Soja sobe no mercado interno nesta terça-feira

Feijão preto ainda lidera os preços na Bolsinha.

A saca de 60 quilos da soja começou a terça-feira (13) com alta de 0,23% no Paraná, onde grão é vendido a R$ 77,71. Na cidade de Bebedouro, em São Paulo, o produto é comercializado a R$ 88. Enquanto em Dourados, no Mato Grosso do Sul a mercadoria é vendida a R$ 76, a cidade goiana de Rio Verde negocia a soja a R$ 78.

O mercado da soja trabalha em alta nesta terça-feira (13) na Bolsa de Chicago, se recuperando das baixas de mais de 12 pontos registradas no pregão anterior. Os futuros da oleaginosa, por volta de 8h05 (horário de Brasília), subiam 6,75 pontos, para levar o vencimento em novembro a US$ 8,86 por bushel.

No Oeste baiano a soja deve ultrapassar novamente a barreira emblemática dos R$70,00, a qual anda rondando há uma semana.

Mercado do feijão frio

O mercado nessa terça-feira recebeu novas entradas que se somaram com as sobras de ontem, segundo informe da Bolsinha.

Foram ofertadas 11 mil sacas e foram negociadas aproximadamente 9 % do total, restando até as 6h31 a quantidade de 10 mil sacas.

O mercado segue calmo e com poucos negócios. O movimento de compradores foi fraco devido a pouca demanda. Ontem, as vendas durante o dia deixaram a desejar, ocorrendo pouco escoamento de mercadoria. O preço oscila pouco entre R$153,00 o carioca e R$160,00 o feijão preto oriundo do Paraná.

Perdas do milho e da soja são consideráveis. Preços se mantem pressionados

Trinta anos de história das chuvas de janeiro. Ainda temos tempo de recuperar as lavouras. Clique na imagem para ampliar.
Trinta anos de história das chuvas de janeiro. Ainda temos tempo de recuperar as lavouras. Clique na imagem para ampliar.

Por Carlos Alberto Reis Sampaio

Conforme informações do site Notícias Agrícolas os 18 dias sem chuva e as altas temperaturas, as lavouras de milho no Oeste de Bahia já têm quebra consolidada de 30%. No caso da soja, perdas podem ultrapassar 450 mil toneladas. Com o clima seco, produtores devem estar atentos ao aparecimento de ácaro e mosca branca nas plantações. No algodão, ainda não é possível contabilizar as perdas e as lavouras podem se recuperar caso as chuvas retornem.

No Paraná, no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, onde a colheita já começou, as perdas na lavoura de soja são consideráveis. O estio prejudica também o plantio da safrinha de milho. O atraso no plantio poderá diminuir sensivelmente a área plantada.

Instituições associativas do agronegócio preveem queda de até 6% na produção brasileira de soja, inicialmente prevista pela CONAB como de 98 milhões de toneladas.

Ao par disso, as previsões de um próximo plantio recorde de soja nos Estados Unidos mantém os preços pressionados e o mercado comprador estagnado. É evidente que existe especulação no setor. Desde a década de 70 acompanhamos o mercado internacional de proteína. Naquela época se dizia que a pesca abundante da anchoveta na costa do Pacífico sul americano prejudicava os preços da soja. Era pura especulação. O Senhor Mercado é vítima tradicional dos capitais internacionalizados, que são responsáveis pelo financiamento e aquisição das safras, nem sempre com vantagens para as cadeias produtivas.

Na mão de três grandes players, o mercado brasileiro sempre sofreu com a especulação e a determinação de preços e condições de cima para baixo. Só o mercado interno e a disposição dos grandes importadores, como a China, vai determinar o mercado futuro de nossa soja, independente das previsões do USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que geralmente atendem seus próprios interesses.

 

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