Dilma e Rui Costa inauguram operação do navio doca “Bahia”

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Batizado de “Bahia”, o novo Navio Doca Multipropósito (NDM) da Marinha do Brasil foi entregue oficialmente à corporação na manhã desta quarta-feira (6), em Salvador, na sede do Comando do 2º Distrito Naval. A presidente Dilma Rousseff e o governador Rui Costa participaram de cerimônia e também visitaram o terminal de passageiros do Porto de Salvador, localizado no bairro do Comércio. Projetada para transportar tropas, veículos, helicópteros e equipamentos, a nova embarcação foi transferida à Marinha depois de acordo firmado entre os governos brasileiro e francês e representa mais investimentos e reforço nas Forças Armadas nacionais.

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O novo navio homenageia a Bahia pela posição estratégica que o estado ocupa, no meio do litoral brasileiro, facilitando o deslocamento e atuação de Forças Navais para o Norte\Nordeste ou para o Sul. A embarcação está preparada para atender, além de missões operacionais e ofensivas, a auxílios a desastres, apoiar a Defesa Civil e ações internacionais. O objetivo é que o navio entre em operação no segundo semestre desse ano, em uma missão de paz no Haiti.

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Para o governador Rui Costa, o novo investimento fortalece o Brasil e as riquezas nacionais. “Por estarmos no estado de maior costa do País, fica o desejo de que a Marinha venha aumentar as suas instalações em nosso território, utilizando o potencial baiano para treinamento e manutenção. O mar que fez parte da história do Brasil e da Bahia abraça a nossa terra e por isso desejamos fortalecer ainda mais essa parceria. Agradeço essa belíssima homenagem. Nosso estado estará muito bem representado por essa embarcação de excelência”, comemorou. Ele ainda convidou a presidente para voltar à Salvador para inaugurar obras construídas em parceria com o governo federal, como a Via Expressa e o Terminal Náutico.

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Durante a cerimônia, Dilma Rousseff falou sobre o quanto a União tem investido nas Forças Armadas. “Estamos empenhados em ampliar a capacidade operacional dessa força, que atua com imenso profissionalismo, investindo em equipamentos e na formação de pessoal, mesmo em fase de ajustes como a que estamos enfrentando. Nos esforçamos para dar continuidade aos planos e projetos estratégicos dessas forças. São programas que avançaram muito nos últimos tempos, que são estratégicos para a sociedade brasileira, Queremos garantir que vamos continuar avançando nesse sentido. Nesse país de dimensões continentais, precisamos fortalecer a Defesa brasileira, por isso esse investimento compatível com o tamanho do Brasil, como é esse merecido e esperado reforço, o navio Bahia”, falou.

Na ocasião, a presidente recebeu uma réplica do navio doca e Rui ganhou uma bandeira da Bahia. Também participaram do evento o chefe de gabinete da Presidência da República, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, o ministro de Defesa, Aldo Rebelo, entre outras autoridades.

Navio Doca “Bahia”

Adquirido da marinha francesa pelo valor de 80 milhões de euros, que serão pagos ao longo de quatro anos, o NDM Bahia tem 168 metros de comprimentos e 22 metros de largura, com capacidade para 12 mil toneladas. Com a tripulação de 32 oficiais e 256 praças, o navio tem autonomia de até 46 dias e tem mais de 20 mil quilômetros de raio de ação. Com pistas de pouso, esse é um dos quatro navios brasileiros que possuem uma doca alagável, uma espécie de plataforma que desce ao nível do mar para que as embarcações desembarquem na água.

O “Bahia” ainda possui um complexo hospitalar com 49 leitos e 500 m², capaz de prestar atendimento médico-odontológico e com acesso direto ao convés de voo principal, permitindo que helicópteros realizem evacuações.

Governo Federal tem proposta para quilombolas de Simões Filho

O governo federal dever apresentar nesta tarde uma proposta de acordo para resolver o impasse envolvendo a comunidade quilombola Rio dos Macacos, localizada em Simões Filho (BA), e a Marinha do Brasil. A expectativa é dos próprios moradores, que foram convidados para reunião às 14h30 de hoje (30) na sede da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília. O governo não quis adiantar a pauta do encontro.

A área de cerca de 300 hectares (um hectare corresponde a um campo de futebol de medidas oficiais) onde funciona também uma vila militar é disputada, na Justiça, pela Marinha, que conseguiu vencer uma ação de reintegração de posse contra as 67 famílias já reconhecidas como quilombolas que vivem no local.

Foram convidados também para a reunião representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Instituto de Colonização Nacional e Reforma Agrária (Incra) e da própria Marinha, além de representantes da comunidade. Da Agência Brasil.

Baiano está entre os mortos do incêndio na Antártida

O suboficial baiano Carlos Alberto Vieira Figueiredo está entre os militares mortos na Estação Antártica Comandante Ferraz, base da Marinha do Brasil atingida por um incêndio. Muito abalado, o filho dele, o aspirante da Polícia Militar Vinícius Figueiredo, disse que soube da morte por volta das 12h deste sábado (25). Considerado um herói pela família, segundo o relato do filho, Carlos Alberto deixa mais um filho e esposa, que foi mantida sedada desde o recebimento da notícia.

O aspirante Figueiredo informou ainda que o pai estava há 29 anos na Marinha e que a previsão era de que ele se aposentasse no próximo ano. O suboficial foi enviado para a Antártida em março de 2011 e deveria voltar ao Brasil no próximo mês. De acordo com o relato do filho, Carlos Alberto se comunicava diariamente com a família, tanto por telefone quanto pela internet, e na última conversa teria reforçado o retorno dizendo que as malas já estavam arrumadas. Do G1. Foto de arquivo pessoal.