Lobão, o último iconoclasta

lobãoO cantor, compositor e, agora, escritor de talento, Lobão, falando sobre os nossos jovens, para o Globo:

– Quando eles são legais, são muito legais! Mas, em geral, o bundamolômetro está alto. Ou é o militante riponga, ou é o playboyzão que vai com a namorada com minissaia abajur de xoxota para o show do Luan Santana num puta carrão.

Lobão também lascou esta da sua cabeça privilegiada:

— A gente, brasileiro, nunca foi tão malandro, tão guarani-kaiowá [olha a polêmica aí], tão riponga, tão chulé como agora — avalia Lobão. — Você vê as ruas quebradas, as pessoas se divertindo com passatempos de quinta categoria, músicas que só podem causar atrofia no cerebelo e, na política, militantes que são a coisa mais cafona, mais rastaquera que há. É uma farofada: aquela coisa linguiça com cachaça, sandália de couro, barbicha… de última. Amamos a pobreza. O bom regime não é nivelar por baixo, na laje da Barbie. É justamente chamar todo mundo para a prosperidade. É ganhar o Nobel de Ciência, Literatura, Economia… Ou, então, vai ficar exportando bunda, axé, pagode, coisas de terceira categoria.

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