Minions terão que mudar seus diagnósticos sobre a inteligência dos nordestinos.

Região Nordeste tem maior número de notas mil na redação do Enem.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgou nesta quinta-feira (09) a antecipação do resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. Até o momento, a região Nordeste lidera o ranking de notas máximas, chamadas “notas mil”.

Ao todo, o Nordeste contabiliza 11 notas mil, e o Estado do Ceará encabeça a lista com três notas máximas. Em seguida, aparece a Região Sudeste com seis e a região Sul, com apenas uma nota mil nas redações do Enem 2022.

No ano passado, o tema da redação do Enem foi “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.

Alunos de escolas públicas e privadas do Brasil inteiro já podem consultar a Página do Participante para conferir o resultado. Segundo o Inep, os pretos foram maioria entre os estudantes que prestaram a prova impressa do Enem, enquanto estudantes pardos foram a maioria inscrita no Enem digital.

Nas redes sociais, o Ministério da Educação (MEC) informou que “A partir desta quinta (9), os estudantes poderão se planejar melhor para ingressar no ensino superior por meio do Sisu, Prouni e Fies”.

A nota do exame é usada na seleção de estudantes para o ensino superior nas universidades públicas e privadas no Brasil, e também em instituições internacionais.

O resultado estava previsto para ser divulgado na próxima semana, mas saiu na manhã desta quinta-feira (9), como informou o ministro Camilo Santana em entrevista coletiva.

Governo troca, pela quarta vez em 8 meses, comando do INEP. Agora vai: um general assumiu.

O ministério da Educação confirmou hoje que o general da reserva Carlos Roberto Pinto de Souza vai comandar a Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb), órgão responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

É a quarta indicação para o posto desde que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) foi empossado, há pouco mais de oito meses. Entre outras atribuições, o cargo de Souza trata de avaliações da educação básica brasileira dentro do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Sem experiência no setor, o general é doutor em Altos Estudos Militares pela Escola de Comando e Estado Maior do Exército e mestre Estratégia pelo Command and General Staff College (USArmy), universidade para oficiais do Exército dos Estados Unidos, conforme exposto na plataforma Lattes. A indicação de Souza foi confirmada pelo UOL com o MEC e a nomeação no Diário Oficial deve ocorrer nos próximos dias.

De Alex Tajra, para o UOL.

Educação no Brasil: o salto rumo ao desconhecido

Educação precária

Da Agência Brasil

Em 738 municípios brasileiros, mais da metade dos alunos de escola pública do ensino médio não têm a idade adequada à série em que estuda. São estudantes com mais de dois anos de atraso escolar. Na outra ponta, 217 de um total de 5,5 mil municípios têm menos de 10% de estudantes nessas condições.

Os dados são do Censo Escolar do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A maior parte dos municípios com distorção idade-série de mais de 50% (468) está na Região Nordeste. Quando se trata dos municípios com taxa menor que 10%, a maior parte, 190, está no Sudeste.

Os dados foram selecionados com o auxílio da plataforma de dados educacionais QEdu, onde estarão disponíveis para consulta a partir de hoje (2). O portal é uma parceria entre a Meritt e a Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos voltada para a educação.

Os dados nacionais mostram que 32,7% dos alunos brasileiros de escola pública do ensino médio não têm a idade adequada à série em que estão. Parte desse atraso vem do ensino fundamental, onde 23,7% estão nessa situação.

Pela Constituição, os estados e o Distrito Federal são responsáveis, prioritariamente, pelo ensino médio. Segundo a presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, os municípios têm um dever de casa: “Esse problema não começa no ensino médio, começa nos anos finais do ensino fundamental [do 6º ao 9º ano]. Trabalhar na busca ativa é fundamental, tem que abrir o dado e ver onde está esse aluno. Até para ver se ele tem condição de continuar ou não, se tem alguma síndrome mais complicada, se está atrasado porque ficou fora da escola”.

Com 21 anos, no 1º ano do ensino médio, Orleide Silva é um exemplo de estudante que está fora do fluxo escolar. A idade adequada seria 15 anos. Quando tinha essa idade, no Piauí, a mãe de Silva separou-se do marido. “Eu tinha que estudar à noite porque trabalhava de dia. Sustentava minha mãe e meus dois irmãos. Começou a ficar muito difícil porque não tinha transporte e parei de estudar”.

Antes disso, ele já tinha sido reprovado no 4º e no 6º ano do ensino fundamental. “Brinquei demais”. Atualmente, mora no Distrito Federal, voltou a estudar e pretende cursar filosofia para ser professor. “Este ano, eu faltei um dia por motivo de serviço. Conhecimento é importante para tudo. Quando eu era mais jovem, só queria curtição, agora penso diferente. Ninguém vai tirar isso de mim”.

No entanto, nem todos os alunos voltam a estudar. A taxa de abandono no ensino médio em 2012 era 9,1%, a maior do ensino básico regular.

“O atraso escolar é uma das barreiras que contribuem para que os adolescentes saiam da escola. A qualidade é o que garante a permanência da escola. Um currículo que contribua para a formação cidadã, que amplie os horizontes, em que o adolescente veja sentido no que vê em sala de aula, que dê vida e significado à vida dele, dentro e fora da sala de aula é necessário”, analisa a oficial do Programa de Educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Júlia Ribeiro.

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2A SEGURANÇA

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Quem pagou taxa do Enem fora do sistema MEC deve enviar comprovante ao Inep.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010, identificou que alguns candidatos pagaram a taxa de inscrição por meio de guias de recolhimento da União (GRUs) geradas fora do sistema do Ministério da Educação (MEC). Por esse motivo, algumas inscrições permanecem pendentes porque a taxa consta como não paga.

Os estudantes nesta situação – e que tenham efetuado o pagamento até a data limite de 23 julho – devem enviar os comprovantes ao Inep até as 18h de sexta-feira (6). O documento pode ser enviado por meio de fax pelo telefone (61) 2022-3300 ou pelo site do Inep na seção Fale Conosco.

O Inep não soube informar o número de candidatos com o pagamento da taxa pendente, mas o participante pode consultar sua situação pelo site do Enem no endereço www.enem.inep.gov.br, a partir do número de inscrição. A informação é da Agência Brasil.

Avaliação do INEP das escolas de LEM.

Cinco escolas de LEM foram avaliadas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de acordo com tabela disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com mais de 24,1 mil estabelecimentos educacionais avaliados. Entretanto, o Colégio Estadual Mimoso do Oeste foi incluído duas vezes nas estatísticas do governo federal, tanto na 12427ª posição, quanto na 12776ª posição. Em uma entrada, o colégio de Mimoso do Oeste recebeu 522 pontos, em outra só 520.

Logo, temos somente quatro escolas avaliadas em LEM e a pior delas é o Colégio Municipal Ângelo Bosa, com 484 pontos. Ela está entre as 4,4 mil piores do país, na 19773ª posição do ranking nacional. Se o Enem fosse uma corrida, divida em seis pelotões, o colégio municipal estaria no penúltimo.

E infelizmente, a máxima de que o ensino privado é melhor do que o público no Brasil, prevaleceu em LEM. A melhor das quatro avaliadas é a Escola Monteiro Lobato -Unidade 2. A instituição está entre as 2,5 mil melhores do País. Veja ranking abaixo com o erro do Inep.

1ª – São Paulo – VERTICE COLEGIO UNID II – Privada – Urbana – 749,70 – Melhor do país.

2515ª – ESCOLA MONTEIRO LOBATO -UNIDADE 2 – Privada – Urbana – 604,65
11224ª – COLEGIO ESTADUAL CONSTANTINO CATARINO DE SOUZA – Estadual  Urbana – 527,77

12427ª – COLEGIO ESTADUAL MIMOSO DO OESTE – Estadual – Urbana – 522,36

12776ª – COLEGIO ESTADUAL MIMOSO DO OESTE – Estadual – Urbana – 520,76
19773ª – COLEGIO MUNICIPAL ANGELO BOSA – Municipal – Urbana – 484,76
24158ª – Santo Antônio do Içá (AM) – ESCOLA INDIGENA DOM PEDRO I – Estadual Rural – 249,25 – pior do País.

IDEB: um raio-X da educação fundamental no País.

Jeriquara, cidade do interior de São Paulo, tem o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no nível fundamental II de todo o País. O município do norte do Estado, que tinha meta de atingir nota 3,2 neste ano, obteve 6,6, superando até mesmo o que será esperado dela em 2011 (5 pontos). A nota da cidade é 2,6 pontos acima da média nacional entre os alunos dos últimos anos do ensino fundamental, que ficou em 4. No Estado de São Paulo, apenas 53 das 645 cidades ficaram abaixo da média.

O Ideb leva em conta a taxa de aprovação escolar nas cidades, além das médias de desempenho no Saeb e na Prova Brasil. O Ministério da Educação, a partir do índice, estabelece metas bienais de qualidade a serem atingidas pelo País, mas também por escolas, municípios e Estados. Logo atrás de Jeriquara vem São Valentim, no Rio Grande do Sul, que teve nota 6,2, seguida por Pedranópolis, de São Paulo (6,1). Todas elas já atingiram as metas de 2011.

O município de Luís Eduardo Magalhães, colocado em 2.668º lugar no País, está um pouco abaixo da média nacional, com IDEB de 3,8, média projetada para 2013. Já o município de Barreiras tem IDEB de 3,6 e está colocado em 3252º lugar no ranking nacional. São Desidério vem logo a seguir, com o mesmo IDEB, na 3.259ª colocação.

Apesar de o município fluminense de Cambuci ocupar a sexta colocação no ranking nacional, o Rio de Janeiro teve 70% de suas cidades com notas abaixo da média nacional – 63 das 92 tiraram nota menor que 4.

A região Sul obteve resultado melhor. O Rio Grande do Sul teve notas dentro ou acima da média nacional em 69% de suas cidades. Santa Catarina teve 79% de suas cidades com notas igual ou superior a 4. O Paraná teve cerca de 35% de seus municípios com notas inferiores à média.

O Centro-Oeste teve resultado muito menos animador. Em Goiás, das 246 cidades do Estado, 66% não atingiram a nota 4 e no Mato Grosso do Sul a média não foi alcançada por 61 de suas 78 cidades. O Distrito Federal também ficou abaixo da média nacional, com nota 3,9, apenas 0,4 pontos acima do índice de 2007, ocupando a 2608ª posição no ranking nacional.

Norte e Nordeste

No lado oposto do ranking está Jardim de Angicos, que fica a 98 km de Natal, no Rio Grande do Norte. Com nota 1,6, a cidade ficou em último lugar na qualidade do ensino fundamental II. O município não atingiu nem mesmo a meta de 2,2 para 2009 e ainda teve uma piora em relação ao Ideb de 2007, quando havia conseguido nota 1,9. A meta também não foi conquistada por outros 58 municípios do Estado.

Os Estados das regiões Norte e Nordeste são os que mais têm cidades com notas abaixo de 4. Em todo o País, 3.098 municípios tiraram nota abaixo da média e, entre eles, 2.046 são das duas regiões. Em Alagoas, nenhuma das 102 cidades conseguiu tirar nota superior à média nacional e 30 delas não atingiram suas metas para 2009. Das 75 cidades de Sergipe, 73 tiveram notas abaixo da média e, destas, 33 não bateram a meta.

A Bahia teve a maior parte de suas cidades com notas inferiores à média nacional. Dos seus 417 municípios, 98% tiraram nota abaixo de 4. As cidades baianas de Jussari, Itatim e Itapitanga, todas com nota 1,8 e abaixo da meta para 2009, só superam Jardim de Angico no ranking nacional. Com informações do portal IG e do MEC/INEP.