Depois de falar mal dos médicos cubanos e expulsá-los, Bolsonaro convoca 500 remanescentes no Brasil.

Foto de Talles Reis, do Brasil de Fato

Do portal Carta Campinas, editado por O Expresso.

Médicos cubanos remanescentes do programa Mais Médicos, que permaneceram no Brasil sem poder exercer a profissão, poderão retornar às atividades diante da pandemia do novo coronavírus.

Nada como um dia depois do outro. Acossado pelo colapso de pessoal no atendimento à pandemia, Jair Bolsonaro recua e pede a ajuda dos médicos cubanos.

O site Carta Campinas informa:

As portarias 40 e 41 foram publicadas no Diário Oficial da União dessa segunda-feira (30). Elas divulgam a lista dos nomes, localidades onde atuarão e respectivos registros dos 498 médicos cubanos reincorporados ao agora chamado Projeto Mais Médicos para o Brasil.

O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde e criador do programa Mais Médicos ironizou: “A Terra é redonda e o mundo dá voltas”.

 

 

 

 

 

Chegada de médicos cubanos a Salvador. Foto: Adenilson Nunes/GOVBA

“Foi preciso que a maior crise econômica e sanitária da história do país atingisse milhares de famílias de brasileiros para o governo Bolsonaro resolver cumprir lei aprovada pelo Congresso no ano passado para finalmente chamar os médicos cubanos para cuidar do nosso povo”, avalia Padilha.

Para o médico infectologista e deputado federal (PT-SP), o governo de Jair Bolsonaro demorou e muito para determinar a volta desses profissionais aos seus postos de trabalho.

A lei 13.958, assinada por Bolsonaro em 18 de dezembro de 2019, instituiu o Programa Médicos pelo Brasil no âmbito da atenção primária à saúde no SUS.

A portaria publicada nessa segunda-feira autoriza o trabalho a 498 médicos cubanos. Segundo Padilha, são cerca de 2 mil os profissionais cubanos que permaneceram no Brasil após Bolsonaro decretar o fim da parceria entre os governos brasileiro e cubano.

O programa Mais Médicos, criado pelo governo Dilma Rousseff, em 2013, levou em torno de 15 mil médicos para municípios do interior e periferias das grandes cidades do Brasil onde havia carência desses profissionais.

Com o fim do programa petista, os profissionais cubanos ficaram impossibilitados de atender pacientes. A maioria retornou a Cuba e os que ficaram foram forçados a trabalhar até em subempregos.

Para Padilha, esse impedimento da atuação dos médicos cubanos desde dezembro de 2018 é uma das marcas mais graves da atitude do governo Bolsonaro, o começo de fragilização do SUS.

“Essa postura certamente teve impacto no conjunto de mortes da covid-19”, afirma o ex-ministro.

Desde a saída dos médicos cubanos, lembra Padilha, houve aumento da mortalidade infantil, da população indígena, das internações de crianças por pneumonia.

Padilha destaca o perfil desses profissionais, capacitados para reconhecer na comunidade quem tem mais situação de risco.

“O fato de esses médicos não terem atuado 2019 inteiro fez com que hipertensos, diabéticos, pessoas com doenças mais graves chegassem em má situação para enfrentar a covid”, explica.

“Infelizmente é mais uma atitude do governo que vem atrasada, retardada. E que só acontece porque a oposição aprovou uma emenda durante a tramitação da medida provisória do Médicos pelo Brasil, no ano passado.” (Por Cláudia Motta – RBA)

Bolsonaro impõe condições ao convênio médico com cubanos. Eles vão embora.

 

 

O presidente eleito não perdeu tempo e já está, mesmo ainda não tendo assumido o cargo, impondo condições ao convênio. Segundo o jornalista Ricardo Noblat, são 8.500 os médicos cubanos que deverão deixar o Brasil até o próximo dia 31 de dezembro.

Municípios do interior do Nordeste, do Norte e periferias de grandes cidades serão os mais prejudicados.

Cuba faz cooperação com 66 países em todo o Globo, inclusive europeus. Sabe como isso começou? Com a brigada Henry Reeve criada em 2005, como forma de ajuda humanitária pra atender as vítimas do Furacão Katrina nos EUA. Fidel chamou centenas de médicos e pediu que se organizasse a brigada. EUA negaram a ajuda. A brigada permaneceu mobilizada pois em pouco tempo haveria a crise em Angola e terremoto no Paquistão.

O internauta Thiago Silva explica como se deu o convênio com o Brasil:

Na maioria dos países que faz parceria, Cuba envia médicos e medicamentos de graça, sem cobrar dos países. Isso aconteceu em Angola, no Nepal, Haiti, Congo, e tantos outros países pobres do Mundo. Quem arcava com os custos? O próprio governo cubano.

E como o governo Cubano fazia, já que é vítima de um Bloqueio Econômico há décadas, uma ilha pequena do Caribe que não consegue nem produzir a própria energia, pelas características de seu território? Alguns países começaram a oferecer trocas pela Força de Médicos.

A Venezuela ofereceu petróleo. Alguns países europeus começaram a pagar mesmo diretamente para o governo Cubano. E essa parceria virou uma fonte de renda para a Ilha, com impacto em suas contas públicas, dado o volume de médicos atuando no mundo todo.

A verdade é que locais isolados do Nordeste, assim como os nossos vizinhos Buritirama e Mansidão, onde os médicos brasileiros não chegam, pois os contratos com o Governo brasileiro são de valor baixo e não existem clientes particulares para complementar a renda, ficarão sem assistência.

O novo presidente já conseguiu causar um dano à saúde popular, aquela dedicada às faixas mais vulneráveis da população brasileira, que os próximos 20 anos não serão suficientes para recuperar.

2,5 milhões sem médico só na Bahia

O deputado Valmir Assunção, do PT da Bahia, afirmou hoje que o fim do ‘Mais Médicos’ vai deixar milhões de pessoas sem acesso a profissionais, diz Valmir

Somente na Bahia serão 845 médicos que deixarão de atuar na atenção básica com o fim do programa ‘Mais Médicos’. O dado deixou o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) estarrecido, já que por meio desta ação de governo as famílias mais vulneráveis tinham acesso à saúde.

“Esses médicos são fundamentais para que as equipes de Saúde da Família possam atuar nos municípios e comunidades mais longínquos do país. Com o fim do programa, virá um efeito ainda pior no setor de saúde com a desassistência e dificuldade da população no acesso aos serviços de forma pública, principalmente de saúde da família”, informa o parlamentar. Para o petista, os 313 municípios baianos com cobertura do programa federal terão os atendimentos reduzidos e milhões de famílias serão afetadas.

“Conforme os dados expressados pelo governo da Bahia, ao menos 2,5 milhões de pessoas não terão mais acesso ao médico de saúde da família. Na Região Metropolitana de Salvador, por exemplo, 12 médicos de sete municípios deixarão de atuar. E ainda temos 52 municípios que têm o Índice de Desenvolvimento Humano [IDH] baixo ou muito baixo que perderão 101 profissionais. Ou seja, idosos, crianças, pessoas com doenças crônicas, queda nos índices de cobertura de vacinação, dificuldade de monitorar endemias, além de gestantes sem pré-natal adequado ficarão sem atendimentos. Isso é um absurdo, o setor de saúde pode entrar em colapso”, frisa.

Para o deputado, o fim do ‘Mais Médicos’ é fruto de um governo que nem iniciou, mas já demonstra total irresponsabilidade e falta de sensibilidade com o povo brasileiro. “Quero deixar minha absoluta solidariedade aos médicos cubanos que foram ofendidos pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, ao governo cubano e à população em situação de vulnerabilidade do Brasil que sofrerá diretamente as consequências”. No Brasil, mais de 1,5 mil municípios não terão nenhum médico e 75% da força de trabalho dos distritos sanitários indígenas deixarão de ter atendimentos.

De acordo com dados do governo, 74% dos brasileiros dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), direito a saúde garantido pela constituição que já vinha sendo ameaçado pelo congelamento dos recursos por 20 anos pelas Emendas Constitucionais 85 e 95 aprovadas no governo de Michel Temer (MDB). “Sabemos que o presidente golpista inviabilizou as medidas de longo prazo do ‘Mais Médicos’ que podiam garantir que os médicos brasileiros substituíssem os médicos estrangeiros no programa. Mas com a eleição de um governo ultraconservador, a situação piorou de vez e o programa acabou”.

Correntina: sétimo médico cubano já está trabalhando

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O prefeito Ezequiel Barbosa comemorou a chegada de mais uma médica cubana ao município de Correntina. Com a presença da Dra. Kenia, já são sete médicos cubanos atendendo nos diversos Postos de Saúde da Família em Correntina. Segundo o prefeito o objetivo é dinamizar o atendimento a comunidade. A expectativa é que mais dois cubanos cheguem ainda neste primeiro semestre. O secretário de Saúde Everson Alecrim Dourado considerou um avanço a chegada dos médicos cubanos. “Dinamizou bastante o atendimento a população tanto na sede quanto na zona rural melhorando a qualidade de vida da população” explicou.
Segundo ele, a população passou a ter acesso a saúde e está adorando a forma de trabalho dos médicos cubanos” diz o secretário. Ele enfatiza que a determinação do prefeito Ezequiel Barbosa é disponibilizar toda infraestrutura necessária para que os cubanos possam atender em boas condições a população. “A Secretaria de Saúde vem atuando com empenho para oferecer o melhor para a comunidade seguindo todas as orientações do prefeito.” finalizou o secretário.

Médicos cubanos chegam a Luís Eduardo

O prefeito se preocupou com a interpretação das médicas e compreenssão dos pacientes. As cubanas garantiram que estão aptas a se relacionar com  brasileiros.

O prefeito Humberto Santa Cruz recebeu em seu gabinete, junto com a secretária de Saúde, Soraia Vieira Luedy da Trindade, três profissionais médicas vindas de Cuba por intermédio do Programa Mais Médicos do Governo Federal. Idania Tersy, Iliane Ruisanches e Gricel Del Prada são especialistas em atendimento em Saúde da Família e devem começar a atender na rede municipal de saúde nas próximas semanas.

Há três semanas no país as médicas cubanas passaram por capacitação em Brasília, para se adaptar a língua portuguesa e Salvador, onde conheceram as políticas estaduais de saúde, fizeram treinamento para uso de tecnologia e participaram de atividades pedagógicas.

Na Bahia, segundo o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla existem hoje aproximadamente 1.100 médicos estrangeiros atendendo na atenção básica. “Quase quatro milhões de pessoas de 361 municípios estão cobertos pelo programa Mais Médicos. Conseguimos fazer cerca de 470 mil consultas por mês apenas com estes profissionais”, disse o secretário, na última quinta-feira, 13. No terceiro ciclo do Mais Médicos no estado, mais 230 médicos atuarão em 112 municípios baianos.

Médica cubana que abandonou cargo já está empregada.

A cubana Ramona Rodríguez, que deixou o Programa Mais Médicos, foi contratada nesta terça-feira (11) pela Associação Médica Brasileira (AMB). De acordo com a entidade, ela vai exercer função administrativa e receber salário de R$ 3 mil, além de vales-transporte e refeição e plano de saúde. Ao todo, a remuneração ficará em torno de R$ 4 mil.

Vaquinha do DEM

A acolhida à médica cubana Ramona Matos Rodríguez pela liderança do DEM na Câmara inclui hospedagem em apartamento funcional, carro com motorista contratado pelo gabinete do deputado Abelardo Lupion (DEM-PR) e uma “vaquinha” para arrecadar fundos para a ex-integrante do Programa Mais Médicos. Na terça-feira (4), primeiro dia da cubana como refugiada na liderança do DEM, a médica recebeu R$ 850,00 para comprar roupas e itens de higiene pessoal. Desde então, novos valores têm sido repassados de acordo com pedidos de Ramona.

Novos abandonos

Hoje o Ministério da Saúde registrou quatro novas deserções de médicos cubanos ao programa Mais Médicos, conforme noticiou a Folha de São Paulo.

Mais médicos cubanos chegam a Salvador.

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Chegaram a Salvador neste domingo (1), mais 183 médicos que irão atuar em unidades básicas de saúde pelo programa Mais Médicos. O grupo se juntou aos 411 médicos que atuam em 170 municípios da Bahia. Segundo informações do governo, a chegada desses novos médicos irá possibilitar que o programa consiga atingir 224 municípios do estado.

Os médicos, todos cubanos, foram recebidos na Base Área de Salvador pela ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros e outros representantes do governo.

Os profissionais irão realizar a primeira atividade em conjunto no Instituto Anísio Teixeira,  nesta segunda-feira (2), às 9h. Na primeira semana, os médicos irão conhecer a realidade local da rede pública de saúde do estado e as características epidemiológicas da população.

Nas últimas três semanas, três mil médicos estiveram concentrados em cinco capitais do Brasil –  Brasília (DF), Fortaleza (CE), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP), participando do módulo de acolhimento e avaliação do Mais Médicos. A aprovação no curso é condição para a emissão do registro profissional provisório pelo Ministério da Saúde, sem a qual os médicos estrangeiros não poderão atuar no Brasil.

Os cubanos que atuam na Bahia estão distribuídos nas cidades de Adustina, Araci, Buritirama, Campo Alegre de Lourdes, Cansanção, Carinhanha, Central, Cocos, Coronel João Sá, Correntina, Formosa do Rio Preto, Itiúba, Jeremoabo, Macaúbas, Mansidão, Nova Soure, Remanso, Riacho de Santana, Serra Dourada, Sítio do Quinto, Souto Soares e Tucano. Eles chegaram ao estado no dia 25 de agosto.

Foram cadastradas 317 dos 417 cidades baianas, de acordo com dados informado pelo governo estadual. O número representa 76% do total de cidades. Para o Ministério da Saúde, 264 municípios são considerados prioritários, entre eles, Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa, Ilhéus e Lapão. A lista completa pode ser acessada no site da pasta.

Carta aos médicos cubanos

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Por David Oliveira de Souza*

Bem-vindos, médicos cubanos. Vocês serão muito importantes para o Brasil. A falta de médicos em áreas remotas e periféricas tem deixado nossa população em situação difícil. Não se preocupem com a hostilidade de parte de nossos colegas. Ela será amplamente compensada pela acolhida calorosa nas comunidades das quais vocês vieram cuidar.

A sua chegada responde a um imperativo humanitário que não pode esperar. Em Sergipe, por exemplo, o menor Estado do Brasil, é fácil se deslocar da capital para o interior. Ainda assim, há centenas de postos de trabalho ociosos, mesmo em unidades de saúde equipadas e em boas condições.

Caros colegas de Cuba, é correto que nós médicos brasileiros lutemos por carreira de Estado, melhor estrutura de trabalho e mais financiamento para a saúde. É compreensível que muitos optemos por viver em grandes centros urbanos, e não em áreas rurais sem os mesmos atrativos. É aceitável que parte de nós não deseje transitar nas periferias inseguras e sem saneamento. O que não é justo é tentar impedir que vocês e outros colegas brasileiros que podem e desejam cuidar dessas pessoas façam isso. Essa postura nos diminui como corporação, causa vergonha e enfraquece nossas bandeiras junto à sociedade.

Talvez vocês já saibam que a principal causa de morte no Brasil são as doenças do aparelho circulatório. Temos um alto índice de internações hospitalares sensíveis à atenção primária, ou seja, que poderiam ter sido evitadas por um atendimento simples caso houvesse médico no posto de saúde.

Será bom vê-los diagnosticar apenas com estetoscópio, aparelho de pressão e exames básicos pais e mães de família hipertensos ou diabéticos e evitar, assim, que deixem seus filhos precocemente por derrame ou por infarto.

Será bom vê-los prevenindo a sífilis congênita, causa de graves sequelas em tantos bebês brasileiros somente porque suas mães não tiveram acesso a um médico que as tratasse com a secular penicilina.

Será bom ver o alívio que mães ribeirinhas ou das favelas sentirão ao vê-los prescrever antibiótico a seus filhos após diagnosticar uma pneumonia. O mesmo vale para gastroenterites, crises de asma e tantos diagnósticos para os quais bastam o médico e seu estetoscópio.

Não se pode negar que vocês também enfrentarão problemas. A chamada “atenção especializada de média complexidade” é um grande gargalo na saúde pública brasileira. A depender do local onde estejam, a dificuldade de se conseguir exame de imagem, cirurgias eletivas e consultas com especialista para casos mais complicados será imensa. Que isso não seja razão para desânimo. A presença de vocês criará demandas antes inexistentes e os governos serão mais pressionados pelas populações.

Para os que ainda não falam o português com perfeição, um consolo. Um médico paulistano ou carioca em certos locais do Nordeste também terá problemas. Vai precisar aprender que quando alguém diz que está com a testa “xuxando” tem, na verdade, uma dor de cabeça que pulsa. Ou ainda que um peito “afulviando” nada mais é do que asia. O útero é chamado de “dona do corpo”. A dor em pontada é uma dor “abiudando” (derivado de abelha).

Já atuei como médico estrangeiro em diversos países e vi muitas vezes a expressão de alívio no rosto de pessoas para as quais eu não sabia dizer sequer bom dia – situação muito diferente da de vocês, já que nossos idiomas são similares.

O mais recente argumento contra sua vinda ao nosso país é o fato de que estariam sendo explorados. Falou-se até em trabalho escravo. A Organização Pan-americana de Saúde (Opas) com um século de experiência, seria cúmplice, já que assinou termo de cooperação com o governo brasileiro.

Seus rostos sorridentes nos aeroportos negam com veemência essas hipóteses. Em nome de nosso povo e de boa parte de nossos médicos, só me resta dizer com convicção: Um abraço fraterno e muchas gracias.

* DAVID OLIVEIRA DE SOUZA, 38, é médico e professor do Instituto de Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês. Foi diretor médico do Médicos Sem Fronteiras no Brasil (2007-2010)

Site espanhol diz que faltam 54 mil médicos no Brasil

Médicos cubanos vaiados por médicos brasileiros em Fortaleza: apenas falta de educação ou tentativa de reserva de mercado?
Médicos cubanos vaiados por médicos brasileiros em Fortaleza: apenas falta de educação ou tentativa de reserva de mercado? A foto é de Jarbas Oliveira, da Folhapress, e deve passar para o inventário da vergonha brasileira.

O site Público.es, da Espanha, afirma que reação da classe médica brasileira à decisão da presidente Dilma Rousseff está errada, por que faltam 54.000 médicos no País e só Cuba, que tem 80.000 graduados em medicina, um para cada 150 habitantes, poderia suprir essa falta.

Diz mais ainda: que US$ 1.600, que os cubanos vão ganhar está muito bom, quando a renda média do cubano é de apenas US$ 100.

Diz ainda o site espanhol:

“El colegio médico y la oposición brasileña acusan a Dilma de contratar cooperantes cubanos por razones ideológicas pero el Ministerio de Salud les responde que la gran mayoría de los galenos de la isla irá a zonas del norte y noreste del país, justamente a aquellos a lugares que no fueron elegidos ni por los brasileños ni por los extranjeros que calificaron para el programa, a pesar de que se ofertan salarios mensuales de 13.500 dólares.”

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O “lábaro que ostentas estrelado” radicalmente prejudicado

bandeira brasileira

Esta bandeira brasileira que a doutora cubana trouxe na sua bagagem ainda vai dar panos para mangas e mais debates, na internet e nos jornais, que o grave problema de saúde que assola todos os rincões do País. A proporcionalidade entre o losango amarelo, que representa nossos riquezas minerais, e o globo com o dístico “Ordem e Progresso” saiu prejudicada na concepção da costureira cubana. Se os doutores que não souberem se expressar em português serão mandados de volta, essa médica que trouxe a bandeira já está em condições de ser reembarcada.

Como deveria ser
Como deveria ser

Médicos cubanos começam processo de integração

PLANO DE SAÚDE - CHARGEComeça nesta segunda-feira (26) o processo de avaliação e acolhimento de todos os médicos com diploma estrangeiro e sem revalidação que vão atuar por três anos em regiões carentes, como municípios do interior e periferias das grandes cidades, pelo Programa Mais Médicos. Os 644 profissionais que vão atuar na primeira fase desembarcaram entre sexta-feira (23) e sábado (24) em oito capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza, onde terão terão aulas em universidades federais sobre saúde pública e língua portuguesa.

A vinda dos profissionais foi um dos pontos mais polêmicos do Programa Mais Médicos, já que eles não vão precisar passar pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), que tem alto índice de reprovação e que é obrigatório para os médicos com diploma estrangeiro atuarem no Brasil. Para as entidades médicas, a não revalidação do diploma deixa a população sem garantia da qualidade dos profissionais. Em vários estados brasileiros, médicos foram às ruas nos últimos dias para protestar contra o programa.

A reflexão a fazer é a seguinte: se nestas comunidades do interior e periferias chegasse um curandeiro, com uma mala cheia de chazinhos e xaropes milagrosos, e prometesse consultas grátis, não fazia fila na porta? Pois bem: um médico com uma certa experiência, mesmo que formado “meia boca” não é melhor que nada? E quando os médicos brasileiros matam por imperícia e imprudência, recém-formados, inexperientes, sem concluir uma especialização? Que deixem os cubanos exercerem sua missão. Mesmo com todas as implicações políticas e técnicas. Os médicos brasileiros não podem alegar reserva de mercado, até porque essas comunidades carentes, onde os cubanos vão atuar, não é um bom mercado para os brasileiros.

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Errou de novo, Doutor! Tente outra vez.

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O presidente do CRM/MG,  João Batista Gomes Soares,  que anunciou que pretende denunciar os cubanos por exercício ilegal da profissão,  fez outra declaração polêmica. “Nossa preocupação é com a qualidade desses médicos, que são bons apenas em medicina preventiva, não sabem tirar tomografia. Vou orientar meus médicos a não socorrerem erros dos colegas cubanos”, disse.

O nome dessa ação chama-se “omissão de socorro”.  Quanto à tomografia, que não se preocupe o douto médico mineiro. Em mais de 80% dos municípios brasileiros não existe um tomógrafo nem pra brincar de esconde-esconde com as enfermeiras.

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4.000 médicos cubanos chegam até o final do ano

Médicos cubanos na Venezuela. Foto Veja, Abril.
Médicos cubanos na Venezuela. Foto Veja, Abril.

O Ministério da Saúde anunciou hoje (21) que até o final do ano, 4 mil médicos cubanos vão chegar ao Brasil para atuar nas cidades que não atraírem profissionais inscritos individualmente no Mais Médicos. Na segunda-feira chegam 400 profissionais, que vão passar pelo mesmo processo de avaliação dos médicos com diploma estrangeiro e sem revalidação do diploma, inscritos na primeira etapa do programa.

Nem o Ministério da Saúde, nem a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que vai intermediar o acordo com o governo cubano, sabem dizer quanto estes profissionais vão receber pelo trabalho. “O min

istério passa o mesmo valor unitário e é a Opas que vai fazer a negociação com Cuba”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acrescentando que o acordo é entre a Opas e Cuba. O ministro ressaltou que os médicos vão suprir a demanda de parte dos 701 municípios que não foram selecionados por nenhum médico na primeira edição do programa.gacea o expresso blog 21 de agosto Continue Lendo “4.000 médicos cubanos chegam até o final do ano”

A verdade: em Cuba tem 6 mil médicos sem emprego.

Por Sérgio Augusto Oliveira Siqueira

Fui remexer nos gorgulhos do Google só para saber quantas escolas de medicina o Brasil disponibiliza para seus quase 200 milhões de habitantes. Resposta: 201 escolas médicas em atividade – 116 particulares, 48 federais, 30 estaduais e 7 municipais. Elas formam por ano nada menos de 16.500 médicos. Ponto.
Fui saber da China, tigresa asiática que tem uma população de mais de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas. Resposta: a China possui 150 cursos médicos. Vai ver que a verdade chinesa está na acupuntura. Reticências…
E então, movido a discursos de Alexandre Padilha, fui saber de Cuba, paraíso com menos de 11 milhões e 300 mil fiéis seguidores dos irmãos Castro. Resposta: lá tem 25 faculdades públicas de medicina e uma escola latino-americana que matricula acadêmicos estrangeiros.
Acho até que foi lá que Lula recebeu o seu primeiro diploma de doutor honóris causa própria. Em Cuba, nada menos de 11 mil estudantes recebem diploma de médico por ano. Há controvérsias. Exclamação!
Isso quer dizer o seguinte: o povo cubano está farto de ver tanto médico pela frente. Queixou-se para Lula que falou para Dilma que mandou Padilha trazer para cá os doutores que, pela notória especialização, não conseguiram emprego na simpática e atrativa ilha de Fidel.
Ah bom, a saúde pública do Brasil agora vai. Ponto final.
RODAPÉ – Ah sim, os milhares de médicos que sobram por aqui – e para os quais o Ministério da Saúde não tem nenhuma proposta decente – não receberam nenhum convite de emprego em Cuba.

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Polêmica dos médicos cubanos continua. Senador diz que contratação é temerária.

O senador Alvaro Dias, na sessão plenária desta segunda, fez coro com as duras e veementes críticas do Conselho Federal de Medicina (CFM) à pretensão do governo Dilma de contratar seis mil médicos cubanos para trabalharem no Brasil. A entidade, em nota, condenou “a entrada de médicos estrangeiros ou de brasileiros que obtiveram diplomas em cursos no exterior e que não tiveram sua respectiva revalidação como solução para a cobertura assistencial nas áreas de difícil provimento”.

Segundo Alvaro Dias, o CFM destaca que medidas neste sentido ferem a lei e “configuram uma pseudoassistência com maiores riscos para a população e, por isso, além de temporárias, são temerárias por se caracterizarem como programas políticos-eleitorais”.

O senador salientou ainda a informação, retirada de dados do próprio MEC, de que nos últimos três anos os médicos estrangeiros que realizaram o teste de validação de diploma apresentaram um índice de reprovação de 99%. “A solução mágica para a saúde encontrada pelo governo – contratação de 6 mil médicos cubanos – é uma decisão temerária e que expõe a saúde da população a risco potencial. A população brasileira necessita de cobertura assistencial nas áreas de difícil provimento, isso ninguém questiona. Mas precisam ser médicos qualificados”, disse o senador Alvaro Dias, lembrando que a posição do CFM de que os médicos cubanos podem ser mal preparados se baseia na baixa taxa de aprovação desses profissionais no exame de revalidação de diploma de medicina (Revalida). De 182 profissionais cubanos inscritos no teste, apenas 20 acabaram aprovados.

Veja como o PT educa nossas crianças, pregando o ódio à iniciativa privada.
Veja como o PT educa nossas crianças, pregando o ódio à iniciativa privada.

Três perguntas:

1ª A qualidade de nossos médicos seria assim tão superior aquela dos médicos cubanos?

2ª Se é interessante a vinda de médicos do Exterior, por que não investir mais em faculdades públicas brasileiras e formar melhores profissionais, com o compromisso de servir por no mínimo dois anos em locais determinados pelo Governo?

3ª Está de todo afastada a hipótese de que a ideologia dos médicos cubanos pudesse ser multiplicada no interiorzão brasileiro? No Rio Grande do Sul o Governo do PT aparelhou uma escola técnica para filhos de campesinos e sem terra, em Veranópolis, onde eram ensinadas táticas de ocupação e orientação claramente socialista.