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Datafolha: Lula perdeu 6% dos votos com prisão, mas ainda ganharia em todos os cenários das eleições
Pela pesquisa Datafolha divulgada à zero hora deste domingo, se Lula participar da eleição ganha, no primeiro turno, com 31% dos votos válidos, o dobro das intenções de voto no segundo colocado, Bolsonaro (15%). Isso significa uma margem de mais de 21 milhões de votos válidos, uma herança considerável para o segundo turno. Considera-se para chegar a esse cálculo o colégio eleitoral de 146,5 milhões de brasileiros aptos a votar.
Muitos dizem que votariam em branco se Lula não concorrer.
No entanto, analisando diversos cenários, com Lula de fora das eleições, a Folha obviamente coloca seus candidatos preferidos como herdeiros dos votos de Lula, com Marina ou Alckmin, disputando taco-a-taco com Bolsonaro.
Surpreende também na pesquisa o candidato Joaquim Barbosa aparecendo com o mesmo número de indicações de Ciro Gomes, nove por cento.
Manuela d’Ávila, que acompanhou Lula nos últimos dias de sua caminhada também cresceu, aparecendo com 3% das indicações.
Henrique Meirelles e Flávio Rocha aparecem também com 1%. O restante dos candidatos não chegou a 1%.
Treze por cento votariam em branco e 3% ainda não sabem em quem votar.

Segundo Turno
Se Lula for candidato, ganha em todos os cenários, vencendo Bolsonaro ou Alckmin ou Marina.
Se Lula não for candidato, Bolsonaro ganha de Haddad; Alckmin ganha também se enfrentar Haddad; Bolsonaro ganharia de Jaques Wagner; e Alckmin também ganharia de Jaques Wagner.
O célebre vídeo de Ciro Gomes no Pânico sobre Bolsonaro e a frase de Einstein
O País terá 144 milhões de eleitores em 2018. Na última pesquisa Datafolha, Bolsonaro aparece com 17 e 18% das indicações de voto, conforme o cenário. Isso significa que teria, se as eleições fossem hoje, algo em torno de 24 milhões de votos. Pode até ser inexplicável para algumas pessoas uma votação tão expressiva.
Mas aí vem outra pesquisa, chamado “Retratos da Leitura no Brasil” (veja nota aqui) na qual cita o fato de que 74% dos brasileiros nunca compraram um livro. Se caso transferirmos essa proporção para o mesmo universo dos eleitores, teríamos 106 milhões de brasileiros que, por motivos diversos, incluindo aí falta de recursos, nunca compraram um livro.
Vamos em frente: uma cidade como Luís Eduardo Magalhães, que pelas projeções do IBGE já ultrapassou 80 mil habitantes e tem 17 anos de idade, sem uma livraria caracterizada como tal e sem uma biblioteca ou sala de leitura pública, essa proporção de 74% poderia ser ainda maior.
Isso talvez explique tantos carros com adesivos fazendo propaganda de Bolsonaro, um pré-candidato que defende métodos investigatórios medievais como a tortura e a morte de 30 mil pessoas por “crimes de opinião”. Ciro Gomes, uma pessoa com curso superior e pós-graduação no Exterior, tem relativo sucesso nas pesquisa eleitorais, em todo o País, mas, com certeza, muito menor em Luís Eduardo Magalhães.
Isso explicaria também porque os únicos veículos de comunicação de Luís Eduardo Magalhães ao alcance dos leitores na internet, os blogs dedicados a notícias policiais, com muitas fotos, façam tanto sucesso. Isso acontece também em O Expresso. Uma notícia policial sempre aumenta consideravelmente a audiência, até porque temas mais complexos como política, economia, comportamento, Justiça e gestão pública não sejam atrativos aos leitores da faixa dos 74%.
Veja abaixo o vídeo de agosto deste ano, em que o pré-candidato Ciro Gomes fala sobre Bolsonaro e Marina. Bolsonaro respondeu dizendo que processaria Ciro por difamação. Você, caro leitor, leu alguma notícia sobre tal processo?
Então você pode confirmar para nós a famosa frase de Albert Einstein, o físico pai da Teoria da Relatividade e de toda a ciência moderna, na qual cita que “só o universo e a estupidez humana são infinitos”.
Nem todo analfabeto funcional, que acredita nas teorias simplistas de Bolsonaro, é um estúpido. Só que não tem capacidade de entender o que está se passando na atual conjuntura. E isso pode ser fatal para a escolha do seu candidato, por mais bem intencionado que seja. Isso pode ser mais perigoso ainda quando se tem quase certeza que ele não chegou até este ponto da leitura e portanto o alerta não lhe será útil.
Lula tem 22%, Marina 17% e Aécio 14%, aponta Datafolha

Do g1.globo.com
Pesquisa tem margem de erro de 2 pontos, para mais ou para menos.
Datafolha ouviu 2.792 pessoas entre os dias 14 e 15 de julho.
Nova pesquisa Datafolha sobre intenção de voto indica que o ex-presidente Lula lidera o primeiro turno da disputa para presidente nas eleições de 2018.
Num cenário onde a disputa fica entre Lula, Marina (Rede) e o senador Aécio Neves (PSDB), o petista lidera com 22%, Marina fica em segundo com 17% e o tucano teria 14%.
De acordo com o Datafolha, o ex-presidente Lula não conseguiria vencer num possível segundo turno a ex-senadora Marina Silva (Rede) ou o ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB).
A pesquisa foi realizada nos dias 14 e 15 de julho e entrevistou 2.792 pessoas em 171 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Veja os resultados da pesquisa Datafolha sobre intenção de voto para presidente em 2018:
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A “nova política” da Rede mostra que é de mentirinha.

O partido fundado por Marina Silva, a Rede Sustentabilidade, surge com uma nova polêmica. Após se apresentar como um partido novo, para uma “nova política”, a sigla formou uma coligação com o PSC, partido de Jair Bolsonaro e Marco Feliciano, na cidade de Guarulhos (SP).
A juventude do partido da ex-ministra se mostrou descontente com com a coalizão e está organizando o envio de uma nota de repúdio. Um trecho da nota fala que “[Bolsonaro e Feliciano] são representações da extrema-direita facista, xenófoba, homofóbica, racista e misógina”.
A Rede anunciou que só irá se manifestar sobre o caso após a convenção do partido que está marcada para julho.
Publicada nova pesquisa da CNT
A 123ª rodada da pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta segunda-feira (29) pela Confederação Nacional do Transporte, aponta novo crescimento de Dilma Rousseff (PT). Assim, no primeiro turno, ela fica mais distante de Marina Silva (PSB). Na pesquisa estimulada, a petista conta com 40,4% das intenções de voto, 4,4 pontos a mais que na rodada 122, divulgada na semana passada. Já a socialista aparece com 25,2%, com redução de 2,2 pontos em relação ao levantamento anterior. Aécio Neves (PSDB) aproximou-se de Marina, com 19,8% e aumento de 2,2 pontos.
Luciana Genro (PSol) cresceu de 0,9% para 1,2%. Já Pastor Everaldo (PSC) reduziu de 0,8% para 0,6%. Os outros candidatos aparecem com 0,5%, enquanto votos brancos e nulos somam 5,9%. Outros 6,4% não sabem ou não responderam.
Espontânea
A pesquisa espontânea também indica que, se a eleição fosse hoje, Dilma Rousseff e Marina Silva disputariam o segundo turno. A candidata do PT cresceu de 31,4% das intenções de voto para 36,7%, com variação de 5,3 pontos. Marina Silva permanece estável: nesta rodada, a socialista aparece com 22,5% das intenções, 0,5 ponto a menos que na pesquisa anterior.
Aécio Neves cresceu 3,1 pontos, alcançando a preferência de 17,5% dos eleitores. Luciana Genro foi citada por 0,9% dos entrevistados e Pastor Everaldo por 0,5%. Outros candidatos somam 0,7% e brancos e nulos totalizam 6,4%. Os eleitores que não sabem ou não responderam são 14,8%.
Para 80,8% dos entrevistados, o voto já está definido. Outros 18,5% admitem a possibilidade de mudar a preferência até o dia 5 de outubro. Os eleitores de Dilma Rousseff são os que têm mais certeza sobre o voto: 85,9% dizem que a opção é definitiva. No caso de Marina e de Aécio, o percentual de definição é de 77,8%, em cada.
Segundo turno
Na simulação de segundo turno entre Dilma Rousseff e Marina Silva, essa é a primeira vez que a petista aparece à frente da socialista. Com vantagem de 9 pontos, Dilma tem 47,7% das intenções de voto, enquanto Marina aparece com 38,7%. Na pesquisa divulgada semana passada, as duas estavam tecnicamente empatadas. A candidata do PT tinha 42% das intenções enquanto a do PSB estava com 41%.
No cenário simulado entre Dilma Rousseff e Aécio Neves, ela tem a preferência de 49,1% dos eleitores. O tucano aparece com 36,8%. No terceiro cenário, que simula a disputa de segundo turno entre Marina e Aécio, ela tem 41,1% das intenções de voto, contra 36% do candidato do PSDB.
Favoritismo dos candidatos
Também cresceu o percentual de eleitores que acreditam que a atual presidente será reeleita: de 51,2% para 61%. Já o total de entrevistados que aposta na vitória de Marina caiu de 29,2% para 21,6% e o percentual daqueles que acreditam que Aécio será eleito presidente passou de 7,7% para 8,3%.
Dilma e Marina devem receber mais votos de indecisos
Dilma Rousseff e Marina Silva lideram a lista dos candidatos com mais probabilidade de receberem votos de quem ainda não definiu a escolha. Dos entrevistados que se declaram indecisos, 43,8% dizem que poderão votar na petista; 40,6% citam Marina Silva; 28,9% poderão votar em Aécio; 2,3% em Eymael (PSDC); 1,6% no Pastor Everaldo; 0,8% em Eduardo Jorge (PV) e 0,8% em Luciana Genro. A resposta era de múltipla escolha.
Avaliação do governo
Na última semana, a avaliação positiva do governo cresceu. Segundo a 123ª pesquisa CNT/MDA, 41% dos entrevistados o consideram ótimo ou bom. Na rodada 122, o índice estava em 37,4%. A avaliação negativa passou de 25,1%, do levantamento anterior, para 23,5% no divulgado nesta segunda-feira.
Também com alta (de 4,2 pontos), a aprovação do desempenho pessoal de Dilma Rousseff chegou a 55,6%. O total de eleitores que a desaprovam caiu de 43,8% para 40,1%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 28 de setembro de 2014 e foram ouvidos 2002 eleitores. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o registro foi feito no TSE sob o código BR-00892/2014.
Para acessar a íntegra da 123ª rodada da pesquisa CNT/MDA, clique aqui.
Agência CNT de Notícias
Nova rainha, velha corte.
José Roberto de Toledo, no Estadão, sobre continuísmo e a tal nova política:
“Entre o neto do quase-presidente e a cria do ex-presidente, aparece Marina. Sem partido próprio, se propondo a governar com os bons (dos outros), é a encarnação do desejo difuso de mudança. A figura esguia, a determinação e o discurso lembram um personagem de Cervantes. Não se bate contra moinhos de vento, mas contra um castelo sólido e bem defendido.
Tem chance inédita de penetrá-lo e sentar-se na sala do trono. É tão favorita a conquistar o cetro simbólico do poder que sobram adesões. Todos imaginam-se aptos a tutelá-la. Nas finanças, na política, até na definição do que são comportamentos aceitáveis. Afinal, como dizia Sancho Pança, “ninguém governa sem o PMDB”.
Nova política, uma pinóia, saibam todos.


Os malfeitos do PT todo mundo conhece. Estão todos os dias nos jornais, alguns até diligentemente vazados por alas adversárias do próprio PT. Os malfeitos de Aécio, como aeroportos em terras do tio e as relações incestuosas com pessoas de pouca fé, como os Perrella, pai e filho, também são conhecidos. Resta saber quem são os sócios de Marina da Silva, uma mistura de ONGs, interesses estrangeiros, rentistas e agora, como se descobriu, o filho do “maior grileiro do mundo”, herdeiro da C.R. Almeida, uma das 7 empreiteiras irmãs que desde antanho mandam e desmandam no Palácio do Planalto.
O jornal O Estado de São Paulo publicou, neste dia 12, uma matéria sobre a doação milionária de Neca Setúbal à campanha de Marina Silva. Neca é herdeira do banco Itaú, mas não é a única herdeira que atormenta a nova política. O segundo maior doador de Marina como pessoa física é Marcelo Beltrão de Almeida (PMDB-PR). Marcelo é herdeiro da CR Almeida, empreiteira fundada por Cecílio do Rego Almeida, tido no folclore amazônico como “o maior grileiro do mundo”.
De acordo com o site O Eco, na década de 90, Cecílio Rego de Almeida se apossou de terras públicas com o uso de documentos fraudulentos e ajuda de funcionários do cartório de Altamira. Ainda de acordo com o O Eco, Almeida tentou convencer que era dono de uma área de 5 milhões de hectares região conhecida como Terra do Meio, no Pará, área rica em madeira de lei, minérios e outros recursos naturais.
Segundo o O Eco, se a grilagem do velho Cecílio, já falecido, não tivesse sido descoberta pelo esforço do jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, que começou a apurar a história em 1996, ele se tornaria dono privado de uma área superior ao Estado do Rio de Janeiro. Não por acaso, a imprensa o apelidou na época de maior grileiro do mundo.
Lembrando que a nova política de Marina Silva professa que políticos não podem receber doações de empresas dos setores de bebidas, fumo, agrotóxicos e armamentos. Não há restrições em relação a empreiteiros e grileiros.
Dilma teria hoje mais 4 milhões de votos do que 1º turno de 2010
Queiram ou não os amigos verdistas de dona Marina, Dilma obteve 47.651.434 no primeiro turno em 2010. Se a ultima pesquisa Datafolha estiver correta, Dilma com 37% das preferencias do eleitor já teria 51.800.000 votos, perto do que obteve no segundo turno em 2010, 56 milhões de sufrágios. Considerado o crescimento vegetativo do Colégio Eleitoral para 140 milhões de votos.
Dona Marina, que obteve 19.636.359 no primeiro turno de 2010, dobrou o seu capital eleitoral: teria hoje algo como 42 milhões de votos no primeiro turno.
Importante saber com quem o PSDB de Aécio, que hoje teria 23,8 milhões de sufrágios, vota no segundo turno.
Existe um dado relevante: se os mais pobres, com maior dificuldade de transporte no dia das eleições, votam com Dilma, ela terá de fazer uma reza forte para não chover no dia 26 de outubro, data do segundo turno das eleições. Se é difícil para o pobre sair de casa com sol, imagina com uma forte chuvarada. Dona Dilma que hoje clama aos céus por chuva em suas hidrelétricas, pode ter que fazer exatamente o contrário no próximo dia 26. Infográfico da Folha de São Paulo.
Como entender Marina?
Por Mino Carta, em Carta Capital
A candidata do PSB, sem ser socialista, é um poço de confusão e contradições
Volto de viagem ao exterior e retomo meu espaço habitual. Em Roma, li uma análise a respeito da candidatura de Marina Silva que coincide com a avaliação de CartaCapital. No jornal La Repubblica, dos três de circulação realmente nacional, o de maior tiragem juntamente com o Corriere della Sera, e, na minha opinião, o melhor de todos.
Diz o diário que Marina Silva tem um passado honroso e nem por isso as qualidades necessárias ao exercício da Presidência de um país do tamanho e da importância do Brasil. Sua formação política é precária e suas ideias, quando manifestadas com um mínimo de clareza semântica, são confusas e contraditórias, de sorte a ressaltar a dramática incógnita que a candidata representaria se eleita.
O texto do La Repubblica confirma as nossas previsões, feitas nesta página no momento em que ficou assentada a substituição de Eduardo Campos por Marina Silva. Ou seja: ela seria tragada pelo apoio da mídia nativa, autêntico partido de oposição, porta-voz da casa-grande, e por esta arrastada inexoravelmente para a direita mais retrógrada.
E aí começam a confusão e a contradição da candidata do PSB sem ser socialista. Ela passou a ocupar a cena política brasileira como inimiga do latifúndio e da devastação ambiental, o que implica uma postura oposta àquela dos seus atuais arautos e conselheiros, adeptos, além de tudo, da involução globalizada, dita neoliberalismo, a desencadear a crise mundial. Eis perfilada a ameaça: o retorno à política econômica do governo de Fernando Henrique Cardoso, quando, em nome da estabilidade, o Brasil quebrou impavidamente três vezes e foi entregue ao presidente Lula com as burras à míngua.
Uma ação leva a outra, e haveria a se temer também pela renúncia a uma política exterior que, depois de FHC, desatrelou o Brasil dos interesses de Washington. Há quem diga que o fenômeno Marina Silva de certa forma repete deploráveis momentos históricos vividos em 1960 com Jânio Quadros e em 1989 com Fernando Collor. Com o endosso maciço da mídia, o homem da vassourinha e o caçador de marajás foram eleitos. A Presidência de ambos redundou em desastre.
CartaCapital acredita que nas mãos da ex-seringueira o destino do Brasil não seria promissor. Mas acredita também que desta feita o País saberá evitar o risco, e não receia abalar-se a um vaticínio que muitos reputarão prematuro. Nadar contra a corrente estimula quem dá a braçada honesta.
Vale registrar, de todo modo, que esta nossa ribalta se oferece a personagens singulares, ou, se quiserem, peculiares, prontamente engolfados pela direitona sempre disposta a agarrar em fio desencapado. Não me permito incluir no rol de alternativas desesperadas o já citado Fernando Henrique, habilitado a tornar-se paladino de quaisquer ideias e tendências ao sabor do que entende como conveniência pessoal.
Nunca esquecerei aquela noite em Rafard, interior de São Paulo, na campanha para a primeira eleição a governador do estado em 1982. O príncipe dos sociólogos concedia sua arenga aos boias-frias da área enquanto a brisa noturna sussurrava nos canaviais, e Mario Covas sentou-se ao meu lado na amurada da boleia de um caminhão transformada em palanque. Meneava a cabeça, a significar: “Quantas besteiras…”
O mesmo Covas que ameaçou largar o PSDB caso FHC aceitasse o convite de Collor para ser seu chanceler. E não é que o homem quase embarcou na canoa furada? Sobra minha surpresa ao constatar que dentro do próprio ninho tucano o candidato Aécio, que me mereceu simpatia desde o tempo em que carregava a pasta do avô Tancredo, confia no ex-presidente. Tancredo, aliás, dizia do sociólogo: “É o maior goela da política brasileira”.
Ao cabo, pergunto aos meus botões se vale confiar, em contrapartida, em uma candidata que, ao se apresentar como tal, atribui a sua chance à Providência Divina. Teríamos de entender que a mesma manifestação do Altíssimo determinou a morte trágica de Eduardo Campos? Os botões, como Mario Covas, exprimem o oximoro do espanto resignado.
Segundo pesquisa interna, nem Lula consegue enfrentar Marina

Informação relevante do jornalista Cláudio Humberto, no Diário do Poder:
“Os “lulistas” do Partido os Trabalhadores já não falam em substituir a candidata Dilma Rousseff pelo ex-presidente Lula, e por ordem dele. É que pesquisa interna, à qual tiveram acesso apenas quatro petistas ilustres, indica que a ascensão de Marina Silva (PSB) é de tal maneira avassaladora que nem mesmo Lula conseguiria evitar sua vitória. Análises internas citam até a hipótese de Marina vencer no 1º turno.”
A pesquisa confirma: tremem as peças do jogo político
O fenômeno Marina Silva tem a mesma origem nos ventos de junho de 2013? Os grupos étnicos, as sociedades, o grande rebanho reage assim, pulsando como uma mãe-d’água nas profundezas do oceano, como as marés que ‘alevantam’ os mares, como as enchentes que fazem pequenos córregos rugir como cataratas.
Resta saber se a tsunami que engolfou a polarização de Dilma e Aécio vai continuar arremetendo, como agora, ou voar de dorso e colidir com o solo com enorme estrondo, como aconteceu com o avião de Eduardo Campos.
O PT não estava preparado para o inchaço da terceira via? Aécio sofreu uma rasteira inominável, para a qual também deveria estar preparado, com base em anos de política e até na experiência do avô.
O terremoto de Marina atinge grau de catástrofe. E faz tremer as peças do tabuleiro político.
Marina diz que Dilma não sabe como resolver ameaça de apagão
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, criticou a política energética criada e gerenciada pela presidente Dilma Rousseff desde que ela assumiu o Ministério de Minas e Energia no primeiro governo do ex-presidente Lula. “É lamentável que o Brasil tenha, desde 2002, a ameaça do apagão. E digo lamentável, porque temos há 12 anos uma mesma pessoa à frente da política energética do nosso País, inicialmente como ministra de Minas, depois da Casa Civil e, agora, como presidente”, afirmou. “Essa política energética está custando caro ao povo brasileiro”, disse.
Marina considerou que o uso de usinas termelétrica para compensar a baixa dos reservatórios de hidrelétricas em períodos de seca, como atualmente, deve ser acionado para “eventualidades extremas” e não como componente fixo do grid energético como é feito há cerca de um ano. “Infelizmente, estamos sujando a matriz energética brasileira”, disse. “Os arremedos que estão sendo feitos com as térmicas para os momentos que são baixa dos reservatórios têm de ser reduzidos”, sugeriu.
Apesar da crítica, ela reconheceu que é difícil substituir neste momento as térmicas e que, caso eleita, vai “recorrer às fontes que já existem para fazer a complementação” representada pela baixa na produção das hidrelétricas.
A candidata expôs suas propostas para o setor, afirmando que a meta de um eventual governo seu será “aumentar as fontes de geração sustentáveis”. Marina afirmou ser importante “combinar o que temos (hidrelétricas) com outras fontes, como solar, biomassa e eólica”. “Temos o compromisso de resolver de forma estrutural esse problema que se arrasta desde 2001, com fontes sustentáveis para não ter a dependência quase exclusiva das hidrelétricas”, disse. Do Diário do Poder.
Por falar em obras sustentáveis, é digna de nota a lentidão para a liberação ambiental de novas obras de instalação de aerogeradores. Sabe aquela velha história de criar dificuldades para vender facilidades? Pois é o que está acontecendo.
Bolsa bate recorde de 2 anos com possibilidade de segundo turno nas eleições
O principal índice da Bovespa fechou no maior nível em 17 meses nesta terça-feira, puxado pelas ações da Petrobras e de bancos e em meio a uma chance quase irreversível de haver segundo turno nas eleições presidenciais, com a ascensão de Marina Silva como candidata. O Ibovespa terminou a sessão em alta de 1,54%, a 58.449 pontos, maior patamar desde 11 de março de 2013, quando fechou em 58.544 pontos. Este foi o quarto pregão consecutivo de alta do índice.
Deputado gaúcho será o vice de Marina Silva

Dois líderes do PSB ouvidos pelo Congresso em Foco afirmaram que há “90% de chances” de o deputado Beto Albuquerque (RS) ser escolhido como o novo vice na chapa do partido para a disputa presidencial após a morte de Eduardo Campos. A ex-ministra Marina Silva seria a candidata a presidente tendo ao lado alguém que tem trânsito livre com a direção da legenda e, ao mesmo tempo, um bom e franco relacionamento com a idealizadora da Rede Sustentabilidade.
Para esses dois líderes – um deles do diretório nacional e outro, do pernambucano –, há a possibilidade, mais remota, da indicação da senadora do PSB Lídice da Mata (BA) ou dos deputados pessebistas Júlio Delgado (MG) e Luiza Erundina (SP). Porém, eles acreditam que as credenciais de Albuquerque são muito mais fortes.
O deputado é candidato a senador pelo Rio Grande do Sul e era um dos principais coordenadores da campanha de Eduardo. Foi um dos responsáveis pela aproximação entre o ex-governador pernambucano e Marina Silva.
A decisão sobre a chapa deve acontecer só depois do velório e enterro de Eduardo. Uma reunião deverá ser realizada na quarta-feira (18), na sede do PSB, em Brasília, para bater o martelo sobre o assunto. Marina pode não participar por não integrar a direção nacional do partido. É dessa reunião que poderá sair o nome de Beto Albuquerque como vice da ex-ministra.
Pesquisa “tracking” já indica Marina em segundo com Aécio em terceiro.
Informação veiculada pelo jornalista Cláudio Humberto, no Diário do Poder, traz um dado relevante: a pesquisa diária, realizada por telefone, dentro do mesmo universo de 500 eleitores, conhecida como “tracking” pelos marqueteiros, indica uma queda de Dilma Rousseff, com Marina da Silva em segundo lugar e Aécio Neves em terceiro.
Mesmo sem pesquisa, ficou claro, depois do acidente, que com sua bagagem de 20 milhões de votos das últimas eleições presidenciais, Marina tiraria votos de Dilma e Aécio.
Por outro lado é fácil entender que, num segundo turno, seria melhor para Dilma polarizar com Marina do que com Aécio, dadas as reiteradas demonstrações de conservadorismo do eleitor brasileiro.
Nesta terça, o Dia “D” de Marina e Eduardo Campos.
Pode ser até mais do já visto em campanhas anteriores. Marina Silva, a bordo de 20 milhões de votos nas últimas eleições presidenciais, anuncia, nesta terça, que será vice na chapa de Eduardo Campos, com objetivo de fazer a campanha decolar. O ato de lançamento, em Brasília, abrirá uma nova etapa na trajetória da dupla, que agora lutará para se aproximar de Aécio Neves (PSDB) na disputa pelo segundo lugar na corrida ao Palácio do Planalto.
A prioridade é deixar claro que Campos será o cabeça de chapa e sinalizar aos financiadores de campanha que ele tem chance de ultrapassar o tucano e chegar ao segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Se fosse candidata a presidente, Marina teria hoje quase o dobro dos votos do aliado. Ela chega a 27% no cenário com Dilma e Aécio. Quando Campos aparece como candidato, alcança apenas 10% no cenário com os nanicos, aponta o Datafolha.
Marina Silva seria vice de Eduardo Campos

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), avaliou neste sábado que a filiação de Marina Silva ao PSB é um equívoco neste momento. Para ele, a sociedade brasileira clama por alternativas ao atual governo e no primeiro turno das eleições é fundamental o lançamento de vários candidatos no campo das oposições. Freire se reuniu pela manhã com Marina Silva.
“Hoje, abdicar de uma candidatura no campo da oposição é um grande equívoco. No primeiro turno é importante que se ofereça pluralismo à sociedade”, disse.
Freire ponderou que tanto Marina como Eduardo Campos são dois grandes nomes para a disputa eleitoral. “Mas o PSB só pode ter um candidato e, com a filiação de Marina, perdemos um candidato no campo da oposição. O Eduardo é um grande nome, mas não se pode abrir mão de Marina”, afirmou.
Ele lembrou que o PPS fez o convite de filiação a Marina por entender que ela foi massacrada pelo governo do PT durante todo o processo em que tentava viabilizar a criação da Rede Sustentabilidade. “O convite feito não foi para atender os interesses do PPS ou de Marina. Foi pela sociedade brasileira e Marina é uma alternativa para a cidadania”, afirmou.
O presidente do PPS deixou claro também que respeita a decisão da ex-senadora, mas avaliou que do ponto de vista estratégico era melhor ter vários candidatos de oposição. Lembrou, inclusive, que foi por esse motivo que o partido tentou convencer o tucano José Serra a se lançar candidato. Freire adiantou que o PPS não irá fechar nenhuma aliança hoje em apoio ao projeto de Marina e Eduardo Campos.
“O PPS continua o seu projeto de buscar alternativas para a disputa de 2014. Não sou pessimista. Até porque esse governo (do PT) é tão incompetente que a sociedade dará uma resposta nas urnas. 2014 será o ano da mudança”, disse.
O jornalista Ricardo Noblat criticou Marina, hoje, em sua coluna:
“Marina ainda é um segredo de Estado. Poucos conhecem algo além de sua imagem pública. Os que a conhecem bem não contam como Marina é – conservadora, preconceituosa, centralizadora.”
Não quero discordar frontalmente do Jornalista, nem conheço sua orientação política. Mas quem arrecadou 19 milhões de votos na última eleição presidencial não pode ser apenas um fantoche na mão de manipuladores mal intencionados. Depois, falar em conservadorismo, preconceito e centralização de poder num País que já teve Sarney, Collor, Itamar Franco e Lula, não deixa de ser uma temeridade.Quanto a Roberto Freire, acredito que seja água que já não move moinhos, mesmo os mais leves.
Marina fala à Rede de Sustentabilidade
- Marina Silva na coletiva conjunta, onde comunica sua adesão
Todos contra o PT no segundo turno.
E aí? Marina Silva vai ser a vice de Eduardo Campos no PSB ou vice-versa? Aquilo que hoje é considerado uma vitória pelo PT, sem analisar a decisão da Justiça, poderá vir a ser a antecipação da tragédia. Com Campos levantando o Nordeste e Marina, agora com uma imagem institucional reforçada – ela é a vítima do processo – vai ser difícil Dona Dilma enfrentar o segundo turno, porque a candidatura de Aécio também vai complicar. Ainda acredito que Dilma ganha, até porque quem está com a caneta na mão é ela.
Então teremos mesmo 3 forças diversas nas eleições de 2014 e duas delas estão contra o Império do PT, como é comum nas democracias.
TSE rejeita registro da Rede de Sustentabilidade, de Marina Silva.
Por seis votos a um, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitaram o pedido de registro da Rede Sustentabilidade, partido criado pela ex-senadora Marina Silva. Os integrantes da corte eleitoral entenderam que, por não atingir o número mínimo necessário de assinaturas, a inscrição não poderia ser autorizada. Desta forma, para concorrer à Presidência da República nas eleições de 2014, Marina terá que se filiar a outra agremiação política.
A legislação eleitoral prevê como uma das condições para um partido ser criado a necessidade de comprovar o caráter nacional. Isso ocorre quando se consegue número equivalente a 0,5% do total de eleitores que votaram na última eleição para a Câmara dos Deputados. Pelo último pleito, eram necessárias 491 mil assinaturas de apoio. A Rede conseguiu 442 mil. Do Congresso em Foco.
Simon apoia criação da Rede, partido de Marina Silva
- Simon: condenaram Marina Silva com a mesma desfaçatez com que absolveram outros
Pedro Simon (PMDB-RS) manifestou inconformismo diante da possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar registro para a Rede Sustentabilidade, partido liderado pela ex-senadora Marina Silva, cujo processo será julgado nesta semana.
Em discurso na sexta-feira, ele disse que o país tem mais de 30 partidos, a maioria sem base ideológica. Simon vê sinais de boicote na validação das assinaturas de apoio à criação da Rede, revelando que chegaram a ser recusadas as assinaturas de um deputado, a esposa e uma filha. Simon disse que não pretende deixar o PMDB e que não tem interesse pessoal no projeto da ex-senadora.
— De repente, nesta época, nós temos uma ré condenada, a ex-senadora Marina. Eu até me sentiria honrado de ser condenado como ela a ser absolvido com os outros. A “absolvição” refere-se ao fato de outros partidos terem conseguido os registros, entre os quais a legenda do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Solidariedade, e outro que, segundo Simon, tem entre os organizadores empresários do ramo frigorífico de Mato Grosso.
O senador chegou a lembrar que a documentação de alguns desses partidos apresentava irregularidades, mas o TSE considerou que foram problemas pontuais.
Ouvi todo o discurso do Velho Senador, de 83 anos, e em seu último mandato. Não tem que dar satisfações a ninguém, pois se constitui numa reserva moral da Nação. O amargor de suas palavras, a decepção com as instituições do País, com a volatilidade moral dos nossos magistrados, fizeram de Simon, em seus últimos dias na tribuna, um pregador do deserto.
A última trincheira da Oposição

A ex-senadora Marina Silva participa de reunião com um grupo de senadores e deputados no gabinete do senador Pedro Simon (PMDB-RS). Participam do encontro os senadores Aécio Neves, Aloysio Nunes, Rodrigo Rollemberg, entre outros.
A grande maioria de deputados da base do Governo faz movimento, a mando de Dona Dilma, para retirar dos novos partidos as verbas do fundo partidário e o tempo de propaganda eleitoral.
Sou contra. A associação partidária deve ser livre. Se amanhã alguém quiser fazer o partido daqueles que usam chapinha no cabelo e tiram a sobrancelha, dou força. E até indico o Marco Feliciano para a presidência.
Já imaginou o Partido do Velho Ridículo de Cabelo Pintado? Ia ser o maior do País. E o Partido dos Deputados Condenados, aqueles que já estão esperando o trânsito em julgado de suas condenações. Outro partido forte.
Mas o maior de todos os novos partidos será aquele União das Emendas Parlamentares com Segundas e Terceiras Intenções. Nem vai precisar de fundo partidário.
Nem contra, nem a favor
Marina Silva, ao lançar seu partido Rede Sustentabilidade:
Nós não seremos nem oposição nem situação a Dilma.
Só faltou o “muito antes pelo contrário”. Considero, junto com quase 20 milhões de brasileiros, Marina uma das reservas morais da Nação. Mas começando pelo “murismo exacerbado”, começa muito mal.
Uma rede preguiçosa pra deitar…
Por aclamação, o novo partido político da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi oficializado neste sábado como o nome de Rede Sustentabilidade. Na justiça eleitoral, no entanto, a legenda apresentará registro apenas com o nome de Rede.
Os nordestinos a-do-ra-ram o novo nome. O jornalista Fernando Machado afirmou que vai despachar no escritório do novo partido até o meia-dia, todos os dias.
Verdes se aprontam para criar novo partido
O jornalista Fernando Machado, descontente com o PV, diz que vai até Brasília, na próxima semana, para assistir os primeiros atos de criação do novo partido liderado pela ex-senadora Marina Silva. O partido tem até nome provisório, SEMEAR. Marina obteve quase 20 milhões de votos nas eleições presidenciais de 2010 e só isso já a credencia para presidir um partido que represente os verdadeiros ideais de preservação do meio ambiente.
Hoje o PV está infiltrado de políticos profissionais e tornou-se quase tão fisiológico quanto as entidades partidárias do cenário político nacional. Não é lugar para políticos como Fernando Machado e Marina Silva.
Pesquisa diz que tanto faz Lula como Dilma em 2014

A pesquisa sai neste domingo: se a eleição presidencial de 2014 ocorresse hoje, a presidente Dilma Rousseff estaria reeleita, com um percentual que variaria de 53% a 57% dos votos a depender de seus adversários. Já no único cenário projetado com Luiz Inácio Lula da Silva no lugar de Dilma, o ex-presidente venceria o pleito com 56% dos votos.
A pesquisa traz um dado curioso: o percentual de eleitores que diz não haver corrupção no governo caiu de 34% para 20%. Ou seja, a população está dando mais atenção ao tema, provavelmente provocada pela intensa cobertura da imprensa sobre o assunto, mas isso não é o bastante para prejudicar a força eleitoral de Dilma e de Lula, o que dá ao PT duas fortes opções em 2014.
O melhor cenário para Dilma é o projetado apenas com a ex-ministra Marina Silva, que deve criar um novo partido em 2013, e o senador Aércio Neves (PSDB-MG). Dilma teria 57% dos votos, contra 18% de Marina e 14% de Aécio. Quando o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), entra no páreo, a presidente fica com 54% dos votos, Marina mantém os 18%, Aécio cai para 12% e Campos aparece com 4%.
Joaquim Barbosa
A pesquisa traz, pela primeira vez, o nome do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, como pleiteante ao Palácio do Planalto. No cenário com Barbosa no lugar de Eduardo Campos, Dilma aparece com 53% do eleitorado, Marina tem 16%, Aécio tem 11% e Barbosa tem 9%.
Com Lula no lugar de Dilma, Barbosa ultrapassa Aécio, com 10%. Lula teria 56%, Marina teria 13% e Aécio ficaria com apenas 9%. Outra curiosidade: na pesquisa espontânea, Dilma aparece na frente de Lula, com 26% das intenções de voto. Lula tem apenas 12%, Aécio aparece na sequência, com 3%, antes do ex-governador José Serra (PSDB), com 2%, e de Marina Silva, com 1%. Do site 247.
Deixa o pibinho rolar mais 1,5 ano e as coisas podem ficar bem diferentes.
Marina desembarca do PV e deixa órfãos 20 milhões de verdinhos.
Dois anos após trocar o PT pelo PV, a ex-senadora Marina Silva deve anunciar na próxima terça-feira, 28, sua saída do Partido Verde. Desgastada pelas divergências com a executiva nacional do PV, a ex-presidenciável deve formalizar sua decisão em São Paulo, após reunião com o Movimento Marina Silva, grupo apartidário que atuou na campanha presidencial da ex-senadora no ano passado.
O que vai ter de verdinho se rasgando todo, a história ainda vai registrar.
A errática oposição política brasileira.
O PSDB faz convenção em Brasília. A encruzilhada ideológica é tão grande que até o deputado ACM Neto, democrata, recebeu uma honraria: uma claque organizada gritou, durante alguns minutos, “Neto presidente”. As oposições brasileiras estão lavadas e enxaguadas nas águas da desunião, esquecendo que receberam 44 milhões de votos (de Serra), sem contar os 20 milhões de Marina Silva no primeiro turno. A república sindicalista que Lula quer perpetuar no poder visa permitir sua candidatura em 2014. Com o pavor errático da Oposição, Lula navega com vento pela popa.
Manobra diversionista foi de Rebelo ou de Marina?
Marina Silva: a vestal do meio ambiente sai do episódio no mínimo arranhada.
O jornalista Cassiano Sampaio, editor em Brasília de O Expresso e editor do portal Brasília Confidencial, comenta o episódio da quarta-feira passada, quando Aldo Rebelo e Marina Silva, entraram em rota de colisão:
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PV) centrou as críticas no deputado Aldo Rebelo por meio do Twitter. Segundo ela, o relator teria inserido uma série de “pegadinhas” na redação do Código.
Em resposta, Aldo revelou que, quando era líder do governo, impediu o depoimento do marido de Marina Silva – Fábio Vaz de Lima – em uma audiência e que ele era suspeito de comercializar madeira ilegal. Na internet, a militância do PCdoB lembrou ainda que Vaz de Lima é réu no “caso Usimar”, que está na Justiça Federal há dois anos e meio, e julgará os culpados do desvio de R$ 44,2 milhões da Sudam para uma indústria de autopeças que nunca foi construída em São Luís (MA).
A senadora classificou as denúncias como “uma cortina de fumaça” para ocultar os problemas do Código, alegou que as denúncias já “foram investigadas pela imprensa” e “nada de errado foi encontrado”.
À Marina interessa que o novo Código não seja votado dentro do prazo hábil. A Rebelo interessa que fique conhecido como o grande conciliador do problema ambiental brasileiro. São apenas políticos na sua faina diária em busca de votos. Rebelo desgastou-se ao deixar claro a eventualidade de ter acobertado um corrupto. E Marina perdeu pontos em mostrar que talvez a sua posição de vestal do meio ambiente não combine com a figura que está tentando semear a discórdia entre os deputados. Além do fato de estar mal casada.
Jogar mais de 98% dos agricultores brasileiros na ilegalidade não deve e não pode ser meta do Partido Verde. Nem de Marina Silva. Sob pena do bonde da história atropelar partido e candidata.
Marina sobe. Com certeza no que fala.
“Na política estamos andando para trás (…). É a banalização do dolo. E o presidente quando veio a público não foi para dar satisfação aos brasileiros, mas para defender a sua candidata. Precisamos passar as instituções a limpo com dignidade e integridade.”
A frase, reproduzida no blog de Ricardo Noblat, traduz o estado de espírito da candidata Marina Silva, do Partido Verde. Por posições definidas como esta, Marina está crescendo nas pesquisas de tracking (dinâmicas), enquanto Dilma e Serra caíram alguns pontinhos. Sei não, mas pelo andar da carruagem, Marina pode proporcionar um segundo turno surpresa.
Para o jornal O Globo, Marina afirmou ontem que “entre o trem-bala e a revolução na educação, eu fico com a revolução na educação”. São coisas óbvias, mas o Governo do PT está mais preocupado com propaganda, sigilo fiscal de adversários e mulheres apedrejadas no Irã.
Marina afirma que vetaria alteração do Código Florestal.
A candidata Marina Silva (PV) afirmou hoje que, se eleita para a Presidência da República, vetará o projeto de lei que altera o Código Florestal Brasileiro e flexibiliza as regras para a preservação ambiental. A proposta de reforma foi aprovada ontem em comissão especial da Câmara dos Deputados. A votação no plenário só deve ocorrer após as eleições e o projeto ainda será analisado pelo Senado. Marina, ex-ministra do Meio Ambiente, classificou o texto aprovado como um “grande retrocesso” na legislação ambiental.
Segundo a nossa bola de cristal, ligada em 220 volts de puro bom senso, a ex-Ministra não será eleita. Portanto, a decisão de veto não é só precipitada. É apenas um factóide de campanha.
Publicados os primeiros registros de candidatura.
Marina Silva, que vai concorrer pelo PV, pediu o registro na última quinta-feira. O partido estima em R$ 90 milhões o custo máximo da campanha. Marina declarou um patrimônio de R$ 149 mil. A coligação da candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, declarou que pretende gastar até R$ 157 milhões na campanha. O patrimônio de Dilma é de R$ 1,066 milhão. A coligação do candidato do PSDB, José Serra, afirmou que pretende gastar até R$ 180 milhões na campanha. Serra declarou patrimônio de R$ 1,421 milhão.
Ivan Pinheiro, pelo PCB, José Maria de Almeida, pelo PSTU, José Maria Eymael, pelo PSDC, Levy Fidélix, pelo PRTB, Plínio de Arruda Sampaio, pelo PSOL e Rui Costa Pimenta, pelo PCO, também pediram registro de candidatura ao TSE.
O site do TSE não publicou ainda os registros dos candidatos, até a madrugada de hoje.
Na Bahia, a única candidatura que teve seu registro publicado é a de Paulo Souto, do DEM, que apresentou um patrimônio de R$1.179.101,70, incluindo aí 12 fazendas de pequeno porte, a menor com 8 hectares, na verdade um sítio, e a maior com 346 hectares. Também estão registrados os candidatos a senador, suplente de senador, deputados federais e deputados estaduais. O candidato com maior patrimônio é ACM Neto, com R$2.541.751,04 declarados.
Dia 18 de agosto, primeiro debate na internet entre candidatos.
Os candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) confirmaram presença no primeiro debate eleitoral história da internet brasileira, que será promovido pela Folha de S. Paulo e o UOL no dia 18/08. O jornal e o portal anunciaram que os demais meios de comunicação terão acesso a cobertura do debate e que os veículos interessados poderão transmitir o áudio e o vídeo.
O debate vai começar às 10h30, horário em que a internet possui maior audiência, e terá duas horas e meia de duração, dividido em duas partes. A primeira será com os candidatos fazendo perguntas entre si. Na segunda parte, os presidenciáveis responderão as perguntas de internautas e dos jornalistas daFolha e do UOL.
Esse deve ser o primeiro debate a contar apenas com os três principais candidatos. Os encontros realizados por emissoras de rádio e TV devem contar com a participação de todos os candidatos de partidos que possuam representação no Congresso.
Dilma é a única que fala em meio ambiente.
Em reunião de pauta nesta terça-feira, nosso correspondente em Brasília, nos lembrou de um fato importante: até agora, entre todos os presidenciáveis, só Dilma citou, em seu plano de governo, ações referentes à recuperação da Bacia do São Francisco.
Está lá no PAC 2, que norteará as ações do PT caso Dilma ganhe as próximas eleições:
“Revitalização de bacias hidrográficas, em especial do São Francisco: recuperação e controle de processos erosivos (produção de mudas, implantação de matas ciliares e contenção de barrancos), sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e destinação e tratamento de resíduos sólidos”.
Aliás, a ambientalista Marina Silva admitiu em recente palestra para estudantes da UnB, que não tem nem plano de governo. “Temos sérias limitações no período de pré-campanha e não dá para fazer um projeto de um Brasil do século 21 com meia dúzia de pessoas”, disse a ex-senadora acreana, que completou afirmando que o seu partido tem apenas plataforma. Já o candidato tucano sequer tem o item “Meio ambiente” entre suas propostas oficiais divulgadas no site da campanha.
Marina prega o Estado mobilizador.
Marina Silva, hoje, no lançamento de sua candidatura: “Precisamos sair do Estado provedor, que faz pelas pessoas, para o Estado mobilizador, que faz com as pessoas.”
A pergunta que não quer calar: vai apoiar Dilma no segundo turno, seguidora e defensora do Estado Pai e Mãe? Vai votar no patronato do seguro desemprego e da bolsa família trocada por votos?
Serra e Dilma empatados, segundo IBOPE.
Os pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) estão empatados com 37% das intenções de votos na disputa presidencial, segundo pesquisa Ibope, feita a pedido da TV Globo e do jornal “O Estado de S. Paulo”. No levantamento, a senadora Marina Silva (PV) aparece em terceiro lugar com 9%. O levantamento anterior do Ibope, feito em abril, mostrava Dilma com 32% das intenções e Serra com 40%. Marina tinha 9%.
O empate entre a petista e o tucano continua em um eventual segundo turno com 42% para cada. Em abril, Serra tinha 46% e Dilma, 37%. Os indecisos somam 8% dos entrevistados e 9% disseram que votarão em branco, nulo ou em nenhum candidato. As informações são da Folha de São Paulo.
Como dizem os gaúchos, vai ser uma linda carreira, com decisão em segundo turno. E a decisão vai ser no photochart.
Diferença entre Serra e Dilma cai, segundo CNT/Sensus.
A pesquisa CNT/Sensus revelou crescimento de Dilma em relação a novembro do ano passado. No cenário com Ciro Gomes na disputa, a diferença entre Serra e Dilma caiu mais de 6 pontos percentuais. A pesquisa também revela uma queda nas intenções de voto do possível candidato do PSB, Ciro Gomes.
No cenário sem Ciro Gomes, a diferença entre Serra e Dilma Roussef cai de 17 para 12 pontos percentuais. A pergunta a ser respondida é quando cessa a força de transferência de votos de Luiz Inácio. Segundo o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, Dilma começa a extrapolar os limites de transferência de voto de Lula.

A ex-ministra, ex-senadora e candidata à Presidência da República, comenta a publicação do jornal O Estado de São Paulo no dia de hoje:

















