Está pensando que é só na Bahia? Veja os homicídios do RS.

Com aumento de 15,2% no número de homicídios de 2011 para 2012, conforme balanço divulgado no fim de fevereiro pela Secretaria da Segurança Pública, Porto Alegre chega à alarmante taxa de 32,2 assassinatos para cada 100 mil habitantes. 
É mais que o triplo do índice considerado aceitável pela Organização das Nações Unidas (ONU) e o dobro da taxa de homicídios de Bogotá, na Colômbia, considerada uma das capitais mais violentas da América Latina.
Ainda intimidada pelo narcotráfico, a capital colombiana registrou 16,9 homicídios por 100 mil, de acordo com a Polícia Metropolitana e o Instituto de Medicina Legal da Colômbia. 
Como resposta à alta dos assassinatos, o secretário da Segurança, Airton Michels, anunciou o incremento de 2,5 mil novos policiais militares para patrulhar as ruas de Porto Alegre e Região Metropolitana, a partir de abril. Da Zero Hora e Clic RBS.

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Se fosse um país, Salvador ocuparia o terceiro lugar mundial em homicídios

 Com uma taxa de 60,1 mortes por cada 100 mil habitantes, segundo relatório de 2008 do Instituto Sangari, vinculado ao Ministério da Justiça – a capital baiana fica atrás apenas da África do Sul e de El Salvador, país da América Central. 
Os dados de homicídios dos países são do Escritório de Drogas e Crime (UNODC, pela sigla em inglês) das Nações Unidas (ONU). Nesse ranking, o Brasil ocupa a 14ª posição – 29,2 homicídios/100 mil habitantes. 
A lista é feita com estatísticas de autoridades de saúde de cada país. No caso do Brasil, do Ministério da Saúde. Especialistas explicam que os dados da Saúde normalmente são  mais altos e refletem melhor a realidade do que os da Segurança Pública, uma vez que usam como referência as certidões de óbitos e não as ocorrências policiais. 
“Esse sistema é muito mais demorado porque é nacional, mas em todos os municípios do país os dados têm a mesma categorização. Não é como nas secretarias de segurança, que cada uma tem um método e uma classificação.
Alguns estados por exemplo, colocam latrocínio (roubo seguido de morte) separado de homicídio, outros não”, explica o sociólogo Julio Jacobo, responsável pelo relatório publicado pelo Instituto Sangari – que, em seus estudos, usa dados da Saúde. Do iBahia, com reportagem de Juan Torres e Victor Uchôa.

Preste atenção, caro leitor e opine: os dados são de 2008. De lá para cá você acha que a situação melhorou ou piorou? Emails para a redação.