Passarelas na BR 242: vamos ter que ir ao Ratinho para decidir quem é o pai da obra?

O governo de Oziel Oliveira está trombeteando aos quatro ventos o início das obras das passarelas. Diga-se, a título de esclarecimento, que a obra é contratada e administrada pelo Governo Federal e o Prefeito não pode nem sugerir a cor da tinta da pintura.

Jader assumiu cargo em novembro

Jader Borges, assessor da Secretaria Federativa do Governo Federal, esclarece um pouco dessa história:

“A minha primeira atitude quando assumi o cargo na Secretaria Federativa foi me reunir com o diretor do DNIT, Valter Casemiro, no dia 29/11/2017, para tratar das pendências na BR 242 que divide Luís Eduardo Magalhães. Posteriormente a essa reunião e a um pedido pessoal do ex-ministro Antônio Imbassahy, a construção das passarelas que estavam sem previsão, se iniciaram no princípio de janeiro. 
Na minha visão política e de administração pública, não me importo com quem vai inaugurar ou beneficiar politicamente, só me importo que seja feito.”

Na verdade, a luta pelas passarelas começou logo após a abertura das duas pistas da rodovia. Humberto Santa Cruz várias vezes reivindicou o início da obra.

Em 8 de setembro de 2015, técnicos do DNIT estiveram em Luís Eduardo Magalhães (veja aqui) para demarcar locais de construção das passarelas e novos retornos.

Em 16 de julho de 2014, o então prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, participou  de audiência com o Diretor de Planejamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Adailton Dias. Na pauta do encontro, melhorias para a travessia no trecho que compreende a obra de duplicação da BR 242/020 no perímetro urbano do município.

Na reunião que também contou com a presença do deputado federal e candidato a vice-governador da Bahia, João Leão, o diretor de planejamento do DNIT autorizou o desenvolvimento de obras que facilitem a travessia de pedestres no trecho.

Em primeiro de setembro de 2015 (veja aqui), Humberto esteve reunido com o Diretor Executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura e Logística (DNIT), Gustavo Adolfo Andrade de Sá. Na reunião o prefeito apresentou o quadro dos problemas de trafegabilidade que os motoristas têm enfrentado no trecho duplicado da BR 020/242 e reiterou os diversos pedidos feitos pela prefeitura através de ofícios e visitas ao órgão em Salvador e Brasília, entre eles, as passarelas, iluminação, redutores eletrônicos e a canalização das águas pluviais no trecho da BR 020, que quase leva a estrada embora no período das chuvas.

Só a última obra foi realizada rapidamente.

Em 26 de março do mesmo ano, o pessoal do DNIT (veja aqui) visitou pontos de instalação das passarelas na travessia. E a Empreiteira contratada demarcou sinalização horizontal e vertical.

Em 1/agosto/2015, O Expresso publicou vídeo, do  superintendente do DNIT na Bahia, Amauri Sousa Lima, que fala sobre as obras de duplicação na BR 242. (veja aqui)

Na oportunidade, o Prefeito Humberto afirmou:

“Nossa preocupação principal é com a segurança do trânsito e travessia urbana na BR duplicada em nossa cidade. Dr. Amauri garantiu a construção das três passarelas até dezembro deste ano”.

Humberto chegou a pensar, no início de 2015, de levar projeto de faixas de segurança, combinadas com redutores eletrônicos ou semáforos, para garantir a tranquilidade dos pedestres, uma solução mais barata e de maior comodidade aos usuários. Diante da negativa do órgão, Humberto solicitou então o aumento de redutores de velocidade físicos, os quebra-molas, que foram realizados.

Isso, de assumir a paternidade da obra, mesmo que o exame do DNA não seja positivo, é característico de Oziel Oliveira. Mas a historieta bonita não fica bem quando se consulta os órgãos noticiosos da cidade.

O início tardio das obras por parte do DNIT não justifica a euforia da atual gestão, que para relacionar seu rol de obras realizadas no ano passado pode contar apenas com seis singelos quebra-molas.

Fiol tem apenas 7% das obras “iniciadas”

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O jornal Tribuna e o site Brumado Agora informam hoje: a Fiol tem apenas 7% das obras iniciadas. Ninguém fala em conclusão.

Com edital de licitação lançado em março de 2010 e previsão de conclusão das obras para o final de 2012, a Ferrovia Oeste/Leste, Fiol, como é conhecida, três anos depois da largada tem apenas minguados 7% do projeto em obra, segundo cálculo da própria estatal. Muitas já foram as idas e vindas em torno da ferrovia, para que ela entrasse definitivamente nos trilhos, mas até agora sobram intenções e pouca realização.

Está completando um ano a visita dos ministros do Planejamento, Transportes e da presidência da Valec, a Jequié, e ao canteiro de obra das Fiol, para tomadas de decisões que acelerassem as obras. De lá para cá, de acordo com a assessoria da Valec, já foram iniciadas as obras no trecho de Ilhéus a Caetité, que tem previsão de 537 km.

“Alguns trechos se encontram mais adiantados que outros. Já a parte que envolvia Caetité a Barreiras, com 485 km de extensão, teve que ser refeita em virtude de passar por áreas de cavernas. Foi iniciada uma reavaliação da área e a expectativa é que até o final de maio seja entregue a licença de instalação. Esperamos que seja liberada em julho as obras. Nos trechos onde passam as cavernas foram feitos desvios, contornando essas áreas. Nossa prioridade, contudo, é o trecho de Barreiras para facilitar o escoamento do agronegócio. Esperamos que a construção de Barreiras a Ilhéus esteja conclusa no final de 2015″, cita a assessoria da Valec.

Pelo que se denota que o Seminário organizado pelo Deputado João Leão, na próxima semana, em Barreiras, não deixa de ser extremamente oportuno. Se em dois anos iniciaram 7%, pode-se, numa conta singela, chegar à conclusão que lá pelos anos de 2030 ou 2031 o trem apita no Oeste baiano. Se tudo correr bem. A Norte-Sul foi lançada por Sarney em 1986 e hoje, 27 anos depois, ainda não está concluída.

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