Polícia Civil prende maior traficante da Bahia e apreende milhões em dinheiro e imóveis

Roceirinho
Roceirinho

Adilson Souza Lima, o “Roceirinho”, 31 anos, considerado um dos maiores traficantes da Bahia e envolvido em assaltos a bancos e homicídios,  teve R$ 2,5 milhões em imóveis, veículos e dinheiro bloqueados e sequestrados pela Justiça, durante uma operação conjunta do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e Ministério Público (MP), que cumpriu, na manhã desta sexta-feira (3), cinco mandados de prisão e dez de busca e apreensão, em Salvador, Aracaju (SE) e cidades do interior da Bahia.

Entre os bens de “Roceirinho” seqüestrados pela Justiça, estão uma casa em Jacuípe, no Litoral Norte, apartamentos em Lauro de Freitas e Aracaju, uma fazenda no interior da Bahia e diversos veículos, adquiridos com dinheiro proveniente de práticas criminosas, e que estavam em nome de “laranjas” para dificultar a investigação.

Adilson teve um mandado de prisão por tráfico e lavagem de dinheiro cumprido na manhã de hoje (3), na Unidade Especial Disciplinar (UED), no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, onde está custodiado desde setembro de 2012. Outros dois mandados de prisão também foram cumpridos contra comparsas de “Roceirinho”, e também dez de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara Privativa de Tóxicos e Entorpecentes de Salvador.
Custodiado na Cadeia Pública do Complexo da Mata Escura, o assaltante de banco Vilmar Florêncio da Silva, o “Dona Vilma”, de 34 anos, também teve um mandado de prisão cumprido. Já Arigenal dos Santos Soares, foi capturado em um dos imóveis da quadrilha, em Aracaju.

Fredson e Arginal
Fredson e Arigenal

O cumprimento dos mandados de busca e apreensão aconteceu no estado vizinho e em imóveis localizados nas cidades de Nazaré, São Gonçalo dos Campos, Camaçari e Lauro de Freitas. Em São Gonçalo dos Campos, município próximo a Feira de Santana, a polícia prendeu em flagrante Fredson Bispo da Cunha, 24 anos, e apreendeu uma adolescente de 17 anos, com meio quilo de droga, entre crack, maconha e cocaína.

PARCERIA

Durante a entrevista coletiva, Jorge Figueiredo anunciou a criação, no DHPP, do Núcleo de Investigação Patrimonial (NIP), que terá a função de reforçar o combate às quadrilhas e apreender bens adquiridos com a atividade ilícita. “Visamos reduzir o poder financeiro das organizações criminosas”, definiu.

O promotor Ariomar Figueiredo ressaltou que o principal foco da “Operação Derrocada” foi eliminar o poder financeiro da quadrilha liderada por “Roceirinho”, que, segundo as investigações apontaram, já havia expandido sua atuação para o estado de Sergipe e vinha financiado ataques a instituições financeiras no interior da Bahia.

Cinquenta policiais civis, entre delegados escrivães e investigadores, participaram da ação que contou com o apoio de equipes do Denarc/Bahia, que cumpriu mandados em Aracaju, do Departamento de Narcóticos de Sergipe, das Superintendências de Inteligência (SI) da Bahia e Sergipe, além de três promotores representando o Ministério Público da Bahia, através GAECO, e 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/ Santo Antonio de Jesus).

PRISÕES

Em setembro do ano passado“Roceirinho” e “Dona Vilma” foram flagrados num hotel de luxo, no bairro de Ondina, com R$168 mil, oriundos do tráfico de drogas, durante uma operação do Denarc. Um ano antes, o traficante havia sido preso em operação do Grupo Avançado de Repressão a Crimes Contra Instituições Financeiras (Garcif), com outros cinco comparsas.

Um dos imóveis apreendidos
Um dos imóveis apreendidos

Naquela ocasião os policiais apreenderam armamento de vários calibres, munições, coletes, carregadores, veículos e R$ 405 mil em dinheiro, subtraídos no assalto ao banco de Boa Nova. Duas semanas após a captura, Adílson foi libertado por meio de habeas-corpus.

“Roceirinho” também ordenou, em 2010, uma chacina que vitimou cinco pessoas da mesma família, na localidade de Barra do Gil, em Vera Cruz, na Ilha de Itaparica. Ele também mandou executar o ex-parceiro Edson Conceição, por uma suposta dívida de R$ 30 mil. Da Ascom da Polícia Civil e do site Bocão News.

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