Ao que parece, existe mesmo uma conspiração de forças vermelhas contra o “nosso muy amado e leal Soberano do Brasil”.
Ao contrário do que se pensava, os seus 57 milhões de eleitores em 2018 não aderiram bovinamente ao partido que pretende fundar.
O Aliança pelo Brasil, partido que está em formação desde novembro de 2019, segue longe de cumprir uma das principais exigências estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se legitimar: a confirmação das assinaturas de eleitores.
Segundo informações do jornal Correio Braziliense, o partido que o presidente Jair Bolsonaro deseja fundar conseguiu 15.762 assinaturas consideradas válidas das 492 mil necessárias para que a sigla funcione como agremiação partidária.
Ou seja, obteve o equivalente a 3,2% do total necessário.
Uma análise elaborada pela Seção de Gerenciamento de Dados Partidários do Tribunal mostra que 25.386 assinaturas foram rejeitadas, e por 26 razões diferentes, passando de eleitores inexistentes ao uso de documentos de pessoas que já faleceram.
O que está acontecendo não seria fruto dos casuísmos e inverdades de sempre, como “a mamadeira de piroca”, o “kit gay”, a facada sem cicatriz e agora “a esquerda que defende a pedofilia”?
A conspirata emudeceu os fiéis seguidores de Bolsonaro? Será que colocaram alguma coisa na água potável?
Poderia ser ivermectina, que de nada adianta para a Covid, mas mata com eficiência os vermes? Será que mataram os oxiúros, aqueles vermes que dão coceirinha na bunda?
Temos que estudar isso com urgência: os militares estão cansando de procuradores, sejam um capitão aposentado por incapacidade ou generais de pantufas de pelúcia. Cada dia, o general Mourão sobe um degrau mais alto no palanque eleitoral. Isso é notório.
A permanência de Bolsonaro no poder depende agora só do Centrão. Mas os canalhas do Centrão não costumam dormir ao lado de cadáveres políticos.
Pelo contrário: vendem-se para presidentes agonizantes, mas sempre ajudam a enterrá-lo.