

Luís Eduardo Magalhães é uma cidade de migrantes de todos os quadrantes do País, com concorrência especial de nordestinos, baianos da Chapada Diamantina, de gaúchos, paranaenses, centro-oestinos e paulistas. Nesse cadinho cultural, mesclaram-se costumes e hábitos, com baianos comendo churrasco e ouvindo músicas do folclore sulista e gaúchos saboreando galinha caipira e dançando forró.
No entanto, uma dos costumes que menos abona os eduardenses é a utilização de áreas públicas da cidade como se privadas fossem. Há pouco foi diligentemente abortada uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Municipal que investigaria a utilização indevida de áreas públicas. Algumas, são, porém, notórias: um supermercado que invade o canteiro central da avenida JK com quiosques e grandes painéis, empresas de outdoor que não hesitam em utilizar os cruzamentos das grandes avenidas, borracheiros que utilizam passeios para estacionar caminhões, uma autoescola que transformou a avenida Brasília em pista de treinamento para seus alunos e, pasmem, até um bar que, em sólida construção de alvenaria, instalou-se na entrada da mesma via. A par disso, pequenos deslizes: fossas negras que deslizam sorrateiramente água servida para as ruas, lojas de quinquilharias que expõem nas calçadas e vendedores de carros que utilizam os passeios para expor seus veículos em promoção.
Agora, a Prefeitura faz um grande esforço nas grandes avenidas, com arborização e plantio de grama pensacola e batatais, transferência de palmeiras da BR e arborização. É a hora de deixar de esperar pelas notificações da Prefeitura e deixar as áreas públicas para a fruição de todos, com prejuízo de uma meia dúzia de espertinhos.








