Choque entre 2 caminhões pesados mata motorista

bitrem 2

Texto e fotos de Eduardo Lena, do jornal Nova Fronteira

Uma colisão envolvendo dois bitrens ocorrida por volta das 06h20 de hoje, 07, deixou o saldo de uma pessoa morta. O acidente ocorreu na BR 242, distante 25 Km do centro de Barreiras, sentido Salvador.

De acordo com informações policiais, Darlan Pinheiro de Carvalho, 32 anos, motorista do bitrem de placa HTX 1361, de São Sebastião do Passé/BA, não resistiu aos graves ferimentos e faleceu quando recebia os primeiros socorros de uma equipe do Samu. Marcelo Horácio de Oliveira, 39 anos, motorista do bitrem de placa OAP 7420, de Sorriso/MT, nada sofreu.

Apesar do socorro do SAMU, Darlan faleceu no local do acidente
Apesar do socorro do SAMU, Darlan faleceu no local do acidente

Relatos policiais baseados em informações de testemunhas e obtidos pela dinâmica do acidente indicam que Darlan tenha cochilado ao volante e invadido a pista contrária.

Após a colisão, o bitrem conduzido por Marcelo de Oliveira, percorreu ainda aproximadamente 200 metros, despejando na pista parte da carga de milho em grãos que transportava.

Bastante abalado com o ocorrido, um companheiro de viagem de Darlan, que preferiu não se identificar e que seguia em outro caminhão, informou que eles pararam em Cristópolis por volta das 02h da madrugada para dormir e que em torno das 5h30 Darlan resolveu pegar a estrada novamente. “Eu fiquei dormindo até mais tarde. Quando cheguei aqui vi que um dos envolvidos no acidente era o meu amigo”, disse.

O corpo de Darlan Pinheiro de Carvalho foi apresentado no Instituto Médico Legal do Complexo Policial de Barreiras para realização da necropsia.

O caminhão que viajava para o litoral despejou parte  da carga na pista
O caminhão que viajava para o litoral despejou parte da carga na pista

bitrem 3

Perguntar não ofende: e o Estatuto do Caminhoneiro, aprovado em dezembro de 2011, que proíbe os motoristas profissionais de dirigirem por mais de quatro horas ininterruptas, devendo ser observado, após esse período de trabalho, um intervalo mínimo de 30 minutos para descanso?

Como tudo neste Brasil velho sem porteiras, a lei não é aplicada.

Seria muito simples aplicar a lei, se o País e os governantes fossem sérios: caminhão na pista, só das seis da manhã às seis da tarde. O resto seria para descanso. Mas se isso acontecesse, a soja ficaria apodrecendo na lavoura, os navios esperando no porto e o custo da logística seria o dobro. Então, deixa que se mate nas rodovias, que encham a cara de cocaína e outras drogas e que dirijam que nem uns doidos.

Humberto fala com Otto sobre a encantada Rodoagro

Foto de Péricles Monteiro
Foto de Péricles Monteiro

Humberto Santa Cruz manteve uma conversa séria com o vice-governador e secretário de Infraestrutura da Bahia, Otto Alencar, sobre os primeiros 50 km da Rodoagro, a rodovia encantada que liga a Coaceral – Formosa do Rio Preto – ao anel da soja. É a região que mais produz soja no Oeste e precisa de escoamento.

Como os agricultores cansam de repetir, da porteira pra dentro está tudo bem. Da porteira prá fora, é ausência de estrada, buracos onde já foi asfalto, portos entupidos e frete com preço lá em cima.

shop car

FAAHF recebe autorização de novos cursos e poderá ter vestibular de inverno

A Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira (FAAHF) de Luís Eduardo Magalhães amplia para o segundo semestre de 2013 a grade de oferta de cursos de graduação. Há poucos dias, a IES recebeu a autorização do Ministério da Educação para abertura de dois novos cursos: Tecnólogo em Logística (Portaria N° 152 de 2 de abril de 2013) e Tecnólogo em Recursos Humanos (Portaria N° 174 de 17 de abril de 2013). Ambos têm duração de dois anos e apresentam grande carência de profissionais na região.

O profissional tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos poderá atuar como gerente de recursos humanos, supervisor de recrutamento e seleção, de cargos e salários, de treinamento e desenvolvimento de pessoal; analista de cargos e salários, de recrutamento/seleção, de treinamento e desenvolvimento de pessoal; técnico de recrutamento e de treinamento em cargos e salários e assistente de departamento de pessoal.

Já o profissional tecnólogo de logística insere-se no setor de gestão e desenvolve aptidões relacionadas a armazenagem, distribuição e transporte, na área logística de uma empresa, planejando e coordenando a movimentação física e de informações sobre as operações realizadas e a realizar, visando proporcionar fluxo otimizado e de qualidade para peças, matérias primas e produtos.

Segundo a direção da IES, um vestibular de inverno deve acontecer nos próximos meses, com data ainda a ser divulgada.  Além da autorização dos cursos tecnólogos, a FAAHF sela neste ano de 2013, o início das atividades na modalidade de ensino a distância (EAD), através da parceria com a Universidade Católica de Brasília Virtual, com cursos de graduação, pós-graduação, extensão e disciplinas isoladas, também para o segundo semestre.

G5_Arte-Expresso_blog_final

CONAB diz que transporte mais barato para o Nordeste é mesmo o caminhão

brasil

O modo rodoviário ainda é a forma mais barata de transporte da produção agrícola do Centro Oeste para os estados do Nordeste do país. Essa é a conclusão de um recente estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a logística de escoamento de estoques públicos para atender a Região Nordeste, que vem sofrendo com a seca.

O estudo demonstra que o transporte multimodal, com a utilização conjunta dos modos rodoviários, hidroviários e de cabotagem, ainda é muito caro no Brasil, se comparado ao rodoviário. Um exemplo é o custo de deslocamento de milho do MT e GO para os estados nordestinos. Pelo modo rodoviário, a Conab paga, em média, cerca de R$ 370,00 por tonelada. “Caso utilizássemos o sistema multimodal, ente Mato Grosso e Bahia o valor seria de quase R$ 700,00 por tonelada”, explica o Superintendente de Logística Operacional da Conab, Carlos Eduardo Tavares.

Segundo Tavares, outra alternativa analisada foi a utilização da multimodalidade rodo-cabotagem-rodo entre a zona de produção do Paraná e Bahia, que apresentou valor superior a R$ 650,00 por tonelada. “Os números demonstram que as grandes distâncias rodoviárias, necessárias para alcançar roteiros onde são utilizados veículos de grande porte (hidrovia, ferrovia, marítima), acarretam elevados custos logísticos totais”, completa.

Outro fator que torna o modo rodoviário mais atrativo é o nível de serviço oferecido. Basicamente, o tempo do caminhão no percurso de origem é de 3 a 6 dias, enquanto no sistema multimodal, pela necessidade de consolidação das cargas (descarregar vários caminhões para encher um navio), pela distância a ser percorrida em veículos de baixa velocidade e pelo tempo de descarregamento nos portos, o prazo de remoção chega a 45 dias.

O levantamento aponta que a expansão do crescimento agrícola está se processando para o interior do país, e a ferrovia deveria ser o modo básico de transporte para movimentar estoques públicos da região Centro-Sul para o Nordeste. “Caso a ferrovia Norte-Sul estivesse concluída, teríamos uma alternativa mais eficaz para abastecer o Nordeste”, ressalta o superintendente. (Mônica Simões/Conab)

 

 

Logística para exames do ENEM é gigantesca

A edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deve mobilizar 566.617 pessoas no trabalho de logística. A avaliação será realizada em 1.615 municípios em todo país no próximo fim de semana (3 e 4 de novembro). Do total, 540 estão no  Nordeste;  466, no Sudeste; 192, no Norte e 170, no Centro-Oeste.  

A Região Nordeste também concentra o maior número de locais de prova (5.237 salas), seguida pela Sudeste (466). Ao todo, o exame ocorrerá em 15.076 locais.

O Enem é a oportunidade para 5.791.290 estudantes brasileiros que farão as provas ingressarem em universidades federais, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ou faculdades particulares, por meio de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni).

Distribuídas em 48.341 malotes, as provas percorrerão 9.788 rotas, que compreendem 305 mil quilômetros. No transporte, serão usados 2,2 mil veículos.

A segurança do exame vai mobilizar homens do Exército, da Polícia Federal, Polícia Rodoviária e Polícia Militar. Além disso, contará com a participação de quase 20 mil  agentes de escolta das secretarias de Segurança Pública de todos os estados. Para reforçar o esquema de segurança, o Ministério da Educação (MEC) vai usar lacres eletrônicos para o fechamento de 10 mil malotes de provas, cerca de 25% do total. Da Agência Brasil.

Caminhoneiros querem continuar luta contra monopólio imposto pela Bunge.

Caminhões em Luís Eduardo Magalhães: a grande frota de caminhões pesados de longo curso movimenta a economia da cidade. A Bunge alimentos processa 1.050.000 toneladas de grãos durante o ano e exporta grãos e sub-produtos através dos portos de Aratu e Ilhéus.

A UNICAM – União Nacional dos Caminhoneiros manifestou-se hoje, via telefone e depois elaborando um manifesto, sobre as recentes decisões da Bunge Alimentos em eleger apenas uma rede de postos para abastecimento dos caminhões com os quais contrata fretes. Veja matérias relacionados com o assunto aqui e aqui.

José Araújo Silva, presidente da Entidade de classe, nos disse ao telefone que visitou a cidade recentemente para ouvir frotistas e caminhoneiros. E disse ter ficado assustado com o medo dos profissionais ou empresários do ramo em revelar seus nomes com temor de represálias por parte da Empresa multinacional. O problema foi semelhante quando recebemos a denúncia pela primeira vez: todos denunciam as desvantagens, mas ninguém autorizou a sua identificação na matéria. 

Veja o manifesto da UNICAM:
“Os caminhoneiros que trabalham na região de Luís Eduardo Magalhães (BA) estão sofrendo uma prática desleal. A multinacional Bunge Alimentos, uma das principais empresas de agronegócio e alimentos do país, determinou que o abastecimento só pode ser feito em uma rede de postos, a Porto Brasil.

A Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros) está no local para avaliar a situação e encontrar uma solução com os caminhoneiros. José Araújo “China” da Silva, presidente da entidade, afirma que a prática pode ser considerada ditadura do transporte, já que proíbe a livre escolha dos profissionais. “Assim como em qualquer lugar, eles selecionavam onde iriam parar. Porém, recentemente, a empresa determinou que o abastecimento deve ser feito apenas nos postos dessa rede, o que é um absurdo. Demorou 50 anos para a carta-frete chegar ao fim e, agora, querem voltar com as práticas restritivas.”

Os transportadores da região afirmam que a rede de postos cobra mais caro pelo combustível, exige um consumo mínimo e não tem infraestrutura para atender a demanda, o que acarreta em grandes filas de espera.

A carta-frete chegou ao fim, oficialmente, em abril desse ano com a resolução nº 3.658/2011 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que regulamenta o pagamento dos caminhoneiros autônomos. Por ser um documento sem valor fiscal, emitido sem permissão legal pelas próprias empresas contratantes, a carta-frete deixava o profissional dependente das práticas informais impostas pelo mercado, com imposições interessantes apenas para as empresas contratantes e postos, além de submeter um consumo mínimo e o pagamento de um valor superior no litro do combustível. Condições semelhantes às relatadas pelos caminhoneiros em Luís Eduardo Magalhães.”

Sobre a Unicam (www.unicam.org.br)

A União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) é uma entidade de classe que representa os caminhoneiros em todo o país, com o objetivo de defender os direitos e interesses referentes à atividade dos caminhoneiros autônomos e microempresários.

            Com 12 anos de história, já obteve 13 vitórias importantes para o segmento, como a atribuição de crédito do PIS/COFINS aos pagamentos dos serviços do caminhoneiro, a aprovação de leis para disciplinar o setor de transporte, melhorias relacionadas à infraestrutura portuária, e, recentemente, à aprovação da lei que elimina a carta-frete.

Frotistas reclamam da iniciativa da Bunge de nomear apenas um posto para abastecimento.

Estima-se que 1.000 caminhões carreguem e abasteçam diariamente em Luís Eduardo Magalhães, retirando mercadoria para mercados nacionais e internacionais. No pico da safra esta quantidade aumenta.

Frotistas de caminhões pesados, autônomos e associações de caminhoneiros estiveram reunidos no início desta semana, em Luís Eduardo Magalhães, com o intuito de resolver um grave problema criado pela Bunge Alimentos, a maior contratadora de fretes de longo curso na região, já que a sua indústria de esmagamento é a maior do País – 1,05 milhão de toneladas/ano. Segundo os frotistas e empresários contatados, a Empresa rescindiu contrato com duas grandes empresas fornecedoras de combustível, que acatavam as cartas-frete, firmando contrato com uma única rede de postos.

Preços e perdas.

O primeiro problema é o preço: acostumados a pagar R$1,90 e, em alguns postos do trecho Luís Eduardo-Aratu, até R$1,86, os frotistas estão obrigados a abastecer na rede de Postos Brasil por R$1,999 ou R$2,00, já que não existe a divisão milesimal do Real. Os frotistas não querem identificar-se, apesar de prestar todas as informações, porque temem perder os contratos de frete com a Bunge. Mas segundo vários repetiram, o cálculo é simples: se um caminhão tipo bi-trem gasta 1.000 litros para ir e voltar ao porto de Aratu e faz no mínimo seis viagens por mês, gasta seis mil litros. Se abastecer por um preço de R$0,16 menor, economiza R$960,00 por mês. Parece pouco, mas isso multiplicado por 800 caminhões e por 7 meses onde ocorre o pico da exportação, isso significaria uma perda de R$5.376.000,00 por parte do conjunto de frotistas.

Cheque Troco

As cartas-frete distribuídas ao caminhoneiros eram, antes da decisão da Bunge, trocadas nos postos de Luís Eduardo pelo abastecimento, cheques-troco e até dinheiro, caso em que os motoristas comissionados já retiravam os 10% de sua comissão para atendimento de suas necessidades pessoais, como alimentação durante a viagem, por exemplo. Isso gerou outro problema: o Posto Porto Brasil parece não ter suporte financeiro para devolver as importâncias não gastas em cheques-troco ou dinheiro e está distribuindo vales-abastecimento para que o motorista abasteça novamente nos postos localizados na vila Cerradão, Barreiras e Feira de Santana(Santo Estevão).

Esta semana um frotista ordenou ao motorista que procurava receber, sem sucesso, o cheque-troco, depois de abastecer, com o caminhão ainda estacionado em frente às bombas: “Não tem o cheque? Feche o caminhão e vá para casa almoçar.”

Estrutura física

Outro problema apontado pelos motoristas e frotistas é de o Posto Porto Brasil não tem estrutura física para o abastecimento e estacionamento dos caminhões. A espera pelo abastecimento e pelo acerto financeiro tem demorado até 3 horas e, enquanto isso, os motoristas não tem onde estacionar, já que no local funcionam diversas empresas agenciadoras de carga e que motoristas a espera de frete para outros destinos também ficam por lá esperando a oportunidade de pegar uma ordem de carregamento ou fazer seus acertos financeiros.

Tipificação jurídica

O advogado de uma das empresas frotistas, que também pediu para não ser identificado, afirma, que além do óbvio abuso de poder econômico, a iniciativa da Bunge e do posto contratado poderia ser caracterizada como cartel e monopólio, sem prejuízo de outras implicações cíveis e criminais.

As afirmações da empresa

Na quarta-feira desta semana, após ouvir os frotistas, procuramos a gerente de Logística da Bunge Alimentos, Patrícia Dallagnol, que negou-se a nos receber, mas fornecendo, no entanto, um endereço de email, para que as questões levantadas por este semanário fossem respondidas.

Ainda na tarde do mesmo dia recebemos um telefonema de Carolina Avellar, da assessoria de imprensa da Bunge, em São Paulo, afirmando que a Empresa faria uma nota de esclarecimento sobre os fatos alegados pelos transportadores. Essa nota foi encaminhada somente nesta sexta-feira, às 19h08m, a qual reproduzimos a seguir:

“Com o objetivo de aprimorar o atendimento aos transportadores e otimizar o número de postos de abastecimento conveniados nas diversas vias logísticas onde atua, a Bunge informa que, desde 2010, vem implantando, em âmbito nacional, um novo modelo de operação logística. Este modelo teve início no estado do Mato Grosso, passando por Santa Catarina, Rio Grande do Sul e, mais recentemente, na Bahia. 
Antes mesmo de adotar o novo modelo, a empresa realizou um processo minucioso de avaliação de estabelecimentos, por meio de uma consultoria especializada, em cada um dos locais de atuação. Os estabelecimentos passaram por concorrência, cujo resultado levou à definição de postos de abastecimento para atendimento, tanto no ponto de embarque quanto no ponto de retorno, com base em diversos fatores, tais como:

Estrutura adequada para estocagem de combustível

Estrutura adequada para recebimento de veículos

Compatibilidade de preço, de acordo com pesquisas públicas, divulgadas periodicamente pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Como alternativa ao abastecimento no posto indicado pela empresa, o transportador pode solicitar formalmente à Bunge que seja feito um depósito em conta corrente para receber o valor do frete contratado. É importante destacar que a Bunge firmou contrato com os postos indicados para abastecimento, estabelecendo prazo para a prestação de serviços e contemplando regras a serem cumpridas, obrigatoriamente. Caso qualquer estabelecimento não atenda às necessidades previstas em contrato, este poderá ser rescindido e o estabelecimento descredenciado. Atualmente, o posto que realiza o abastecimento em Luís Eduardo Magalhães/BA possui contrato com duração de um ano.”