Estrada do Rio de Pedras é primeira obra pronta da parceria ABAPA-Prefeituras

O primeiro trecho de estrada recuperado pelo Projeto de Conservação dos Recursos Naturais e Escoamento da Produção, em execução no oeste baiano, já está em fase de finalização. São 40 km da estrada Rio de Pedras, na zona rural de Barreiras, fruto de parceria público-privada (PPP) firmada entre a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e o município em fevereiro passado.

A próxima intervenção será na Estrada do Café, com 56 km, também na zona rural de Barreiras. Mas o projeto contempla, ainda, São Desidério, Luís Eduardo Magalhães, Formosa do Rio Preto, Baianópolis, Jaborandi, Riachão das Neves, Cocos e Correntina.

A malha viária nestes municípios soma cerca de 1.200 quilômetros em  estado precário de conservação, o que acarreta aumento de até 30% no custo do frete para fazendas situadas na região.
O projeto de recuperação das estradas  visa não apenas baratear os custos de frete, mas também reduzir o tempo dos deslocamentos – importante principalmente em casos de doenças -, minimizar os acidentes e até os assaltos.

Segundo a presidente da Abapa, Isabel da Cunha, a ideia é somar forças com produtores e prefeituras, aproveitando a mão de obra dos funcionários e a patrulha mecânica da associação.
“Queremos seguir exemplos de trabalhos semelhantes de parceria, executados em outros estados, mostrando que não precisamos ficar apenas esperando o poder público, mas, sim, que somos agentes ativos do processo de desenvolvimento”, disse.

Estradas parcerias ABAPA

A Patrulha Mecânica da Abapa foi adquirida no ano passado, com recursos do Instituto Brasileiro de Algodão (IBA). A compra atendeu ao desejo dos associados, que consideram o acesso às fazendas, um dos maiores problemas enfrentados pelos produtores da região.

“Esta parceria é importante para a recuperação das estradas da zona rural, uma vez que as máquinas do município estão sucateadas”,   afirmou o prefeito de Barreiras, Antônio  Henrique de Souza Moreira (PP).

Ele diz  que se preocupa com o escoamento da safra e a entrada dos insumos, como sementes, fertilizantes e defensivos,  na região. “Esta logística  é prejudicada pelas péssimas condições da maioria dessas estradas”, disse.

Projeto amplo

Segundo o cotonicultor e tesoureiro da Abapa, João Carlos Jacobsen, “embora exista a expectativa das estradas serem recuperadas o quanto antes, porque os produtores não suportam mais a situação caótica, o projeto que temos é de longo alcance e deve abranger de forma incisiva a preservação dos recursos naturais”.

Jacobsen explicou que, no começo da ocupação do cerrado baiano, as estradas foram construídas, na sua  maioria, pelos próprios produtores, “de forma empírica (sem levantamentos topográficos)”, de modo que tivessem acesso entre as fazendas e o mundo exterior.

“Agora, precisamos, dentro do contexto desse programa, fazer os consertos necessários, pois em muitos casos as águas pluviais que caem nas lavouras são carreadas para os rios pelas estradas, favorecendo as erosões e os assoreamentos”, explicou.

A recomendação é que os donos das terras também colaborem, construindo curvas de nível nas áreas abertas para lavouras, de modo que a água da chuva possa infiltrar onde cai, reabastecendo os aquíferos e conservando o nível da água dos rios. Da Assessoria de Imprensa da ABAPA.

 

Abapa e São Desidério firmam parceria público-privada

ppp 2O prefeito Demir Barbosa acompanhado dos secretários de Agricultura, José Marques de Castro, e Meio Ambiente, Demósthenes Júnior, participaram na semana passada, em Barreiras, de uma reunião na sede da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), com a presidente da Associação, Isabel da Cunha, o vice-presidente, Paulo Jorge Mota, e o diretor executivo, Uilham Hillebrand.

O objetivo da reunião foi firmar uma Parceria Pública Privada (PPP) com o município, com o propósito de recuperar as estradas vicinais para facilitar o escoamento da produção agrícola do algodão baiano, considerado o segundo maior produtor do Brasil e a melhor fibra do País. São Desidério é destaque neste cenário porque detém o título de maior produtor e algodão do Brasil.

De acordo com o projeto apresentado, serão recuperados um total de 518 quilômetros de estradas vicinais. O valor estimado das obras, dentro do município, está orçado em R$ 3.451.307,00.  Sendo 10% da parceria do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro), 56% dos produtores e 30% da prefeitura. As máquinas serão disponibilizadas pela Abapa.

Para recuperar as linhas de produção do algodão de São Desidério, o diretor executivo da Abapa propôs ao município, a doação do óleo diesel para o maquinário, três caçambas em tempo integral, um engenheiro ou técnico de estradas, um engenheiro ou técnico ambiental, fiscalização da faixa de recuo obrigatória e disponibilização e instalação de manilhas se houver necessidade.

ppp 1“Essa é a nossa proposta para o município de São Desidério, queremos chegar a um acordo para que de fato consigamos tocar à frente o nosso projeto”, diz Uilham Hillebrand.

Seicho No

Ministério da Agricultura analisa pleito do Oeste baiano

Atendendo ao pedido de apoio do Governador, Jaques Wagner, em prol dos produtores de soja, algodão e milho da região Oeste contra a lagarta Helicoverpa zea, aconteceu ontem  (28),em Brasília, reunião convocada pelo Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Ênio Marques,para discutir os problemas gerados pela praga nas lavouras da Bahia e outros estados da Federação. A gravidade da situação subsidiou o pleito pelo decreto de situação de emergência, propondo ações imediatas.

O secretário Eduardo Salles afirmou hoje, durante evento de apresentação da nova diretoria da AIBA, que prejuízos com a seca e  com a helicoverpa são imensos.
O secretário Eduardo Salles afirmou hoje, durante evento de apresentação da nova diretoria da AIBA, que prejuízos com a seca e com a helicoverpa são imensos.

A medida visa acelerar as ações para amenizar os prejuízos para a próxima safra, como o registro de defensivos agrícolas seletivos que já possuam largo uso e eficiência comprovada em outros países. Algumas orientações de manejo da praga apresentadas nesta reunião foram estabelecidas em conjunto com as entidades de classe e consultores da região Oeste e de outros estados. Continue Lendo “Ministério da Agricultura analisa pleito do Oeste baiano”

Governador intercede com dona Dilma pelo combate à Helicoverpa

Nesta safra, a Bahia passa por um momento difícil. Uma praga denominada Helicoverpa Zea,lagarta específica da cultura do milho, este ano avançou para outras culturas do Oeste, principalmente a soja e o algodão, chegando a dizimar algumas áreas e acarretando prejuízos incalculáveis para a socioeconomia local. Por conta desse problema, na semana passada, os produtores da região Oeste se reuniram no município de Luiz Eduardo Magalhães, para discutir alternativas para solucionar o problema.

Após a discussão, os produtores argumentaram ao secretário de Agricultura, Eduardo Salles, que a solução imediata é a aceleração no processo de registro dos produtos agroquímicos, uma vez que não existe nenhum produto desta natureza registrado especificamente no uso dessas culturas, para combater a lagarta. Por vias normais, o registro pode demorar anos para ser aceito, pois depende da aprovação do Ministério da Agricultura, do Ministério do Meio Ambiente, através do Ibama e do Ministério da Saúde, através da Anvisa.

Em função disso, os produtores solicitaram ao secretário da Agricultura que encaminhasse o pleito para acelerar o processo de registro. Nesta quarta-feira (27), Eduardo Salles se reuniu em seu gabinete com o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Cosam Coutinho, que veio à Salvador para discutir o problema e resolver algumas questões sanitárias. Na ocasião, foram delimitadas algumas alternativas e, em função disso, o secretário enviou ofício para o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro e levou o pleito para o governador Jaques Wagner e citou que a solução seria declarar estado de emergência, com o objetivo de acelerar o registro desses produtos agroquímicos, que já tem largo uso e eficiência comprovada em outros países.

A Helicoverpa migrou entre as diversas culturas do Oeste, auxiliada pelas boas condições de proliferação, como os repetidos veranicos.
A Helicoverpa migrou entre as diversas culturas do Oeste, auxiliada pelas boas condições de proliferação, como os repetidos veranicos.

Sensível á questão e entendendo que a Bahia é o segundo maior produtor de algodão do Brasil, o governador ligou de imediato para a presidente Dilma Rousseff, explicando a urgência na solução do problema, onde parte significante das culturas de algodão, soja e milho foram perdidas e apelou para que a questão seja resolvida o mais rápido possível.  Logo em seguida, o diretor Cosam Coutinho recebeu o retorno da solicitação, através de uma ligação do secretário de Defesa do Ministério da Agricultura, Enio Marques, informando que nesta quinta-feira (28) Coutinho deverá retornar para Brasília para participar de uma reunião com  a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), com o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ABAD) e outras entidades representativas dos produtores, para juntos encontrar a forma mais rápida de encaminhar o problema. Continue Lendo “Governador intercede com dona Dilma pelo combate à Helicoverpa”

Abapa realizará o lançamento do Projeto Patrulha Mecanizada na próxima sexta

abapa 000A Abapa – Associação Baiana dos Produtores de Algodão, representada pela presidente Isabel da Cunha e pelos diretores João Carlos Jacobsen Rodrigues e Celito Missio, apresentou ontem (20), para o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, o Projeto de Conservação dos Recursos Naturais e Escoamento da Produção e a proposta de parceria público-privada.  Também chamado de Patrulha Mecanizada, o projeto tem o objetivo recuperar as estradas vicinais dos núcleos produtores de algodão do município. O lançamento oficial será realizado pela Abapa, durante o Fórum Regional sobre a Helicoverpa, que acontecerá no dia 22 de fevereiro, a partir das 14 horas, no Espaço Quatro Estações, em Luís Eduardo Magalhães. 

De acordo com a presidente da Abapa, Isabel da Cunha, “Iremos realizar reuniões com os prefeitos de todos os municípios contemplados para firmamos a parceria. Atualmente um dos principais problemas enfrentados pelos produtores é a logística precária para a entrada de insumos e escoamento da produção. Com a recuperação das estradas vicinais, através do Projeto Patrulha Mecanizada, iremos reduzir esse gargalo na produção”, destacou.

O prefeito Humberto Santa Cruz, disse que a parceria entre a Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães e a Abapa é uma excelente oportunidade para melhorar o escoamento da produção e as condições das estradas. “Não mediremos esforços para firmar essa parceria de sucesso, que irá trazer grandes benefícios para o nosso município”, ressaltou.

A Abapa adquiriu as máquinas e os veículos auxiliares com recursos do IBA- Instituto Brasileiro do Algodão. O Projeto Patrulha Mecanizada contempla os municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Formosa do Rio Preto, Baianópolis, Jaborandi, Riachão das Neves, Cocos e Correntina. De Cristiane Barilli / Assessora de Imprensa da Abapa.

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Um novo frigorífico de aves para reduzir o déficit de frango na Bahia.

Humberto, João Leão, Negromonte Jr. e Salles, com diretor da Mauricéa.

O frigorífico Mauricéa, inaugurado hoje, 2, em Luís Eduardo, é resultado de um aporte de R$ 100 milhões, realizado em sua maioria a partir do segundo semestre do ano de 2004 e totalmente feito com recursos próprios da empresa.

A empresa vai gerar 470 empregos diretos e mais 750 vagas em 2011.

O empreendimento, a plena capacidade, abaterá 300 mil aves por dia. Além disso,  tem uma grande fábrica de rações, com beneficiamento do milho e soja produzido na Região, que no auge da produção deverá produzir alimento para cerca de 18 milhões de aves diariamente.  O incremento do abate se realizará paulatinamente, já que a empresa não conseguiu terceirizar os criatórios no município, atividade típica de pequenas propriedades, as quais são  muito rarefeitas na zona de grandes lavouras. Toda a produção abatida estará, da incubação de ovos ao frango adulto, na responsabilidade direta da administração da Empresa, numa verticalização inédita para o setor.

Com a plena capacidade industrial do novo frigorífico, a Bahia reduzirá seu deficit na produção de carnes de aves, que hoje está em 50% do consumo e alcança quase 40 quilos per capita/ano. Apoiará a produção, um extenso sistema de distribuição por todo o Estado, contando com o apoio de uma frota de caminhões frigoríficos de expressão.

No frigorífico da Mauricéa, além do abate do frango para venda inteiro ou em partes, incluindo os miúdos, se produz ainda embutidos de frango e outros derivados. Até a produção de esterco das aves confinadas nas granjas de Barreiras é significativa, servindo para fertilizar lavouras da fruticultura e de horti-granjeiros.

A inauguração.

“Buscamos a qualidade para continuar crescendo”, afirmou o diretor da Mauricéa, Marcondes Antônio Tavares de Farias, na inauguração da unidade industrial, que teve a presença de autoridades do Estado e da Região, entre elas o secretário de Agricultura da Bahia, Eduardo Salles; o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz; o deputado federal João Leão; o deputado eleito Mário Negromonte Jr.; o presidente da Câmara Municipal de Luís Eduardo, Eder Ricardo Fior e vereadores; os presidentes da AIBA, Valter Horita; o presidente do Sindicato Rural, Vanir Köln; e a presidente da ABAPA, Isabel da Cunha.

Também estiveram presentes o deputado federal eleito, Oziel Oliveira; a prefeita de Barreiras, Jusmari Oliveira; e a deputada estadual eleita, Kelly Magalhães.

O constrangimento entre grupos políticos opositores presentes era visível. Tanto que apenas o diretor-presidente da Mauricéa descerrou a placa de inauguração e o corte da fita inaugural do frigorífico foi feito apenas pelo prefeito Humberto Santa Cruz e pelo secretário Salles, além de Marcondes Farias, apesar do mestre de cerimônias ter pedido a presença de todas as autoridades.