AIBA divulga último levantamento da safra 2012

Os preços favoráveis das commodities agrícolas no cenário mundial, sobretudo do milho e da soja, animam o produtor do Oeste da Bahia, mas não anulam a frustração, principalmente, da expectativa de colheita, que a maior seca da história agríloca do cerrado baiano ocasionou na safra 2011/12. A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) concluiu o 4º e último levantamento da safra 2011/12, e já começa a consolidar os primeiros números de intenção de plantio para 2012/13. No total, a produção de grãos no cerrado cresceu, apesar da seca, aproximadamente, 4% ante  2010/11, chegando a 7.147.158 toneladas na safra que acaba de ser concluída. O algodão e a soja foram as culturas mais afetadas pela estiagem. O milho, que já estava em estágio de produção mais avançado, sofreu menos quando a seca iniciou em meados de fevereiro desse ano.

Para o diretor do Conselho Técnico da Aiba, Antonio Grespan, quando se faz o balanceamento das variáveis climáticas com as de mercado, a safra 2011/12 pode ser considerada boa. “O Oeste da Bahia é uma região de grandes dimensões e múltiplas características climáticas. Assim, alguns produtores foram mais afetados que outros. A rotação de culturas com milho, e o uso intensivo de tecnologia, absorveu em parte o impacto da seca. Trata-se de uma região consolidada, capaz de superar adversidades como esta e manter seus produtores em atividade”, avalia Grespan. Continue Lendo “AIBA divulga último levantamento da safra 2012”

Safra baiana 2012 é 13,8% menor

O 12º levantamento da safra de grãos 2011/12, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 6 de setembro, indica que a produção baiana será 13,8% menor, caindo de 7.340 mil toneladas em 2010/11 para 6.331.
Apesar de colher 3,9% a mais por hectare do que na safra passada, a área plantada no estado caiu 10,3%, diminuindo de 3.074 mil hectares para 2.758. Com isso, quase todas as culturas apresentaram quedas significativas na produção, entre elas, a mamona, com 81,9%. A área plantada de mamona foi 38,6% menor. Some-se a isso, diminuição de 70,6% na produtividade por hectare e o resultado é que a produção despencou de 99 mil toneladas para apenas 17,9.
Outros destaques negativos foram sorgo (-67,1%), feijão (-55,3%), algodão em pluma (-23,6%), arroz (-23,2%), algodão em caroço (-23%), caroço de algodão (-22,7%), soja (-9,3%) e milho (-4,5%). E o resultado pode ser ainda pior, pois a Conab ainda não apresentou a expectativa para o amendoim. No relatório, consta somente que a produção de 2011/10 foi de 6,2 mil toneladas. A produção de girassol, que já era quase nula, permanecerá assim.
Culpa na Bahia – Como aconteceu nos últimos levantamentos, a Conab faz questão de ressaltar que os cultivos de feijão na Bahia são feitos com “baixa tecnologia”. Sobre o plantio de soja, os técnicos do governo afirmam que “baixas precipitações pluviométricas no final do ciclo da cultura, resultaram em produtividades abaixo da obtida na safra 2010/11, com a maior redução observada na Bahia, com perda de 14,9%”. No caso do milho, os técnicos do governo apontam que a Bahia “teve a colheita normal no oeste do estado, mas não conseguiu semear as áreas do semi-árido”.
Já o resultado da colheita brasileira é tido como “recorde, 165,9 milhões de toneladas, 1,9% a mais que a anterior, quando atingiu 162,8 milhões”. O próximo levantamento será referente a safra de grãos 2012/2013, com divulgação marcada para 9 de outubro, no auditório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Acesse a íntegra do documento: bit.ly/TH6B0O