CONSEG-LEM realiza audiência pública por mais ordem em diversões noturnas

O presidente do Conseg-LEM e o capitão Quesado, comandante da CIPE-Cerrado. Pela redução do horário de funcionamento dos bares.
O presidente do Conseg-LEM e o capitão Quesado, comandante da CIPE-Cerrado. Pela redução do horário de funcionamento dos bares.

O Conselho Comunitário de Apoio a Segurança de Luís Eduardo Magalhães (CONSEG/LEM) se reuniu ontem, 24, à tarde, em audiência pública na Câmara de Vereadores com autoridades policiais e os próprios vereadores.
O CONSEG/LEM defende a uma lei que limite o horário de funcionamento dos bares na cidade de LEM. A maioria dos vereadores deu a entender que preferem outro tipo de alternativa para se combater a violência no município.
Para a vereadora Katerine Rios é preciso investir em mais educação e fiscalização das leis atuais por parte do executivo. Mesma ideia defendida pela maioria dos vereadores, como o vereador Sidney Giachini:

“Se a prefeitura fiscalizar esses bares, exigir alvará de funcionamento, extintor de incêndio, saída de emergência, vocês vão ver que poucos bares vão ficar abertos. Sou contra limitar o horário dos bares. Isso é inconstitucional”.

O vereador Claudionor Machado é um dos que defendem a ideia.

“Se os bares tiverem um horário para fechar, creio eu que vamos sim reduzir os homicídios na cidade”.

Para o vereador Guinho da Contem a violência está relacionada a questão da falta de educação de qualidade. “Se você vai num bairro rico, você vê que lá não tem violência. Agora se você vai num bairro pobre, você verá que as coisas mudam? Mas por que. Por que o rico dá educação boa para os seus filhos. O pobre não. Precisamos igualar isso”.

Para o capitão Quesado, da CIPE/Cerrado, a lei ajudaria e muito o trabalho das polícias:

“Nós que estamos nas ruas, vemos o que acontece na cidade depois das 23h. limitar o horário de funcionamento dos bares iria sim diminuir e muito a violência em LEM. Precisamos sim continuar investindo em educação, mas essa é uma atitude que irá dar frutos a médio prazo. Precisamos de algo concreto para combater a violência hoje, agora”.

O mesmo pensamento tem o tenente Carvalho, da 5ª CIA. Ele também acredita que a lei ajudaria a diminuir os crimes na cidade.

“Como disse o capitão Quesado, nós sabemos o que encontramos na cidade depois das 23h”.

Para o presidente do conselho de segurança, Ulisses Moreira, houve uma lei nesse sentido, mas que muito vazia quanto as limitações a esses estabelecimentos acabou vetada pelo prefeito, mas que agora dá para fazer algo melhor:

“Agora é debater, deixar tudo claro quanto a horários e fiscalização. Nós cremos que uma lei dessas ajudaria muito nossa cidade”.
O CONSEG/LEM espera que os debates em torno deste assunto possam avançar e que juntos com as autoridades, com a população e os poderes executivo e legislativo possam chegar a uma decisão que venha conseguir de fato reduzir a criminalidade na cidade.

Magistratura, Ministério Público e Executivo Municipal, apesar de convidados, não se fizeram representar. Com texto de Sigi Vilares, editado por este jornal.