Romário: “Blatter e Valcke são dois ladrões!”

Foto de André Dusek para o Estadão.
Foto de André Dusek para o Estadão.

“A Fifa têm dois ladrões conhecidos pelos brasileiros, porque lá são muito mais de dois, tanto na CBF quanto na Fifa, que é o Blatter e o Jérôme Valcke. Os caras vão ficar bilionários com a Copa do Mundo e está tudo certo. E esse é o nosso governo, a nossa presidenta, os nossos secretários, que também estão se enriquecendo”

A afirmação é do deputado Romário (PSB – RJ), em entrevista concedida ao jornal O Estado de São Paulo. Que arrematou:

 “Ele mesmo (Valcke) acabou de dizer que a Copa no Brasil pode ser uma das piores da história da Fifa. Esse cara vem aqui no País, manda, desmanda, fala, desfala, e todo mundo bate palma. Esse cara é um dos maiores chantagistas do esporte mundial. Ele foi mandado embora, depois fez uma chantagem com o presidente da Fifa que é um ladrão corrupto, filho da puta!”. 

Romário diz que “Copa será uma merda”.

Foto de André Coelho, da Agência O Globo

O jornalista Josias de Souza e os principais jornais e revistas do País reproduzem hoje declarações do deputado federal Romário de Souza Faria  nas quais ele afirma que  “é uma pena ouvir nas rádios, ver na TV, abrir os jornais e ler que o governo federal se uniu à Fifa para que a Copa do Mundo seja a maior de todos os tempos. Uma mentira descabida! Não será a melhor e nós vamos passar vergonha”, anotou. Queixou-se da ausência de representantes do Congresso na audiência concedida na véspera por Dilma Rousseff ao presidente da Fifa, Joseph Blatter.

“Se continuarem acontecendo coisas erradas e estranhas como esse encontro do Blatter com pessoas que não são ligadas a Lei Geral da Copa, ela será uma merda.”

Veja, Folha de São Paulo, Globo, Estadão e outros grandes veículos de comunicação do País reproduziram as palavras do Deputado nas manchetes deste domingo.

Pelo jeito, franqueza e foco no assunto continuam sendo características positivas do Baixinho. A grande maioria dos brasileiros que consegue raciocinar sabe que a Copa foi mais um lance político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no qual foi esquecida a péssima infraestrutura do País. Construir estádios, ampliar a mobilidade urbana e a capacidade de atendimento e operação dos aeroportos poderiam ser realizados sem a presença torturante dos dead-lines da Copa. O País não pode e não deve ficar a reboque das necessidades mercadológicas da FIFA.

Mais: a presidenta Dilma Rousseff deveria voltar atrás, com base em sua alta popularidade, e numa demonstração inequívoca de coragem política, dizer não à FIFA. Mas aí como ficariam as lágrimas choradas pelo presidente Lula durante a escolha do Brasil para sediar a Copa?

Mino põe e dispõe.

Frase do jornalista Mino Carta, em seu artigo da semana na Carta Capital:

“Certo é, contudo, que um ministro do Esporte chamado a lidar com Ricardo Teixeira e Joseph Blatter deve necessariamente situar-se acima de qualquer suspeita.”

Mais certo ainda é que ninguém é inocente neste longo e último Baile da Ilha Fiscal do Império do PT. Lá no Planalto, como nos bailes de cobras, todos dançam de perneiras. Neste sábado, depois de Dilma confirmar o cantor Orlando Silva no cargo de Ministro dos Transportes, novas e graves denúncias foram feitas. O Ministro vai esvair-se em sangue no processo, até o tiro de misericórdia.

Blatter admite aporte tecnológico ao futebol.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, se pronunciou a respeito dos recentes erros de arbitragem nas partidas entre México e Argentina e Alemanha e Inglaterra, válidas pelas oitavas de final da Copa do Mundo. O dirigente admitiu que o uso da tecnologia a serviço da arbitragem deverá ser rediscutido em julho, em uma reunião em Cardiff, no País de Gales:

– É óbvio que depois do que vivemos até agora seria um absurdo não reabrir a discussão sobre o uso da tecnologia. A princípio, só vamos voltar a discutir o uso na linha do gol. O futebol é um jogo dinâmico e, no momento em que há uma discussão se a bola entrou ou não, se houve ou não oportunidade de gol, você dá a possibilidade de uma equipe pedir replays uma, duas vezes, como no tênis. Para situações como no jogo do México, não precisa de tecnologia.”

Ou isso ou ficar pagando vexame.