Pintam e bordam: povo de Bolsonaro faz maracutaia grossa na Petrobras.

www.brasil247.com - Roberto Castello Branco

Roberto Castelo Branco, em foto da Agência Brasil.

Petrolífera administrada por ex-presidente da Petrobrás lucra meio bilhão com campos que ele próprio ajudou a vender. A 3R Petroleum, que tem seu conselho presidido por Roberto Castello Branco, registrou receita no terceiro trimestre deste ano de R$ 502 milhões.

A 3R Petroleum tem em sua cúpula alguns ex-diretores da Petrobrás e atua exclusivamente em campos comprados da estatal. A empresa adota a prática de porta giratória, tirando executivos de uma ponta do processo e passando-os para o outro lado do balcão, em companhias privadas que compram justamente espólio da estatal da qual vieram, explica o The Intercept Brasil.

A petrolífera privada tem 12 profissionais com passagens pela Petrobrás, inclusive o ex-presidente da companhia, Roberto Castello Branco, atual presidente do Conselho de Administração da 3R.

A 3R comprou nove polos de gás e petróleo da Petrobrás – todos durante o governo Jair Bolsonaro (PL) e a gestão de Paulo Guedes no Ministério da Economia. Guedes é ex-sócio e fundador do banco BTG Pactual, que detém 3,68% do capital social da 3R. O BTG ajudou a levantar os fundos para que a petrolífera pudesse fechar os negócios com a Petrobrás.

No último balanço divulgado, a 3R registrou receita no terceiro trimestre de 2022 de R$ 502 milhões, um aumento de 161% em relação ao mesmo período de 2021 e de 1.364% comparado ao trimestre anterior.

Durante a gestão de Castello Branco na Petrobrás, a estatal vendeu 37 campos de petróleo. Só com a 3R, nesse período, os campos negociados renderam cerca de R$ 3,8 bilhões, em valores atuais. Castello Branco presidiu a empresa de janeiro de 2019 até 12 de abril de 2021.

A ida de Castello Branco para a 3R respeitou a quarentena de seis meses prevista em lei, para evitar conflito de interesses.

Editado pelo Brasil247

Eita! Máscara de R$6,25, na Prefeitura de Luís Eduardo vale R$33,50.

Do Veja Política

A Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães comprou máscaras respiratórias do modelo PFF2 N95, da Nutriex, e pagou R$ 33,50 a unidade. O vereador Filipe Fernandes pagou pela mesma máscara R$ 6,25.

A Secretaria Municipal de Saúde de Luís Eduardo Magalhães solicitou no dia 24 de março, através do Fundo Municipal de Saúde, a compra de 2.000 unidades de máscaras “a fim de atender as necessidades da Prefeitura”, fazendo uso da prerrogativa da Dispensa de Licitação oferecida aos prefeitos durante a pandemia do Covid-19.

Nada de estranho se não fosse o valor de compra do produto. A reportagem do site Veja Política, após ter acesso ao Processo de Administrativo nº 386/2020 e a Dispensa de Licitação nº 132/20202, decidiu fazer uma pesquisa de preço e encontrou uma diferença, entre o valor que é vendido e o valor pago pela prefeitura, de 375% no mesmo produto.

O Produto comprado, segundo a nota fiscal de R$ 67.000,00 (sessenta e sete mil reais) paga pelo Secretário de Administração e Finanças, Ricardo Knupp, é uma “máscara respiratória PFF2 N95 da Nutriex”. O valor unitário, para a compra de 2 mil unidades, foi de R$ 33,50 (trinta e três reais e cinquenta centavos).

Nota fiscal da compra da máscara PFF2 N95 da Nutriex por R$ 33,50 paga pela Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães.

A mesma máscara respiratória PFF2 N95 da Nutriex é vendida no mercado por apenas R$ 8,91 (oito reais e noventa e um centavos) para pagamento à vista.

Procurado para falar sobre a compra, o vereador Filipe Fernandes se disse indignado. “Eu não acreditei no valor pago pela prefeitura numa única máscara e fui pesquisar. Achei a mesma máscara PFF2 N95 da Nutriex por R$ 6,25. Comprei cinco máscaras e paguei R$ 31,25. Praticamente o preço de uma máscara paga pela prefeitura. Isso é um desaforo com o dinheiro público”, disse o vereador democrata Filipe Fernandes.

Nota fiscal de compra da mesma máscara PFF2 N95 da Nutriex por R$ 6,25 paga pelo vereador Filipe Fernandes.

“Usar a pandemia para claramente superfaturar um produto é vergonhoso. Com o valor pago para comprar duas mil máscaras, em qualquer gestão responsável compraria pelo menos dez mil unidades. Ou isso é muita falta de responsabilidade com o dinheiro público ou é um superfaturamento descarado”, disse o vereador Nei Vilares (DEM).

Outro fato que chama bastante a atenção neste Processo de Compra nº 1304, é o tempo entre a solicitação da existência de recursos, feita pelo presidente da comissão de licitação no dia 24 de março, e o pagamento da compra, realizado no dia 25 de março; apenas 24 horas.

Compra de máscaras é alvo de investigação da Polícia Federal no Maranhão.

Investigações apontaram possíveis desvios de recursos públicos federais, que seriam usados no enfrentamento ao novo coronavírus, no Maranhão. 60 policiais federais cumpriram três mandados de prisão temporária e 14 de busca e apreensão.

As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal de São Luís após a investigação apontar indícios de superfaturamento na compra de 320 mil máscaras, feita pela Secretaria Municipal de Saúde de São Luís. O material foi adquirido por R$ 9,90, a unidade, enquanto o preço médio, praticado no mercado nacional, é R$ 3,17. O sobrepreço é estimado em R$ 2,3 milhões, no total.

Acabou a mamata? Aqui, que acabou! Apoiadores fundamentalistas surfam na grana do contribuinte.

Deus os cria em lugares diferentes para testar os homens de bem. Mas o diabo, diligente, os reúne novamente.

Por Bruno Fonseca e Mariana Correia, da Agência Pública.

Mais de R$ 30 milhões – esse é o valor que a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) gastou em campanhas veiculadas em rádios e TVs de líderes religiosos que apoiam Jair Bolsonaro. Segundo levantamento da Agência Pública, o governo pagou com verba pública ações publicitárias em cinco veículos ligados a pastores de igrejas evangélicas que se reuniram com o presidente no início de junho, em Brasília. Na ocasião, os líderes se encontraram com Bolsonaro para “interceder pela nação e levantar um clamor pelo Brasil”, como afirmou Silas Malafaia, um dos organizadores do encontro.

Segundo a reportagem apurou, o valor gasto pela Secom em campanhas nesses veículos equivale a quase 10% de tudo que a secretaria desembolsou desde o início do governo Bolsonaro. Na semana passada, ela foi incorporada ao Ministério das Comunicações, recriado pelo presidente.

Parte do valor gasto cobre os custos das agências de comunicação contratadas pelo governo para desenvolver as campanhas, mas a maioria vai para as próprias redes de TV e rádio, como anúncio publicitário. Segundo a apuração, dos mais de R$ 30 milhões contratados pela Secom, R$ 25,5 milhões foram pagos aos veículos.

A maior parte do valor pago pela Secom foi para campanhas na rádio e TV Record, controlada pelo bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. A secretaria pagou mais de R$ 28 milhões para campanhas publicitárias veiculadas na rádio e TV da emissora e na Record News. Desse total, R$ 25,1 milhões foram pagos diretamente aos veículos para custear os anúncios publicitários. O bispo Eduardo Bravo representou Edir Macedo na comitiva que esteve com Bolsonaro no dia 5.

A Secom pagou também cerca de R$ 30 mil em campanhas em emissoras afiliadas à Record. A TV Pajuçara, afiliada em Alagoas, recebeu R$ 12 mil.

Segundo a reportagem apurou, a maioria da verba pública gasta na Record foi para promover a reforma da Previdência. O governo contratou cerca de R$ 11 milhões em ações apenas na emissora de Edir Macedo, cerca de 15% de tudo que a Secom gastou para promover a reforma. A campanha é a mais cara já realizada desde a posse de Bolsonaro, com mais de R$ 70 milhões contratados ao todo.

Além de promover as mudanças na aposentadoria dos brasileiros, a Secom usou verba pública na Record para veicular campanhas de prestação de contas do governo, sobre segurança pública, no combate à violência contra a mulher e ações para divulgar uma imagem favorável do governo federal, como a “Agenda Positiva”. A reportagem encontrou mais mais de R$ 700 mil gastos pela Secom para veicular a campanha na Record, cerca de 12% de tudo que a secretaria já contratou para a ação, feita para mostrar “como cada ato do governo beneficia diretamente o cidadão e faz mudar seu dia a dia para melhor”. A Pública havia revelado que o governo já gastou R$ 14,5 milhões com a Agenda Positiva e manteve gastos milionários mesmo durante a pandemia do novo coronavírus.

A reportagem encontrou R$ 510 mil gastos na campanha “Dia da Amazônia” apenas em veiculações na Record. A ação foi anunciada em setembro de 2019, após críticas internacionais sobre queimadas na floresta amazônica. Segundo o governo, a campanha, que já custa mais de R$ 3,1 milhões, serve para reafirmar “soberania do Brasil em relação ao território” e “mostrar como o Brasil defende e conserva o bioma”.

A Pública questionou a Secom sobre os valores gastos em publicidade em emissoras religiosas, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.

Empresa de limpa-fossas do LEM realiza eventos para a Prefeitura de Porto Seguro

O ex-prefeito de Porto Seguro, na Costa do Descobrimento, Ubaldino Pinto, hoje radialista, denunciou hoje, através de um vídeo a prefeita Claudia Silva Santos Oliveira (PSD) por contratar uma empresa de limpa-fossas de Luís Eduardo Magalhães, por 2 milhões de reais, para “organizar” o último evento de réveillon na cidade.

A prefeita Cláudia Silva (PSD), eleita em 2012 e reeleita em 2016, reassumiu o posto, em 2018, depois de ficar cerca de cinco meses afastada do cargo por desvio de verba junto com o marido, Robério Batista Oliveira, prefeito da cidade vizinha de Eunápolis, e também com o irmão, Agnelo Santos, prefeito de Santa Cruz Cabrália.

Segundo a Polícia Federal, os três agiam em conjunto contratando empresas ligadas ao grupo da família para fraudar licitações. Ao todo, 33 contratos, que totalizam R$ 200 millhões, estavam sobre investigação.

Além disso, a Prefeita teve várias contas públicas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios.

Além do ineditismo de uma empresa de Limpa-fossas realizar um evento a mais de 1.200 km de Luís Eduardo Magalhães, é estranho o fato de que um interesse em comum, o PSD, una os prefeitos de LEM e Porto Seguro. Isso denota que para ganhar essa licitação em Porto Seguro, a empresa teria que ter, além de toda a documentação em dia, um voto de confiança de gente conhecida.

Veja, meu querido pato, por que você está pagando 20% a mais na hora de abastecer seu carro

Petrobras: um salto para o passado. Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

Cláudio da Costa Oliveira, funcionário aposentado da Petrobras, demonstra como o Brasil, mesmo autossuficiente em petróleo, tornou-se estranhamente dependente da importação de gasolina e óleo diesel. Petrobras está exportando óleo cru, mantendo suas refinarias na ociosidade, e deixando para a Ipiranga e a Shell importarem derivados dos EUA.

Meus amigos, pode até parecer brincadeira, mas o assunto é muito sério. Durante a entrevista de divulgação dos resultados da Petrobras no 3º trimestre de 2017, ocorrida nesta segunda-feira (13) o diretor financeiro Ivan Monteiro confirmou o que já sabíamos: “Um market share menor certamente fez com que tivéssemos uma margem menor o que impactou no balanço”. Aliás, temos falado sobre isto desde o ano passado.

O atual presidente da empresa Pedro Parente procurou disfarçar um pouco mais: “O país vive uma nova realidade que é positiva para o país, mas que sem dúvida impacta os nossos resultados que é o aumento das importações. O nosso market share neste período diminuiu”.

Como assim? Que a política de preços lançada em outubro de 2016 (vide anexo I) com grande estardalhaço midiático prometendo recuperar o market share só serviu para enganar, nós já comentamos muito. Mas, que a nova política iniciada na virada do semestre (exatamente em 30 de junho) prometendo corrigir os erros da primeira versão (vide anexo II) também não funcionou ficamos sabendo agora.

Os prejuízos para a Petrobras são enormes e temos escrito muito sobre isto.

Até o momento tínhamos alertado que os principais beneficiados desta política eram a Ultrapar (Ipiranga) de onde é originário Ivan Monteiro e a Raizen (Shell) de onde é originário Nelson Silva, diretor de estratégias.

Agora o blog “O Cafezinho” fez um estudo mostrando o espantoso crescimento das exportações de diesel e gasolina das refinarias americanas para o Brasil no governo Temer.

No período jan/out 2015 os EUA exportaram US$ 1,41 bilhões em diesel e gasolina para o Brasil. Em 2017 neste mesmo período o valor subiu para US$ 4,11 bilhões. Diesel e gasolina passaram ser o principal item da pauta de exportação americana para o Brasil.

Ou seja, a Petrobras está exportando óleo crú, mantendo suas refinarias na ociosidade, e deixando para a Ipiranga e a Shell importarem derivados dos EUA, para distribuição no mercado interno. Com isto é óbvio, como disseram Ivan Monteiro e Pedro Parente, as margens de lucro da companhia diminuíram. Que negócio é este?

E não venham dizer que existe alguma dificuldade em estabelecer os preços internos para combater as importações de terceiros. As siderúrgicas brasileiras fazem isto a décadas sem nenhum problema. E notem que no Brasil existem diversas siderúrgicas, enquanto a Petrobras é uma só. Por outro lado, a logística para importação de aço é muito mais simples que para importação de derivados de petróleo.

A verdade é que isto é uma armação e não pode ser aceita por nenhum brasileiro.

A Petrobras, dentro de condições normais, é uma empresa estruturada para lucrar R$ 5 a 7 bilhões por trimestre.

Hoje o resultado da empresa depende de itens não operacionais.

O lucro acumulado no período jan/set 2017 de R$ 5 bilhões, só foi possível graças ao resultado contábil com a venda da NTS de R$ 6,9 bilhões. A receita e o lucro bruto da empresa só fazem cair (vide anexo V), e vão se estabilizar num patamar muito baixo. As vendas de ativos (Liquigas, NTS etc.etc.) todas empresas altamente lucrativas, não vão mais contribuir para o resultado da holding.

Ricardo Semler, insuspeito tucano, em seu livro “Nunca se roubou tão pouco” (vide ANEXO VI) explica que quando o Brasil não tinha petróleo e muito menos refinarias, a corrupção ocorria na importação da gasolina, onde os políticos recebiam uma comissão sobre tudo que era importado.

Será que a Petrobras está mudando para o passado?

Verba da Câmara de Barreiras é menor do que o de LEM e vai economizar R$2 milhões

camara_2_2141

O presidente da Câmara Municipal de Barreiras, Carlos Tito (PDT), pretende economizar R$ 2 milhões ao final do ano. O orçamento da Câmara para 2015 é de R$ 9,4 milhões. A informação é da coluna Tempo presente, assinada pelo jornalista Luiz Fernando Lima e publicada no jornal A Tarde nesta quarta-feira (13).

Segundo a coluna, Tito diz que, embora seja opositor do atual prefeito Antônio Henrique Moreira (PP), tenta dar o exemplo ao Executivo de como diminuir o custeio com gastos públicos.

Contudo, a liberação do recurso está condicionada à aplicação na climatização das salas de aula das escolas municipais. De acordo com Tito, Barreiras tem cerca de 90 colégios e nenhum tem ar-condicionado.

O repasse anual do duodécimo de Barreiras é de R$10.823.220,96, menor portanto que o repasse de R$11.247.823,07 da Câmara de Luís Eduardo Magalhães. Com um detalhe: lá são 19 vereadores, quatro a mais que em LEM, e portanto mais funcionários.

Como Barreiras vai economizar R$2 milhões e Luís Eduardo vai gastar todo, como se prenuncia? Certamente a economia não é na água mineral, no café e no açúcar. Vai ver que lá se administra o legislativo com mais seriedade.

Hotel Columbia 1 (1)

Pag 18 ANUNCIO MORUBIXABA 2 meia página

Contas abertas: baiano Duda Mendonça levou R$195,2 milhões do Governo Federal

Duda, em foto de Antonio Cruz, da ABr: gangster com cara de gangster. Ao lado, a mala preta, famosa.

Dyelle Menezes e Yuri Freitas, do portal Contas Abertas

Desde a semana passada, o julgamento do “Mensalão” ouve a defesa dos 38 réus do processo. Um dos pronunciamentos mais aguardados deve acontecer hoje (15), quando o advogado de Duda Mendonça faz a defesa do publicitário, que continuou a receber recursos da União mesmo após o escândalo.

Em 2012, a agência de publicidade Duda Mendonça & Associados Propaganda (DM&AP) recebeu R$ 90,5 mil da União, como pagamento por prestação de serviços publicitários de utilidade pública ao Ministério da Saúde (MS). Contudo, a cifra deste ano representa apenas 0,05% do montante de R$ 195,2 milhões que a empresa recebeu do governo federal desde 2004. (veja tabela)

Em 2004, um ano após ser contratada para prestar serviços ao governo federal, a empresa recebeu R$ 63,5 milhões por trabalho realizado junto à Presidência da República (PR). Em abril do ano seguinte, mediante processo licitatório, foi firmado o contrato com o MS para elaboração de material publicitário – prorrogado até abril de 2009 –, responsável pela maioria dos repasses à DM&AP.

Embora o grosso dos pagamentos à agência no período seja referente a serviços publicitários para a Saúde, os repasses da presidência foram mais significativos: em 2005, último ano em que a PR despendeu valores à DM&AP, foram pagos cerca de R$ 30 milhões pela Pasta e R$ 9,4 milhões pelo MS – totalizando quase R$ 39,5 milhões em 12 meses.

O ano de 2005, porém, foi marcado pela eclosão do escândalo do Mensalão no planalto, fato que acabou por abarcar o publicitário com denúncias de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Na época, o marqueteiro confessou ter recebido cerca de R$ 10 milhões em uma conta no exterior por serviços prestados ao PT, em 2002.

Porém, isso não impediu que a empresa de Duda recebesse, em 2006, mais R$ 10,7 milhões do governo federal. As quantias se mostraram consistentes também em 2007, com R$ 9,6 milhões.

Em 2008, observou-se o crescimento no valor dos repasses, quando cerca de R$ 12 milhões chegaram aos cofres da empresa. Em 2009 e 2010, as cifras atingiram R$ 26 milhões e R$ 30 milhões, respectivamente. Em 2011, a empresa recebeu somente R$ 3,9 milhões por serviços de publicidade realizados para o governo.

A defesa do publicitário, coordenada pelo advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, deve sustentar que Duda e sua sócia Zilmar Fernandes não cometeram crimes de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas por terem recebido a dívida por um serviço prestado no exterior. O advogado deve ressaltar que a dupla recolheu os impostos devidos da operação.

Segundo a especialista em licitações, Simone Zanotello, uma eventual ação em sede administrativa (rescisão de contratação e declaração de inidoneidade da empresa) sempre deve ter como pano de fundo a correlação do ato ilícito com a execução contratual. “Entendo que essas respostas serão dadas no julgamento do “mensalão”. Até porque nossa Constituição Federal tem como premissa a presunção de inocência”, explica.

Com relação ao fato da empresa ter continuado a fechar contratos com o governo, a especialista afirma que em alguns órgãos optou-se pela prorrogação contratual, o que é uma faculdade do Administrador e dá respaldo para a sua execução e consequente pagamento.

É a confirmação do ditado popular: “Baiano burro nasce morto”.

Estação eleições: aqui embarca a corrupção.

O Tribunal Superior Eleitoral disponibilizou uma página na internet com dados sobre os candidatos de todo o país que vão concorrer às eleiçoes de outubro. Os 192 candidatos, que vão disputar as prefeituras das capitais, devem gastar mais de um bilhão de reais nas campanhas. Os maiores gastos serão em São Paulo e Belo Horizonte.

Se pensar que os candidatos sempre gastam mais do que dizem, que os doadores de campanha adoram ajudar, mas ficar no escurinho, o caro leitor vai chegar à conclusão que quem paga mesmo essa chanchada eleitoral é o mesmo de sempre: o contribuinte.

O Brasil não aguenta uma eleição a cada dois anos. Nas campanhas, estão reunidas todas as fontes da corrupção futura. O me-dá-me-dá dos candidatos se transforma  em favores no primeiro dia da sua gestão. Com poucas exceções, as quais apenas confirmam a regra.

Charge de Newton Silva.

A cornucópia sem limites do dinheiro público.

Reportagem da revista “Época” informa que a Polícia Federal apura o desvio de mais de R$ 100 milhões do Banco do Nordeste. A pergunta que paira no ar é sem dúvida: se esse dinheiro fosse aplicado em iniciativas privadas e governamentais contra a seca, talvez o contribuinte não necessitasse, agora, financiar, com o dispêndio de bilhões de reais, obras emergenciais para minimizar o estio?

Maracutaia da CONAB tem novas denúncias na Folha.

Líderes da oposição na Câmara e no Senado prometem obstruir as votações em plenário nesta semana e fazer uma nova ofensiva para garantir as assinaturas necessárias para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar suspeitas de corrupção em ministérios do governo de Dilma Rousseff.

O movimento é uma resposta ao loteamento de parentes de líderes políticos do PMDB em cargos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), empresa pública subordinada ao Ministério da Agricultura. Reportagem publicada neste domingo pela Folha aponta que receberam cargos na estatal um filho do senador Renan Calheiros (AL), líder do PMDB na Casa, a ex-mulher do deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder da legenda na Câmara, um neto do deputado federal Mauro Benevides (CE) e um sobrinho de Orestes Quércia, ex-presidente do PMDB de São Paulo. Leia mais na Folha

Veja identifica o “facilitador” da Agricultura: ele tinha até sala privativa no Ministério.

“Facilitador de negócios”, Júlio Fróes tem mais que um escritório clandestino no interior do ministério: ele conta com o aval da cúpula da pasta. É o que mostra reportagem em VEJA desta semana.

Na semana passada, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, foi ao Congresso rebater as acusações de que sua pasta se transformou em uma central de negócios, conforme  denúncia publicada por VEJA com base em uma entrevista do ex-diretor da Conab Oscar Jucá Neto, irmão do senador Romero Jucá. Depois de cinco horas de audiência, o máximo que o ministro admitiu é que, na Conab, há “imperfeições e não irregularidades”. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz reportagem com novas “imperfeições” da pasta comandada por Rossi. Leia a matéria no portal da revista Veja.

Até a babá de Jusmari teria passaporte diplomático.

Essa história de passaporte diplomático para toda a família tem precedentes: Jusmari Oliveira, no apagar das luzes de seu mandato, uma semana antes de desincompatibilizar-se para concorrer à Prefeitura de Barreiras, solicitou e levou, é óbvio, passaportes vermelhos para si, para o esposo, então prefeito de Luís Eduardo Magalhães, para os dois filhos e, pasmem, para a babá. Pode? Não pode!

Confirmada a notícia, resta à Alcadeissa da Capital da Cor-de-Rosa, devolver os passaportes obtidos indevidamente.

Maracutaia do lixo já está acertada em Salvador

Caminhões da Vega, a mesma empresa que há mais de 20 anos vem fazendo conluios e maracutaias com o poder público. Pode mudar até o Ali Babá, mas não mudam os 40 ladrões.

O jornalista João Andrade Neto, do portal Pura Política, afirma que em Salvador, como em qualquer lugar do Brasil, tem maracutaia nas concorrências públicas. A próxima vai ser a concorrência para escolher a empresa recolhedora do lixo, onde, segundo o jornalista, já tem até vencedora, escolhido de comum acordo entre as concorrentes, Veja, JG e Torre. O jornalista aposta na Vega, aquela mesma do escândalo da CPI do Orçamento, que degolou os anões. Diz que o acerto para a concorrência foi feito numa mansão no bairro “Buraquinho”, regado com churrasco, uísque e nenhum respeito pelo dinheiro público. A proposta deverá ser entregue e sua abertura se dará em 08 de fevereiro de 2010. O objeto é a execução dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos pelo prazo de um ano.