Ouve-se o clarim do horror no serpentário vermelho.

Meu amigo, minha amiga, vou lhes contar! O clima no comitê central da candidata Dilma é borrascoso, com vôos de procelárias e horizontes negros: nem os conselhos do nosso Grande Timoneiro são seguidos à risca. Por outro lado, tem briga da feia entre a coordenação da campanha (José Eduardo Dutra, Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo) e o ministro da Propaganda, Franklin Martins, que andou até uns dias na Europa, com a desculpa de informar-se sobre concessões estatais de comunicação.

O serpentário vermelho está em ebulição e, como o previsto, começam a jogar uns contra os outros. A derrota apavora quem se locupleta com tamanha intensidade nas tetas do poder.

PT desconversa sobre respostas a Ciro Gomes.

José Eduardo Dutra vai precisar de uma dose extra de tintura para cabelos. Ciro vai aumentar o número dos seus cabelos brancos.

Presidente do PT, José Eduardo Dutra, instado a responder ao tiroteio de Ciro Gomes, buscou inspiração em Chico Buarque. Cantarolou “Gota D’água”:

“Deixe em paz meu coração/Que ele é um pote até aqui de mágoa/E qualquer desatenção, faça não/Pode ser a gota d’água”.

Para Dutra, a mágoa de Ciro não decorre da ação de Lula ou do PT. Foi provocada pelo PSB, que lhe negou a candidatura.

Acreditamos que Lula já cometeu o maior erro de sua campanha. Ciro era a chance de Dilma ir para o segundo turno. Com as bênçãos de Ciro e Marina.