Do IG-MG
O presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado federal Marcus Pestana, contesta os resultados da pesquisa Datafolha, que aponta a candidata Dilma Rousseff (PT) numericamente à frente do presidenciável tucano, Aécio Neves. Pestana publicou em sua página do Facebook uma mensagem atacando a credibilidade da pesquisa. Uma imagem com os dizeres “Farsa da Pesquisa Datafolha”, divulgada pelo tucano, obteve mais de 4 mil compartilhamentos e 500 curtidas em 24 horas. A imagem, no entanto, traz dados incorretos sobre a pesquisa, por misturar resultados de dois levantamentos diferentes do instituto.
Procurado pela reportagem, o deputado federal diz que há ponderação errada dos dados da pesquisa, que divergem de outros levantamentos como Sensus, Veritá e trackings internos. “Todas dão de seis a sete pontos de vantagem (de Aécio sobre Dilma)”, defende o dirigente do PSDB. “Não gosto da metodologia da Datafolha, que cota no fluxo urbano. Prefiro avaliação domiciliar”, justifica o parlamentar sobre sua contestação dos números que apontam Dilma com 52% e Aécio com 48% dos votos válidos. Tecnicamente, os adversários estão em empate, pois a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Apesar de contestar a pesquisa, Pestana acredita que o vencedor da disputa presidencial terá uma diferença de quatro pontos percentuais, em relação ao segundo colocado, pois a campanha é a mais acirrada desde 1989.
Folha atesta credibilidade da pesquisa
A “Folha de S. Paulo” divulgou nota em seu site esclarecendo sobre o que chamou de mensagem viral, apontando a pesquisa como equivocada. “A mensagem tem dois grandes problemas. O primeiro é que, ao citar as intenções de votos de Dilma e Aécio em cada região, o autor do texto, por engano ou por má-intenção, usou informações da pesquisa feita nos dias 14 e 15 de outubro, não os desta segunda (20). No levantamento de 15 de outubro, Aécio, de fato, aparecia numericamente à frente de Dilma.
O outro problema da mensagem é fazer o exercício com os votos válidos em cada região (os totais de cada concorrente, após o descarte de brancos, nulos e indecisos). Um exercício desse tipo precisa ser feito com os votos totais de cada um, já que os percentuais de brancos, nulos e indecisos não são iguais em todas regiões”
A planilha falsa do tucano:





