Olavo de Carvalho diz que Bolsonaro viverá, no final da vida, da caridade dos seus inimigos.

O escritor Olavo de Carvalho afirmou, no Twitter, que Bolsonaro vai terminar vivendo da caridade dos seus inimigos. Ele deu a entender que o ex-aliado está ficando cada vez mais isolado e que ele busca o isolamento.

Subir na vida e, uma vez lá em cima, livrar-se dos que o ajudaram na escalada. O Bolsonaro aprendeu isso com Maquiavel e vai terminar como Maquiavel terminou: vivendo da caridade de seus inimigos.

Olavo de Carvalho é uma figura controversa. Mas não para os seus seguidores. Leia o que diz Heitor Freire, deputado federal eleito e presidente do PSL do Ceará, um dos fanáticos da seita de Olavo:

“Nós, o povo brasileiro de bem, temos que reconhecer e agradecer ao maior responsável por esse momento. Um brasileiro que, sozinho, percebeu o que estava acontecendo na política e na cultura do Brasil e, guiado por Deus e pelo amor ao Brasil, começou um trabalho monumental que pavimentou o caminho para todos os patriotas pudessem fazer sua parte. Dentre eles, nosso presidente, Jair Bolsonaro. Este herói da pátria sabia que, se tivesse êxito, levaria décadas. Pôs tudo em risco. Da carreira à integridade física.

Este brasileiro é o professor Olavo de Carvalho. O maior filósofo brasileiro vivo e um dos maiores do mundo, com uma vasta obra e um legado de milhares de alunos que estão combatendo a corrupção da inteligência e resgatando a alta cultura do nosso País. O livro “Aristóteles em nova perspectiva” é um exemplo cabal de sua contribuição para a humanidade.

Ives Granda, o jurista reacionário, afirma:

“Olavo de Carvalho é o mestre de todos nós.”  

A Constituição “conforme” o STF na ótica de Ives Gandra

Em relação aos últimos incidentes jurídicos relacionados com a definição de união estável entre parceiros do mesmo sexo, notadamente aquele acontecido em Goiás, é bom inteirar-se deste artigo de IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 76 anos, advogado de notório saber, professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, e atualmente ministro do Tribunal Superior do Trabalho.

“Escrevo este artigo com profundo desconforto, levando-se em consideração a admiração que tenho pelos ministros do Supremo Tribunal Federal brasileiro, alguns com sólida obra doutrinária e renome internacional. Sinto-me, todavia, na obrigação, como velho advogado, de manifestar meu desencanto com a sua crescente atuação como legisladores e constituintes, e não como julgadores.

À luz da denominada “interpretação conforme”, estão conformando a Constituição Federal à sua imagem e semelhança, e não àquela que o povo desenhou por meio de seus representantes.
Participei, a convite dos constituintes, de audiências públicas e mantive permanentes contatos com muitos deles, inclusive com o relator, senador Bernardo Cabral, e com o presidente, deputado Ulysses Guimarães.

Lembro-me que a ideia inicial, alterada na undécima hora, era a de adoção do regime parlamentar. Por tal razão, apesar de o decreto-lei ser execrado pela Constituinte, a medida provisória, copiada do regime parlamentar italiano, foi adotada.
Por outro lado, a fim de não permitir que o Judiciário se transformasse em legislador positivo, foi determinado que, na ação de inconstitucionalidade por omissão (art. 103, parágrafo 2º), uma vez declarada a omissão do Congresso, o STF comunicasse ao Parlamento o descumprimento de sua função constitucional, sem, entretanto, fixar prazo para produzir a norma e sem sanção se não a produzisse.
Negou-se, assim, ao Poder Judiciário, a competência para legislar.

Nesse aspecto, para fortalecer mais o Legislativo, deu-lhe o constituinte o poder de sustar qualquer decisão do Judiciário ou do Executivo que ferisse sua competência.
No que diz respeito à família, capaz de gerar prole, discutiu-se se seria ou não necessário incluir o seu conceito no texto supremo -entidade constituída pela união de um homem e de uma mulher e seus descendentes (art. 226, parágrafos 1º, 2º, 3º, 4º e 5º)-, e os próprios constituintes, nos debates, inclusive o relator, entenderam que era relevante fazê-lo, para evitar qualquer outra interpretação, como a de que o conceito pudesse abranger a união homossexual.
Aos pares de mesmo sexo não se excluiu nenhum direito, mas, decididamente, sua união não era -para os constituintes- uma família.

Aliás, idêntica questão foi colocada à Corte Constitucional da França, em 27/1/2011, que houve por bem declarar que cabe ao Legislativo, se desejar mudar a legislação, fazê-lo, mas nunca ao Judiciário legislar sobre uniões homossexuais, pois a relação entre um homem e uma mulher, capaz de gerar filhos, é diferente daquela entre dois homens ou duas mulheres, incapaz de gerar descendentes, que compõem a entidade familiar.

Este ativismo judicial, que fez com que a Suprema Corte substituísse o Poder Legislativo, eleito por 130 milhões de brasileiros -e não por um homem só-, é que entendo estar ferindo o equilíbrio dos Poderes e tornando o Judiciário o mais relevante dos três, com força para legislar, substituindo o único Poder que reflete a vontade da totalidade da nação, pois nele situação e oposição estão representadas.

Sei que a crítica que ora faço poderá, inclusive, indispor-me com os magistrados que a compõem. Mas, há momentos em que, para um velho professor de 76 anos, estar de bem com as suas convicções, defender a democracia e o Estado de Direito, em todos os seus aspectos, é mais importante do que ser politicamente correto.
Sinto-me como o personagem de Eça, em “A Ilustre Casa de Ramires”, quando perdeu as graças do monarca: “Prefiro estar bem com Deus e a minha consciência, embora mal com o rei e com o reino”.


Ives Gandra: a democracia corre perigo.

O jurista Ives Granda, uma das reservas morais do País, afirma que o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH), que deve ser enviado ao Congresso pelo Executivo, com 521 proposições de reforma constitucional, está formatado em tons facistas e estalinistas, porque prevê inclusive a formação de professores e a inteiração dos alunos, através de cartilha própria.

Granda critica principalmente a censura à imprensa:“Vamos perder os pulmões da sociedade, com a catalogação de assuntos, jornalistas e veículos de comunicação. Isto é o chavismo no Brasil. O PNDH se baseia na nova constituição venezuela”.

Outros assuntos que apavoram  Gandra é a anulação do preceito constitucional de direito à propriedade; o desconhecimento do plano, por grande parte do povo, que pode ser aprovado por um acordo de lideranças no Congresso; e o fato de que judiciário e legislativo enfraquecem frente ao Executivo. Além de assuntos altamente polêmicos, como a passagem do controle das polícias militares das forças armadas para o Executivo. É o Estado forte, proposto na plataforma de Dilma Rousseff, que apóia integralmente o PNDH.

A democracia corre riscos, diz Ives Gandra.