contrário dos brasileiros, a confiança dos argentinos sofreu oscilações de 2009 para cá. No primeiro ano do indicador, o nível de confiança registrado era de 58 pontos. No ano seguinte, o índice caiu para 53 pontos. Em 2011, o indicador voltou a subir para 60 pontos, antes de cair novamente em 2012.

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