94 chefes de Estado na abertura oficial da Rio +20.

De acordo com o Jornal Nacional, noventa e quatro chefes de Estado e de governo participaram hoje, no Rio de Janeiro, do primeiro dia da reunião de cúpula, a Rio+20. Na abertura, Ban Ki-Moon, o secretário geral da ONU, não escondeu sua frustração com o documento final que será discutido pelos líderes mundiais.

Ao abrir a reunião de chefes de Estado da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a presidenta Dilma Rousseff cobrou maior contribuição dos países ricos para a sustentabilidade. Dilma afirmou que princípios como proteção do meio ambiente, erradicação da pobreza e inclusão social são essenciais para atuação dos governos.

O que deveria estar sendo discutido na cúpula da Organização das Nações Unidas é o compromisso dos países membros no cumprimento das recomendações da Carta dos Direitos do Homem e do Cidadão. Com ética e cidadania e  repressão à corrupção, 90% dos problemas da humanidade estariam resolvidos, inclusive a sustentabilidade ambiental. Replicado por duas centenas de países, um movimento internacional contra a corrupção seria a cornucópia das soluções para os problemas de 7 bilhões de habitantes desta astronave denominada Terra.

Crianças negras atrasadas na escola são o dobro das brancas

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O percentual de crianças negras de 7 a 14 anos que estão mais de dois anos de atrasadas na escola é o dobro do registrado entre as brancas. Enquanto 16,7% dos alunos negros estão nessa situação, entre os brancos, o índice é apenas 8%. Os dados compilados pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets) são referentes a 2009 e reforçam a tese de que as desigualdades entre negros e brancos se repetem no ambiente escolar.

O fator socioeconômico geralmente é o mais usado para justificar o “atraso” escolar dos estudantes negros em relação aos brancos. Isso porque a condição social do aluno tem grande impacto na aprendizagem e a maioria da população de baixa renda do país é negra. Mesmo quando são considerados alunos de um mesmo nível econômico, os não negros têm desempenho superior aos negros.

É o que aponta um levantamento feito pelo economista Ernesto Faria, do Portal Estudando Educação. Comparando as notas de matemática e português da Prova Brasil de 2007, alunos de uma mesma faixa de renda e cor da pele diferentes também têm notas desiguais. Entre os 25% de estudantes mais pobres do 5° ano do ensino fundamental, a nota dos brancos é, em média, 8 pontos superior nas duas disciplinas. Entre os 25% mais ricos, a distância é ainda maior: os alunos brancos atingem 24 pontos a mais em português e 25 a mais em matemática. Texto e fotos da Agência Br.