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Conta a lenda que, num reino não muito distante daqui, o rei Mentirinha Bolorento, desesperado com a queda de popularidade entre seus súditos, chamou a Feiticeira Mãe e a Loira do Mal e determinou:

-“Temos que aumentar a rejeição do Juninho, falar mal dele.”

A Feiticeira e a Loira reuniram então a mamataria geral, aqueles que mamam e fingem apoiar o Bolorento e ordenaram:

-Agora vamos só falar mal do Juninho. Vamos chegar nas casas dizendo que ele foi mau filho; que, ai, ai, ele trata mal os funcionários; que ai, ai, que ele é muito inexperiente; que ai, ai, ele vai entupir o castelo de gente, abrindo concurso público para os professores; que ai, ai, o Mentirinha Bolorento está muito na frente!

Enquanto isso, os mamadores se cutucavam entre si, pouco acreditando nas palavras da Feiticeira Mãe e da Loira do Mal, mas não podiam gravar a reunião para evitar suspeitas e correr o risco de uma maldição.

“Chama, chama, a Almerinda”, bradava a Loira do Mal: “Vamos fazer uma sessão de tranca-rua, vamos dizer que a chuva foi de 100 milímetros, vamos dizer que o povo do Reino não está rezando e por isso as entidades superiores mandaram a chuva de pedra. Manda a jagunçada pra rua, ameaçar o zé povinho.”

E tem mais: anunciem que o Hospital está sendo construído a galope, que vai ficar quase pronto, que o Juninho não vai terminar o hospital, que o Juninho vai alugar prédios para descentralizar os serviços do Reino, que ele vai gastar tudo construindo o Palácio dos Saqueiros.

“Vão pra rua, Mamateiros, e cantem em prosa e verso as obras do nosso Mentirinha Bolorento”.