
Do 247, na Bahia.
A chegada da campanha eleitoral azedou de vez a ‘histórica’ relação harmoniosa, até amistosa, como diziam alguns, entre o democrata ACM Neto e o petista Jaques Wagner. Prefeito do DEM considerou que o ofício enviado pelo governador solicitando suspensão do processo licitatório do transporte público de Salvador foi “uma afronta à soberania” do município.
“Não vamos parar o processo porque não reconhecemos a força da lei que criou a Entidade Metropolitana e, principalmente, porque a cidade não suporta mais o modelo atual. O governador Jaques Wagner quer que o cidadão continue sofrendo para andar de ônibus e nós queremos resolver o problema, oferecendo conforto e transporte de qualidade à população. Como fui eleito para cuidar da população e sei que a melhoria passa pela licitação, não vou suspender o processo”, disse ACM.
Segundo o prefeito, a licitação começou no ano passado e era de conhecimento público. “Será que só agora o governador tomou conhecimento? Antes de encaminhar um ofício solicitando a suspensão da licitação, por que o governador não pergunta se os usuários estão satisfeitos com o atual modelo?”.
ACM Neto lembrou ainda que quando transferiu o metrô para o governo, apenas quatro meses após assumir a gestão, a melhoria do transporte público estava prevista em uma das suas cláusulas.
De acordo com a Secretaria de Urbanismo e Transportes, os envelopes com as propostas serão recebidos na próxima segunda-feira (14). “O prazo está mantido”, afirma o prefeito. ACM diz ainda que “nas tratativas com o governo do estado para a transferência do metrô ficou acertado que a licitação para as novas linhas de ônibus seria um passo natural e fundamental para que todo o sistema fosse integrado”.
Oficio recebido pela Prefeitura “traz contradições inconciliáveis” diante todo o processo inicial, pois usa justamente a implantação do metrô como forma de readequar o que foi acordado para transferência do equipamento para o Estado.
