Temer, um homem de bem, cercado de iníquos? Creia, irmão!

Enquanto um assessor de Temer entrega uma mala recheada de dinheiro, outro assessor é preso pela Polícia Federal em Brasília.

Para entender melhor a situação, Temer seria uma ilha de probidade, cercado por “malas” por todos os lados.

Hoje comentava-se que, tardiamente, o ex-todo poderoso presidente da Câmara, preso em Curitiba, resolveu fazer uma delação premiada para voltar com urgência aos braços da Zoiuda. Se isso acontecer, imagino o lufa-lufa que vai cercar o gabinete do ministro Fachin, na emissão dos competentes mandados de prisão preventiva. 

Enquanto isso, Banânia, a república da deduragem ilimitada, afunda decididamente. Ainda seremos uma grande Venezuela. Num futuro muito próximo. 

Como dizia um velho filósofo popular, “há malas que vem por trem”, parodiando o célebre adágio: “Há males que vem para o bem”.

 

O resumo do mar de lama que inunda os porões da República

2 ex-presidentes (Lula e Dilma) e 1 presidente da República (Michel Temer)

16 governadores de Estado

167 deputados federais por 19 partidos

179 deputados estaduais em 23 estados

Um número ainda não especificado de Senadores da República

1.829 políticos na soma absoluta da corrupção

Apostando em um futuro bom relacionamento com prováveis candidatos que fossem eleitos em 2014, a J&F (holding controladora do grupo JBS) destinou mais de R$ 500 milhões para ajudar a eleger governadores, deputados estaduais, federais e senadores de todo o país, segundo os delatores.  Em um dos depoimentos que prestou ao Ministério Público Federal (MPF), com quem firmou acordo de delação premiada já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o diretor de Relações Institucionais e Governo da J&F, Ricardo Saud, entregou um levantamento detalhado em que aponta todos os candidatos financiados pela empresa.

De acordo com Saud, o total em dinheiro repassado por meio de “pagamentos dissimulados” alimentou as campanhas de 1.829 candidatos. Destes, 179 se elegeram deputados estaduais em 23 unidades da federação e 167, deputados federais por 19 partidos.

O delator não deixa claro quais pagamentos foram feitos via caixa 2 e quais foram doações oficiais. No depoimento, divulgado após a retirada do sigilo da delação, ele dá a entender que os valores citados se referem apenas às campanhas de 2014. Em outro depoimento, o dono da JBS, Joesley Batista, também afirmou que a maioria das doações feitas pela empresa tratava-se de propina disfarçada por contrapartidas recebidas.

“Doamos propina a 28 partidos”, contou Saud, admitindo que os mais de R$ 500 milhões destinados a agentes públicos para as eleições de 2014 formavam um “reservatório de boa vontade”. “Era para que eles não atrapalhassem a gente”, afirmou.

O delator cita ainda que foram distribuídas “propina para 16 governadores eleitos e para 28 candidatos ao Senado que disputavam a eleição, a reeleição ou a eleição para governador”, acrescentou. Segundo ele, os governadores eleitos pertenciam ao PMDB (4), PSDB (4), PT (3), PSB (3), PP (1) e PSD (1).

Ao entregar a documentação aos procuradores, Saud enfatizou a importância do “estudo” que fez por sua própria conta. “Acho que, no futuro, isso aqui vai servir. Aqui estão todas as pessoas que direta ou indiretamente receberam propina da gente.” Os documentos liberados pelo STF não trazem a lista de todos os nomes que fariam parte deste levantamento aponta por Saud.

A partir desse pressuposto, confirmada a íntegra da delação e processados todos, as eleições gerais deveriam contemplar também os estados, na intenção precípua de se manter um mínimo de respeitabilidade nos executivos e legislativos estaduais implicados. O povo não vai perdoar a permanência de corruptos em todos os níveis da Federação.

Saiba Mais

Indiciado fazer cara de espanto ajuda na hora do depoimento?

O que mais me espanta nessa espiral de denuncias de corrupção, é exatamente o espanto com que os denunciados encaram seu nome jogado no ribeirão fedorento que cruza por baixo das instituições. Denunciados, eles ficam simplesmente de queixo caído, indignados com o vazamento da delação.

-Como? Caixa 2 agora é crime? Isso são verbas de campanha legalmente repassadas! Depositadas em paraísos fiscais? Não acredito. Essas contas numeradas não me pertencem. Minha vida sempre foi um livro aberto e por isso estou quebrando o meu sigilo bancário e fiscal.

Esse malandro do Malafaia, que por dever de ofício devia chamar-se apenas “Mala”, discursava indignado com a sua condução para depoimento.

Não se entende porque.

Será que ele acredita que como pretenso religioso estaria acima de qualquer suspeita?

A condução coercitiva tem base exatamente nisso: que o conduzido seja surpreendido e não possa mascarar indícios de culpa.

Ou como se diz lá no interior do Rio Grande do Sul, para dar um baita cagaço e deixar falando fininho.

aeciu

Agora só falta uma denuncia formal do queridinho da foto. Mas esse parece ter as costas quentes com Janot, ministros do STF e com o Califa de Curitiba.

Senta lá, Aécio, que se essa merda toda virar, tua vez vai chegar.

Será que essa fruta é fresca. Ah, é, sim! Ou aécin!