Leilão de energia de hoje acrescenta quase 50 gigawatts à capacidade instalada

eólicaSó da Bahia foram incluídos 292 projetos de energia eólica.

O leilão de energia elétrica A-5 superou o recorde de capacidade instalada de geração de energia no país, atraindo 47,6 mil megawatts (MW) em novos investimentos. A informação foi dada hoje (20) pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim. O pregão, que contratará energia para 2021, está previsto para fevereiro de 2016.

“É o maior leilão do mundo [em termos de interessados em participar], quase 50 mil MW”, afirmou Tolmasquim. “Ter investidor que gasta dinheiro fazendo projetos, é porque ele acha que vale a pena construir, o setor traz tranquilidade para o investidor.”

Segundo Tolmasquim, foram cadastrados 1.055 projetos de geração de energia no leilão, com capacidade equivalente a três usinas hidrelétricas de Itaipu. Os destaques estão na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde as características favorecem a geração das eólicas. O Rio de Janeiro, com gás natural, aparece em terceiro lugar e é tido como “uma surpresa.”

Foram aprovados para o leilão 864 projetos de geração de energia eólica, de um total de 1.055 projetos apresentados à EPE. Juntos, eles são capazes de gerar 21.322 megawatts (MW). Só da Bahia foram incluídos 292 projetos. Outros 232 estão previstos para o Rio Grande do Norte.

“ O cenário do setor elétrico é bom, temos uma quantidade de investidores interessados. Isso nos deixa tranquilo, é muito positivo”, acrescentou Tolmasquim.

Consideradas mais poluentes, sete usinas térmicas a carvão e 36 a gás natural estão no leilão. Sete das térmicas ficam no Rio de Janeiro. Há ainda seis hidrelétricas. Pequenas centrais hidrelétricas  também vão entrar no leilão, oferecendo 1019 MW, em 78 projetos.

Segundo Tolmasquim, apesar de aparecerem poucas hidrelétricas no A-5, a previsão do governo é realizar o leilão da Usina de São Luiz do Tapajós, no Pará, com capacidade de cerca de 8 mil MW, também em 2016. O aval, no entanto, depende de licenças ambientais e de autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai), pois o projeto prevê o alagamento de áreas de parque naturais.

Agência faz leilão de energia para ajudar distribuidoras

aneel1-300x168A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fez nesta quarta-feira um leilão para que as distribuidoras possam comprar energia que já está sendo gerada por hidrelétricas e termelétricas. Com isso, será reduzida a compra no mercado livre, onde os preços são mais altos.

A energia contratada pelas distribuidoras deverá começar a ser fornecida pelas geradoras a partir desta quinta-feira. Segundo a Aneel, o leilão tem como objetivo atender à necessidade imediata de contratação de energia por parte das distribuidoras.

O leilão será feito exclusivamente por meio de sistema computacional, em São Paulo, a partir das 10h. De acordo com o edital, no contrato por disponibilidade, o preço-teto será R$ 262 por megawatt-hora (MWh) e no contrato por quantidade será R$ 271 por MWh. Nos contratos por disponibilidade estão incluídos os empreendimentos termelétricos, inclusive biomassa, e nos contratos por quantidade estão incluídas as outras fontes.

O leilão foi anunciado pelo governo como parte de um pacote de ajuda às distribuidoras. Na ocasião, foi anunciada também a contratação de um financiamento pelas empresas e um aporte adicional do Tesouro na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

Além do gasto maior das distribuidoras com energia proveniente de termelétricas, por causa do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o custo das distribuidoras tem aumentado porque elas têm recorrido ao mercado livre para comprar energia. Isso ocorre porque no último leilão promovido pelo governo, em dezembro do ano passado, não houve oferta suficiente de energia, por causa do preço-teto estipulado, considerado baixo pelas geradoras.

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