A ministra-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou nesta quinta-feira que a Comissão da Verdade a ser brevemente constituída deverá apurar o relato de que corpos de militantes políticos mortos pela ditadura militar em São Paulo e no Rio de Janeiro foram incinerados num grande forno de uma fazenda situada no interior do Estado do Rio.
A informação consta no livro Memórias de uma Guerra Suja (Editora Topbooks), dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, que reúne um estarrecedor conjunto de depoimentos do ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo Cláudio Guerra. Segundo uma das inúmeras informações novas que Guerra traz à luz, dez corpos de militantes que atuaram nos anos de chumbo foram levados para desaparecerem de vez à Usina Cambahyba, que pertencia ao ex-vice governador biônico do Rio, Heli Ribeiro Gomes.
A presidente Dilma, ex-presa política e ex-torturada, já tem em mãos um exemplar do livro.
Brizola, a tentativa de assassinato
O ex-delegado do DOPS (Departamento de Ordem Político Social) do Espírito Santo, Cláudio Antônio Guerra, revela no livro “Memórias de uma Guerra Suja” que se disfarçou de padre para tentar assassinar Leonel Brizola, fundador do PDT e um dos líderes da resistência contra a ditadura militar. O disfarce era uma estratégia para responsabilizar a Igreja Católica pelo atentado. Continue Lendo “Um livro definitivo sobre a guerra suja de brasileiros contra brasileiros.”

