Censura ataca o jornal GGN e Nassif pela denúncia de maracutaias do Governo.

Nassif: um jornalista independente, muito bem informado, incomodando os poderosos.

Uma decisão da 32ª Vara Cível do Rio de Janeiro obrigou o Jornal GGN a tirar do ar uma série de reportagens sobre o Banco BTG Pactual, sob pena de pagamento de multa diária de 10 mil reais em caso de descumprimento, relata o site da Revista Fórum.

A decisão do juiz Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves, se baseia em uma série de reportagens realizadas pelos jornalistas Luís Nassif (que também é chefe de redação do GGN) e Patricia Faermann.

Elas abordam vários contratos suspeitos envolvendo o bando, a começar por um caso que o meio denunciou em março deste ano: uma licitação supostamente dirigida da Zona Azul da Prefeitura de São Paulo, vencida pelo banco através da empresa Allpark, que pertence ao grupo BTG.

Procurada pela Fórum, a jornalista Patricia Faermann, autora de algumas das reportagens publicadas, afirmou que “o processo é um exemplo claro de pressão contra um jornal, que apesar de ‘pequeno’ – como é descrito pelo juiz no despacho – traz à luz pública esquemas de favorecimento, contratos milionários e com falta de transparência, que o banco, seguindo as mesmas regras do livre mercado pelas quais se beneficia, tem obrigação de prestar contas”.

As reportagens do Jornal GGN estão baseadas em investigações que trazem os detalhes da licitação vencida pela Allpark, com diversas restrições que impediam a concorrência de outros interessados.

Em outra matéria, a denúncia aponta a uma estranha venda de “créditos podres” do Banco do Brasil para o BTG Pactual – se tratam de títulos cujo lucro são difíceis de restituir até mesmo para um banco público como o Banco do Brasil, e é ainda mais estranho que um banco privado de menor capacidade, como o BTG, esteja interessado neles.

Outra reportagem que foi censurada fala do lucro obtido pelo BTG através de fundos ligados às empresas de previdência privada no Chile, que administram o modelo previdenciário que o ministro da economia Paulo Guedes (ligado ao mesmo BTG) vem tentando emular no Brasil.

No entanto, segundo o magistrado do Rio de Janeiro as matérias seriam parte de uma suposta “campanha desmoralizadora, para causar dano à honra objetiva do banco (…) e que transborda os limites da liberdade de expressão”.

Jornal GGN, irá recorrer da decisão no STF (Supremo Tribunal Federal), com o apoio da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e do Instituto Vladimir Herzog.

Nota da Redação de O Expresso:

São tão complexas as relações da Imprensa Brasileira, essa com letras maiúsculas, com as instituições do País, que não soubemos se situações como essa do GGN, liderado por um dos maiores, senão o maior jornalista brasileiro independente, Luís Nassif, é apenas o começo de outro período de horrores, nós que já passamos por fatos semelhantes no final dos anos sessenta.

A verdade é que a Censura tende a arrochar na mesma medida em que comecem a aparecer os casos de corrupção nesse governo à matroca, cujas principais preocupações parecem ser o favorecimento às elites do País, sombreados por um marketing político populista, que inaugura obras do passado, já entregues, e imita programas populares dos tempos dos governos do PT.

O caráter dos governantes está explícito nos seus atos ilícitos cometidos antes do início do mandato.  Agora, parece impossível que não desenvolvam atos ilícitos de favorecimento a bancos e instituições financeiras que governam o País, sempre remunerando à altura os seus fantoches entronizados no poder.

Luís Nassif: Moro atravessou o Rubicão

Em vídeo gravado ontem, o sereno jornalista Luís Nassif, lamentando a situação do atual Ministro da Justiça, afirmou com propriedade:

-Moro atravessou o Rubicão.

Nassif referia-se ao episódio em que Júlio César e seus exércitos atravessam o rio Rubicão, contrariando a constituição Romana, justamente para evitar golpes.

Quando Júlio César atravessou o Rubicão, em 49 a.C., presumivelmente em 10 de janeiro do calendário romano, em perseguição a Pompeu, violou a lei e tornou inevitável o conflito armado.

Segundo Suetônio, César teria então proferido a famosa frase Alea jacta est (“a sorte está lançada” ou “os dados estão lançados”).

O vídeo completo de Nassif pode ser encontrado aqui

Passados 120 dias de governo, Bolsonaro parece ter preenchido todas as cotas de loucuras

Para o experiente jornalista Luís Nassif está na hora de puxar o freio de mão de Jair Bolsonaro:

“O País está entregue a um celerado, com ligações diretas com as milícias do Rio de Janeiro, comandando um bando de alucinados que assumiram posição de destaque no Ministério e que tem como único objetivo a destruição de todo sistema formal construído ao longo da história”, resume.

“O cenário pela frente é óbvio. No campo econômico, o ideologismo cego de Guedes não permitirá a recuperação da economia e do emprego. Na outra ponta, um presidente enlouquecido tentando eliminar o espaço político de todos que não concordem com suas loucuras. E estimulando a violência de ponta a ponta do país”, prevê.

Veja matéria completa no portal 247.

O fim da aventura pós-soviética de Pedro Parente, por Luis Nassif

José Cruz/Agência Brasil

Por Luis Nassif

Encontrei pela ultima vez Pedro Parente meses atrás, em uma padaria dos Jardins. Aparentava ar cansado e estava a caminho do hospital. Nos cumprimentamos formalmente.

Conheci-o, e bem, no governo Fernando Henrique Cardoso, substituindo Clóvis Carvalho na Casa Civil. Era, de longe, o técnico mais preparado. É injusto taxá-lo de “pai do apagão”. Na verdade, coube a ele coordenar a Câmara que tentou resolver o imbróglioinfernal criado por FHC, com a desregulamentação do setor elétrico, que promoveu um choque tarifário similar ao que Parente tentou reeditar com o petróleo agora.

Historicamente, grandes funcionários públicos se tornaram executivos de grandes grupos econômicos. Nenhum mal nisso. Durante muito tempo, Banco do Brasil e Itamarati tiveram os melhores quadros técnicos da República. Muitos deles passaram a servir o setor privado sem perder a perspectiva de país.

Não foi o caso de Parente.

Sua atuação na Petrobras teve um mérito inegável: serviu para expor as vísceras de um modelo de corrupção público-privado que, nos tempos modernos, só encontra paralelo no que aconteceu na ex-União Soviética – e, antes disso, com o setor elétrico brasileiro.

Por aqui, a descontratação da energia das hidrelétricas significou uma explosão nas tarifas, tirando completamente a competitividade de setores relevantes da economia. Depois, a privatização para um bando de aventureiros internacionais, que abriam empresas em paraísos fiscais e tomavam financiamentos amplos do BNDES, dando como única garantia as ações das empresas privatizadas. Aliás, esse saque consumou-se no caso Celmar, adquirido pela Equatorial – do grupo Lehman – já no governo Lula. O resultado foi a crise de 1999, obrigando o país, como um todo, a pagar pela corrupção instalada no governo FHC.

Na Petrobras, a ação de Parente foi mais escandalosa. Elevou os preços dos derivados para viabilizar a importação e criar uma capacidade ociosa nas refinarias, de maneira a comprometer seus resultados e facilitar a venda.

Para uma empresa sem problemas de crédito no mercado, passou a queimar ativos usando o falso argumento de que a Petrobras estaria quebrada. Teve participação ativa na mudança da legislação do petróleo, ajudando a enterrar todos os investimentos feitos na indústria naval.

A estratégia de desmonte da Petrobras, no entanto, mostrou suas limitações. Era o gerentão, capaz e fazer andar um projeto desde que o CEO lhe desse as referências. Quando coube a ele montar a estratégia, o resultado foi o desastre, que não apenas desmascarou a corrupção soviética instalada no país, como acabou de vez com a farsa de Michel Temer.

E ainda deixou rastros que, em algum momento, deflagrarão investigações do Ministério Público. E sem poder recorrer à vara de Curitiba, de seu amigo Sérgio Moro.

Chega um tempo de muito trabalho para oposição.

O jornalista Luís Nassif, hoje, repercutido fortemente no site de José Dirceu:

“Oposição levará anos para se refazer no país.”

A verdade é que os 44 milhões de votos que Serra recebeu não indicam uma oposição tão nula como o PT gostaria que fosse. A propaganda não é tudo. É só dar uma olhada, de rabo de olho, para setores como saúde, educação, segurança e infraestrutura para saber que, lambendo as feridas, a oposição tem muito o que fazer no País.

Jornalista fatura muito para defender Lula e Dilma.

Clique na imagem para ampliá-la e ter legibilidade.

Está correndo os labirintos da internet a imagem reproduzida de um e-mail em que se dá números ao contrato do jornalista Luís Nassif, contratado, sem licitação, pela Empresa Brasileira de Comunicação, para produzir conteúdo de defesa do Governo Luiz Inácio e da candidata Dilma Rousseff. Luís Nassif, junto com Paulo Henrique Amorim e Mino Carta são os denunciantes do que eles apelidaram ser o PIG – Partido da Imprensa Golpista. Segundo os jornalistas contratados, existiria um processo conspiratório para apear Lula do poder, com base nas denuncias do mensalão. O enfrentamento desses mesmos jornalistas com o então governador de São Paulo, José Serra, tem sido cruel e violento. Agora está explicado em números.