Carta Aberta à Dona Dilma

Martha Pannunzio, em primeiro plano, em foto com familiares.

Em artigo de mais de 2.400 palavras, uma fazendeira, ambientalista, bisavó e professora aposentada, Martha Pannunziofaz um veemente libelo, em carta aberta à presidente Dilma Rousseff. Respeitosa e incisiva, a missivista explica, para a Suprema Mandatária da Nação, o que todos sabem, mas não são capazes de externar: que ela, Dilma, continua refém da máquina do PT e dos políticos sem escrúpulos, tomando iniciativas assistencialistas que, ao contrário de incluir os mais humildes à sociedade produtiva, os exclui para sempre no vício da esmola governamental.  

 Leia a carta:

Bom dia, dona Dilma!

Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meu contracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do BRASIL CARINHOSO.

Brincando de mamãe Noel, dona Dilma? Em ano de eleição municipalista? Faça-me o favor, senhora presidentA!  É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (presidente da república, governador e prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da História do Brasil.

Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos entre 0 a 06 anos foi um gesto bastante generoso que vai estimular o convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para “engordar” sua renda. Por outro lado mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama produzir filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem dúvida, um plano qüinqüenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmola do governo do PT.

É muito fácil dar bom dia com chapéu alheio. É muito fácil fazer gracinha, jogar para a platéia. É fácil e é um sintoma evidente de que se trabalha (que se governa, no seu caso) irresponsavelmente. Continue Lendo “Carta Aberta à Dona Dilma”