Governador do Rio pede que Polícia Civil investigue morte de Bebianno

© Ernesto Rodrigues/Estadão

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, pediu à Polícia Civil que abra inquérito sobre a morte do ex-ministro Gustavo Bebianno Rocha nesta madrugada.

Entre os pontos obscuros da morte de Bebianno estão as insinuações, feitas no programa Roda Viva, há duas semanas, que Carlos Bolsonaro tinha planejado a farsa da facada em Jair Messias, em Juiz de Fora.

Outro é o fato de que, tanto o Presidente, como os filhos, anunciavam toda hora que algo iria acontecer a Jair Messias, uma denúncia muito grave que faria parte de uma conspiração para apeá-lo do poder.

Também contribui para a hipótese de um assassinato o fato de Bebianno estar escrevendo um livro sobre as últimas eleições e sua trajetória na campanha e nos 49 dias no poder.

Mais: Bebianno enviou cópias de um dossiê sobre Bolsonaro a amigos.

As boas relações de Bebianno com a imprensa, em especial com a Rede Globo de Televisão, e as próximas eleições, também são detalhes que incomodavam os Bolsonaro.

Sempre lembrando: um centímetro cúbico de ar colocado em uma artéria é o suficiente para o coração de ser humano cavitar*, causando uma morte silenciosa e que não deixa rastros.

Especulações à parte, a morte de Bebbiano interessava sobremaneira ao establishment.

(*)Cavitação: é um fenômeno físico que ocorre principalmente no interior de sistemas hidráulicos e que consiste na formação de bolhas de vapor ou ar puro no meio fluído. Tanto a cavitação do coração como nos pulmões causa sérios danos. 

Será que os primeiros tucanos vão perder as penas dos respectivos rabos?

Bancos já entregaram informações ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, no âmbito da quebra de sigilo sobre o senador Aécio Neves (PSDB), sua irmã Andrea, seu primo Frederico Pacheco, e do assessor do senador Zezé Perrella (PMDB), Mendherson Souza, e as empresas Tapera e ENM Auditoria e Consultoria. 

O STF determinou que as instituições financeiras entregassem dados bancários entre janeiro de 2014 e maio de 2017 referentes aos investigados. 

Até agora, segundo consta nos autos do inquérito, o Banco do Brasil, o Santander, o BNP Paribas, o Banco do Nordeste, e a Caixa Econômica Federal se manifestaram nos autos após determinação de quebra de sigilo. 

A quebra de sigilo foi requerida pela procuradora-geral, Raquel Dodge.

Raquel mencionou que o presidente da J&F Investimentos S.A., Joesley Batista, e Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais, “descreveram relação espúria entre o grupo empresarial e o senador da República Aécio Neves da Cunha, reportando-se ao pagamento de propina, no valor de R$ 60 milhões, em 2014, realizada por meio da apresentação de notas fiscais frias a diversas empresas indicadas pelo parlamentar”. 

De acordo com os delatores Saud e Joesley, os valores serviam para a suposta compra de partidos que apoiariam o tucano nas eleições daquele ano. Raquel ressaltou ainda “a utilização, pelo parlamentar, do mandato para atender a interesses do grupo, indicando, como exemplo, a liberação de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS de pessoas jurídicas da J&F Investimento S.A”. A procuradora-geral ainda voltou a mencionar as supostas propinas de R$ 2 milhões da JBS, alvo da Operação Patmos ao embasar o pedido de quebra de sigilo.

Como diz o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, “existem 650 mil pessoas presas no País, mas poucas, muito poucas, tem uma coleção de provas tão fortes contra si como Aécio Neves”.

Ainda tem muita história por detrás do avião de Eduardo Campos

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A Polícia Federal deflagrou hoje (31/1) a Operação Vórtex, desmembramento da Operação Turbulência, que investiga a propriedade do avião de prefixo PR-AFA, envolvido no acidente fatal do ex-governador e então candidato à Presidência Eduardo Campos.

Nesta fase da investigação, 30 policiais federais estão cumprindo 10 ordens judiciais, sendo 6 mandados de busca e apreensão (4 no bairro de Boa Viagem, 1 no Pina e 1 em Jaboatão dos Guararapes) e 4 mandados de condução coercitiva (todos no bairro de Boa Viagem).

Ao analisar as contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas utilizadas para a compra do avião CESSNA CITATION, prefixo PR-AFA, envolvido no acidente fatal do ex-governador e então candidato à Presidência Eduardo Campos, observou-se que os valores transferidos por uma das empresas investigadas na Operação Turbulência haviam sido na verdade repassados, dois dias antes, por uma terceira empresa, que ainda não havia sido alvo da investigação original.

A exatidão do montante e o curto lapso temporal envolvido nas duas transações sugerem, assim, que a conta investigada na Operação Turbulência tenha sido mera conta de passagem.

As investigações apontaram que a empresa remetente dos recursos possui contratos milionários com o governo do Estado e que suas doações a campanhas políticas aumentaram de forma exponencial ao longo dos últimos anos, notadamente para o partido e candidatos apoiados pelo ex-governador do estado, Eduardo Campos.

Os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção, direcionamento de licitação e lavagem de dinheiro.

No jargão aeronáutico, vórtex (ou vórtice) é o nome dado ao movimento de massas de ar em formato de redemoinho ou ciclone que geralmente precede a turbulência. Informações da assessoria de imprensa da PF.

O Cessna Citation mergulhou na nuvem escura dos mistérios insondáveis?

O PR-AFA: uma pássaro bonito e moderno que mergulhou no mistério
O PR-AFA: um pássaro bonito e moderno que mergulhou no mistério

Enquanto a mídia, sempre tão distraída, tergiversa sobre os ‘entretantos’ políticos, descobre-se que:

1 – O avião Cessna PR-AFA Citation Excel XL tem dono desconhecido.

2 – O gravador não tinha conversações de bordo gravadas.

3 – A torre de São Paulo não divulga a orientação ao avião que acabara de arremeter.

4 – O CENIPA está proibido de divulgar resultados parciais da investigação e obviamente os peritos da própria Cessna e da Agência de Investigação e Proteção ao Voo dos Estados Unidos – NTBS terão pouco interesse de divulgar o assunto, mesmo dentro do prazo plausível de 2 anos.

5 – O fragor da batalha eleitoral tende a abafar os questionamentos públicos sobre as causas do acidente.