Quando a ex-presidente Dilma Rousseff foi acusada de corrupção, aprovando como membro do Conselho da Petrobras a compra da Refinaria de Pasadena, os golpistas diziam que a petroleira brasileira tinha pago o dobro do preço real da indústria. Mais tarde, Pasadena foi vendida pela Petrobras com um lucro de 600 milhões de reais. Agora, o Governo que está apoiando fortemente o desmonte da Petrobras, desativou e vendeu, por preço de sucata, três plataformas de petróleo, plenamente operacionais, pelo preço de um apartamento no Rio de Janeiro. Mas o plano é mais amplo: a Petrobras vai paralisar 25 plataformas na riquíssima Bacia de Campos.
Que beleza, agora temos certeza que “corrupção nunca mais”!
As plataformas vendidas foram a P-07, a P-12 e a P-15, que haviam sido “descomissionadas” pela empresa. O plano de desmonte foi acentuado durante a pandemia do coronavírus e o governo nem mais disfarça a intenção de vender a companhia por completo, como demonstram falas cada vez mais à vontade do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O site de leilões — especializado em venda de carros batidos e sucatas de seguradoras — entregou P-15 por US$ 750 mil; a P-07 por US$ 370 mil; e a P-12 por US$ 330 mil, valores considerados irrisórios para o patrimônio envolvido.
Crime contra o País
Para o Sindipetro-NF, a FUP e demais sindicatos, a venda é um crime contra o povo brasileiro, assim como todo o conjunto de entregas do patrimônio do País que estão sendo realizadas e ainda estão programadas. Como tem advertido partidos progressistas e movimentos sociais, todo este desmonte precisa ser interrompido e, no futuro, quem comprou estes ativos nestas condições ilegítimas correrá o risco de ter que devolver ao Brasil.
Na contramão

