Pesquisa Atlas Intel: Lula vence no 2º turno com larga diferença para opositores

Apesar de recuo, Lula ainda venceria todos os adversários no 2º turno, diz Atlas/Bloomberg

A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta terça-feira, 2, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente em todos os cenários de primeiro turno testados para 2026, embora com margens menores em relação aos levantamentos anteriores.

No cenário principal, Lula aparece com 48,4% das intenções de voto, contra 32,5% do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os demais governadores de direita não chegam a 10%. 

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Em simulação sem Tarcísio, Lula tem 48,7% ante 28,6% da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL), com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) em 9,4%. Outro cenário aponta o petista com 48,5% contra 16,9% de Caiado e 12,6% do governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD). Já em disputa envolvendo o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e senador, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Lula lidera com 47,3%, seguido pelo senador, com 23,1%, e por Caiado, com 10,2%.

A pesquisa também testou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no lugar de Lula. Nesse caso, o petista registra 44,4% contra 32,3% de Tarcísio e 5,6% de Caiado.

Nos cenários de segundo turno, Lula venceria todos os adversários, ainda que com vantagem reduzida. O petista registra 49% contra 47% em disputas com Jair Bolsonaro, Tarcísio e Michelle Bolsonaro. A diferença é maior diante do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e Caiado – ambos perdem para o petista de 49% a 41%.

Em confronto com Ratinho Jr., Lula venceria por 49% a 40%. A maior diferença é contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), em que o presidente aparece com 47% contra 28%.

Ao longo da série histórica contra Tarcísio, Lula registrou o primeiro recuo desde agosto quando começou a se distanciar das intenções de voto do governador. Este mês, o petista caiu de 52% para 49%, enquanto o aliado de Bolsonaro avançou de 44% para 47%.

A pesquisa ouviu 5.510 pessoas em todo o País, entre 22 e 27 de novembro, por meio de recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de um ponto porcentual, com nível de confiança de 95%.

Do Estadão.

Lula troca comando da PF em 18 estados e dispensa 26 superintendentes da PRF.

Por CAMILA MATTOSO, FABIO SERAPIÃO E RENATO MACHADO, da Folhapress. Foto de Gabriela Biló, da Folhapress.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu nesta quinta-feira (19) uma grande mudança no comando da Polícia Federal nos estados, trocando 18 superintendentes regionais. Também foram dispensados 26 superintendentes da Polícia Rodoviária Federal nos estados

Um dos nomeados na PF é o delegado Leandro Almada, que vai assumir a superintendência regional no Rio de Janeiro. Ele foi escolhido pelo novo diretor-geral, Andrei Rodrigues.

Almada está na PF desde 2008, tem experiência em investigações e em cargos de chefia e, recentemente, foi o responsável pelo inquérito sobre a tentativa de obstrução da apuração da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Na Polícia Rodoviária Federal, um dos dispensados é Virgílio de Paula Tourinho, da unidade da Bahia. Ele chegou a ser intimado pela justiça eleitoral, durante o segundo turno das eleições, por causa das operações no estado que dificultaram o voto de muitos eleitores no estado, que é um reduto petista.

As mudanças foram publicadas em edição-extra do Diário Oficial da União, publicada na noite de quarta-feira (18). As portarias são assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Almada vai assumir o Rio de Janeiro, que no governo de Jair Bolsonaro esteve no centro das suspeitas de interferência denunciadas pelo ex-juiz Sergio Moro.

O delegado está na PF desde 2008, tem experiência em investigações e em cargos de chefia e, recentemente, foi o responsável pelo inquérito sobre a tentativa de obstrução da apuração da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A investigação conduzida por ele concluiu que o policial militar Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha, e a advogada Camila Nogueira eram parte de uma organização criminosa que tentou atrapalhar as investigações.

Antes do Rio, o delegado foi superintendente no Amazonas e na Bahia. Após o caso Marielle, ele atuou como na coordenação da apuração sobre vacinação clandestina contra a Covid em Belo Horizonte (MG).

Para São Paulo, maior superintendência do país, o escolhido foi o delegado Rogério Giampaolli, que já foi chefe do COT (Comando de Operações Táticas) e, atualmente, estava na chefia da PF em Sorocaba (SP).

Ele vai substituir o delegado Rodrigo Bartolamei, indicado no governo de Jair Bolsonaro.

Para comandar a superintendência na Paraíba, a escolhida foi a delegada Christiane Correa Machado.

A investigadora comandou por um período durante o governo de Jair Bolsonaro a Cinq (Coordenação de Inquéritos Especiais), responsáveis pelos casos que envolvem pessoas com foro privilegiado nas cortes superiores.

Ela participou, por exemplo, da investigação sobre as acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro contra Bolsonaro por interferência na PF.

Christiane é vista como discreta e linha dura, já foi chefe da divisão antiterrorismo por cinco anos e coordenou a proteção a ataques terroristas na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Lula já havia promovido a troca do superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal, no dia seguinte aos atos golpistas, que terminaram com a invasão e vandalismo no Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, o Ministério da Justiça minimizou a troca e afirmou que a mudança já estava programada e estava inserida no plano de mudanças gerais nas superintendências.

O delegado Cézar Luiz Busto de Souza foi o escolhido para comanda a PF no Distrito Federal, no lugar de Victor Cesar Carvalho dos Santos.

O investigador chegou a ser o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, setor mais sensível da PF, no governo Bolsonaro.

Ele foi indicado por Rolando de Souza, segundo dos quatro diretores-gerais do governo de Jair Bolsonaro.

A Polícia Rodoviária Federal manteve um laço próximo com o ex-presidente, que sempre prestigiou os eventos da corporação e costumava ir para a beira de estradas, acompanhado pelos agentes, para acenar para eleitores

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afrouxou as regras para nomeações na PF.

A alteração nas regras para nomeação foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (4). Pela portaria de 2018, só poderia ser diretor o delegado da classe especial, com mais de dez anos de exercício no cargo e com passagem por posto em comissão do “Grupo Direção e Assessoramento Superior –DAS 101.3 ou superior por, no mínimo, 1 (um) ano”.

Dino reduziu os requisitos necessários e, a partir de agora, o delegado precisa apenas ser da classe especial para ser indicado para uma diretoria. O mesmo critério passa a valer para a nomeação do corregedor do órgão.

Da Folha.

Lula lamenta, em pronunciamento à Nação, a triste situação dos brasileiros.

“Minhas amigas e meus amigos.

Nos últimos meses uma tristeza infinita vem apertando meu coração. O Brasil está vivendo um dos piores períodos de sua história.

Com 130 mil mortos e quatro milhões de pessoas contaminadas, estamos despencando em uma crise sanitária, social, econômica e ambiental nunca vista.

Mais de duzentos milhões de brasileiras e brasileiros acordam, todos os dias, sem saber se seus parentes, amigos ou eles próprios estarão saudáveis e vivos à noite.

A esmagadora maioria dos mortos pelo Coronavírus é de pobres, pretos, pessoas vulneráveis que o Estado abandonou.

Na maior e mais rica cidade do país, as mortes pelo Covid-19 são 60% mais altas entre pretos e pardos da periferia, segundo os dados das autoridades sanitárias.

Cada um desses mortos que o governo federal trata com desdém tinha nome, sobrenome, endereço. Tinha pai, mãe, irmão, filho, marido, esposa, amigos. Dói saber que dezenas de milhares de brasileiras e brasileiros não puderam se despedir de seus entes queridos. Eu sei o que é essa dor.

Teria sido possível, sim, evitar tantas mortes.

Estamos entregues a um governo que não dá valor à vida e banaliza a morte. Um governo insensível, irresponsável e incompetente, que desrespeitou as normas da Organização Mundial de Saúde e converteu o Coronavírus em uma arma de destruição em massa.

Os governos que emergiram do golpe congelaram recursos e sucatearam o Sistema Único de Saúde, o SUS, respeitado mundialmente como modelo para outras nações em desenvolvimento. E o colapso só não foi ainda maior graças aos heróis anônimos, as trabalhadoras e trabalhadores do sistema de saúde.

Os recursos que poderiam estar sendo usados para salvar vidas foram destinados a pagar juros ao sistema financeiro.

O Conselho Monetário Nacional acaba de anunciar que vai sacar mais de 300 bilhões de reais dos lucros das reservas que nossos governos deixaram.

Seria compreensível se essa fortuna fosse destinada a socorrer o trabalhador desempregado ou a manter o auxílio emergencial de 600 reais enquanto durar a pandemia.

Mas isso não passa pela cabeça dos economistas do governo. Eles já anunciaram que esse dinheiro vai ser usado para pagar os juros da dívida pública!

Nas mãos dessa gente, a Saúde pública é maltratada em todos os seus aspectos.

A substituição da direção do Ministério da Saúde por militares sem experiência médica ou sanitária é apenas a ponta de um iceberg. Em uma escalada autoritária, o governo transferiu centenas de militares da ativa e da reserva para a administração federal, inclusive em muitos postos-chave, fazendo lembrar os tempos sombrios da ditadura.

O mais grave de tudo isso é que Bolsonaro aproveita o sofrimento coletivo para, sorrateiramente, cometer um crime de lesa-pátria.

Um crime politicamente imprescritível, o maior crime que um governante pode cometer contra seu país e seu povo: abrir mão da soberania nacional.

Não foi por acaso que escolhi para falar com vocês neste 7 de Setembro, dia da Independência do Brasil, quando celebramos o nascimento do nosso país como nação soberana.

Soberania significa independência, autonomia, liberdade. O contrário disso é dependência, servidão, submissão.

Ao longo de minha vida sempre lutei pela liberdade.

Liberdade de imprensa, liberdade de opinião, liberdade de manifestação e de organização, liberdade sindical, liberdade de iniciativa.

É importante lembrar que não haverá liberdade se o próprio país não for livre.

Renunciar à soberania é subordinar o bem-estar e a segurança do nosso povo aos interesses de outros países.

A garantia da soberania nacional não se resume à importantíssima missão de resguardar nossas fronteiras terrestres e marítimas e nosso espaço aéreo. Supõe também defender nosso povo, nossas riquezas minerais, cuidar das nossas florestas, nossos rios, nossa água.

Na Amazônia devemos estar presentes com cientistas, antropólogos e pesquisadores dedicados a estudar a fauna e a flora e a empregar esse conhecimento na farmacologia, na nutrição e em todos os campos da ciência – respeitando a cultura e a organização social dos povos indígenas.

O governo atual subordina o Brasil aos Estados Unidos de maneira humilhante, e submete nossos soldados e nossos diplomatas a situações vexatórias. E ainda ameaça envolver o país em aventuras militares contra nossos vizinhos, contrariando a própria Constituição, para atender os interesses econômicos e estratégico-militares norte-americanos.

A submissão do Brasil aos interesses militares de Washington foi escancarada pelo próprio presidente ao nomear um oficial general das Forças Armadas Brasileiras para servir no Comando Militar Sul dos Estados Unidos, sob as ordens de um oficial americano.

Em outro atentado à soberania nacional, o atual governo assinou com os Estados Unidos um acordo que coloca a Base Aeroespacial de Alcântara sob o controle de funcionários norte-americanos e que priva o Brasil de acesso à tecnologia, mesmo de terceiros países.

Quem quiser saber os verdadeiros objetivos do governo não precisa consultar manuais secretos da Abin ou do serviço de inteligência do Exército.

A resposta está todos os dias no Diário Oficial, em cada ato, em cada decisão, em cada iniciativa do presidente e de seus assessores, banqueiros e especuladores que ele chamou para dirigir nossa economia.

Instituições centenárias, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, que se confundem com a história do desenvolvimento do país, estão sendo esquartejadas e fatiadas – ou simplesmente vendidas a preço vil.

Bancos públicos não foram criados para enriquecer famílias. Eles são instrumentos do progresso. Financiam a casa do pobre, a agricultura familiar, as obras de saneamento, a infraestrutura essencial ao desenvolvimento.

Se olharmos para o setor energético, veremos uma política de terra arrasada igualmente predadora.

Depois de colocar à venda por valores ridículos as reservas do Pré-Sal, o governo desmantela a Petrobrás. Venderam a distribuidora e os gasodutos foram alienados. As refinarias estão sendo esquartejadas. Quando só restarem os cacos, chegarão as grandes multinacionais para arrematar o que tiver sobrado de uma empresa estratégica para a soberania do Brasil.

Meia dúzia de multinacionais ameaçam a renda de centenas de bilhões de reais do petróleo do Pré-Sal – recursos que constituiriam um fundo soberano para financiar uma revolução educacional e científica.

A Embraer, um dos maiores trunfos do nosso desenvolvimento tecnológico, só escapou da sanha entreguista em função das dificuldades da empresa que iria adquiri-la, a Boeing, profundamente ligada ao complexo industrial militar dos Estados Unidos.

O desmanche não termina aí.

O furor privatista do governo pretende vender, na bacia das almas, a maior empresa de geração de energia da América Latina, a Eletrobrás, uma gigante com 164 usinas – duas delas termonucleares – responsável por quase 40% da energia consumida no Brasil.

A demolição das universidades, da educação e o desmonte das instituições de apoio à ciência e à tecnologia, promovidos pelo governo, são ameaça real e concreta à nossa soberania.

Um país que não produz conhecimento, que persegue seus professores e pesquisadores, que corta bolsas de pesquisas e nega o ensino superior à maioria de sua população está condenado à pobreza e à eterna submissão.

A obsessão destrutiva desse governo deixou a cultura nacional entregue a uma sucessão de aventureiros. Artistas e intelectuais clamam pela salvação da Casa de Ruy Barbosa, da Funarte, da Ancine. A Cinemateca Brasileira, onde está depositado um século da memória do cinema nacional, corre o sério risco de ter o mesmo destino trágico do Museu Nacional

Minhas amigas e meus amigos.

No isolamento da quarentena tenho refletido muito sobre o Brasil e sobre mim mesmo, sobre meus erros e acertos e sobre o papel que ainda pode me caber na luta do nosso povo por melhores condições de vida.

Decidi me concentrar, ao lado de vocês, na reconstrução do Brasil como Nação independente, com instituições democráticas, sem privilégios oligárquicos e autoritários. Um verdadeiro Estado Democrático e de Direito, com fundamento na soberania popular. Uma Nação voltada para a igualdade e o pluralismo. Uma Nação inserida numa nova ordem internacional baseada no multilateralismo, na cooperação e na democracia, integrada na América do Sul e solidária com outras nações em desenvolvimento.

O Brasil que quero reconstruir com vocês é uma Nação comprometida com a libertação do nosso povo, dos trabalhadores e dos excluídos.

Dentro de um mês vou fazer 75 anos.

Olhando para trás, só posso agradecer a Deus, que foi muito generoso comigo. Tenho que agradecer à minha mãe, dona Lindu, por ter feito de um pau-de-arara sem diploma um trabalhador orgulhoso, que um dia viraria presidente da República. Por ter feito de mim um homem sem rancor, sem ódios.

Eu sou o menino que desmentiu a lógica, que saiu do porão social e chegou ao andar de cima sem pedir permissão a ninguém, só ao povo.

Não entrei pela porta dos fundos, entrei pela rampa principal. E isso os poderosos jamais perdoaram.

Reservaram para mim o papel de figurante, mas virei protagonista pelas mãos dos trabalhadores brasileiros.

Assumi o governo disposto a mostrar que o povo cabia, sim, no orçamento. Mais do que isso, provei que o povo é um extraordinário patrimônio, uma enorme riqueza. Com o povo o Brasil progride, se enriquece, se fortalece, se torna um país soberano e justo.

Um país em que a riqueza produzida por todos seja distribuída para todos – mas em primeiro lugar para os explorados, os oprimidos, os excluídos.

Todos os avanços que fizemos sofreram encarniçada oposição das forças conservadoras, aliadas a interesses de outras potências.

Eles nunca se conformaram em ver o Brasil como um país independente e solidário com seus vizinhos latino-americanos e caribenhos, com os países africanos, com as nações em desenvolvimento.

É aí, nessas conquistas dos trabalhadores, nesse progresso dos pobres, no fim da subserviência, é aí que está a raiz do golpe de 2016.

Aí está a raiz dos processos armados contra mim, da minha prisão ilegal e da proibição da minha candidatura em 2018. Processos que – agora todo mundo sabe – contaram com a criminosa colaboração secreta de organismos de inteligência norte-americanos.

Ao tirar 40 milhões de brasileiros da miséria, nós fizemos uma revolução neste país. Uma revolução pacífica, sem tiros nem prisões.

Ao ver que esse processo de ascensão social dos pobres iria continuar, que a afirmação de nossa soberania não iria ter volta, os que se julgam donos do Brasil, aqui dentro e lá fora, resolveram dar um basta.

Nasce aí o apoio dado pelas elites conservadoras a Bolsonaro.

Aceitaram como natural sua fuga dos debates. Derramaram rios de dinheiro na indústria das fake news. Fecharam os olhos para seu passado aterrador. Fingiram ignorar seu discurso em defesa da tortura e a apologia pública que ele fez do estupro.

As eleições de 2018 jogaram o Brasil em um pesadelo que parece não ter fim.

Com ascensão de Bolsonaro, milicianos, atravessadores de negócios e matadores de aluguel saíram das páginas policiais e apareceram nas colunas políticas.

Como nos filmes de terror, as oligarquias brasileiras pariram um monstrengo que agora não conseguem controlar, mas que continuarão a sustentar enquanto seus interesses estiverem sendo atendidos.

Um dado escandaloso ilustra essa conivência: nos quatro primeiros meses da pandemia, quarenta bilionários brasileiros aumentaram suas fortunas em 170 bilhões de reais.

Enquanto isso, a massa salarial dos empregados caiu 15% em um ano, o maior tombo já registrado pelo IBGE. Para impedir que os trabalhadores possam se defender dessa pilhagem, o governo asfixia os sindicatos, enfraquece as centrais sindicais e ameaça fechar as portas da Justiça do Trabalho. Querem quebrar a coluna vertebral do movimento sindical, o que nem a ditadura conseguiu.

Violentaram a Constituição de 1988. Repudiaram as práticas democráticas. Implantaram um autoritarismo obscurantista, que destruiu as conquistas sociais alcançadas em décadas de lutas. Abandonaram uma política externa altiva e ativa, em favor de uma submissão vergonhosa e humilhante.

Este é o verdadeiro e ameaçador retrato do Brasil de hoje.

Tamanha calamidade terá que ser enfrentada com um novo contrato social que defenda os direitos e a renda do povo trabalhador.

Minhas queridas e meus queridos.

Minha longa vida, aí incluídos os quase dois anos que passei em uma prisão injusta e ilegal, me ensinou muito.

Mas tudo o que fui, tudo o que aprendi cabe num grão de milho se essa experiência não for colocada a serviço dos trabalhadores.

É inaceitável que 10% da população vivam à custa da miséria de 90% do povo.

Jamais haverá crescimento e paz social em nosso país enquanto a riqueza produzida por todos for parar nas contas bancárias de meia dúzia de privilegiados.

Jamais haverá crescimento e paz social se as políticas públicas e as instituições não tratarem com equidade a todos brasileiros.

É inaceitável que os trabalhadores brasileiros  continuem sofrendo os impactos perversos da desigualdade social. Não podemos admitir que nossa juventude negra tenha suas vidas marcadas por uma  violência que beira genocídio.

Desde que vi, naquele terrível vídeo, os 8 minutos e 43 segundos de agonia de George Floyd, não paro de me perguntar: quantos George Floyd nós tivemos no Brasil? Quantos brasileiros perderam a vida por não serem brancos? Vidas negras importam, sim. Mas isso vale para o mundo, para os Estados Unidos e vale para o Brasil.

É intolerável que nações indígenas tenham suas terras invadidas e saqueadas e suas culturas destruídas. O Brasil que queremos é o do marechal Rondon e dos irmãos Villas-Boas, não o dos grileiros e dos devastadores de florestas.

Temos um governo que quer matar as mais belas virtudes do nosso povo, como a generosidade, o amor à paz e a tolerância.

O povo não quer comprar revólveres nem cartuchos de carabina. O povo quer comprar comida.

Temos que combater com firmeza a violência impune contra as mulheres. Não podemos aceitar que um ser humano seja estigmatizado por seu gênero. Repudiamos o escárnio público com os quilombolas. Condenamos o preconceito que trata como seres inferiores pobres que vivem nas periferias das grandes cidades.

Até quando conviveremos com tanta discriminação, tanta intolerância, tanto ódio?

Meus amigos e minhas amigas,

Para reconstruirmos o Brasil pós pandemia, precisamos de um novo contrato social entre todos os brasileiros.

Um contrato social que garanta a todos o direito de viver em paz e harmonia. Em que todos tenhamos as mesmas possiblidades de crescer, onde nossa economia esteja a serviço de todos e não de uma pequena minoria. E no qual sejam respeitados nossos tesouros naturais, como o Cerrado, o Pantanal, a Amazônia Azul e a Mata Atlântica.

O alicerce desse contrato social tem que ser o símbolo e a base do regime democrático: o voto. É através do exercício do voto, livre de manipulações e fake news, que devem ser formados os governos e ser feitas as grandes escolhas e as opções fundamentais da sociedade.

Através dessa reconstrução, lastreada no voto, teremos um Brasil um democrático, soberano, respeitador dos direitos humanos e das diferenças de opinião, protetor do meio ambiente e das minorias e defensor de sua própria soberania.

Um Brasil de todos e para todos.

Se estivermos unidos em torno disso poderemos superar esse momento dramático.

O essencial hoje é vencer a pandemia, defender a vida e a saúde do povo. É pôr fim a esse desgoverno e acabar com o teto de gastos que deixa o Estado brasileiro de joelhos diante do capital financeiro nacional e internacional.

Nessa empreitada árdua, mas essencial, eu me coloco à disposição do povo brasileiro, especialmente dos trabalhadores e dos excluídos.

Minhas amigas e meus amigos.

Queremos um Brasil em que haja trabalho para todos.

Estamos falando de construir um Estado de bem-estar social que promova a igualdade de direitos, em que a riqueza produzida pelo trabalho coletivo seja devolvida à população segundo as necessidades de cada um.

Um Estado justo, igualitário e independente, que dê oportunidades para os trabalhadores, os mais pobres e os excluídos.

Esse Brasil dos nossos sonhos pode estar mais próximo do que aparenta.

Até os profetas de Wall Street e da City de Londres já decretaram que o capitalismo, tal como o mundo o conhece, está com os dias contados. Levaram séculos para descobrir uma verdade inquestionável que os pobres conhecem desde que nasceram: o que sustenta o capitalismo não é o capital. Somos nós, os trabalhadores.

É nessas horas que me vem à cabeça esta frase que li num livro de Victor Hugo, escrito há um século e meio, e que todo trabalhador deveria levar no bolso, escrita em um pedacinho de papel, para jamais esquecer:

“É do inferno dos pobres que é feito o paraíso dos ricos…”

Nenhuma solução, porém, terá sentido sem o povo trabalhador como protagonista. Assim como a maioria dos brasileiros, não acredito e não aceito os chamados pactos “pelo alto”, com as elites. Quem vive do próprio trabalho não quer pagar a conta dos acertos políticos feitos no andar de cima.

Por isso quero reafirmar algumas certezas pessoais:

Não apoio, não aceito e não subscrevo qualquer solução que não tenha a participação efetiva dos trabalhadores.

Não contem comigo para qualquer acordo em que o povo seja mero coadjuvante.

Mais do que nunca, estou convencido de que a luta pela igualdade social passa, sim, por um processo que obrigue os ricos a pagar impostos proporcionais às suas rendas e suas fortunas.

E esse Brasil, minhas amigas e meus amigos, está ao alcance das nossas mãos.

Posso afirmar isso olhando nos olhos de cada um e de cada uma de vocês. Nós provamos ao mundo que o sonho de um país justo e soberano pode sim, se tornar realidade.

Eu sei – vocês sabem – que podemos, de novo, fazer do Brasil o país dos nossos sonhos.

E dizer, do fundo do meu coração: estou aqui. Vamos juntos reconstruir o Brasil.

Ainda temos um longo caminho a percorrer juntos.

Fiquem firmes, porque juntos nós somos fortes.

Viveremos e venceremos.”

Luiz Inácio Lula da Silva

Um discurso brasileiro na Assembleia Geral da ONU

 

Dezenove minutos de discurso, sem ler, sem teleprompter, sem colinhas na mão. É um ex-operário, com parca formação.

Não cursou um curso superior de excelência como a Academia de Agulhas Negras.

É apenas um homem forjado nas lutas sindical e política, capaz de argumentos plausíveis e que sabe e gosta de ler bons livros. Capaz de convencer pessoas, sem argumentos de baixa extração.

A comparação é desnecessária por evidente.

O triplex tinha outro dono, o sítio também. Por que Lula está preso?

Lula ganharia as eleições com um pé nas costas. Mas daí surgiu o magistrado interessado em fazer o trabalho sujo.

O dinheiro da venda do “triplex” do Lula, destinou-se a pagar dívidas da OAS. O juiz Mouro, julgador interessado na primeira instância, chegou a apresentar como prova um contrato de compra e venda sem assinatura. Levou um carão do réu.

Agora o dinheiro da venda do “sítio” do Lula entrará na conta no Fernando Bittar.

Em dezembro de 2017, pesquisa eleitoral indicava Lula com 34% das intenções de voto; Bolsonaro tinha 17% e Marina, 9%.

Em agosto de 2018, na pesquisa IBOPE, Lula tinha 37%, Bolsonaro 18% e Marina 6%, Ciro 5% e Alckmin 5%. Lula tinha mais votos que a soma de todos os candidatos. 

Quase na mesma data, pesquisa Datafolha indicava:

  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 39%
  • Jair Bolsonaro (PSL): 19%
  • Marina Silva (Rede): 8%
  • Geraldo Alckmin (PSDB): 6%
  • Ciro Gomes (PDT): 5%
  • Alvaro Dias (Podemos): 3%
  • João Amoêdo (Novo): 2%
  • Henrique Meirelles (MDB): 1%
  • Guilherme Boulos (PSOL): 1%
  • Cabo Daciolo (Patriota): 1%

Tudo isso quer dizer: Lula tinha que ser condenado na primeira instância, na segunda instância e ter todos os recursos recusados pelo STJ e pelo STF. 

Pois não hai de ver que o desgraçado ia ganhar a eleição?

Daí prometeram um ministério e um cargo de ministro da Suprema Corte do País, que como juiz de piso e por méritos próprios o Mouro de Maringá jamais conseguiria.

Condenou Lula, fez uma força grande pra Lula não ganhar liberdade, instruiu a sentença da segunda condenação do ex-presidente e aí está, lépido e fagueiro, esperando a aposentadoria ou a morte de um dos 11 ministros do STF para assumir seu cargo de Guardião da Constituição até os 75 anos de idade.

Por outro lado, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou escabrosas transações em 39 imóveis de um deputado do Rio de Janeiro, conhecido como Flávio Bolsonaro, hoje Senador da República, e pouca gente está preocupada com isso.  

 

Lula lidera em todos os cenários de uma nova pesquisa CNT

Um levantamento feito pela CNT/MDA aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera todos os cenários para eleição de 2018.

Segundo a pesquisa, divulgada nesta terça-feira (19) pelo jornal Valor Econômico, na consulta espontânea para o primeiro turno, o petista aparece em primeiro com 20,2% das intenções de voto.

No mesmo quadro, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) vem em segundo, com 10,9% (ante 6,5% no levantamento anterior).

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP) aparece em terceiro, com 2,4%.

Em quarto lugar está Marina Silva (Rede), com 1,5%. Ela é seguida pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e Ciro Gomes (PDT), ambos com 1,2%.

Estimulada

Na pesquisa estimulada, Lula tem 32,4% das intenções de voto. No cenário, seguem Bolsonaro (19,8%), Marina Silva (12,1%), Ciro Gomes (5,3%) e Aécio Neves (3,2%).

Se o nome do PSDB fosse Alckmin e não Aécio, as intenções de voto passariam a ser de 32% para Lula, 19,4% para Bolsonaro, 11,4% para Marina Silva, 8,7% para Alckmin e 4,6% para Ciro Gomes. Material editado pelo Bahia.ba e O Expresso.

Quem está mais arrependido do golpe: a Folha ou os deputados norte-americanos?

O juiz federal Sérgio Moro em foto da Revista Veja.
O juiz federal Sérgio Moro em foto da Revista Veja.

O jornal Folha de São Paulo publicou ontem, nas edições impressa e eletrônica, que deputados democratas estão protestando contra o juiz Sérgio Moro por decisões arbitrárias no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Um grupo de 12 deputados do Partido Democrata dos Estados Unidos vai divulgar nesta quarta-feira (18) uma carta pública em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que acusa o juiz Sergio Moro de persegui-lo por meio de decisões “arbitrárias”.

A carta, obtida pela Folha, é endereçada ao embaixador do Brasil em Washington, Sergio Amaral, e afirma que o ex-presidente está sendo “perseguido”. “Estamos especialmente preocupados com a perseguição do ex-presidente Lula da Silva, que viola as normas de tratados internacionais que garantem o direito da defesa para todos os indivíduos.”

“Exortamos as autoridades federais do Brasil a fazer todo o possível para proteger os direitos dos manifestantes, líderes de movimentos sociais e líderes da oposição, como o ex-presidente Lula”, diz a missiva.

Segundo o texto, o governo de Michel Temer tem agido “para proteger figuras políticas corruptas, para impor uma série de políticas que nunca seriam apoiadas em uma eleição nacional e pressionar adversários nos movimentos sociais e nos partidos de oposição.”

Na carta do grupo liderado pelo deputado democrata John Conyers, os legisladores afirmam que “Lula se mantém como uma das figuras políticas mais populares no Brasil de hoje e é visto como uma série ameaça nas urnas por seus oponentes políticos”.

“Nos últimos meses, ele tem sido alvo de uma campanha de calúnias e acusações não comprovadas de corrupção pelos grandes veículos privados de mídia alinhados com as elites do país.”

Também assinam a missiva alguns sindicatos e think tanks americanos, entre eles a central sindical AFL-CIO, que tem mais de 12 milhões de membros.

“Lula tem sido alvo de um juiz, Sergio Moro, cujas ações parciais e arbitrárias tem ameaçado seu direito de defesa. Por exemplo, o juiz ordenou a prisão arbitrária [a condução coercitiva, em março de 2016] do ex-presidente só para servir de intimação, embora não houvesse nenhuma indicação de que o ex-presidente não quisesse depor na Justiça. “

O texto critica também a PEC do teto de gastos do governo Temer, dizendo que “vai reverter anos de avanços econômicos e sociais”, além de atacar o impeachment de Dilma Rousseff.

Em julho, um grupo de deputados havia publicado uma carta contra o processo de impeachment, assinada por 39 deputados democratas e 20 organizações.

 

E aí, Presidento? Prender Lula pode dar “poblema”?

poblema

Como justificar a prisão de Lulalá, sem obedecer a ordem alfabética das inúmeras delações de empreiteiros com o pessoal do PMDB, do PSDB e dos poderosos que estão dando plantão no Poder hoje em dia?

Ou esse Lava Jato lava a honra de todos ou deixa todo mundo sujinho como está.

A Justiça levanta a venda

Jota A no portal O Dia

Que o Governo da Presidente Dilma encontra-se apático, constrangido e sem capacidade de criar iniciativas no campo político e econômico que sejam capazes de mudar os atuais rumo, todos sabem.

Os eventos desta quarta à noite, quando o Magistrado responsável pela operação Lava-Jato quebrou o sigilo de escutas telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, precisa, no entanto, de uma análise serena e ponderada:

-Quando encontrou a gravação em que a Presidente dava orientação a Lula, Sérgio Moro deveria, pelo encontro fortuito de provas contra pessoa de fôro privilegiado,  encaminhá-las a quem de direito, a Procuradoria Geral da República para apresentação ou não de denúncia ao Supremo.

-O Magistrado não deveria e não tinha autoridade para tanto, em especial para, ao mesmo tempo em que quebrou o sigilo do inquérito contra Lula, vazar para a imprensa as gravações com a passagem da conversa com Dilma.

-A Justiça Federal de Primeira instância está tomando os freios nos dentes na esperança de deitar mão sobre Lula mesmo antes de indiciá-lo por crimes de qualquer natureza que eventualmente tenha cometido.

-Um Magistrado sabe que pode ser responsabilizado pela grave comoção social que deflagrou.

-As instituições estão fragilizadas. Em especial o Congresso Nacional. Isso não elide o fato de que remédios de julgamento político como o processo de impeachment sejam desenvolvidos.

– Instaurado o processo de impeachment, a Presidente é afastada e o seu sucessor provisório poderá alterar, a seu gosto, a titularidade de seus ministros. Perderia, então, o foro privilegiado o ex-presidente Lula.

-Fora dos ritos constitucionais e legais quaisquer tipos de atitude não devem prosperar, sob pena de ser avaliada como golpista e arbitrária. O Supremo, guardião da Carta Magna, é responsável pela manutenção da legalidade.

O Globo: Polícia Federal quer ouvir Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato

lulaláO jornal O Globo, publicou agora, às 13h33m, matéria jornalística de Carolina Brígido, afirmando que a Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) relatório em que pede para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido para explicar seu envolvimento no esquema investigado na operação Lava-Jato. O relatório diz que Lula pode ter sido beneficiado pessoalmente das irregularidades em apuração. (Leia o relatório completo da Polícia Federal)

“Atenta ao aspecto político dos acontecimentos, a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal”, diz o relatório. Depois de contar tudo o que foi apurado até agora, a PF pede que Lula seja intimado para prestar declarações.

 

Falta alguém na Papuda?

lulaA afirmação é do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, publicada no site 247:

“Eu não posso imaginar que alguém atilado como é o ex-presidente Lula, safo como eu disse, não tivesse conhecimento do que estava ocorrendo na República. Será que durante os oito anos [de mandato] ele delegou tanto a chefia do governo?”

gacea expresso07deoutubro blog

Lula poderia ter estado de saúde agravado

Notícias não confirmadas, publicadas na página Alerta Total, do jornalista Jorge Serrão, dão conta que os problemas de saúde do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva podem ter sofrido uma recidiva, agravados por suas viagens constantes e forte atividade política. Veja o texto na íntegra:

Lula

O ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta a ter graves problemas de saúde. Semana passada, na quinta e no sábado, sempre no meio de madrugada e dentro de uma ambulância bem equipada, Lula fez duas idas de emergência ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O problema dele agora é um nódulo no pulmão.
O novo câncer pode ser uma metástase ocorrida a partir do enorme tumor na laringe – que a equipe do médico Roberto Kalil garantiu ter curado completamente com químio e radioterapia, sem necessidade de cirurgia, no ano passado. A despeito da enfermidade gravíssima, Lula segue com seu ritmo frenético de viagens, em jatinhos de empreiteiras, para articulações de negócios.
O ambiente gelado dos voos, e as alterações de pressão no sobe e desce, podem agravar seu quadro – que requer cuidados extremos, principalmente para quem fumou, muito, a vida inteira. Além disso, Lula tem se desgastado com a situação grave da política econômica, principalmente com a instabilidade de seu afilhado Guido Mantega, programado para deixar o Ministério da Fazenda assim que a conjuntura permitir. Problemas políticos na Petrobrás também mexem com o emocional de Lula, com reflexos diretos em sua saúde.
A recente perda do grande amigo Hugo Chávez – que ainda sequer foi sepultado, só confirmando a farsa do boneco de cera de um corpo que sequer foi embalsamado – pode ter mexido com o emocional de Lula, provocando uma queda de sua imunidade. No pós-tratamento ao câncer de laringe, Lula ainda é obrigado a tomar medicamentos a base de corticóide, para evitar qualque evolução de células cancerígenas. O problema é que tais remédios causam inchaços no corpo, por reterem líquido, e ainda têm como efeito colateral o cansaço.
A área de inteligência do Exército já sabe do novo problema de Lula – que é guardado como segredo a sete chaves. A informação vazou de médicos e funcionários do hospital. Um dirigente de uma grande transnacional da área de saúde, que tem relações muito próximas com a área militar de inteligência, confirmou a triste informação classificada de 1-A-1.

Dona Dilma reúne-se agora à tarde com ministros

A presidenta Dilma Rousseff convocou para hoje (1º) à tarde reunião ministerial, no Palácio do Planalto, para discutir a onda de manifestações no país e medidas que podem ser adotadas para solucionar o impasse. A decisão foi tomada depois que Dilma conversou com vários ministros, no fim de semana, no Palácio da Alvorada e analisou os resultados das reuniões com movimentos sociais, entidades civis organizadas e centrais sindicais.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que esteve no Alvorada no fim de semana, disse que a presidenta quer ouvir os ministros sobre os episódios que ocorrem no país. Porém, ele minimizou, por exemplo, as queixas sobre a desorganização em determinadas situações envolvendo a Copa das Confederações. “O volume de reclamações não é expressivo”, disse, lembrando que o sistema será aperfeiçoado.

As manifestações no país ocorrem há mais de uma semana e continuaram de forma intensa no sábado (29) e domingo (30) em várias cidades. Nas ruas, os manifestantes reivindicam a redução das tarifas do transporte público, assim como melhorias nos serviços de atendimento à saúde e educação, além do combate à corrupção.

Quer saber o que está acontecendo? Vai lá em Adis Abeba, na Etiópia, que o Lula sabe.

realcamaronovo

Justiça determina bloqueio de bens de Lula e de Amir Lando

Amir e Lula

O juiz federal Paulo Cesar Lopes, da 13ª Vara Federal – TRF1 – Brasília, determinou, dentro do processo 0007807-08.2011.4.01.3400, em que são réus Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-ministro da Previdência, Amir Francisco Lando, medidas que assegurem o ressarcimento dos danos causados ao erário no montante de R$ 9.526.070,64, em virtude de improbidade administrativa. No dia 19 de setembro, última movimentação indicada no site do TRF 1, os autos encontravam-se conclusos ao Juiz.

Apesar da inicial, de autoria do Ministério Público Federal, ter sido autuada em 02 de fevereiro de 2011, já em 9 de fevereiro do mesmo ano havia sido emitida a carta precatória para o município de São Bernardo, para a intimação do ex-Presidente. Lula foi citado em 2 de junho do mesmo ano.

Em 22 de fevereiro de 2011, a assessoria de imprensa do MPF/DF explicava em detalhes a ação:

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) entrou na Justiça contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Previdência, Amir Francisco Lando, por improbidade administrativa. Segundo o MPF, os dois teriam usado a máquina pública para fazer promoção pessoal e favorecer o Banco BMG, entre outubro e dezembro de 2004.
Segundo o Ministério Público, o governo enviou mais de 10 milhões de cartas aos segurados do INSS, com propaganda sobre empréstimo consignado com taxas de juros reduzidas. Na época, somente o BMG fazia este tipo de empréstimo, depois de ter firmado um convênio com o INSS. As cartas eram assinadas por Lula e por Amir Lando
Para o MPF/DF, a carta não foi enviada baseada no interesse público. A entidade afirma que ela pretendia enaltecer Lula e o ministro da Previdência, e beneficiar o Banco.
”Diante do apurado, podemos concluir facilmente que a finalidade pretendida com o envio das correspondências era, primeiramente, promover as autoridades que assinavam a carta, enaltecendo seus efeitos e, consequentemente, realizando propaganda e, ao mesmo tempo, favorecer o Banco BMG, única instituição particular apta a operar a nova modalidade de empréstimo”, defende o MPF/DF na ação.
Ainda de acordo com o MPF, dados do Tribunal de Contas da União mostram que a impressão e o envio das cartas custaram R$ 9,5 milhões aos cofres públicos e os pagamentos foram feitos de forma irregular, sem contratos.
A ação pede a devolução do dinheiro ao governo e o bloqueio de bens dos acusados, em caráter liminar. Se forem condenados pela Justiça, os acusados poderão, ainda, ter os direitos políticos suspensos, pagar multa, ficar proibidos de contratar ou receber benefícios do Poder Público e perder a função pública ou aposentadoria.

 

Lulinha está quebrado. Você acredita nisto?

Lula: de torneiro-mecânico a bilionário.

A famosa empresa Gamecorp, de Lula Filho, o gênio dos games, está com problemas de caixa. Veja no Sanatório da Notícia. Por outro lado, afirma-se, à boca pequena, que o patrimônio de Lula Pai ultrapassa 2 bilhões de dólares,  grande parte dos quais investidos em negócios seguros como grandes fazendas e gado. Uma dessas fazendas, tem até 60 mil hectares contínuas, no sul do Pará, isentas de fiscalizações dos órgãos ambientais e de ameaças de invasão do MST, muito forte na região.

Lula apenas hesita agora entre comprar ou não uma casa de R$22 milhões, em São Paulo, mais coerente com a sua condição de bilionário. O súbito aparecimento desse patrimônio é que mantém Lula ativo na política, com sacrifício até de sua própria saúde.

Ministro do STF denuncia Lula por pressões contra julgamento do Mensalão

No momento em que um ministro do Supremo Tribunal Federal, no caso Gilmar Mendes, vem a público para denunciar as pressões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para postergar o julgamento do Mensalão, vê-se que o conjunto de forças que deságuam num mínimo de moralidade da República está definitivamente abalado. O País está numa das piores encruzilhadas de frouxidão ética de sua história, em que o cidadão mais simples chega a acreditar que a honestidade e a retidão de caráter sejam anacronismos sem nenhum sentido.

Relata o jornalista Cláudio Humberto: Mendes confirmou o encontro e o teor da conversa, revelada ontem, ao jornal Folha de S. Paulo: “Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente.” O encontro aconteceu em 26 de abril no escritório de Nelson Jobim, ex-ministro de Lula e ex-integrante do STF. O petista disse ao ministro, segundo a revista, que é “inconveniente” julgar o processo agora e chegou a fazer referências a uma viagem a Berlim em que Mendes se encontrou com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), hoje investigado por suas ligações com Cachoeira.

Malandragem, argúcia para delinquir, vivacidade, esperteza , sagacidade e um certo sentimento de impunidade parecem ser as qualidades precípuas do homem público brasileiro, numa extensa pirâmide hierárquica que vai desde os pró-homens da República até o mais singelo barnabé.

Que Deus abençoe este torrão onde prospera a iniquidade e a desonra.

The Economist: “Lenta mas seguramente, Dilma está deixando sua marca no governo”

Imagem de Cláudio Munhoz para The Economist

A edição impressa de The Economist publica uma longa matéria de análise do primeiro ano da presidenta Dilma:

“Durante seu primeiro ano como presidente do Brasil, Dilma Rousseff teve o cuidado de não fazer alterações tão grandes que possam ser vistas como uma reprovação para Luiz Inácio Lula da Silva, seu antecessor e patrono. Ela esperou para substituir os ministros que herdou dele até acusações de corrupção contra eles tornarem-se avassaladoras, implementado apenas reformas limitadas. Muitos especialistas esperavam que em 2012 ela iria aproveitar o período de silêncio entre o Natal e o Carnaval em fevereiro, para ser mais ambiciosa, apenas para desapontar com ainda mais com seu conservadorismo.”

Veja mais no link (em inglês).

O culpado, por favor!

Se 55 navios esperam ao largo, no porto de Santos, para carregar açúcar e a fila para descarregar soja em Paranaguá já alcança mais de 30 kms, fica uma pergunta no ar: depois de 8 anos de Governo do PT ainda se vai colocar a culpa dos gargalos da infraestrutura do País em Fernando Henrique Cardoso? Aeroportos, estradas federais, portos, saúde, educação, navegação de cabotagem, energia, saneamento, tudo isso vai mal. FHC fez um governo contido. E a alegre gestão lulista, fez o quê?

O Brasil será a quinta economia do mundo em menos de duas décadas. À revelia de seus gestores.

Lula recebe título de doutor. Na internet, citações pouco elogiosas.

O jornal O Estado de São Paulo foi formal ao noticiar a cerimônia de diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva como doutor “honoris causa” pela Universidade Federal de Viçosa. No entanto, na internet, os comentários sobre o evento não são de elogios ao ex-presidente. As dificuldades do petista com a língua portuguesa são o principal assunto. Veja o que diz o jornal paulista:

Ao receber na noite desta sexta-feira, 28, o título de doutor honoris causa na Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Zona da Mata mineira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a exaltar sua gestão na área da educação e disse que confia que a presidente Dilma Rousseff saberá “promover novos e significativos avanços” para o Brasil durante seu mandato.
Lula discursou pela primeira vez desde que deixou o Palácio do Planalto e atribuiu a homenagem à uma constatação das “grandes conquistas” alcançadas pelo País últimos anos. O ex-presidente – escolhido como paraninfo de várias turmas e 1.200 formandos da universidade – evitou temas políticos, mas não deixou de alfinetar os antecessores ao criticar o “abandono” do ensino no País, a “lógica excludente desastrada do passado” e o que chamou de “negligência” com a formação profissional.

Número de mortes no Rio não pára de subir. Lula acha que o povo não merecia.

Foto de Wilton Junior, da Agência Estado.

O número de mortos em consequência das fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro subiu para 710, segundo o mais recente balanço parcial da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil, divulgado às 21h de ontem (18). Nova Friburgo continua com o maior número de mortos: 335. Teresópolis já soma 292 óbitos. Petrópolis tem 62 mortos e Sumidouro, 21.

O agora ex-soberano do País, sr. Da Silva, saiu-se com esta pérola aos jornalistas presentes ao seu encontro com a presidente Dilma, na base aérea de Cumbica: “Acho que o povo do Rio não merecia isso, acho que um ser humano não merecia isso”.

O Nosso Guia e Grande Timoneiro não achou foi capacidade administrativa para evitar a tragédia, mesmo depois dos exemplos catastróficos de Santa Catarina, do litoral carioca no final de 2009 e do Nordeste em 2010. O povo não merecia mesmo era escolher gestores do calibre de Sérgio Cabral e Luiz Inácio.


Hoje, na TV, Lula diz não saber sobre seu futuro.

No último pronunciamento à nação em cadeia de rádio e televisão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai carregar na emoção e passar uma mensagem de otimismo aos brasileiros. O pronunciamento será transmitido às 20h (horário de Brasília) desta quinta-feira (23). Lula vai agradecer o apoio da maior parte da população brasileira. O presidente fará um balanço das realizações do governo e passará uma mensagem de otimismo em relação ao futuro do país e da administração de sua sucessora, Dilma Rousseff.

No entanto, ele vai pedir que não perguntem sobre o seu futuro. Lula tem dito em entrevista que pode se candidatar novamente à Presidência. “Não me perguntem sobre o meu futuro, porque vocês já me deram um grande presente. Perguntem, sim, pelo futuro do Brasil. E acreditem nele. Porque temos motivos de sobra para isso”, dirá Lula hoje à noite.( do Política Hoje)

Carta para Chico Buarque.

José Danon, economista, escreve uma carta para Chico Buarque, que afirmou que vota a favor de Dilma por falta de opção:

“Chico, você foi, é e será sempre nosso grande compositor. Pelo que você foi pelo que você é e pelo que creio que continuará sendo. Por isso mesmo, ao ver você declarar que vai votar na Dilma por falta de opção, tomei a liberdade de lhe apresentar o que, na opinião do seu mais incondicional admirador, pode ser uma opção.

Eu também votei no Lula contra o Collor.

Tanto pelo que representava o Lula como pelo que representava o Collor. Eu também acreditava no Lula. E até aprendi várias coisas com ele, como citar ditos da mãe. Minha mãe costumava lembrar a piada do bêbado que contava como se tinha machucado tanto. Cambaleante, ele explicava: Eu vi dois touros e duas árvores, os que eram e os que não eram. Corri e subi na árvore que não era aí veio o touro que era e me pegou. Acho que nós votamos no Lula que não era aí veio o Lula que era e nos pegou.  Continue Lendo “Carta para Chico Buarque.”

Andamos de braços dados com a escória?

“A política externa brasileira pode ser um primor de independência, mas seu resultado prático mais visível foi tornar o Brasil, ao longo do governo Lula, o grande amigo do que existe de pior no mundo”.

Esta é a frase de abertura de um artigo de J.R. Guzzo, na Veja, em março deste ano. Cada dia esta verdade se torna mais aguda.

A frase do dia

“Não há presidente que possa governar na garupa, ouvindo terceiros ou sendo monitorado por terceiros”.

O candidato José Serra, ontem, na Globo, falando sobre o poste e o criador. Na verdade essa afirmação pode ser uma “faca de dois legumes”, como dizia o finado Vicente Matheus: o povão quer Lula e, por via de consequência, a sua gerente. Nas grandes periferias das capitais, nos sertões áridos do nordeste, os descamisados de Luiz Inácio, o messias que percorreu seu calvário num pau-de-arara, rezam pela continuidade do seu status quo de exclusão social. Percorre suas veias e artérias um frêmito de adoração pelo campeador que lhes trouxe as migalhas do Bolsa Família, do Salário Desemprego e do empréstimo consignado das aposentadorias e os mantém no doce e ingênuo apartheid da ignorância, do analfabetismo funcional ou absoluto.

Uma vocação admirável.

O senador Álvaro Dias disse ontem, ao jornal Estado de São Paulo, que Marco Aurélio Garcia, coordenador da campanha de Dilma Rousseff,  “é um aloprado de direita porque defende governos que apedrejam mulheres e condenam jornalistas à prisão” e evoca episódio em que o petista se ofereceu a intermediar encontro do governo brasileiro com as FARC, ainda sob o governo de Fernando Henrique Cardoso. Assim, o PSDB rechaça afirmações de Marco Aurélio, que havia lamentado “o fim melancólico” da carreira de Serra, o qual teria dado uma guinada à direita “mais raivosa e atrasada”.

Estou cada vez mais convencido (que boa essa, hein!) que Marco Aurélio, desde os seus tempos de editorialista de Zero Hora, onde eu fazia as vezes de singelo redator, é um plantador de ventos, sectário, que não poupa qualquer oportunidade de se mostrar antipático. Marco Aurélio, intelectual da velha esquerda, foi mentor de Lula (ou ideólogo) nas duas décadas perdidas em que o atual Presidente fazia sua plataforma para eleger-se. Lula é um político instintivo. Marco Aurélio uma vocação de fascista de largo espectro.

Lula trabalha sem limites pelos seus candidatos.

clique na imagem

O jornalista Políbio Braga, blogueiro de maior audiência do Rio Grande do Sul, conta como foi armada a maior ação política do Presidente da República em favor da candidata Dilma Rousseff e do candidato ao Governo do Estado, Tarso Genro. A figura carismática de nosso Grande Mandatário está sendo usada ao largo. Essa aula de “torcida silenciosa” Lula não aprendeu com Fernando Henrique Cardoso. Clique no link acima para acompanhar toda a história, que culminou com um grande comício encerrado há pouco.

Lula afirma que Ditador é comprometido com a democracia.

Ao lado do ditador Obiang Nguema Mbsogo, há 31 anos no poder na Guiné Equatorial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou acordos e divulgou um comunicado afirmando que os países são comprometidos com a democracia e o respeito aos direitos humanos. Mbsogo é acusado por organizações internacionais de perseguir opositores do regime, fraudar eleições e violar direitos humanos. É também um dos mandatários mais ricos do mundo.

Sem comentários.

Um minuto de silêncio para Lula na TV.

Lula foi a TV agora à noite para saudar os “companheiros trabalhadores”. Na realidade o nosso Grande Timoneiro não é trabalhador há mais de 30 anos e se foi engraxate e torneiro-mecânico nem lembra mais. A aparição de Lula foi pura propaganda eleitoral, com auto-elogios à sua política econômica.

Do mesmo modo, o texto do cineasta Michael Moore, publicado na revista TIME para justificar a escolha de Lula como um dos 25 líderes políticos mais influentes do mundo, é um festival de baboseiras.

A grande e sólida verdade é que o senhor Luiz Inácio Lula da Silva perdeu, de maneira desassombrada, o bonde da história, quando, em 8 anos de Governo, após receber uma economia estabilizada e um país mais confiante, deixou de fazer reformas profundas, principalmente na educação, com objetivo de resgatar seus companheiros engraxates e operários. Preferiu contemplá-los com esmolas farisaicas e ganhos sociais de valor duvidoso.

Um minuto de silêncio para aqueles que entendem o sr. Da Silva como um estadista.

Israelenses colocam Lula em “sinuca de bico”.

Jerusalém – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não escapou hoje (15) das cobranças do presidente de Israel, Shimon Peres, em seu primeiro dia de visita ao país. Ao apresentar-se como mediador do confronto entre Israel e a Palestina, ouviu de Peres que sua contribuição era bem-vinda, mas as autoridades israelenses fizeram questão de lembrar a Lula de que não concordam com a posição do governo brasileiro contrária a sanções ao Irã, por tentar enriquecer urânio em percentual considerado armamentista.

No primeiro compromisso oficial do presidente, na residência de Peres, o vice-ministro israelense de Relações Exteriores, Danny Ayalon, disse a jornalistas brasileiros e estrangeiros que a única forma de evitar que o Irã prossiga com uma possível busca por uma arma nuclear será uma posição unida da comunidade internacional. Ao ser perguntado se isso seria um recado ao presidente Lula que já se manifestou contra as sanções ao país, respondeu, enfático, que sim.

O presidente Lula defende que o Irã tenha o direito de enriquecer urânio desde que exclusivamente pra fins pacíficos. Mesmo com essa ressalva, a posição brasileira não é bem-vista pelo governo de Israel, inimigo do Irã. Hoje (15), durante visita ao Knesset, o Parlamento israelense, o presidente Lula foi cobrado por essa posição. O presidente da Casa, o deputado Reuven Rivlin, disse que “ser publicamente contra as sanções [ao Irã] pode ser visto como um sinal de fraqueza.”

A líder da oposição, Tzipi Livni, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também foram duros em seus discursos ao citar o caso do Irã. Netanyahu pediu ao presidente Lula que apoie as sanções afim de evitar o armamentismo do Irã.

“Peço que você apoie a frente internacional contra o regime de Ahmadinejad [Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã]”, pediu o primeiro-ministro israelense, segundo a BBC Brasil. “O Brasil não pode dar legitimidade indireta a esse regime”, acrescentou Livni, também de acordo com a agência de notícias.

Estamos no rumo certo?

O Primeiro Mandatário desta ensolarada e insólita República vai conceder, nesta quarta-feira, à Cuba, um empréstimo de 300 milhões de dólares, para ampliação do porto de Mariel, em Havana. O empréstimo faz parte de crédito maior de 1 bilhão de dólares concedido ao País caribenho, cuja balança comercial com o Brasil ficou negativa em mais de 116 milhões somente no ano passado. Resumo da ópera: é dinheiro a fundo perdido.

Apoiar Zelaya em Honduras, defender Arminejar na escalada nuclear contra o resto do mundo, advogar a causa de Evo Morales contra a nação brasileira e a de Chavez contra seu próprio povo, sei não! O nosso Primeiro Companheiro perdeu completamente a noção do que é comandar as relações externas de uma república democrática.

Lula diz que PT está na alma dos brasileiros.

“Alguns apregoavam que o partido tinha quebrado. Mas um partido que está na alma de milhões de brasileiros não se acaba porque a elite quer destruí-lo.”

Assim o presidente Luiz Inácio pronunciou-se, esta noite, no Congresso Nacional do PT, em clara atitude eleitoreira, fantasiosa e promotora de um apartheid social, que, se existe, é, em parte, culpa dos últimos sete anos de governo. Pior foi a declaração do novo presidente do PT, Eduardo Dutra:

“Em 2005, o ano em que os profetas do apocalipse apareciam na TV e profetizavam o fim da nossa raça. Mas, eles não conseguiram acabar com a nossa raça porque nós fomos forjados na luta dos trabalhadores, com o suor de milhares de trabalhadores no Brasil. Nossa raça foi forjada no sangue de Chico Mendes. Não conseguiram acabar com a nossa raça porque fomos forjados com o sangue de milhares de brasileiros”.

Quem falou em raça, agora, foi o PT. Mas a passagem lembra o escritor Alexander Soljenítsen, referindo-se aos stalinistas:

“Como surgiu essa raça de lobos em meio do nosso povo? É a nossa raiz? É do nosso sangue?”