Padre Vieira pregou, Gonzagão cantou, “o jumento é nosso irmão”. Mas frigoríficos desconhecem isso.

 

A Vara da Fazenda Pública de Itapetinga, município localizado no sudoeste do estado, determinou que o Frigorífico Regional Sudoeste e a empresa Cuifeng Lin estão proibidos de transportar e confinar jumentos acima da capacidade de abate por parte do frigorífico, por causa de maus tratos.

A decisão foi dada na sexta-feira (21) pelo juiz Alerson do Carmo Mendonça. Ele determinou também que o frigorífico não deverá receber animais sem a Guia de Trânsito Animal (GTA), emitida pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), e que as duas empresas deverão providenciar o bem-estar dos animais.

Segundo informações da ONG SOS Animais de Rua,  responsável por denunciar o caso de maus-tratos às autoridades locais, há pelo menos duas semanas não ocorre mais o confinamento dos animais no local, no entanto, as carretas com jumentos continuam a chegar. “Elas chegam sempre às 5h, estão trazendo jumentos ainda para abater aqui. Queremos que isso pare, os animais têm o direito de viver livres e têm de ser mantidos em local seguro. Do jeito que vai esses abates, logo eles estarão em risco de extinção”, declarou a ambientalista da ONG, Solange Oliveira.

De acordo com o jornal Correio, o diretor do Frigorífico Regional Sudoeste, José Marcos Ribeiro Costa disse que tem recebido animais de diversas cidades da Bahia, atuando de acordo com a legislação federal para realizar o abate. “Não fomos ainda notificados dessa decisão judicial, mas achamos que há uma confusão aí porque não temos nada a ver com confinamento e nem o transporte, a única coisa que fazemos é o abate. Vamos explicar isso de novo ao judiciário quando formos notificados”, afirmou o empresário.

Ainda segundo ele, a demanda pela carne de jumento deve aumentar. “Pode não ser cultura aqui no Brasil o consumo desse tipo de carne, mas em outros países é. Desde que seja feito tudo conforme as leis, não tem problema”, disse Costa.

Caso as empresas descumpram as determinações judiciais, dadas após ação civil pública do Ministério Público da Bahia (MP-BA), as atividades deverão ser suspensas. De acordo com o MP, “relatórios da Secretaria Municipal do Meio Ambiente apontam que foram encontrados nos currais superlotados 750 animais vivos, debilitados, sem água e alimentação, com fêmeas em procedimento abortivo, além de ‘diversos’ animais mortos às margens do Rio Catolé ou espalhados pela Fazenda Barra da Nega”. Com edição do Bahia Notícias e O Expresso.

“Viciou, sim sinhô!”

luiz-gonzagaDe Luiz Gonzaga, o rei do baião, numa antevisão do que seria o “Bolsa Família” e os programas sociais do Governo do PT, levados ao exagero pelo projeto de perpetuar-se no poder:

“Mas doutô, uma esmola a um homem que é são ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”

Pela reação acontecida no fim-de-semana passado, quando espalhou-se o boato do “último pagamento do Bolsa”, só pode se chegar a uma conclusão: “Viciou, sim sinhô”.

Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) mostrou que o Programa Bolsa Família contribui em apenas 1% para reduzir a concentração de riqueza no país – uma das mais elevadas do mundo. Um mecanismo estatístico criado pelos autores da pesquisa – os pesquisadores Marcelo Medeiros e Pedro Souza, que atuam no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), além da UnB – identifica os fatores que ajudam a concentrar e a distribuir renda no país e o peso de cada um na formação do quadro brasileiro atual de desigualdades. Dos oito elementos analisados, a assistência social, formada pelo Bolsa Família e pelo Benefício de Prestação Continuada (cujo público são idosos e pessoas com deficiência carentes), é praticamente irrelevante para desconcentrar a riqueza. Nesse quesito, o impacto maior decorre do Imposto de Renda, que incide sobre os mais endinheirados, contribuindo em 10% para diminuir a desigualdade. Porém, a renda do trabalho no setor privado eleva a disparidade. Informações do jornal Correio Braziliense.

Os fariseus em seu paraíso

Agricultores que tiveram prejuízo devido à estiagem começarão a receber, na próxima segunda-feira (18), a primeira parcela do Bolsa Estiagem, do Ministério da Integração Nacional, que corresponde a R$ 80 do total de R$ 400. Os estados beneficiados serão Minas Gerais, a Bahia, Pernambuco, o Piauí e Sergipe, que somam 263 cidades e mais de 113 mil agricultores. O Bolsa Estiagem será repassado em cinco parcelas, por meio do cartão do Bolsa Família, do Cartão Cidadão ou de outros mecanismos de transferência de renda do governo.

“Uma esmola, para o homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão.”

É o que afirmou Luiz Gonzaga, o rei do baião, ao ver as migalhas lançadas aos seus conterrâneos. A história continua. Alcançando um dinheirinho ao invés de promover a formação cultural e profissional do agricultor, o Governo vai estimulando-o não a produzir, mas a esperar, nos portais das Câmaras e Prefeituras pela assistência social do Governo, na maioria das vezes usada como instrumento de compra do voto e da fidelidade eleitoral canina.

Enquanto isso prosperam os líderes dos descamisados, os estandartistas, os messiânicos, os justicialistas sem pudor de alcançar uma pequena vantagem pecuniária aos seus seguidores em troca de sua alma.

Quer ajudar o flagelado da seca? Vai lá constrói uma cisterna, ensina a fazer uma pequena horta, fornece sementes, providencia energia e irrigação.

Dar 80 reais por mês é um desaforo e só pode fazer parte de uma conspiração contra os humildes, mantidos ao nível de inanição ao longo dos anos por sucessivos governos populistas.