O Brasil tem a metade dos médicos que precisa, viu Temeroso?

Dilma Rousseff, hoje no twitter:

O Brasil tem no máximo a metade do número de médicos de que necessita. E a esmagadora maioria dos milhares de médicos brasileiros em atividade trabalha nas capitais e nos grandes centros urbanos.

E o Bento Carneiro, o vampiro brasileiro do Jaburu, proibiu a abertura de novas faculdades de medicina pelos próximos 5 anos. Ainda bem que ano que vem ele deixa o Jaburu e vai chupar sangue só no doméstico.

Ministério Público recomenda: médicos e dentistas têm que bater o ponto.

Recomendação encaminhada para os municípios da região de Campo Formoso tem por objetivo garantir aos cidadãos o direito de saber os horários de atendimentos dos servidores públicos

 O Ministério Público Federal em Campo Formoso (MPF/BA) recomendou às autoridades responsáveis pelo gerenciamento do Sistema Único de Saúde (SUS), nos 36 municípios da subseção judiciária de Campo Formoso, a instalação de registro eletrônico de frequência para médicos e odontólogos vinculados aos programas do SUS na região. O prazo para o cumprimento da medida encaminhada é de 60 dias.

De acordo com o documento, deve-se informar ao usuário do SUS, de forma clara e objetiva, o nome de todos os médicos e odontólogos em exercício na unidade no dia corrente, sua especialidade e o horário de início e término da jornada de trabalho. Será necessário, também, publicizar o registro dos profissionais disponíveis para consulta por meio de quadros que informem aos cidadãos quem poderá atendê-los e qual horário possível.

O procurador da República responsável pela recomendação, Elton Luiz Freitas Moreira, sinalizou a importância da disponibilização na internet do local e horário de atendimento dos médicos que ocupem cargos públicos vinculados, de qualquer modo, ao SUS.

Municípios para os quais a recomendação foi enviada: Campo Formoso, Andorinha, Antônio Gonçalves, Caém, Caldeirão Grande, Cansanção, Capela do Alto Alegre, Capim Grosso, Filadélfia, Gavião, Itiúba, Jacobina, Jaguarari, Mairi, Miguel Calmon, Mirangaba, Monte Santo, Nordestina, Nova Fátima, Ourolândia, Pindobaçu, Ponto Novo, Queimadas, Quixabeira, Retirolândia, Santaluz, São Domingos, São José do Jacuípe, Saúde, Senhor o Bonfim, Serrolândia, Umburanas, Valente, Várzea da Roça, Várzea do Poço, Várzea Nova.

Recomendação – As recomendações são orientações formais enviadas pelo MPF para que instituições ou seus responsáveis cumpram determinados dispositivos constitucionais ou legais, buscando evitar um processo judicial para tanto. Caso os dispositivos não sejam cumpridos, o MPF pode adotar as medidas judiciais cabíveis. Da ASCOM MPF/Bahia.

 

2A cortado

Faltam médicos em 20 das 23 cidades do Oeste baiano

oeste baiano

Por Miriam Hermes, do jornal A Tarde

Dos 23 municípios que fazem parte da região Oeste da Bahia, 20 estão na lista do Ministério da Saúde como prioritários para receber médicos do Programa Mais Saúde.

Entre eles, Catolândia, que com 3.609 habitantes (Censo 2010) é a cidade baiana com menor número de habitantes e, mesmo assim, enfrenta problemas para oferecer assistência básica. A maior dificuldade é a contratação de médicos, principalmente nos fins de semana, pois nenhum médico mora na cidade.

“Temos dois médicos que atendem durante a semana. Um dá plantão no Programa de Saúde da Família (PSF) e outro se reveza nos três postos que temos na zona rural”, diz o secretário municipal da Saúde, José Francisco da Cruz.

Ele reconhece que o ideal seria ter pelo menos o dobro de profissionais. “Nos finais de semana também precisamos de médicos, pois a doença não escolhe a hora para chegar. Mas continuamos sem opção”, lamenta o secretário.

“Temos duas ambulâncias de plantão para levar os pacientes a São Desidério e Barreiras,  municípios parceiros”, explica Cruz a alternativa para atender a população aos finais de semana.

O gestor opina que os R$ 10 mil que o governo federal disponibiliza para o pagamento  a médicos de PSF “são insuficientes, pois eles querem até R$ 22 mil para vir”. Cruz afirma que o município não dispõe de recursos no momento para melhorar as unidades existentes. “Temos locais, como em um assentamento, em que o atendimento médico é feito em uma igreja, porque não podemos construir um posto agora”.

Dificuldade 

Para a aposentada Maria Dias, 75, que há um ano está com paralisia nas pernas devido a uma infecção na medula, a única maneira para fazer fisioterapia é indo duas ou três vezes por semana para Barreiras, percorrendo uma distância de 42 km.

Ela afirma que é um sofrimento, pois parte da estrada ainda não tem asfalto. “O município dá o transporte, mas se tivesse fisioterapeuta aqui seria bem mais fácil”, diz a aposentada.

Dona Maria, uma das seis pacientes que o município encaminha para receber atendimento em Barreiras, garante que está animada e tem a expectativa que em breve poderá ser atendida em São Desidério, ” mais perto de casa (distância de 15 km)”.

São Desidério 

Com 24 médicos contratados, o município de São Desidério oferece atendimentos de média complexidade. De acordo com o secretário da Saúde, Jeferson Barbosa, há ainda a necessidade de disponibilizar algumas especialidades. “É mesmo difícil atrair médicos a cidades menores”, aponta.

Barbosa critica o Mais Saúde, “porque o valor de R$ 10 mil por mês para salário de médicos não condiz com a expectativa deles”.

Segundo o secretário, “a média que eles cobram é de R$ 2 mil por plantão. Com este salário que o governo federal quer pagar os médicos brasileiros não vão se sentir atraídos para os municípios do interior”.

A secretaria da Saúde tem dificuldades para manter médicos no plantão de final de semana. “Nosso maior problema é o distrito de Roda Velha que, pela distância das outras localidades, deveria ter médico 24 horas, todos os dias da semana. Mas nem sempre isto é possível”, lamenta Jeferson Barbosa.

Não faltam médicos na Bahia, mas 60% estão em Salvador.

A Bahia possui 18.299 médicos com inscrição ativa no Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), entre eles, 10.759, cerca de 60%, atuam em Salvador, de acordo com dados de 2013 informados nesta terça-feira (9) pela entidade. Do total, cerca de 65% presta serviço ao SUS na capital e no interior, aponta a pesquisa Demografia Médica no Brasil, realizada este ano e divulgada pelo Conselho.

De acordo com o estudo, o aumento no número de médicos no estado foi mais que o dobro do crescimento populacional da Bahia nos últimos 10 anos. Entidades médicas admitem que há má distribuição dos profissionais no estado, já que a maior parte se concentra na capital, apesar da proporção de 1,25 médico para cada mil habitantes, considerada dentro da média nacional, conforme dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). De Ida Sandes, do G1 Bahia.

antoniettamaluca

Oziel preocupado com a falta de médicos

Imagem 5192O deputado federal Oziel Oliveira, do PDT baiano, preocupado com a validação de diplomas médicos obtidos no Exterior, esteve reunido esta semana com o Secretário de Educação Superior, órgão ligado ao Ministério da Educação, Amaro Henrique Pessoa Lins. No encontro o parlamentar solicitou esclarecimentos sobre a revalidação de diplomas estrangeiros no país em todas as áreas.

O Deputado tem razão. No entanto o Governo é leniente com a concentração de médicos nas grandes cidades, principalmente no litoral. Médicos que serviram-se de faculdades públicas ou foram financiados pelo Governo Federal, deveriam prestar serviços em pequenas cidades, por um período mínimo de 3 anos, por determinação expressa do MEC.

Médicos do HO partem para as tais vias de fato

Notícia relevante do jornalista Roberto de Sena:

“Um médico quebrou o outro no murro no Hospital do Oeste em Barreiras. Foi uma pancadaria jamais vista dentro de um Hospital. O fato foi informado ao Mural do Oeste por um funcionário do HO,  que ficou horrorizado com o que viu e ouviu. Ainda perplexo o funcionário  negou-se a dizer os nomes dos médicos envolvidos nas cenas de pontapés, socos, agressões verbais, gritos e explosões coléricas.Por falar nisso, as reclamações pela forma como o Hospital do Oeste é gerido só fazem aumentar em Barreiras e na região. Tem muita gente pedindo que as Organizações Sociais de Irmã Dulce sejam afastadas do HO.”

Se médicos estão partindo para o pugilato, o que resta fazer? Urbanidade, civilidade, educação deveriam ser, sempre e sem exceções, apanágio dos homens de branco.

habitatbanner