Brasil, agora entre os 8 melhores do mundo.

Foi fácil demais! Quem esperava uma batalha campal com o Chile, como este Editor, foi uma competição até pouco emocionante. A equipe chilena, embalada pelas suas atuações anteriores, desejou jogar de igual para igual com o Brasil. E demonstrou o teorema de que, contra um penta-campeão, não se pode ter a atitude temerária de atacar sempre e abrir o meio campo por isso. Maurício Vanz, ex-orientador de estratégias da equipe de Vila Maria, afirmava baixinho antes do primeiro gol: “Joguinho bom para as escapadas de Nilmar”. O gol acabou saindo de um zagueiro, Juan, amparado pela sua estatura, mas na verdade, com exceção de Luís Fabiano, que ensaiou um pulinho, ninguém do Chile pulou com ele. Cabeceou livre, rente ao travessão e aí não deu para o goleirinho chileno, que chegou a triscar a mão esquerda na bola.

Depois do primeiro gol, era hora do Chile se fechar e aproveitar contragolpes. Mas não! Continuou atacando e levou mais dois, com os três homens de ataque, Kaká, Robinho e Luís Fabiano justificando seus altos salários.

Que venha a Holanda! Se os brasileiros continuarem humildes, chamando pra si a responsabilidade de ser campeões, pode ser outra barbada. Destaque novamente para o sexagenário Lúcio: defendeu com segurança, armou e atacou. É a arma secreta do Brasil, mas agora todos sabem disso, inclusive o técnico alemão, que assistiu o jogo com aquela cara de sempre, como se a azia lhe atacasse o estômago 24 horas por dia. Foto do ClicRBSesportes, sempre a melhor cobertura e análise da COPA 2010.

Compadrismo responsável de Brasil e Portugal.

Só uma expressão pode mostrar o que foi o jogo de hoje Brasil x Paraguai: compadrismo responsável. Tanto a equipe brasileira como a lusitana tiveram medo uma da outra e se acomodaram num jogo de bate e rebate, com poucos momentos de emoção, protagonizados principalmente por Nilmar e Cristiano Ronaldo. Claro que o objetivo era esse. Dunga foi inteligente ao propor um jogo completamente morno, não fossem as patadas violentas de uns e outros. Mas o time brasileiro, sem meias armadores, sem maestros em campo, foi de uma mediocridade absoluta. Sem Robinho, Kaká e Elano, somos nada. O único que quis sair para o jogo foi Lúcio. E avançou perigosamente, sem que os laterais fechassem para o centro. Foi um jogo tumultuado no meio campo, com mais pontapés que chutes a gol. Futebol varzeano, de péssima qualidade, que não evitou algumas reconfortantes cochiladas.

Já fiz o simulador do Lancenet. É o melhor que pintou por aí. Clique no link para fazer o seu. Segundo minha opinião de leigo, a decisão vai separar as duas torcidas apenas pelas águas barrentas do rio da Prata. Vai ser fogo. E não se queixem: terminaremos em terceiro. Não está bom?