Ipea aponta deflação em julho para as famílias de renda muito baixa.

Setores com alívio inflacionário foram alimentos, bebidas e habitação

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta terça-feira (15) o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, referente ao mês de julho. O estudo mostra que as famílias de renda alta apresentaram alta inflacionária de 0,50%, enquanto o segmento de renda muito baixa registrou deflação de 0,28%.

No acumulado do ano até julho, as famílias de renda muito baixa possuem a menor taxa de inflação (2,2%), enquanto os domicílios de renda alta possuem a maior variação registrada (3,5%).

Os dados apontam na desagregação por grupos que os principais alívios inflacionários no mês de julho vieram dos grupos alimentos e bebidas e habitação. No primeiro caso, uma queda expressiva dos preços dos alimentos no domicílio possibilitou uma forte descompressão sobre os índices de inflação, sobretudo para as famílias com rendas mais baixas, devido ao peso desses itens em suas cestas de consumo.

As principais quedas de preços registradas foram: cereais (-2,2%), carnes (-2,1%), aves e ovos (-1,9%) e leites e derivados (-0,89%). Já em relação ao grupo “habitação”, os segmentos de menor poder aquisitivo também foram os que mais se beneficiaram do recuo de 3,7% das tarifas de energia elétrica.

Gasolina impactou inflação

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Com a carne transportada em carros fortes, inflação de dezembro pula para mais de 1%. 

A munição de boca começa a ser um problema depois da alta meteórica da carne. Carne, feijão carioca (principal fonte de proteína da panela do pobre) e frutas são os principais responsáveis.

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) subiu 1,05% em dezembro, de 0,14% no mês anterior, segundo os dados informados nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A prévia da inflação oficial brasileira acelerou com força em dezembro sob o peso dos preços das carnes e registrou o maior nível para o mês em quatro anos, mas ainda assim indica que a alta dos preços terminará 2019 abaixo do centro da meta pela terceira vez seguida.

Este é o nível mais alto para o indicador desde junho de 2018 (1,11%) e o mais forte para o mês de dezembro desde 2015 (1,18%).

Nos 12 meses até dezembro, o IPCA-15 acumulou alta de 3,91%, ante 2,67% em novembro, sinalizando que a inflação brasileira medida pelo IPCA terminará o ano pela terceira vez seguida abaixo do centro da meta oficial, de 4,25% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Uma forte aceleração era esperada, mas os resultados também ficaram acima das expectativas em pesquisa da Reuters de alta de 0,95% no mês e 3,80% em 12 meses, na mediana das projeções.

Os preços das carnes exerceram o maior peso individual no IPCA-15 de dezembro, com alta de 17,71% e impacto de 0,48 ponto. Com isso o grupo Alimentação e bebidas apresentou a maior variação ao subir 2,59%, de alta de 0,06% em novembro.

Contribuíram ainda para o resultado do grupo, com forte peso no bolso do consumidor, outros itens como o feijão-carioca (20,38%) e as frutas (1,67%).

Também se destacou o grupo Despesas pessoais, cujos preços aceleraram o avanço a 1,74% em dezembro, de 0,40% antes, com alta de 36,99% dos jogos de azar.

Paulo Guedes e Bolsonaro querem implantar o Imposto sobre Transações Financeiras, que nada mais é que a antiga CPMF. Agora, me diga: chegaram a questionar o ICMS dos alimentos, dos remédios e das tarifas de água e energia? Entraram e saíram calados. Com o novo imposto poderiam ajudar os estados a minimizar a tremenda carga tributária na ponta do consumo, que obviamente castiga apenas os mais pobres. Rico não está nem aí para o fato do quilo da picanha custar quase 100 reais. Manda comprar e ponto final.

Desemprego e inflação impulsionam inadimplência dos brasileiros no 1º semestre de 2019

Dados revelam que valor médio da dívida do brasileiro é de R$ 3.252,70, equivalente a mais de três vezes o valor do salário mínimo no país (R$ 998).

Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que a inadimplência do consumidor cresceu 0,9% no primeiro semestre de 2019, se comparado com o fim do ano passado. Esta, no entanto, é a segunda menor variação desde 2012, quando a inadimplência cresceu 5,8% no primeiro semestre daquele ano.

A autônoma Suzana Elias Azar, de 48 anos, engrossa a lista de brasileiros que estão com contas atrasadas. Ela conta que o primeiro semestre deste ano foi complicado para conseguir emprego e afirmou que a inflação também foi um fator negativo.

“Tudo aumentou de preço. O supermercado está uma loucura; cada vez que eu vou, eu tomo um susto com algum produto, que eu pagava x, agora está x mais y. Eu senti melhora agora em julho, espero que continue, mas, de toda forma, infelizmente, acabei me enrolando com as minhas contas e estou com algumas delas, de consumo, em atraso. Com a grana curta, a gente acaba priorizando pagar o aluguel e alimentação”, disse.

Quem também tem enfrentando dificuldades para manter as contas em dia é a jornalista Fabiana Honorato, de 43 anos. Ela conta que se sente incomodada com a situação e espera que seja em breve possa regularizar os débitos atrasados.

“Confesso que não é uma rotina que me agrada. Me tira o sono, tira o sono do meu marido também, mas a gente tem que aprender a conviver e, na maneira do possível, conforme vai entrando, a gente vai saldando. A gente vive um dia de cada vez, um mês de cada vez, um boleto de cada vez. Acredito que seja momentâneo, porque a gente tem buscado cada vez mais trabalhos para a gente ter o mínimo para quitar as contas fixas”, afirmou.

Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o desemprego e a estagnação da economia alavancam os números de inadimplência entre os brasileiros.

“O crescimento vem desacelerando, o que é um fator positivo. Apesar que o ideal, obviamente, é que nós tenhamos aí uma diminuição do número de inadimplentes. Mas temos que lembrar que temos um estoque alto de dívida e que as pessoas têm encontrado dificuldade para resolver por conta do desemprego, por conta da falta de renda”, ponderou.

Até abril deste ano, 62,6 milhões de pessoas se encontravam nessa situação, o que representa quase 41% da população adulta. A alta mais acentuada foi na região Sudeste, com 3,4% em junho frente ao mesmo período do ano passado, seguida pelo Norte e Sul do país.

Do total de consumidores que têm contas em atraso no país, um quarto (25%) está na casa dos 30 anos, fase da vida em que as pessoas tendem a assumir mais compromissos financeiros, como casamento, filhos e despesas domésticas.

Segundo o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, uma tendência observada no levantamento que chama atenção é o crescimento no atraso de contas entre população idosa, que varia de 65 aos 84 anos.

“Houve um aumento de 7,5%. Isso demonstra que os mais velhos, por possuírem uma renda provavelmente vinda da aposentadoria, estão aí assumindo compromissos para cobrir eventuais problemas de familiares, eventualmente desempregados ou que andaram desorganizados nas suas finanças. Isso não é um bom sinal, porque leva essas pessoas, que muitas vezes são o arrimo de família, a terem problemas”, conta.

Os dados apontam ainda que o valor médio da dívida do brasileiro é de R$ 3.252,70. O valor representa quase três vezes e meio o valor do salário mínimo no país, que é de R$ 998. Da Agência do Rádio Mais.

Brasil vive momento ruim na economia por “falha de diagnóstico”, afirma especialista

Para o vice-presidente da Cofecon, Antônio Corrêa de Lacerda, faltam planos para fomentar o crescimento.

Repórter Marquezan Araújo, da Agência do Rádio Mais

Dados divulgados na segunda-feira pelo Banco Central revelam que economistas do mercado financeiro elevaram a previsão de inflação para este ano, de 4,04% para 4,07%. Ao mesmo tempo, a estimativa de expansão da economia em 2019 foi reduzida. O recuou foi de 1,45% para 1,24%, o que levou o indicador à 12ª queda seguida.

O cenário econômico do Brasil dá sinais de enfraquecimento e essa situação tem ligação direta com o momento político enfrentado pelo País. A avaliação é do vice-presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Antônio Corrêa de Lacerda. De acordo com ele, o bate cabeça entre membros do governo – que acontece dentro e fora do Congresso Nacional – agrava as incertezas sobre o crescimento da economia nacional, o que tende a “afastar os investimentos e a chamada confiança”.

Lacerda, no entanto, alerta para outros possíveis motivos que impedem o avanço do País no setor econômico, como por exemplo, o que ele chama de “falha de diagnóstico”. “Na verdade, esse é um governo que assumiu com uma postura ultraliberal, que acreditou muito que as forças do mercado, por si só, pudessem elevar o crescimento da economia. Mas isso não ocorre em nenhum país do mundo, nem na nossa experiência própria”, explica.

A crítica do economista é, principalmente, sobre a falta de planos e medidas concretas para fomentar o crescimento do Brasil. “Que medidas são essas? Medidas de política industrial, medidas ligadas ao crédito e financiamento. Por exemplo: nessa área de crédito e financiamento, o Brasil está com seu menor nível de taxa básica de juros, que é a Selic. Mas o juro ao tomador final é muito mais elevado”, afirma.

Lacerda também lembra que a crise econômica afeta todas as classes sociais, inclusive as pessoas que possuem um melhor poder aquisitivo. “Além disso, o nível de desemprego muito elevado, a renda das famílias atrofiadas pelo aumento de custo de vida, não apenas a inflação básica, mas o plano de saúde, mensalidade escolar, taxa de condomínio, tudo isso que pega mais da classe média para cima, que tem aquele maior poder de compra”.

Números do Brasil

Dados divulgados na última segunda-feira pelo Banco Central revelam que economistas do mercado financeiro elevaram a previsão de inflação para este ano de 4,04% para 4,07%. Ao mesmo tempo, a estimativa de expansão da economia em 2019 foi reduzida. O recuou foi de 1,45% para 1,24%, o que levou o indicador à 12ª queda consecutiva.

No final de março, o cenário projetado era melhor: o Banco Central havia estimado um crescimento de 2% para a economia brasileira em 2019, enquanto e o Ministério da Economia projetou uma expansão de 2,2%. Já para o ano que vem, a expectativa era que o crescimento da economia permanecesse em 2,50%.

Setor da Indústria

O momento de incertezas econômicas no Brasil se refletiu não apenas na vida do cidadão comum, como também no setor da industrial do Brasil. Essa insegurança foi percebida com a divulgação do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que teve um recuo de 1,9 ponto em maio e atingiu 56,5 pontos. Essa é a quarta queda consecutiva registrada do índice.

O economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo Azevedo, afirma que “apesar das quedas recentes, a confiança continua elevada, acima dos 50 pontos, inclusive acima da média histórica do índice”. Mesmo assim, Azevedo lembra que os empresários estão percebendo mais dificuldades neste início de ano, do que acreditavam que perceberiam no final do ano passado.

Esse quadro poderia ser revertido, segundo o economista, caso projetos importantes em tramitação no Congresso Nacional fossem aprovados. “O andamento da reforma da Previdência certamente seria muito importante para uma recuperação da confiança”, afirma.

“Isso poderia sinalizar o andamento de outras reformas ainda mais importantes, que teriam um efeito até mais imediato na atividade econômica, em especial na atividade industrial, como a reforma Tributária, por exemplo”, conclui o economista.

Cenário internacional

Entender o panorama econômico brasileiro não se limita às fronteiras do Brasil. A guerra comercial entre Estados Unidos e China, por exemplo, tem rendido novos capítulos e se agravado ainda mais. Enquanto o presidente americano, Donald Trump, elevou as tarifas sobre US$ 200 bilhões em importações chinesas de 10% para 25%, Pequim respondeu que reagiria elevando as taxas sobre US$ 60 bilhões em produtos norte-americanos.

Para o vice-presidente do Conselho Federal de Economia (Confecon), Antônio Corrêa de Lacerda, esse impasse entre as duas nações pode afetar os planos brasileiros de expandir a economia. O que, inicialmente, parece bom para o Brasil, pode ser revertido em dificuldades de transações no mercado internacional posteriormente.

“No curto prazo, o Brasil tem sido beneficiado com essa disputa, porque isso tem aberto espaço para vendas dos produtores brasileiros para outros mercados em função do litígio entre as duas potências. No médio e longo prazo, no entanto, o acirramento dos conflitos tende a diminuir o volume do comércio global em atividade, o que prejudica a todos os países, inclusive o Brasil”, explica o economista.

A turbulência econômica na Argentina é outro ponto que atinge o desempenho do Brasil, na visão de Lacerda. Sem alcançar sucesso nos planos, o país governado por Mauricio Macri tem se enrolado, cada vez mais, em uma grave crise político-financeira, que tem como consequência a desvalorização da moeda local.

“A crise argentina significa uma menor capacidade de nossas exportações. Então, isso também dificulta a nossa atividade. Mas é bom sempre lembrar que 90% do nosso crescimento vêm do mercado doméstico. É por isso que deveriam ser intensificadas as ações para reduzir o desemprego e garantir a renda, para favorecer a produção, os investimentos produtivos”, finaliza.

Cesta básica de Salvador é a que mais aumenta em 2015

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Supermercado em Salvador: preços maiores em 2015.

Salvador foi a capital brasileira com maior aumento no valor da cesta básica em 2015. Segundo dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese) nesta sexta-feira (8), o preço cresceu 23,67%. Todas as 18 capitais analisadas apresentaram alta ao longo do ano passado.

Por outro lado, o preço da cesta básica em Salvador (R$ 331,20) ainda é apenas o 11º maior na lista do Dieese. O segundo maior crescimento no país foi registrado nas cidades de Curitiba e Campo Grande, ambas com 22,78%. Em seguida vêm Aracaju (20,81%) e Porto Alegre (20,16%).

As menores variações apareceram em Manaus (11,41%) e Goiânia (11,51%).

Em Porto Alegre o aumento foi de 20,16%, fazendo a cidade gaúcha ficar com a cesta básica mais cara (R$ 418,82), seguida de Florianópolis (R$ 414,12) e São Paulo (R$ 412,12).

Veja as capitais onde os preços subiram mais em 2015

Brasília fechou 2015 com uma inflação de 11,95%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Entre as sete capitais pesquisadas pela FGV, a capital federal foi a que teve a maior alta de preços. Em 2014, Brasília havia registrado uma taxa de inflação de 6,74%.

A segunda maior taxa em 2015 foi observada em São Paulo (11,58%), cidade que havia fechado 2014 com inflação de 5,67%.

Porto Alegre também teve uma taxa maior do que a média nacional de 10,53% em 2015, ao acusar alta de preços de 10,85%.

As demais capitais ficaram com as seguintes taxas: Rio de Janeiro (10,44%), Belo Horizonte (9,67%), Salvador (8,61%) e Recife (8,27%).

Todas as sete capitais tiveram em 2015 inflação mais alta do que no ano anterior.

 

Visto cartão

Petrobras quer novo aumento dos combustíveis

A Petrobras está pressionando novamente o Governo por aumento dos combustíveis, mesmo com a situação de fundo do poço do valor do petróleo. É a maneira de administrar o serviço da dívida superior a MEIO TRILHÃO DE REAIS.

Se existem fatos que podem derrubar Dilma, não são os deputadinhos processados. Mas experimenta estourar a inflação e deixar a taxa de desemprego tomar ares de calamidade. Não dura uma semana.

Governo comemora inflação perto de Zero em julho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou taxa de 0,03% em julho deste ano. Em junho, a taxa havia sido de 0,26%. Em julho do ano passado, a inflação foi 0,43%.

O dado foi divulgado hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação de julho deste ano foi a mais baixa desde julho de 2010, que havia sido de 0,01%. Entre os principais responsáveis pela queda da inflação estão os transportes, com queda de preços de 0,66% e alimentação, com deflação de 0,33%.

gremio

Comida fica mais cara na Bahia.

Preço da farinha de mandioca subiu mais de 65% na Bahia em função da seca. Feijão acompanhou as altas, bem como arroz, carne, açúcar e, o vilão de sempre, o tomate, com altas médias passando dos 25%. A ronda por preços mais em conta nas feiras e mercados tem ocupado as donas de casa.

SA Hiper

Inflação pressiona economistas de Dona Dilma

A alta da inflação, que em janeiro atingiu o maior nível em quase oito anos, pode mudar os rumos da política econômica do governo Dilma Rousseff, marcada pela queda dos juros. Segundo especialistas, caso os preços continuem aumentando acima do esperado, o Banco Central voltará a reajustar os juros, atualmente no menor nível da história pós-ditadura.

No mês passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,86%, a maior variação mensal desde abril de 2005, quando a alta tinha somado 0,87%. Dezembro, no entanto, também tinha registrado inflação expressiva, de 0,79%. Com o resultado de janeiro, o IPCA acumulado em 12 meses passou para 6,15%, contra inflação de 5,84% registrada em todo o ano passado. Da Agência Brasil.

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Inflação cai mais em julho, mas nos últimos 12 meses alta é recorde.

Comentário do deputado Onyx Lorenzoni (DEM/RS) sobre o recorde de inflação anual, verificado em julho, com índice de 6, 87%:

“O governo corta verbas de programas de renda mínima, como bolsa família, e verbas destinadas a melhorar a infra estrutura via PAC, tenta fazer parecer que é austero, mas a austeridade só vale para os que mais precisam.

A especulação com SUPER JUROS não tem corte algum, assim como as passagens aéreas, os super salários e as mordomias de mensaleiros conhecidos. É bom que se saliente: A INFLAÇÃO É UMA DECISÃO DO GOVERNO.

O governo expande a massa monetária (imprime mais notas de real) para pagar suas contas e assim corrói o poder de compra do real. Isto é inflação! As políticas para “conter a inflação” são só maquiagem, para retardar o efeito da expansão da massa monetária.”

Charge de robertobertholdo.jornale.com.br.

Juros aumentam novamente. Governo diz que é para conter inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou ontem à noite, 20, que a taxa básica de juros (Selic) para os próximos 45 dias será de 12% ao ano. A decisão foi tomada pelos diretores do BC  com o objetivo de conter o processo de inflação, em evidência desde setembro do ano passado.

Em comunicado divulgado depois da reunião, o Copom explica que “dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu elevar a taxa Selic para 12% ao ano, sem viés, por 5 votos a favor e 2 votos pelo aumento da taxa Selic em 0,5 ponto percentual”.

O Copom adiantou também que “considerando o balanço de riscos para a inflação, o ritmo ainda incerto de moderação da atividade doméstica, bem como a complexidade que ora envolve o ambiente internacional” entendeu que, neste momento, “a implementação de ajustes das condições monetárias por um período suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012.”

Foi o terceiro aumento da taxa Selic no ano. A taxa básica de juros terminou 2010 em 10,75% ao ano e está, agora, no nível mais alto desde janeiro de 2009, quando estava em 12,75%.

O reajuste dos juros é mais um instrumento que o governo tem para tentar controlar a inflação. Em dezembro do ano passado, a tentativa de fazer a inflação baixar começou quando o BC aumentou o compulsório bancário, retirando cerca de R$ 61 bilhões de circulação, com o objetivo de reduzir o crédito e o consumo no mercado doméstico. Além disso, o BC exigiu também que os bancos disponibilizassem mais capital próprio como seguro nos empréstimos de longo prazo. Da Agência Brasil.

Economia brasileira fecha a semana com visíveis sinais de desordem

O jornalista Políbio Braga fez uma larga consulta a economistas, exportadores e especialistas do mercado de capitais. Eis suas conclusões sobre o cenário recessivo que o Governo Dilma está querendo fixar como fator de contenção da inflação:

“O governo até que vem tentando segurar o dólar, implementando medidas que ele chama de macroprudenciais, na verdade uma série de ações de caráter recessivo, porque a idéia é garrotear o acelerado crescimento da economia  e com isto conter a inflação (IPCA de 6,3% no acumulado de 12 meses) e como conseqüência segurar o dólar.

√  As sucessivas medidas tomadas pelas autoridades monetárias (juros mais altos, prazos mais curtos, IOF em alta bruta),  não conseguiram e não conseguem conter a disparada da inflação e em consequência não conseguem impedir  a valorização do real, o que favorece as importações e entradas de capitais, mas ao mesmo tempo produz emissão de reais e derruba as exportações.

√  Além das medidas macroprudenciais, o governo teria que utilizar uma política fiscal restritivíssima, contendo brutalmente seus gastos e investimentos, o que reluta em fazer.

√  O controle do câmbio não ocorre de modo decisivo. É por isto que o dólar despenca a olhos vistos. No meio da tarde desta sexta-feira, a cotação do dólar estava em R$ 1,574, em queda de 0,63%. O valor é o menor desde 4 de agosto de 2008. E as previsões:

√  No mercado futuro, o contrato de maio negociado na BM&F ofereceu cenário ainda pior (queda de 0,81% e cotação de R$ 1,576).”

-√O Dollar Index futuro (seis moedas rivais) recua do mesmo modo. Nesta sexta, caiu 0,7!5. O euro chegou a subir 0,86% gente ao dólar, valendo US$ 1,44.

BC enxuga mercado de crédito.

Henrique Meirelles, ex-pré candidato ao Governo de Goiás, enxuga mercado de crédito. Foto de Fábio Rodrigues Pozzebom da ABr

O Banco Central (BC) decidiu ontem (24) desfazer uma das principais medidas para combater a crise internacional iniciada em setembro de 2008. A instituição anunciou o aumento do recolhimento de compulsório bancário sobre depósitos a prazo (como os populares CDBs), voltando aos níveis anteriores à crise.

O anúncio foi feito pelo presidente do BC, Henrique Meirelles. Segundo ele, a medida é uma “estratégia de saída das medidas tomadas para combater a crise”. Na prática, com a medida, será reduzida a quantidade de recursos disponíveis para empréstimos a pessoas físicas e empresas no mercado financeiro.

O recolhimento compulsório é a exigência de que os bancos deixem uma parte do dinheiro de seus clientes congelados no BC e usem os recursos para empréstimos.

Na crise, o BC criou facilidades, reduzindo o compulsório bancário sobre os depósitos a prazo, com o objetivo de dar mais liquidez ao mercado, medida que acabou transferindo R$ 99,8 bilhões do recolhimento compulsório para os bancos, possibilitando a manutenção da oferta de crédito. Por Stênio Ribeiro, repórter da Agência Brasil.

A verdade é que a inflação atingiu, em menos de dois meses, quase um terço do previsto para 2010. Portanto, vem aí arrocho de crédito e enxugamento dos meios monetários.

O dragão adormecido ressuscita!

A inflação medida pelo IPC da Fipe chegou a 1,34% em janeiro; o IPC da Fundação Getúlio Vargas foi a 1,29%. A meta do Governo é de 4,5% para este ano, portanto quase 1/3 já se foi. Por isso o caro leitor já viu o Presidente do Banco Central, Francisco Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falando em alta de juros. Culpa dos gastos excessivos do Governo e das eleições, das quais estamos a menos de 240 dias.