Bolsonaro seria o pé mais gelado ao sul do Equador? Até Trump está balançando no Congresso.

Depois que o presidente Jair Bolsonaro foi a campo abraçar o técnico Felipão, na final do Campeonato do ano passado, o gaúcho perdeu uma série de partidas este ano, saiu da liderança do Brasileirão e perdeu o emprego.

O mesmo aconteceu com o primeiro ministro de Israel, Benjamin “Bibi” Netanyahu: foi abraçado, perdeu as eleições e o cargo. Fato semelhante sofreu com o presidente argentino Macri, que perdeu as eleições primárias e deve perder as eleições principais. Mais: Salvini, primeiro ministro de extrema direita da Itália, foi desembarcado do cargo depois de receber o apoio de Bolsonaro.

Ontem, chegou a vez do ídolo Donald Trump: a Câmara dos Deputados dos EUA abriu processo de impeachment contra o Presidente.

Até o declarado presidente paralelo da Venezuela, Guaidó, que recebeu tanto apoio de Bolsonaro caiu em desgraça perante a opinião pública mundial depois de ser fotografado com narcotraficantes da Colômbia.

O homem está virando um pé frio consagrado. Valha-me Nossa Senhora da Abadia!

“Bolsonaro caminha a passos largos para um impeachment”

Da Rádio CBN.

O jurista e comentarista da CBN, Wálter Maierovitch, acredita que o governo do presidente vai se tornar insustentável socialmente, caso siga o caminho atual.

Maierovitch e o ex-ministro do STJ e do TSE e corregedor do CNJ, Gilson Dipp, afirmaram que certas declarações de Bolsonaro – como afirmar que documentos da Comissão Nacional da Verdade são ‘balela’ – configuram crimes de responsabilidade contra a honra e decoro do cargo, o que poderia levar à abertura de um processo de impeachment.

Os convidados também afirmaram que há duas questões diferentes em relação à investigação do ataque a celulares de autoridades por hackers: o ataque em si e o conteúdo das mensagens.

Para Dipp, Moro deveria se afastar do cargo durante a apuração do caso, que demonstra a possibilidade de ter havido ‘total falta de isenção do juiz’.

Os militares não entendem “tropa de choque” de Bolsonaro

Olavo é o capitão-do-mato de Bolsonaro, pronto para distender a legalidade até a ruptura

A Revista Veja relata sobre os pontos de atrito entre os militares e a tropa de choque de Bolsonaro:

É cada vez mais intenso o desconforto da ala militar do governo Jair Bolsonaro com a proximidade entre o presidente e Olavo de Carvalho. A reportagem de capa de VEJA desta semana aborda a crise palaciana que opõe os militares com posto no Palácio do Planalto ao guru da extrema direita, que ataca inimigos nas redes sociais. Bolsonaro dá sinais de que está do lado do polemista da Virgínia, considerado um “ícone” pela família presidencial.

VEJA conversou com um general que acompanhou de perto a crise e que pediu para ficar no anonimato para não atiçar os ânimos ainda mais.

Para ele, causa especial irritação entre os militares o fato de Bolsonaro continuar defendendo o guru. “Não dá para entender de onde vem essa deferência. Parece que o presidente é refém do Olavo”, diz.

Apesar disso, não está no horizonte dos militares e generais deixar o governo. Eles se sentem corresponsáveis pelo sucesso da atual gestão e uma eventual debandada. “Vamos continuar na trincheira para cumprir a nossa missão”, diz.

Os generais podem não entender e não acreditar na ousadia de Bolsonaro, dos filhotes mal educados e do desbocado Olavo de Carvalho, mas nós entendemos.

Bolsonaro quer se metamorfosear de Presidente Republicano em Soberano do Brasil.

Não tem vocação para articular com a legalidade, como não teve nos breves tempos de oficial do Exército. Os oficiais-generais no Governo, legalistas e nacionalistas, estão “de cara” com os atalhos preconizados por Bolsonaro e sua trupe. 

Bolsonaro estaria preparando um golpe se tudo der errado?

 

Luís Nassif não é um jornalista inexperiente, Juntando declarações e atos dos Bolsonaros ele forma uma teoria que o atual Presidente poderia estar preparando um golpe contra as instituições – Justiça, Ministério Público e Parlamento – amparado em organizações de milicianos e militares de baixo escalão – praças e alguns oficiais novos do Exército – à revelia do alto comando das Forças Armadas.

Esses mesmos militares, agredidos por figurinhas carimbadas como o boi de piranha Olavo de Carvalho, com o nada discreto apoio dos filhotes e do próprio Presidente, temem que todas as manobras erradas de Bolsonaro, algumas que beiram as raias das sandices, possam conspurcar a imagem legalista e nacionalista das Forças Armadas.

Não sei por que, mas não é fácil de esquecer, quando se fala em “clubes de tiro”, dos “grupos de Onze de Brizola”, dos famigerados Comandos de Caça aos Comunistas e do Esquadrão Le Coq, a cruel “polícia mineira” do Rio de Janeiro, berço das atuais milícias.

Por que no te callas, Biroliro?

O nosso insigne, por que não dizer ínclito, presidente eleito, Jair Messias, deitou falação sobre imigração em todo o mundo  e arrematou: “Está insuportável viver na França”.

O embaixador francês Gérard Araud respondeu com fatos: “63.880 homicídios no Brasil em 2017, 825 na França. Sem comentários”.

Quando um presidente eleito, prestes a assumir, fala, o diz em nome de toda a Nação.

Portanto, nós brasileiros comuns e mortais, de todo afastados do novo ordenamento político, jurídico e legislativo, ainda vamos pagar muitos vexames.

Pobres de nós!