O portal Novoeste reproduz hoje artigo de Itapuan Cunha, que lamenta a propaganda do Governo Jusmari Oliveira. A Prefeita apropria-se de obras que não são suas, na falta de obras genuínas da administração municipal:
“Ultimamente, através de forte propaganda na TV Oeste, a Prefeitura da “cidade mãe”, começou uma campanha para “conscientizar” a população barreirense sobre diversas obras em andamento, começando, enfim, a recuperar os dois primeiros anos perdidos. (?) Não foi explicado porque tanto tempo foi desperdiçado. Certo é que nossa cidade pagou muito caro por uma inércia injustificada, pois a receita bruta do município no período beira os 500 milhões de reais. Como nenhuma obra de vulto foi executada, a não ser as eleições do 1º damo e da presidente Kelly, o povo pergunta: e o que sobrou, como foi gasto? O que é voz corrente é o fato da inadimplência comprovada da prefeitura, que não paga aos fornecedores (hoje são poucos que se aventuram em fornecer ao município), não paga a complementação aos professores, 13º dos contratados e boa parte dos concursados, etc.
Há quem afirme tratar-se de uma veiculação inverídica, pois não há uma explicação plausível para justificar o período em que nossa prefeitura realizou tão somente dois carnavais e duas exposições e outros empreendimentos de pequena monta, a exemplo da malfadada operação tapa-buraco. Hoje, com a chegada das chuvas, vê-se que o dinheiro do tapa-buraco desceu pelo ralo, de tão mal feito.
Na propaganda oficial a “cidade mãe” apregoa que finalmente as obras prometidas estão em andamento, a exemplo do Anel Viário, do esgotamento sanitário, das casas populares e da chegada do SAMU.
Para quem não sabe, o Anel Viário é uma obra projetada, realizada e fiscalizada pelo governo federal, sem qualquer ingerência da nossa prefeitura.
O esgotamento sanitário também é uma obra totalmente financiada pelo governo federal e executada pela Embasa, órgão do governo do estado da Bahia, por deferência do governo “cidade mãe”, contrariando decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, que proferiu sentença para que a exploração do esgotamento sanitário e o fornecimento de água à população passassem a ser de responsabilidade da Prefeitura de Barreiras. Processo movido pelo vereador Carlos Tito, esnobado pela “cidade mãe”, decisão totalmente alheia aos interesses do nosso município. Outra: segundo acordo com a protegida Embasa a “cidade mãe” assumiu a responsabilidade de pavimentar as ruas esburacadas pela estatal baiana, nas obras do esgotamento sanitário, mas não está cumprindo o que acertou, fazendo com que a “comissão de fiscalização de obras” da Câmara de Vereadores deixe de cobrar da Embasa aquele serviço. Para alguns vereadores, portanto, que já não trabalham nadica de nada, sobrará mais tempo para a politicalha.
As casas ora construídas na saída para Riachão das Neves, são totalmente financiadas pela Caixa Econômica Federal, como também serão as que serão erguidas também na saída para Riachão das Neves e a execução é também de responsabilidade do governo federal, via PAC.
Qualquer cidadão sabe que o SAMU é mais uma conquista outorgada pelo governo federal, que fornece as ambulâncias, peças de reposição, paga seus funcionários, etc. Não é, como está sendo difundido, uma obra da “cidade mãe”.
A política, após a era Lula, tomou novos rumos, pois a exemplo da nossa “cidadã mãe”, o governo estadual reforça substancialmente a divulgação de suas (?) obras utilizando-se de serviços do PAC, de casas populares, de saneamento básico (Barreiras incluída), extensão da pista do aeroporto de Barreiras (emenda da bancada baiana na comissão do orçamento federal), ferrovia oeste/leste e até da transposição das águas do rio São Francisco. Não é à toa que se propaga que o governador baiano, neste ano de eleições, gastou mais com propaganda do que com as pastas de educação, saúde e segurança. Meu Deus, a mentira hoje está oficializada, como num passo de mágica.
Resta aos nossos habitantes que se informem com detalhes das coisas que acontecem na administração da “cidade mãe”. É um dever cívico e todos devem fiscalizar os atos e fatos da administração da prefeitura. Assim agindo, estamos praticando os ditames da carta magna. Também é de bom alvitre fiscalizar o andamento das decisões dos senhores vereadores, que quase nada fazem e ainda dão poderes plenipotenciários à nossa gestora, que não mais necessitará autorização da Câmara para a maioria de suas ações à frente da prefeitura. Ou os vereadores primam pela subserviência ou simplesmente são omissos, deixando para a senhora prefeita fazer o que entender para conduzir o barco “cidade mãe”, que navega em águas mansas. Triste Barreiras!”
Itapuan Cunha
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