Soja vai segurar preços altos, mesmo se EUA colherem muito bem

De acordo com o consultor de mercado Liones Severo, a soja atingirá cotação recorde neste ano. Isso por causa do baixo estoque da oleaginosa nos principais países exportadores, o que encaminha o mercado para uma alta histórica nos preços.
“Mesmo que os Estados Unidos aumente a produção de soja em 10 milhões de toneladas, este volume se diluirá facilmente no mercado internacional. O Brasil é atualmente o maior exportador de soja do mundo e se manterá no posto, já que não existem países com as mesmas características de expansão,” explicou Severo durante o Circuito Aprosoja, promovido pela Associação dos Produtores de Soja de MS na 50ª Expoagro.
Ele citou os anos de 2004, 2008 e 2012 como exemplo de períodos em que o consumo superou a produção, ocorrendo baixa nos estoques e recordes nos preços da oleaginosa. “Já exportamos neste ano 45 milhões de toneladas do complexo soja. Os estoques estão baixos e é provável que o Brasil exceda no mercado internacional e falte soja no mercado interno”, prevê o consultor.
A gerente econômica da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), Adriana Mascarenhas, acrescentou que a política cambial favorece as exportações. “Não existe em curto prazo cenário que valorize a moeda brasileira, isto deixa o país mais competitivo e mantém as exportações positivas”, destacou. Por Leonardo Gottems, do Agrolink.

Em Luís Eduardo Magalhães, a soja está sendo comercializada a R$61,00, conforme o Sindicato Rural.

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Dólar em alta pode ser bom negócio para o Oeste

Apesar da intervenção do Banco Central (BC), a cotação do dólar fechou o mês no maior nível em quatro anos. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,1412 para compra e R$ 2,1424 para venda, com alta de 1,36%. No mês de maio, a moeda norte-americana subiu 7,04%, a maior alta mensal desde setembro de 2011.

Boa notícia para quem ainda tem soja disponível para a venda. Má notícia para quem já “travou” toda a soja e agora vai comprar insumos com dólar em alta.

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Soja: custos de plantio caíram.

Um médio produtor da região (3.100 hec) afirmava ontem que, dentro da atual conjuntura de preços do mercado internacional, a soja terá este ano um dos menores custos/equivalência, cerca de 20 sacas por hectare. Nos últimos anos o plantio da soja chegou a alcançar  custos de até 45 sacas por hectare.

Outra boa perspectiva, segundo o mesmo produtor, é que a produtividade, tanto da soja como do milho, vem mantendo curva de crescimento constante, com a inclusão de novos cultivares. “No cultivo do milho, novos híbridos transgênicos apontam para produtividades média de 180 sacas por hectare, com picos de até 220 sacas, com boas condições de chuva”, diz o produtor.

Segundo o portal Notícias Agrícolas, a grande euforia de ontem no mercado da soja, foi substituída por um mau desempenho no pregão noturno de Chicago. Ontem, a soja foi comercializada por preços próximos a R$42,50 a saca de 60 kilos em Luís Eduardo Magalhães.