Acuado, Argôlo põe todo mundo na roda e prega sua inocência

argolo

De Fernando Machado, do ZDA.

O deputado federal Luiz Argôlo (SD/BA), declarou na última segunda-feira, 18, que foi vítima de extorsão por parte da ex-contadora Meire Bonfim da Silva Poza.

O parlamentar baiano é acusado de possuir vínculo com o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato. Em entrevista a jornalistas na tarde de ontem, Argolo contou detalhes do caso e afirmou que foi usado pelos verdadeiros culpados.

“Não existe um processo jurídico contra mim. Nesse processo de investigação contra Alberto Yousseff, tem falas com diversas pessoas. E o que eles encontraram nessas falas? ‘Pegaram’ um ‘cabra’ do interior, que não tem padrinho nenhum, e colocaram pra falar”, defendeu-se.

Na semana passada, Meire Bonfim, que durante quatro anos prestou serviços contábeis a empresas de Alberto Yousseff, foi ao Conselho de Ética da Câmara e denunciou o envolvimento do deputado, bem como de outros de outros parlamentares, com o esquema.

A contadora disse conhecer bem Argôlo, que, de acordo com ela, era chamado de “bebê Johnson”. “Só estive com essa mulher uma vez e, não sei como, ela descobriu o meu telefone celular e mandou uma mensagem para mim, dizendo que precisava falar comigo urgentemente”, contrapõe o deputado.

Segundo ele, seu advogado marcou um encontro com Meire, que declarou problemas financeiros e pediu uma quantia em dinheiro.

“Na ocasião, ela disse que não queria prejudicar ninguém. Disse que Yousseff não queria resolver a vida dela, e pediu R$ 300 mil para pagar um advogado e algumas contas que estavam acumuladas. Ela chegou a mostrar um extrato da conta bancária”, relatou, acrescentando que se recusou a dar o dinheiro, por nada dever nem temer, o que teria motivado a declaração de Meire no Conselho.

Inocência

Aos jornalistas, Luiz Argôlo confirmou manter relações comerciais com Alberto Yousseff, mas negou a acusação de qualquer negócio ilícito.

O primeiro contato do parlamentar baiano com o doleiro teria ocorrido em 2011, quando o membro do SD elegeu-se deputado federal pelo PP.

“Conheci Yousseff, em um jantar de boas-vindas para os deputados. Do meu partido, na casa do também deputado João Leão. No fim de 2011, o partido fez uma festa de confraternização e Yousseff estava lá novamente. Ele me disse que tinha alguns investimentos aqui na Bahia, como um hotel e um terreno em Salvador e outro hotel em Porto Seguro. Eu o conheci como investidor. E como defendo a bandeira do investimento, vou atrás de investidor para o meu estado”, contou, e disse ainda que, após as eleições de 2012, teria vendido um imóvel a Yousseff, motivo para a transação financeira que o doleiro fez para a sua conta.

Amplamente noticiado pela imprensa nacional, o nome de Luiz Argôlo tem sido manchete nos principais jornais e sites brasileiros. “Aí eu pergunto: que tamanho tenho para ter tanto direcionamento por parte da mídia nacional? Estou em um partido que foi criado agora, sou o deputado mais novo da Bahia, com apenas 34 anos, e só tenho três anos e meio de mandato”, questionou-se.

Para ele, tamanha exposição se trata de uma tentativa de desviar o foco para o que realmente importa: “’Pegaram’ um ‘cabra’ do interior, que não tem padrinho nenhum para crucificar”, acusou.

Entre uma das hipóteses levantadas para explicar as acusações, Luiz Argôlo acredita que está servindo de bode-expiatório e boi de piranha pelos deputados realmente envolvidos com o esquema de lavagem de dinheiro.

Para ele, os verdadeiros culpados não querem se comprometer a pouco mais de um mês das eleições. “A disputa eleitoral esse ano está muito acirrada. Os deputados estão muito preocupados porque não estão conseguindo fazer a leitura do eleitorado. Pensaram o seguinte: vamos bater em Luís para haver um desgaste. Para que os holofotes se voltem para ele. Fazem isso porque têm a convicção de que eu tenho uma cadeira. É o jogo das cadeiras”, acredita.

De acordo com ele, Alberto Yousseff lhe deve mais de R$ 150 mil do imóvel comprado pelo doleiro. Sendo assim, as gravações de conversas obtidas pela Polícia Federal se referem apenas a esse assunto. “A única coisa seria o terreno que foi vendido pra ele. Ele me garantiu que iria me pagar, mas nunca fez isso” disse, afirmando que nunca soube que Yousseff era doleiro: “Por acaso o ‘cara’ vem com cartão de doleiro?”.

Argolo destacou também que políticos bem mais influentes poderiam ajudar ou ter negócios com Yousseff e que ele seria um mero integrante do sub-baixo clero, com pouco ou nada a oferecer ao doleiro e aproveitou para lembrar que quando o diretor da Petrobras envolvido em denúncias foi indicado para o cargo ele nem era deputado. “Querem me pegar de qualquer jeito, mas com inverdades jamais conseguirão” arremata ele.

Luiz Argôlo está tentando a reeleição para deputado federal pelo SDD.

Amanhã, 13, contadora do doleiro depõe em Comissão da Câmara

A ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, prestará depoimento nesta quarta-feira (13), a partir das 10h, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. Ela comparecerá ao colegiado a convite do colegiado e dará maiores informações sobre a relação de Youssef com o deputado federal baiano Luiz Argôlo (SDD), que responde processo de cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar.

Em entrevista à revista Veja, Meire afirmou que o deputado é sócio informal na Malga Engenharia, de propriedade do doleiro. O processo que investiga Argôlo foi aberto após a interceptação de conversas entre ele e Youssef, durante a Operação Lava Jato.

A partir das revelações de Meire, o relator da ação, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) pediu ao conselho que a convidasse para depor. O presidente do colegiado, Ricardo Izar (PSD-SP) entrou em contato com a contadora por e-mail. O conselho também pediu esclarecimentos ao gerente da agência da Caixa Econômica Federal, localizada no Anexo IV da Câmara, Douglas Bento, que foi convocado como testemunha de defesa do parlamentar. Com informações da Agência Brasil.

Luiz Argolo viajou um ano no helicóptero do doleiro Yousseff

Robinson-R-44-Raven-II-PP-PRL-Luiz-Argolo-Alberto-Youssef-Doleiro-helicopteroDenuncia do jornalista Cláudio Humberto, no portal Diário do Poder:

O helicóptero azul prefixo PP-PRL, do doleiro Alberto Youssef, ficava estacionado em Salvador, em um heliporto do empresário Jorge Cirne, dono do Motel Del Rey. Segundo políticos da Bahia, a aeronave foi usada pelo deputado Luiz Argôlo (BA), do Solidariedade (SD), por cerca de um ano, e também ficava estacionada em Alagoinhas e Entre Rios, onde o deputado e o pai, Manoelito Argôlo, têm propriedade rural.

A aeronave usada por Argôlo está registrada na Anac em nome da Cardiomedica Comércio e Representações de Materiais Médicos Ltda.

A empresa proprietária do helicóptero, nome de fantasia Multimédica, de Salvador, tem capital de R$ 500 mil e aeronave de R$ 1 milhão.

Aberta em 2004, a Multimédica ganhou licitações para fornecer próteses à Universidade Federal da Bahia em 2006, 2008 e 2009.

Jorge Cirne confirmou que a aeronave ficava em seu heliporto, mas não informou o dono, nem o cliente: ”Não tenho autorização”. Leia na Coluna Cláudio Humberto.

Argolo “trabalha” vereadores do Oeste. Veja denuncia sociedade com doleiro

O doleiro, Argolo e as mensagens difíceis de explicar para a Polícia Federal.
O doleiro, Argolo e as mensagens difíceis de explicar para a Polícia Federal.

O deputado federal Luiz Argolo, uma das estrelas da “Operação Lava Jato” da Polícia Federal, ao ser flagrado na troca de mensagens românticas com o doleiro Alberto Youssef, realizou, neste final de semana, uma operação ousada de conquista de apoios no Oeste baiano. Seus opositores reclamam que o Deputado, que também estrela seis páginas da revista Veja neste final de semana, fez uma operação de cooptar vereadores prometendo mundos e fundos, mais fundos do que mundos. Os vereadores de Luís Eduardo Magalhães receberam uma promessa de natal antecipado de R$80 mil. A vereadora Karlucia, de Barreiras, foi tentada com uma promessa semelhante, para trocar de dobradinha, mas parece que não engoliu a isca. No entanto, poucos sabem se a vereadora Marileide resistiu. Também foram vítimas do assédio,  vereadores de Santa Rita de Cássia e de outros colégios eleitorais menores da região.

A reportagem de Veja

capa380A Veja relata, com base em depoimento da secretária e caixa de Youssef, que malas e malas de dinheiro circulavam nos escritórios do doleiro, rumo às mãos de políticos.

“Como contadora de Alberto Youssef, Meire Bonfim Poza conheceu de perto as engrenagens da quadrilha que girava em torno do doleiro pego na Operação Lava Jato da Polícia Federal.”

E ela resolveu contar o que viu, ouviu e fez.

 “Beto (Youssef) lavava o dinheiro para as empreiteiras e repassava depois aos políticos e aos partidos’, afirma, em entrevista exclusiva à reportagem de VEJA, revelando os nomes de cinco parlamentares que encabeçavam a lista de ‘beneficiários”.

Ela disse à Veja:

“Luiz Argolo era cliente e ao mesmo tempo sócio de Beto. Eles tinham parcerias em obras e negócios. Eu fiz muitos pagamentos para o Argolo. Ele vivia no escritório”.

Como os rios correm para o mar, o dinheiro dos contribuintes pode estar fazendo seu retorno agora, ao bolso dos eleitores mais suscetíveis a esse tipo de “apelo” político.

Veja parte da matéria da Veja clicando aqui.

Na eleição de 2010, Luiz Argolo teve o apoio do atual presidente da Câmara de Luís Eduardo, Cabo Carlos, que lhe conseguiu uma pífia votação de cento e poucos votos. Esta semana, um carro adesivado com propaganda de Argolo ficou um longo tempo estacionado na Câmara. Será que Argolo vai repetir a experiência malograda? 

Argolo: relação incestuosa com doleiro será investigada na Câmara

Argolo: em breve caindo de corpo e alma nas festas juninas e no ostracismo
Argolo: em breve caindo de corpo e alma nas festas juninas e no ostracismo

O Conselho de Ética da Câmara aprovou hoje (3), por 11 votos a 0, o parecer preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que propõe o prosseguimento de investigações sobre o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA). O parlamentar será investigado por quebra de decoro parlamentar em função das denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.

O parecer preliminar foi elaborado com base na representação apresentada pelo PSOL. A partir de agora, as investigações devem ser feitas com base nos autos da Operação Lava Jato e nos depoimentos de testemunhas. O deputado Luiz Argôlo terá, a partir de amanhã (4), dez dias úteis para apresentar sua defesa por escrito e os nomes das testemunhas a serem ouvidas pelo Conselho de Ética.

Duas representações contra o deputado por quebra de decoro parlamentar tramitam apensadas no Conselho de Ética. Uma foi apresentada pela Mesa Diretora da Câmara após as investigações da Corregedoria da Casa e a outra foi protocolada no conselho pelo PSOL. Como se tratam das mesmas denúncias, segundo o relator, as investigações serão as mesmas e o parecer final a ser votado pelos integrantes do colegiado também deverá ser um só.

Queiram ou não, Argolo é sério candidato a futuras vagas no Tribunal de Contas dos Municípios.

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Em breve, um novo restaurante.
Em breve, um novo restaurante.

O amor é lindo!

Youssef
Youssef
Luiz Argolo
Luiz Argolo

Por Sérgio Augusto Oliveira Siqueira
Epa! A Polícia federal flagrou mensagem de deputado para o doleiro mais charmoso das manchetes nacionais desses últimos dias: “Te amo”.
Mas, peralá! Não vamos ficar só nisso aí. É preciso ir mais fundo. No bom sentido do termo, é claro. Só para ver como essa politicalha é promíscua e mete a vida pública na privada.
A singela troca de românticas mensagens entre o elegante deputado baiano Luiz Argôlo e o doleiro Alberto Youssef, Beto para os íntimos, foi editada pelo colunista Felipe Patury, da revista Época.
Vejam como a política pode ser um exercício dócil, afável e de resultados imprevisíveis. A revelação foi publicada assim:
“O relatório da Operação Lava Jato da Polícia Federal contém uma afetuosa troca de mensagens eletrônicas entre o doleiro Alberto Youssef e o deputado Luiz Argôlo (SSD-BA). Eis a transcrição literal da conversa interceptada pela PF às 8h33 do dia 28 de fevereiro deste ano.

Argôlo: Bom dia.
Youssef: Bom dia.
Argôlo: Você sabe que tenho um carinho por vc e é muito especial.
Youssef: Eu idem.
Argôlo: Queria ter falado isso ontem. Acabei não falando. Te amo.
Youssef: Eu amo você também. Muitoooooooooo♥.”

RODAPÉ- O amor é lindo. Esse <3na linguagem virtual edita, todo internauta sabe, um coraçãozinho cor de rosa. Mimosinhos os dois, né não? Gracinhas

Expresso Brasília: as notícias dos baianos na Capital Federal

Terror no Rio dos Macacos
O deputado federal Amauri Teixeira (PT-BA) deu entrada em três requerimentos de informação. Ele quer saber da Marinha, do Ministério da Justiça e da Secretaria-Geral da Presidência, o que está acontecendo na Comunidade Quilombola Rio dos Macacos, localizada próxima a cidade de Simões Filho. “Nos últimos meses, como forma de enfrentar a organização política da comunidade Rio dos Macacos, a Marinha protagonizou inúmeras ações violentas a exemplo do assédio diário à comunidade com dezenas de fuzileiros armados”, escreve o petista. Teixeira acusa a Marinha de “invasão de domicílios atentando contra os direitos das mulheres; uso ostensivo de armamento exclusivo das forças armadas criando verdadeiros traumas em crianças, adolescente e idosos, que tiveram casas invadidas e armas apontadas para as suas cabeças; impedimento das atividades econômicas tradicionalmente desenvolvidas pela comunidade, como a agricultura e a pesca de subsistência, como forma de inviabilizar a permanência no território”. Parece que até o INCRA foi impedido pelos militares de entrar no local. Saiba mais aqui.

E o transporte baiano?

Parece que alguns deputados federais progressistas andam muito preocupados com os transportes. Na Bahia? Nada disso, no Brasil. Mário Negromonte (PP-BA) quer criar “Subcomissão Especial destinada ao acompanhamento das obras de Mobilidade Urbana relativas ao PAC Copa e ao PAC Mobilidade Grandes Cidades”. Seu colega progressista, Luiz Argôlo foi mais longe. Quer a criação de três subcomissões especiais: “transporte de passageiros”, “reforma regulatória no transporte”, “logística e transporte de cargas”.

Nem aí para a Bahia

Aliás, cabe o registro, Argôlo parece não estar nem aí pra Bahia. Esta semana, até pedir que seja criada uma “Frente Parlamentar Brasil-Tigres Asiáticos” ele pediu e nada para a Bahia. Não só para Argôlo, mas para todos os parlamentares, fica a dica: queremos pressão política por mais escolas, hospitais e delegacias. Projetos e requerimentos que beneficiem diretamente a Bahia. Do contrário, continuaremos nossa campanha diuturna para que o Oeste baiano renove seus parlamentares.

Bem a calhar, né Lídice?

Na coluna do dia 9 de fevereiro, noticiamos que dois dos três senadores baianos estavam de malas prontas para viagens ao exterior. Entre elas, a senadora Lídice da Mata (PSB), que estava indo para o Comitê para Eliminação da Discriminação Contra a Mulher, em Genebra (Suíça). Na coluna do dia 2 de março, informamos que a parlamentar iria à “ITB BERLIN 2012′. Esta semana, ela apresentou um projeto que vem bem a calhar para quem viaja tanto. A senadora apresentou projeto de lei para “possibilitar a restituição de tributos federais pagos nas compras de mercadorias feitas no País por estrangeiros, com visto de turista, durante a sua estada”. Estaria legislando em causa própria? Seráaaaa?

Curtas
– O deputado federal José Rocha (PR-BA), que não é bobo, apresentou requerimento para realização de sessão solene na Câmara dos Deputados “em homenagem ao centenário de fundação do Jornal A Tarde”.

– Realizar audiência pública para debater “o marco legal que rege o setor de informática, de forma a propor sua atualização, bem como avaliar ações de incentivo ao uso de software nacional”. O pedido foi encaminhado pelo senador Walter Pinheiro (PT)

44% da bancada do PP na Câmara tem ‘folha corrida’.

O jornalista Augusto Nunes, da Veja, diz que o ministro Mario Negromonte tem razão quando disse que a bancada do PP deveria evitar a luta pelo poder entre seus membros, para evitar colocar as vísceras de todos ao sol.

“Em briga de família morre todo mundo”, diz Negromonte.

Citando o Globo, Nunes, diz que a edição desta sexta-feira, mostra que dos 41 integrantes da bancada do PP na Câmara, 18 respondem ou responderam a algum processo na Justiça por irregularidades. Outros 19 nomes são acusados de ilicitudes variadas, informa um levantamento da ONG Tranparência Brasil. Confira abaixo a turma da folha corrida.

PARLAMENTARES COM ‘FOLHA CORRIDA’

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
Responde a dois inquéritos no Superior Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB), além de carregar nos ombros 10 ações de execução fiscal e uma notícia-crime.

Aline Corrêa (PP-SP)
É investigada em ação penal no STF por falsificação do selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Arthur Lira (PP-AL)
Responde por crimes contra a administração pública e improbidade administrativa. Foi acusado de envolvimento em desvio de dinheiro da Assembléia Legislativa de Alagoas.

Beto Mansur (PP-SP)
Foi autuado por trabalho escravo e condenado por usar recursos públicos para promoção pessoal. Responde a pelo menos 35 processos por irregularidades em licitações em Santos, onde foi prefeito.

Carlos Magno (PP-RO)
Acionado pelo Ministério Público por peculato e acusado de usar material e trabalhadores de uma obra pública em uma obra particular sua. Respondeu por desvios de recursos da Assembléia Legislativa de Rondônia.

Carlos Souza (PP-AM)
Já foi autuado por trabalho escravo e responde a inquéritos no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) por tráfico e uso de drogas.

Dirceu Sperafico (PP-PR)
Enfrenta ação penal por crime contra o patrimônio e apropriação indébita.

Dimas Fabiano (PP-MG)
É alvo de uma ação de execução fiscal e uma ação penal no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).

Esperidião Amin (PP-SC)
Responde a nove ações civis públicas por danos aos cofres públicos e improbidade administrativa no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). Já foi condenado a devolver dinheiro às Centrais Elétricas do estado e está recorrendo.

João Pizzolatti (PP-SC)
Condenado a devolver dinheiro público em Pomerode, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamentos de multas e proibição de contratar com o poder público e receber benefícios ou incentivod fiscais ou creditícios. Está recorrendo.

José Linhares (PP-CE)
No STF, consta como indiciado em inquérito (não especificado).

José Otávio Germano (PP-RS)
Alvo de inquérito no STF por peculato. É investigado por desvios e fraudes em licitações no Rio Grande do Sul. Teve bens bloqueados pela Justiça.

Luiz Argôlo (PP-BA)
Responde a vários inquéritos por uso de documento falso, captação ilícita de votos e corrupção eleitoral.

Paulo Maluf (PP-SP)
É alvo de ações penais diversas por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica, além de inúmeras ações civis públicas. Figura na Lista Vermelha da Interpol, ao lado dos 290 bandidos mais procurados do mundo.

Renato Molling (PP-RS)
Responde a duas ações civis públicas (não especificado).

Roberto Balestra (PP-GO)
Processado por danos ao erário na Justiça de Goiás.

Roberto Britto (PP-BA)
É alvo de ação penal por captação ilícita de votos na Bahia.

Roberto Dorner (PP-MT)
Processado pelo Ministério Público Estadual do Mato Grosso por danos ambientais. Em Marcelândia, é processado por crime ambiental.

A ferrovia ou a poluição do transporte rodoviário.

Integrante da Frente Parlamentar para Acompanhamento da Construção da Ferrovia Oeste-Leste e do Porto Sul, o deputado federal Luiz Argolo (PP), se disse surpreso com a ação civil pública do Ministério Público Federal de Ilhéus pedindo a suspensão imediata das obras do sub trecho Barreiras–Ilhéus da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Na opinião de Argolo, todos esses entraves judiciais só fazem atrasar ainda mais a obra do Complexo Intermodal, cujo projeto é crucial para o desenvolvimento do nordeste e do Brasil, que sofre com transporte ineficiente, caro e poluente.

Argolo lembrou que no último dia 12, autoridades baianas e órgãos ambientais comemoram a alteração do local onde será implantado o Complexo Portuário e de Serviços Porto Sul.”Atendeu-se uma orientação do IBAMA, a administração estadual optou por redirecionar os estudos para a nova área. Dentre os motivos determinantes para a mudança da localidade destinada ao projeto estão a ausência de corais e recifes no trecho de mar em frente à nova área escolhida e de fragmentos em processo de regeneração de Mata Atlântica, bem como menor complexidade de fauna. Isso tudo tem que ser levado em consideração”, pontuou o parlamentar.

O pepista disse que é possível aliar a implantação de um complexo logístico e a preservação do meio ambiente e conclamou que os órgãos envolvidos e a Justiça busquem consenso e destravem o processo.

“A economia baiana, e principalmente a de Ilhéus, terá uma nova dinâmica, com estímulo ao turismo e ao comércio, atração de novas empresas, geração de empregos, garantido assim o desenvolvimento regional. Defender o Porto Sul é defender a dignidade das pessoas, é pensar para frente”.

O que os fundamentalistas do meio ambiente não questionam é isso: o que é mais poluente e devastador? A ferrovia e o porto ou milhares de caminhões pesados atravessando vilas, cidades e rodovias com a produção do Oeste baiano? Sem contar que a exploração mineral de cidades da região central da Bahia está inviabilizada pela falta de uma ferrovia.

Câmara dos deputados: uma metamorfose caricata do que deveria ser.

Governistas comemoram seu feito: negar mais 15 reais de aumento no salário mínimo. Que vergonha!

Até agora não conseguimos confirmar que o deputado Oziel Oliveira tenha de fato votado, primeiro pela manutenção do projeto-de-lei do salário mínimo de R$545,00 e depois pela emenda de R$600,00, do PSDB. O site Pimenta na Muqueca e o site do Congresso em Foco relacionam apenas que Oziel Oliveira votou pelo mínimo de R$600,00. Se for assim, marcou ponto com seu eleitorado, mas deu a maior bola fora com as lideranças da base governista.

Na madrugada, os governistas aprovaram outra bomba: de agora em diante o valor do mínimo vai ser decidido por decreto, sem passar pelo Congresso.

São poucos os homens com vergonha na cara dentro daquela casa de leis.

Veja, em ordem alfabética, quais foram os deputados de partidos da base governista que, descumprindo a orientação do Palácio do Planalto, votaram pela fixação do salário mínimo em R$ 560:


Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)
Enio Bacci  (PDT-RS)
Eudes Xavier (PT-CE)
Francisco Praciano (PT-AM)
Giovanni Queiroz (PDT-PA)
Jair Bolsonaro (PP-RJ)
João Dado (PDT-SP)
Miro Teixeira (PDT-RJ)
Paulo Maluf (PP-SP)
Paulo Pereira da Silva (PDT-SP)
Reguffe (PDT-DF)
Salvador Zimbaldi  (PDT-SP)
Sebastião Bala Rocha (PDT-AP)
Vieira da Cunha (PDT-RS)
Zoinho  (PR-RJ)

Deputados da base do governo que votaram a favor da emenda de R$600,00:

Francisco Floriano (PR-RJ)
Jair Bolsonaro (PP-RJ)
Luiz Argôlo (PP-BA)
Oziel Oliveira (PDT-BA)
Sérgio Moraes (PTB-RS)
Tiririca (PR-SP)
Zoinho (PR-RJ)

Dizem que um articulador do PT, egresso do governo Jaques Wagner, chamou o deputado Luiz Argolo num canto e avisou: “ Para não piorar a sua situação, fique um bom tempo sem visitar ministérios.”

Ninguém duvidou em momento algum que a mão pesada de dona Dilma ia se fazer presente em momentos importantes do Congresso. O poder legislativo no País é cada vez mais uma metamorfose caricata do que deveria ser. Nem no tempo da ditadura tivemos tanto deputados subservientes.

Aleluia confirma suspeita de fraude em pesquisas eleitorais.

Ari Carlos junto ao candidato Jaques Wagner.

O candidato ao Senado pela coligação “A Bahia Merece Mais”, José Carlos Aleluia (DEM), confirma a suspeita sobre a última pesquisa eleitoral do Ibope. A denúncia foi publicada na coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde, neste domingo (29/08).

“É muito estranho o fato de a pessoa responsável pela empresa terceirizada pelo Ibope para realizar a pesquisa na Bahia ter antecipado o resultado no início da tarde da última quarta-feira, dia 25, dois dias antes do anúncio oficial, quando o período de apuração, registrado no Tribunal Superior Eleitoral, é de 21 a 27 de agosto”, diz.

Aleluia destaca ainda que o governador Jaques Wagner, na quinta-feira, dia 26, durante o comício, revelou um percentual de intenção de voto igual ao que seria divulgado oficialmente pelo Ibope, no dia seguinte. “A Justiça Eleitoral precisa tomar imediatamente alguma medida com relação às pesquisas eleitorais. Já foi denunciado que as sondagens estão sendo registradas sem informar os municípios pesquisados nem o número de entrevistados. E agora surge este indício de manipulação”, afirma o candidato democrata.

A empresa terceirizada pelo Ibope para realizar a pesquisa eleitoral na Bahia foi o Inpei – Instituto de Pesquisas Estatísticas e Informações. Seu responsável é Ari Carlos. Na quarta-feira, dia 25, acompanhado do deputado Luiz Argolo, aliado do governador Jaques Wagner, Ari Carlos encontrou com assessores de Aleluia, no início da tarde, por volta das 13 horas, no hangar da Aerostar, no Aeroporto de Salvador.

No encontro, ocorrido antes de terminada a apuração da pesquisa, Ari Carlos revelou aos assessores de Aleluia o resultado da sondagem eleitoral. “Os números revelados foram os mesmos divulgados oficialmente na última sexta-feira, pelo Ibope”, diz Aleluia. Para ele, a antecipação do resultado quebra o contrato de confidencialidade do fornecedor com o Ibope. “Se a empresa terceirizada não respeita quem lhe contrata, que credibilidade tem a coleta de dados que ela faz”.