Barreiras: vereadores mudam de posição depois dos carros de som

Câmara de Barreiras: pressionada pela presença do povo
Câmara de Barreiras: pressionada pela presença do povo

Ao que parece, os grupos políticos interessados na ratificação da rejeição das contas de Jusmari Oliveira encontraram a fórmula mágica. Através de carros de som, convocam a população para assistir a votação na Câmara Municipal. A primeira reação do presidente do Legislativo, vereador Carlos Tito, foi trágica. Prisão indevida de carros de som e motorista, registro policial e, obviamente, um erosivo processo de desgaste político.

As contas públicas de 2012 da ex-Prefeita foram rejeitadas por unanimidade pelo Tribunal de Contas dos Municípios. E entre os vereadores, surgiu, num determinado momento, o anseio de retificar esse resultado, através do julgamento político, sem o mínimo embasamento técnico.

Nesta última terça-feira, a Comissão de Finanças, Orçamentos, Contas e Fiscalização da Câmara de Barreiras entregou oficialmente no fim da manhã de terça-feira (07/abr), o parecer referente as contas da ex-prefeita Jusmari Terezinha relativas ao exercício financeiro de 2012.

O relator do processo, vereador Eurico Queiroz (PPS), afirmou que a comissão opinou pela manutenção do parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), também recomendando a reprovação das contas. A Câmara de Barreiras tem, agora, até o dia 5 de maio para votar definitivamente o relatório.

Agora nas mídias sociais se comenta que as contas de Jusmari também serão rejeitadas no plenário da Câmara de Barreiras por um número de votos que excede largamente uma dezena, apesar de ela precisar de 2/3 dos votos para modificar a decisão do TCM.

Tudo indica que a votação acontecerá amanhã e a volta dos carros de som, convocando o povo para comparecer à Câmara, parece assegurada. Os organizadores pensam até em tornar o recurso pontual em todas as votações importantes do Município. Afinal, convocar o povo para visitar a “Casa do Povo” é um recurso democrático e válido, já que a imprensa, com honrosas exceções, mostrou-se tímida e na maioria dos blogs e jornais a votação foi simplesmente esquecida.