Equador admite ter cortado acesso de Assange à internet

Suécia pede formalmente para Equador interrogar Assange
Julian Assange, o fundador do WikiLeaks –AFP/Arquivo

O governo do Equador admitiu hoje (19) que foi o responsável por cortar o acesso à internet do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que está refugiado em sua embaixada em Londres. A informação é da Agência Ansa. O WikiLeaks é uma organização sem fins lucrativos, sediada na Suécia, que publica, em sua página na internet, postagens de fontes anônimas.

O Ministério das Relações Exteriores do Equador informou que desativou “temporariamente” a rede usada por Assange, depois de o WikiLeaks divulgar no fim de semana uma nova série de documentos secretos, alguns dos quais sobre a candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton. Ontem (18), o WikiLeaks havia levantado a suspeita de que os Estados Unidos teriam pressionado o Equador para tirar o acesso de Assange à internet e impedir que osite investigativo publicasse mais relatórios sobre Hillary.

A democrata lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições norte-americanas de novembro, nas quais enfrentará o magnata Donald Trump, que concorre pelo Partido Republicano.

Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres há quatro anos e teme ser extraditado para os EUA, onde pode ser processado por espionagem e condenado à prisão perpétua. Da Agência Brasil.

Puxa! Que maçada! Logo agora que o Assange ia revelar detalhes escabrosos sobre as aventuras de Clinton no Salão Oval.

Assange reaparece na Embaixada do Equador em Londres.

Julian Assange

O australiano Julian Assange, 41 anos, fundador do site WikiLeaks, , especializado em divulgar documentos secretos de diversos países, quebrou o silêncio neste domingo ao falar da sacada da Embaixada do Equador, em Londres. 
Assange está refugiado ali desde o dia 19 de junho para evitar sua extradição para a Suécia onde deveria ser julgado por agressão sexual – o que ele nega.
O fundador do WikiLeaks disse que a organização está sob ameaça e pediu ao presidente dos EUA que não processe ou persiga seus colaboradores. De Ricardo Noblat, de O Globo.

Assange é importante não só por revelar documentos constrangedores dos governos do Ocidente. O uso da internet como veículo disseminador das verdades ocultas inaugura uma nova era em que os poderosos tremem ante a expectativa de revelação das suas maldades. Depois do Wikileaks, ninguém está mais seguro no mundo. A internet transformou-se no verdugo das malvadezas do mundo moderno.

 

Hillary Clinton: “O WikeLeaks me marcou para o resto da minha vida.”

Hillary Clinton admitiu, ontem, ao jornal The Independent, de Londres, que as ações de Julian Assange no seu site WikiLeaks, denunciando patacoadas da diplomacia norte-americana, vão marcar o resto de sua vida. “Particularmente estou fazendo um tour de pedidos de desculpas pelas denúncias do WikiLeaks”.

Já por outro lado, o advogado de Assange garantiu a jornais que se ele for extraditado para os Estados Unidos ou é executado ou cai nas garras do diretor da prisão de Guantanamo, a penintenciária em Cuba onde os norte-americanos esquecem aquilo que leram na Bíblia.

Julian Assange poderia pedir asilo ao Brasil.

Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de São Paulo, o australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, disse que um material ainda mais explosivo está por surgir em 2011 em relação aos EUA. “Os valores americanos estão sendo jogados no lixo”, alertou, sobre a pressão que tem recebido. Ele anuncia que poderá usar o Brasil como base de suas operações em 2011 e diz que não descartaria a possibilidade de ir ao Brasil se uma oferta de asilo fosse feita.

Jornalista australiano diz que tem documentos comprometedores sobre eleições brasileiras.

Julian Assange

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, afirmou que entre seus documentos secretos, possui informações que abalariam as eleições deste ano no Brasil. Assange disse que não conseguiu divulgar as informações porque os documentos sobre a guerra no Iraque tomaram muito tempo da equipe do site.
“Sabemos que parte da informação que temos sobre o Brasil poderia ter abalado as pretensões eleitorais de algumas pessoas. Mas não conseguimos ter tempo de publicar o material antes, diante de todo o caso do Iraque”, declarou em entrevista ao Estadão.
O WikiLeaks é conhecido por publicar informações secretas de governos, principalmente o norte-americano. Pelas denúncias que faz, Assange, o fundador, é obrigado a andar com seis seguranças e não tem residência fixa.
Segundo o jornalista, a imprensa norte-americana boicota suas informações, mas ele não se importa. “Vamos continuar a publicar os documentos da forma mais rápida possível. Espero que as pessoas julguem alguém não pelo calibre de seus amigos, mas de seus inimigos”.

WikiLeaks é uma organização internacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia,[1] que publica, em seu site, posts de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos sensíveis. No site, a organização informa ter sido fundada por dissidentes chineses, jornalistas, matemáticos e tecnólogos dos Estados Unidos, Taiwan, Europa, Austrália e África do Sul. Seu diretor é o australiano Julian Assange, jornalista e ativista da Internet.

WikiLeaks recebeu vários prêmios para novas mídias, incluindo o New Media Award 2008 da revista The Economist. Em junho de 2009, a WikiLeaks e Julian Assange ganharam o Media Award 2009 (categoria “New Media”) da Anistia Internacional, pela publicação de Kenya: The Cry of Blood – Extra Judicial Killings and Disappearances, em 2008  um relatório da Comissão Nacional Queniana de Direitos Humanos sobre a política de extermínio no Quênia. Em maio de 2010, WikiLeaks foi referido como o número 1 entre os “websites que poderiam mudar completamente o formato atual das notícias”.

Em abril de 2010, WikiLeaks postou, no website Collateral murder, um vídeo feito em 12 de julho de 2007, que mostrava civis iraquianos sendo mortos durante um ataque aéreo das forças militares dos Estados Unidos. Em julho do mesmo ano, a organização ganhou maior visibilidade mundial, ao divulgar o Afghan War Diary, uma compilação de mais de 76.900 documentos secretos do governo americano sobre a Guerra do Afeganistão. No mês de outubro, em articulação com grandes organizações da mídia, Wikiliaks publicou um pacote com quase 400.000 documentos secretos, denominado Iraq War Logs, sobre a Guerra do Iraque.