Algodão do Sudoeste é estratégico para a Bahia, diz ABAPA.

Na década de 1980 a Região Sudoeste da Bahia possuía 250 mil hectares de área cultivada com algodão, o que gerava aproximadamente 220 mil empregos, entre diretos e indiretos. A instabilidade das chuvas e o descuido no manejo das lavouras e combate as pragas do algodoeiro fizeram com que houvesse um declínio na produção da pluma. Hoje, quase 30 anos depois, a região formada, principalmente pelos municípios de Guanambi e que integram o Vale do Iuiú, inicia sua retomada na produção de um algodão de qualidade e economicamente sustentável.

Em pronunciamento feito durante o II Seminário do Vale do Iuiú, na quarta-feira, 17, na Câmara de Vereadores do município de Guanambi, a presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Isabel da Cunha, disse que a região é hoje, “estratégica” para o desenvolvimento da cotonicultura baiana.

“Embora a região oeste detenha a maior concentração da produção é aqui que a maior parte dos empregos são gerados. Dos mais de 30 mil empregos que a cultura do algodão proporciona atualmente em toda Bahia, pelo menos 18 mil saem das áreas de plantio localizadas nas cidades que formam o Vale do Iuiú”, comentou Isabel. A principal diferença, segundo a presidente, é que no Sudoeste cerca de 60% da mão de obra é proveniente da agricultura familiar.

Considerando que atualmente, cerca de 80% da produção mundial de algodão seja proveniente da agricultura familiar, a presidente da Abapa, fez questão de deixar claro que a associação acredita na viabilidade da pequena propriedade para a cotonicultura. “Tanto nós da Abapa, quanto o Governo do Estado, através da Adab e do Ebda acreditam no potencial da região sudoeste para o plantio do algodão”, comentou Isabel, reforçando que a Abapa está do lado do pequeno produtor para auxiliá-lo nas diferentes etapas da produção: preparo, colheita e, se preciso for, até mesmo na comercialização

Guanambi: 200 mil pessoas de 5 municípios sofrem com racionamento.

As cidades de Guanambi, Pindaí, Candiba, Malhada, Iuiú e Matina, na região Sudoeste, estão na iminência de sofrer um colapso no abastecimento de água. A barragem de Ceraíma já não suporta a demanda de consumo de uma população de mais de 200 mil pessoas. A crise se agrava a cada dia e a suposta omissão dos governos estadual e federal com o problema causa revolta na região.

Na tentativa de buscar uma solução conjunta para o problema, as prefeituras dos seis municípios tentaram uma reunião na última terça-feira, em Guanambi. Mas, por pressão dos governos estadual e da Codevasf, o encontro acabou esvaziado, diz a assessoria de imprensa da Prefeitura de Guanambi. Só os prefeitos de Candiba e Guanambi compareceram.

“Há vários meses que vivemos sob ameaça de um colapso total no sistema de abastecimento de água em nossas cidades e o descaso do governo é total com o problema, que já impõe o racionamento de água na região”, reclama o prefeito de Guanambi, Charles Fernandes (PSDB). Fonte: Política Livre.