É verdade este bilete: Polícia do RJ diz que médicos foram executados por engano.

Todos os jornais e sites de direita estão confirmando a versão da Polícia Civil, tão conveniente. A localização do “miliciano” teria sido identificada, a ordem de execução expedida e cumprida. Depois do crime, teriam identificado o erro e, por seu turno, executado os executores.

Que complicado, não é? No meu tempo, isso aí chamava-se queima de arquivo, como foi praticado com Bebbiano, Adriano da Nóbrega e, mais bonzinhos, com o autor da fakeada, Adriano Bispo, tornado incomunicável e com o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, que sumiu, ninguém sabe, ninguém viu. Sem esquecer do assassinato de Marielle e de seu assessor Anderson.

Olha o que diz a Folha:

A Delegacia de Homicídios apura se os criminosos que assassinaram a tiros três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, foram mortos no interior do Complexo da Penha, zona norte da cidade, na manhã desta quinta (5).

A informação foi confirmada pela reportagem com investigadores que atuam no caso. A ordem para matar os médicos no quiosque teria partido de Phillip Motta Pereira, o Lesk, responsável pela narcomilícia da Gardênia Azul, zona oeste da cidade, segundo informações de investigadores.

A motivação seria uma vingança pela morte de outro miliciano. Com o erro constatado e a repercussão, os traficantes teriam feito um “tribunal do tráfico”. Doca teria ordenado a morte de todos, inclusive do líder da narcomilícia, e avisado à polícia por intermédio de informantes, de acordo com informações de investigadores.

Wassef, o advogado dos graúdos, promete jogar merda no ventilador.

O agitado Frederick Wassef, antes defensor de Flávio Bolsonaro e ainda advogado de Jair Bolsonaro, pretende conceder uma entrevista à TV para falar sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, conhecido como ‘Capitão Adriano’,  executado pela polícia da Bahia dentro do sítio de um político do PSL.

“Vou explodir todo mundo em rede nacional, ao vivo. Poderosos políticos do Rio mandaram assassinar o Adriano. Tenho provas. Os mesmos que executaram o Adriano iriam executar o Fabrício Queiroz”, declarou Wassef, de acordo com interlocutores.

A informação é da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.

O advogado informou que ainda trabalha com Bolsonaro. “Tenho seis procurações assinadas, tudo o que fiz foi autorizado por ele. Sou advogado do presidente, sim”, afirmou.

Wassef revela também, através de diálogos com interlocutores, que falou com Bolsonaro no dia da prisão de Queiroz. “Não preciso mandar recado. Se eu quiser, ligo agora no celular e ele me atende”, afirmou o advogado, para mostrar que sua proximidade com Bolsonaro.

“Não dá para negar uma história que está registrada com tantas fotos e filmes. Fora aqueles que eu tenho comigo e que ninguém nem sonha e nem imagina. Está tudo guardado a sete chaves e mesmo se a bandidagem do Rio quiser fazer busca e apreensão não vai encontrar nada”, conclui Wassef.

Editado pelo 247

Como não ser um miliciano apesar das contundentes aparências

Enquanto isso, no Condomínio Vivendas da Barra, também hoje conhecido como Morrendas da Barra, uma voz solitária exclama aos deuses:

“O Cara não pode ter amigo miliciano, motorista miliciano, funcionária mulher e filha de miliciano, homenagear miliciano, ter troscentas fotos abraçando miliciano, ir na pescaria com miliciano, ter vizinho miliciano, que todo mundo fica dizendo: nossa, é miliciano”

A frase é de um internauta no twitter conhecido como “meritogracinha”.

Outro ponto importante, piadas à parte: não adianta ficar pedindo delação premiada e investigando sobre o crime de mando. Isso poderia ser muito ruim para a saúde dos milicianos presos hoje e o Hospital Albert Einstein não está aberto para todos os milicianos. Só para os mais chegados.