O Caudilhismo, justicialista e messiânico, ataca pregando a luta de classes.

Recebo uma mensagem do celular de número (77)9803-8625. Veja o texto:

“Boa tarde! De que lado você vai ficar? Na luta do povo contra a burguesia?

É David contra Golias.

A mensagem é emblemática. Os candidatos oposicionistas pregam, sem pejo, uma luta de classes que de fato não existe em Luís Eduardo Magalhães e mesmo no restante do Oeste da Bahia. Mesmo porque todos os candidatos pertencem a uma classe privilegiada, que estudou em bons colégios, graduou-se na universidade, buscando o preparo para a sua vida privada e até para enfrentar os desafios da vida pública.

O que não deve e não pode acontecer é a desfaçatez de se auto-incorporar na função de paladino dos pobres com olho gordo em cargos públicos. Os partidários da Oposição, buscando recuperar eleitores perdidos nas camadas mais humildes da população, também estão usando todo meio de comunicação viável para defender um diferenciamento social entre ricos e pobres, entre pretos e brancos, entre sulistas e nordestinos.

É a volta do caudilhismo em todas as suas características, o coronelismo defensor do voto de curral, justicialista em sua face mais abjeta, messiânico e oportunista. Mais que isso: fariseu, pois entrega a esmola com uma mão e exige a fidelidade canina com a outra.

O povo, decantado em prosa e verso por estes paladinos, sabe no entanto, que obrigação de quem tem o poder é gerir os recursos públicos em prol de toda a comunidade. É fazer com que todos tenham escola, saúde, segurança e infraestrutura urbana adequada. E que ela não seja distribuída, a conta-gotas, na forma de passagens interurbanas, vales internação hospitalar, vales esquife mortuário, cestas básicas e material de construção.

O povo, creiam ou não os políticos, já não se engana tão facilmente. E não está disposto a ser conduzido por messias de ocasião. 

Prefeito de Morpará repudia manipulação política da saúde em Barreiras.

O prefeito Sirley Novaes Barreto, prefeito de Morpará, emitiu hoje carta pública repudiando a manipulação política da saúde em Barreiras, mais especificamente no Hospital do Oeste, onde os afilhados de políticos tem prioridade absoluta no atendimento. É um verdadeiro caso de polícia, pois atender um cidadão, portador de um bilhetinho de político,  em prejuízo de outros que esperam há mais tempo na fila, não deixa de ser um crime previsto em lei: 

Repúdio à prática eleitoreira na pactuação da saúde em Barreiras

Já não bastassem as agruras vividas pelo povo de Morpará, por conta da irresponsabilidade dos maus governantes do município ao longo dos anos e a não presença, de fato, do Estado em seus 47 anos de vida administrativa, a sensação de discriminação, abandono e descaso volta a assustar; justamente no momento em que se comemora a construção de um novo momento da política baiana, onde a igualdade, o social e o respeito são extensivos para todos.

A esperança e a confiança nas grandes mudanças em relação às ações do Estado estão ameaçadas em razão das práticas condenáveis do uso da máquina pública para fins eleitoreiros.
Por ser um município pequeno (menos de 9 mil habitantes) e como foi dito anteriormente, relegado e literalmente surrupiado pelos seus administradores, Morpará vem enfrentando os mais diversos problemas imagináveis para um município de pequeno porte e de uma história tão sofrida. A bravura do seu povo se contrasta com os freqüentes atos inescrupulosos daqueles que poderiam amenizar seu sofrimento.

A forma como tem sido tratados nossos conterrâneos que precisam de atendimento médico e ambulatorial no município de Barreiras, onde fazemos parte da pactuação da saúde, com cotas de exames e internações hospitalares garantidas a partir de convênio entre os município e o Estado, tem sido tornado em mais um grande problema. Além de não está sendo cumprido o acordo, o que seria de direito para a população tem sido usado para fins eleitoreiros. Tal despautério faz parte do dia-a-dia nas unidades de saúde daquele município, onde “assessores” de pré-candidatos a deputado estadual e federal ficam de plantão oferecendo agilidades nas marcações de consultas e exames em troca da garantia de voto.

Por entender que o acesso a saúde é um direito de todos e que a vida é mais importante que qualquer disputa eleitoral, repudiamos a maneira que os morparaenses e outros cidadãos que passam pelo mesmo constrangimento e imposições estão sendo tratados.

Esperamos uma atitude do Governo da Bahia no sentido de abolir esta abusiva prática eleitoreira e que se faça uma investigação para punir os que utilizam desta, que acreditamos já ter sido superada, forma coronelista de se fazer política.

Queremos que o Estado garanta o acesso a saúde e a melhora na cobertura e a qualidade do atendimento sem interferências alheias.

Sirley Novaes Barreto – Prefeito Municipal

Veja como O Expresso tem acompanhado a crise no Hospital do Oeste clicando aqui e aqui.

Governo Lula arrecadou R$5,4 trilhões.

A arrecadação de impostos bate o recorde no ano passado, atingindo R$ 826,05 bilhões. Volume de recolhimento no governo Lula foi 63,6% maior do que nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso. Os oito anos de governo Lula deixaram um extenso legado econômico e social, mas custaram aos contribuintes e às empresas brasileiras 63,6% a mais do que os dois mandatos de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. A arrecadação de impostos federais acumulou desde 2003 o equivalente a R$ 5,4 trilhões, corrigidos pela inflação do período, enquanto, entre 1995 e 2002, a carga somou um volume que, hoje, valeria R$ 3,3 trilhões. O apetite voraz resultou, no ano passado, no recolhimento recorde de R$ 826,065 bilhões, avanço de 9,85% sobre o obtido em 2009 — somente em dezembro, os cofres públicos foram engordados em R$ 90,882 bilhões. As informações são do portal do Instituto de Gestão Pública e Relações Internacionais (IGEPRI), organização civil de direito privado, onde se pode ler o artigo na íntegra.

Sequestrar da economia do País essa importância absurda pode significar um excelente projeto de poder, com base na banalização do messianismo oficial. Por outro lado, os baixos investimentos em infraestrutura e na educação são o óbice maior ao efetivo desenvolvimento econômico e social do País.