Milho do Oeste terá parcela significativa de exportação

Dentro de alguns dias, os primeiros navios carregados com milho produzido no Oeste da Bahia devem deixar o Porto de Ilhéus rumo ao mercado internacional. Será a primeira vez que o cerrado baiano, polo abastecedor de milho para o mercado interno, principalmente para o Nordeste, exportará o excedente da produção. As operações com as tradings foram articuladas através da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), que vê na exportação uma maneira de sustentar os preços ao produtor, na medida em que tira o excedente do mercado interno.

Nos últimos anos, os produtores do cerrado baiano tiveram sérios problemas de remuneração, pois os preços do milho estavam sempre abaixo do preço mínimo estipulado pelo Governo Federal. A situação resultou em uma retração da área plantada, considerada pela Aiba e técnicos, prejudicial, já que a rotação de culturas, sistema que depende da participação do milho na matriz, é essencial para a sustentabilidade econômica e ambiental da região.

Nesta safra, a área plantada com milho no Oeste da Bahia cresceu 60%, impulsionada pelo preço da commodity que subiu, depois de anos de depreciação contínua. Com a boa safra no Brasil, que teve incremento de 15%, o produtor teme que os preços caiam abaixo do mínimo, que é de R$20,10 para esta safra. A exportação, segundo a Aiba, se tornou uma opção para evitar o problema. “Com os preços da commodity em alta no mercado internacional e o cambio favorável para a exportação, os primeiros embarques já estão balizando os preços no mercado doméstico”, explica o presidente da Aiba, Walter Horita.

De acordo com o assessor de Agronegócios da Aiba, Jonatas Brito, pelo menos quatro navios já foram negociados e um quinto está em fase final de tratativas. Esses primeiros lotes foram formados através de um pool de produtores coordenado pela Associação. O Oeste já tem tradição em exportar a soja e o algodão, cuja produção é 50%, em média, destinada ao mercado internacional. A longo prazo, acredita o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, uma situação semelhante a esta pode acontecer com o milho “O Nordeste que era deficitário, hoje é autossuficiente na produção,  agora começa a incorporar tecnologias, ganhando consequentemente mais produtividade. A região Oeste da Bahia é líder nacional em produtividade de milho. Enquanto no mundo se produz, em média, 86 sacas por hectare de milho, no Oeste colhem-se 155 sacas por hectare. Gera-se um excedente que, se exportado, mantem os preços em patamares sustentáveis, e estimula o produtor a plantar mais”, explica Sérgio Pitt. Outro fator importante para incrementar o plantio foi a entrada da China como compradora no mercado internacional de milho nas duas últimas safras.

Brasil descobre a roda fazendo álcool de milho.

Em pronunciamento nesta segunda-feira (2), o senador Blairo Maggi (PR-MT) comemorou experiência realizada no estado de Mato Grosso para adaptar uma usina de cana de açúcar à fabricação de etanol a partir de milho. A ideia é usar o cereal, principal matéria-prima do etanol nos Estados Unidos, para fabricar combustível nos períodos de entressafra da cana.
 
– Gostaria de comunicar a todos que nos assistem e aos senadores e até fazer um convite para uma visita a essa usina que se denominou de usina flex.
 
Para o senador, o milho produzido nas regiões Norte e Centro-Oeste não tem competitividade para exportação, a não ser quando os mercados estão muitos favoráveis, motivo pelo qual se justificaria o uso para a produção de etanol.
 
Blairo explicou que serão feitos mais testes para conhecer a eficiência real da adaptação das usinas antes de expandir a experiência ao restante do estado e do Brasil.
Pontos a ponderar:
1) Os norte-americanos gastam mais de 100 milhões de toneladas de milho para fazer álcool automotivo, há muito tempo, com resultados positivos.
2) O milho é importante na cadeia produtiva da soja, promovendo a recuperação do solo e a rotação, formando palhadas para o plantio direto, evitando pragas de solo como os nematóides. Sem o milho, o monocultivo da soja não tem futuro.
3) Em 2011, o país importou 1 bilhão e 100 milhões de litros de etanol de milho dos EUA, um aumento de 1.384,8% em relação a 2010.
4) O País precisa de álcool para manter a bicicleta da flexibilidade em combustíveis andando. E precisa também de no mínimo mais 100 usinas de álcool, o que significaria mais 5 milhões de hectares de cana. Não tendo cana, nem usinas, é interessante utilizar a capacidade ociosa.

Cotações do milho e da soja caem após anúncio do USDA.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou nesta quinta-feira seu relatório mensal de oferta e demanda. O boletim, que é o primeiro de 2012, trouxe estimativas maiores para os estoques de soja dos Estados Unidos e também para a produção da oleaginosa no país. 
Para a soja, o departamento estima uma safra de 83,17 milhões de toneladas ante as 82,9 milhões de toneladas estimadas em dezembro. O aumento foi de 0,33%.
Os estoques finais foram projetados em 7,48 milhões de toneladas, volume bem acima do estimado em dezembro de 6,26 milhões de toneladas. Nesse caso, o incremento foi de 19,57%. 
O USDA também aumentou sua projeção para o rendimento das lavouras norte-americanas de soja de 46,29 para 46,51 milhões de sacas por hectare. 
Por outro lado, o departamento reportou um declínio na estimativa para a as exportações de soja de 1,92%, passando de 35,38 milhões de toneladas – estimadas em dezembro – para 34,70 milhões de toneladas. 

Milho – Para o milho, o departamento norte-americano trouxe estimativas de produção maior e estoques finais menores nos Estados Unidos. 
A projeção para a safra subiu de 312,69 milhões de toneladas para 313,91 milhões, registrando um aumento de 0,39%. 
Sobre os estoques finais do cereal, o USDA reportou as reservas em 21,54 milhões de toneladas ante as 21,49 milhões estimadas em dezembro. O declínio, neste caso, é de 0,24%. 
Sobre as exportações, porém, o relatório trouxe um aumento de 3,12%. A estimativa para as vendas passou de 40,64 milhões de toneladas, em dezembro, para 41,91 milhões de toneladas. 

Fonte: Notícias Agrícolas/ Carla Mendes.

Depois do anúncio do USDA, a soja e o milho tiveram perdas na cotação de Chicago. No mercado interno, chegaram a cair até 2%.

Seca no Cone Sul poderá dar sustentação aos preços internacionais.

A seca no Rio Grande do Sul fez 42 municípios decretarem estado de emergência e o número de vítimas da estiagem chega a 248.423. Em Santa Catarina, 42 cidades estão em estado de emergência e 357.887 pessoas foram afetadas pela falta de chuvas. Os dados são da Defesa Civil dos dois estados do Sul.

De acordo com a Defesa Civil gaúcha, o município mais prejudicado é Frederico Westphalen, que tem 29.003 pessoas afetadas pela seca. Parte do estado está sem chuva desde novembro de 2011 e estão sendo distribuídas cestas básicas e água para os moradores de várias cidades. Os agricultores prejudicados podem solicitar indenização para o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

O Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram) informou que a seca no estado deve permanecer até fevereiro. O município de Chapecó tem 183.530 pessoas sem água. A região próxima à divisa com o Rio Grande do Sul é a mais afetada do estado. Cerca de 40% da produção agrícola foi prejudicada, segundo dados oficiais.

A Defesa Civil de Santa Catarina em parceria com entidades que integram o Grupo de Ações Coordenadas determinou o atendimento imediato aos municípios, como o repasse de recursos e apoio para diminuir os danos. Da Agência Brasil.

A seca no Cone Sul pode ajudar na sustentabilidade dos preços dos grãos, que ontem experimentaram fortes oscilações positivas e negativas em Chicago. Num ano em que o crescimento chinês é uma incógnita, uma super produção poderia comprometer seriamente os preços internacionais. Argentina, Paraguai, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná ultrapassam facilmente a barreira dos 100 milhões de toneladas.

Plantio do milho crescerá 37% no Oeste baiano.

Com estoques baixos, quebra de safra em estados vizinhos e preços competitivos no mercado nacional e externo, omilho torna-se mais atrativo para os produtores do Cerrado baiano e ganhou mais espaço na matriz produtiva do oeste do estado na safra 2011/2012. 
A área plantada com o cereal crescerá 37%, saindo de 153 mil hectares em 2010/2011, para 210 mil hectares em 2011/2012, segundo dados divulgado pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) nesta terça-feira (1/11). A produtividade esperada para o grão é de 150 sacas por hectare, com produção estimada de 1,98 milhão de toneladas. 
O crescimento da área plantada com o milho atende à recomendação técnica para a utilização do cereal na rotação de culturas, proporcionando maior sustentabilidade ao modelo agrícola do oeste da Bahia. 
A participação do milho na matriz baiana chegou a níveis críticos, abaixo de 10%, enquanto em nível nacional, a cultura ocupa mais de 20% de toda a área cultivada. De 2008/2009 a 2010/2011, o cereal acumulou perda de área de 15%. Do Globo Rural.

Nas últimas duas semanas, o plantio de milho foi intenso, principalmente naquelas áreas em que aconteceram chuvas mais amiúdes. Segundo informações da revista e do portal do Globo Rural, com base em dados da AIBA, a produção deve beirar 2 milhões de toneladas. Uma expectativa de produção de 55 milhões de toneladas em todo o País pode ser conservadora, se atentarmos para o fato que  este ano se produziu 56,1 milhões de toneladas.

Os preços praticados em Luís Eduardo Magalhães giram em torno de R$24,00 a saca de 60 quilos.

Soja e milho encontram alta na forte onda de calor nos Estados Unidos.

As condições de clima desfavorável nos Estados Unidos continua ditando o ritmo do mercado de grãos na Bolsa de Chicago. Nesta terça-feira, após as baixas de ontem, o mercado avança e fechou o pregão noturno com altas de dois dígitos tanto para soja, quanto para o milho e para o trigo – o qual registrou variação positiva de mais de 20 cents. 
A previsão é de que o calor excessivo se estenda para as próximas semanas e até mesmo para o mês seguinte, período determinante para a produtividade da soja. Além dos Estados Unidos, o clima na Europa também preocupa, uma vez que há a previsão de tempestades para importantes regiões produtoras, o que dá suporte, principalmente ao mercado do trigo. 
Além disso, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou nesta segunda-feira (18) mais um relatório semanal de acompanhamento de safra informando que caiu o índice de lavouras de soja e milho em boas ou excelentes condições nos EUA. 
Segundo o departamento, 66% das lavouras de milho estavam em boa ou excelente condição até domingo, 3% a menos do que na semana anterior. Na soja, 64% tinham a mesma classificação, ante 66% do último relatório. Da safra de trigo de primavera, 73% estavam em boas ou excelentes condições.
Esse declínio do índice reflete a onda de calor e a falta de umidade que atinge o Cinturão do Milho, principal região produtora dos Estados Unidos. Segundo analistas, o desenvolvimento das lavouras está atrasado e pode continuar assim caso o clima continue sem contribuir. 
Para Shawn Mc Cambridge, analista sênior de grãos da Jeffries Bache, de Chicago, “o mercado de milho deve encontrar suporte nesses sinais de estresse das 
lavouras”. De Carla Mendes, do Notícias Agrícolas.

Em Luís Eduardo Magalhães e Barreiras, a soja foi comercializada hoje entre R$42 e R$43 a saca de 60 quilos, segundo o Sindicato Rural e a AIBA. A onda de calor nos Estados Unidos é tão forte que dezenas de pessoas já morreram em consequência do fenômeno. Só nos últimos 30 dias foram batidos 300 recordes históricos de altas temperaturas.

Soja cai mais um dia. Mas o viés é de alta.

Segundo o portal Notícias Agrícolas, as chuvas que ocorreram no último final de semana na Argentina atingiram apenas 40% das áreas de lavouras de soja, fazendo avançar 10% do plantio e faltam ainda 30% de área para semear. Previsão de chuvas para o próximo final de semana aos argentinos deve ser novamente mal distribuídas.

Da Argentina, o analista de mercado da AgriPAC, Pablo Adreani, afirma que as lavouras de soja precisam de chuvas regulares até os próximo 10 dias para que consigam recuperar o atraso do plantio e assim não sofrerem maiores perdas.

De olho no risco climático na América do Sul, as cotações da oleaginosa tendem a se sustentar no curto prazo, até as próximas quatro semanas, num cenário altista já que a demanda por grãos vinda principalmente da China continua muito forte no mercado internacional.

Ao longo da BR-020, no Oeste baiano, as lavouras de soja estão em processo vegetativo vigoroso, com chuvas espaçadas, mas regulares, atendendo à velha máxima de que bom é “água no pé e sol na cabeça”. Com insolação forte, a soja cresce mais rápida e livre de doenças fúngicas. Apenas em áreas localizadas, o milho mostra alguma deficiência hídrica. As lavouras de algodão já caminham para a conclusão do plantio e esse regime de chuvas mais espaçadas pode ser também muito bom para a cultura.

Preços em alta

A relação produção/consumo de milho nos Estados Unidos deve ficar pendurada em alguma coisa próxima de 6%. Isso significa que não serão conseguidos estoques estratégicos de relevância. No Brasil, a redução do plantio é grande e as cotações continuam subindo. Depois de vender por preços simbólicos o seu produto – cerca de 9 reais a saca de 60 quilos – os produtores abandonam o cultivo do cereal, deixando sua decisão de plantio para a safrinha. Sei não, mas acabou um ciclo de comida muito barata no País. Carne, feijão, trigo, frango e arroz devem ter preços bastante alterados nos próximos meses.

Nada consegue salvar o milho do Mato Grosso.

Nem leilões do Governo, nem novos armazens, nada consegue dar destino à grande safra de milho no Mato Grosso. Os dirigentes da classe de produtores, como Glauber Silveira da APROSOJA, estão estudando viabilidade técnica para transformar usinas de biodiesel em usinas de etanol de milho. Se nada for feito, a próxima estação de chuvas vai encontrar grandes quantidades do cereal armazenadas a céu aberto. Eta, Brasil velho, sem porteira!

Cotações de ontem: soja sobe um pouquinho. Estoques baixam.

O relatório trimestral de estoques físicos divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na manhã de ontem (30) apontou números abaixo do esperado pelo mercado.  A soja totalizou, em 1º de junho, 15,54 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 16,11 milhões de toneladas. O total apresenta uma redução de 4,19% em relação ao mesmo período de 2009.
Já os estoques de milho, também em 1º de junho, somaram 109,48 milhões de toneladas. A expectativa do mercado era de 117,4 milhões de toneladas. No ano passado, nessa mesma época, os volume armazenado totalizada 108,23 milhões, o que apresenta um incremento de 1,15% em 2010.
Ao contrário da soja e do milho, o trigo ficou com os estoques acima do que o mercado esperava (25,53 milhões de toneladas) e a armazenagem totalizou em 26,49 milhões de toneladas.

Uma nova aquisição de milho anunciada

O Governo Federal (MAPA/Conab) divulgou ontem (10) o aviso de Prêmio para o Escoamento de Milho em Grãos – PEP, nº 027/10, que vai ofertar para comercialização 150 mil toneladas de milho do Oeste da Bahia. É o segundo do ano a começar pela região, para o abastecimento do Nordeste do país, e vai contribuir para a diminuição dos altos estoques de passagem do cereal no cerrado baiano, cuja tendência é aumentar com a iminência de uma safra de 1,3 milhão de toneladas.

Com uma expectativa real de diminuição do estoque de passagem, estimado no início do ano em 450 mil toneladas, a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia – Aiba espera uma reação do mercado físico em breve.

O PEP Milho começando pelo Oeste da Bahia era uma reivindicação antiga da Aiba, que defende que os leilões obedeçam ao calendário agrícola. Como o Oeste começa a colher em fevereiro, e a maioria dos estados produtores colhe em junho, com os leilões começando no início do ano, criam-se condições para que o milho baiano chegue antes ao Nordeste, tornando o estado mais competitivo. “O Governo está entendendo que a regionalização dos seus programas de apoio à comercialização surte mais efeitos, e contribui para diminuir os desequilíbrios regionais”, afirma o  vice presidente da Aiba, Sérgio Pitt.

Serão ofertadas 150 mil toneladas do cereal em dois lotes. O lote 1 constará de 120 mil toneladas, com valores de prêmios de R$5,52 para o Nordeste, exceto Bahia, R$4,02 para Bahia e Norte de Minas Gerais, R$5,82 para o Espírito Santo e R$7,38 para a região Norte. Já no lote 2, serão 30 mil toneladas, com prêmios de R$ 4,02 para o Norte de Minas Gerais e de R$ 5,82 para o Espírito Santo.

Soja aponta para o alto em Chicago

A soja teve alta significativa em Chicago, hoje, praticamente recuperando perdas recentes. Em Luís Eduardo Magalhães e outros municípios o preço oscilou entre R$35,40 e R$38,00 a saca de 60 quilos, conforme condição de venda (balcão e disponível). Com os negócios do Programa de Equalização de Preços da CONAB, o milho recupera preços no mercado regional, com preços entre R$14,70 e R$17,00 a saca. As chuvas, que caíram generalizadas na região, são alento à produtividade.

Exportação de milho entra embalada em 2010

As exportações de milho do Brasil crescerão mais de 10% neste ano em relação a 2008, superando 7 milhões de toneladas, e começarão 2010 embaladas, disseram fontes do mercado nesta segunda-feira.

Até meados deste mês, o Brasil havia exportado em dezembro 635 mil toneladas, segundo traders. Isso resulta em um volume exportado no acumulado do ano de 7,13 milhões de toneladas, contra 6,36 milhões de toneladas entre janeiro e dezembro do ano passado.

As exportações em 2009 foram fortemente baseadas nos programas de subvenção ao frete interno promovidos pelo governo.Se dependessem apenas das condições de mercado, com um câmbio desfavorável em boa parte da temporada, as vendas externas estariam praticamente inviabilizadas, observaram as fontes. As informações são do jornal Brasil Econômico.