Ao assumir Agricultura, Fávaro cita conciliação e sustentabilidade.

Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Carlos Fávaro

Foto de José Cruz – Conteúdo da Agência Brasil

Transmissão do cargo ocorreu hoje, na Embrapa

O ministro recém-empossado da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, assumiu hoje (2) a pasta com um discurso de conciliação com o agronegócio, mas conclamando as lideranças do setor a se engajarem no combate à fome e na proteção ao meio ambiente.

“Quantos brasileiros não puderam almoçar hoje? Esse é o grande desafio desse novo governo”, afirmou Fávaro no início da cerimônia de transmissão de cargo, ainda antes de cumprimentar os presentes. Ele afirmou que o momento é de união em prol desse objetivo, “independente do que passou”.

Fávaro disse ainda que uma de suas maiores missões é “pacificar o agronegócio” com lideranças que queiram o bem da agropecuária, do produtor rural, da população e que queiram combater a fome. Segundo o novo ministro ainda há brasileiros que lutam para ter três refeições por dia.

A fala de Fávaro faz um aceno às lideranças do agronegócio que fizeram oposição à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apoiar seu adversário, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que não conseguiu se reeleger. O novo ministro é produtor de soja e já foi vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil.

Ainda em tom conciliatório, Fávaro elogiou as gestões de todos os seus antecessores desde 2002, incluindo os ministros que ocuparam a pasta no governo Bolsonaro – Tereza Cristina e Marcos Montes –, citando ambos nominalmente.

Contudo, ele não poupou críticas a outras áreas da administração anterior, como por exemplo a preservação do meio ambiente e o aumento do desmatamento observado nos últimos anos.

“O Brasil se tornou pária mundial no que diz respeito ao desmatamento, ao meio ambiente, à condição de produzir com sustentabilidade. Esse é o maior desafio, reconstruir pontes com a comunidade internacional. Não porque eles querem, mas porque se faz necessário”, disse Fávaro.

O ministro acrescentou que uma de suas providências nesse sentido será a valorização da ciência e a recuperação de pastagens degradadas, que segundo dados citados por ele corresponderiam a cerca de 40 milhões de hectares. Com isso, seria possível aumentar a área de cultivo sem incremento no desmatamento, disse.

“Isso não será uma retórica ou simples discurso. Nós iremos abrir a porta para o crescimento sustentável da produção brasileira”, afirmou Fávaro antes de encerrar seu discurso, que ocorreu no auditório da Embrapa, empresa pública de pesquisas na área agropecuária que o novo governo promete fortalecer.

Estiveram presentes na cerimônia diversos parlamentares ligados à produção rural e outras autoridades como o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é do Mato Grosso, mesmo estado onde Fávaro fez carreira política e pelo qual se elegeu senador, apesar de ter nascido no Paraná.

O ministro da Agricultura anterior, Marcos Montes, não compareceu à cerimônia de transmissão de cargo, tendo sido representado pelo ex-secretário-executivo da pasta, Márcio Eli Almeida.

 

Área plantada com trigo na Bahia pode alcançar 20 mil hectares nos próximos anos. 

A tropicalização do trigo, que antes era produzido apenas na região Sul, é um exemplo claro da importância da pesquisa e da inovação na agropecuária

Com potencial de expansão da área plantada para pelo menos 20 mil hectares nos próximos anos com o uso de tecnologias de manejo e de variedades atuais, a triticultura no Oeste da Bahia pode contribuir na busca pela autossuficiência do Brasil no cereal.

Das cerca de 12,5 milhões de toneladas consumidas internamente, apenas 6,81 milhões de toneladas deverão ser produzidas no país em 2020, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O Oeste baiano faz parte do Matopiba, grande fronteira agrícola nacional da atualidade que integra o Cerrado do Maranhão, do Tocantins, do Piauí e da Bahia, sendo responsável por grande parte da produção nacional de grãos como soja e milho, e de fibras como o algodão.

Na região, o trigo é plantado em sistema irrigado, em rotação com a soja, o milho ou o algodão sob pivô, cultivos voltados à produção de sementes ou plumas, respectivamente. Nesses sistemas, o trigo atua quebrando ciclos de pragas e doenças, além de reduzir a infestação de plantas daninhas e de deixar, após a colheita, uma palhada de boa qualidade. Já o trigo em sistema de sequeiro, apesar de ser pontualmente testado por alguns produtores, praticamente não é cultivado devido ao maior risco representado pelos solos arenosos da região, que têm menor capacidade de retenção de água.

Estimativas da Conab apontam que a área plantada com trigo na Bahia neste ano – quase a totalidade na região Oeste – ainda é pequena, de cerca de 3 mil hectares, mas pesquisadores acreditam que possa alcançar rapidamente 20 mil hectares nos próximos anos.

A produção estimada para 2020 é de cerca de 17 mil toneladas, o equivalente a uma produtividade média de 5,66 ton/ha (ou 94,4 sc/ha), bem superior à média nacional de 2,9 ton/ha (ou 48,3 sc/ha) projetada para o ano. “Mas há produtores que chegam a produzir 7 ton/ha (116,6 sc/ha) seguindo as recomendações de manejo e plantando variedades mais modernas”, aponta o pesquisador Julio Albrecht, da Embrapa Cerrados (DF).

Ele lembra que a Embrapa atua com o trigo na região desde meados da década de 1980, com o plantio de ensaios de valor de cultivo e uso (VCU) em áreas de produtores. Exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os ensaios de VCU são realizados para comprovar, em condições de cultivo, o valor agronômico de linhagens candidatas a cultivares, segundo normas elaboradas pelo próprio Ministério.

A Embrapa tem atualmente conduzido e avaliado experimentos com novas variedades e linhagens de trigo na região. As variedades também são avaliadas pelos produtores em campos experimentais e lavouras comerciais, observando as recomendações de manejo prescritas pela pesquisa científica. “Na medida em que fomos lançando novas variedades, a área cultivada foi aumentando, sobretudo de 2005 para cá”, diz Albrecht.

As condições climáticas e geográficas favoráveis ao cultivo do trigo irrigado no Oeste baiano são semelhantes às do Brasil Central (Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais), local onde foram selecionadas as cultivares da Embrapa para o Bioma Cerrado. Temperaturas elevadas durante o dia e amenas à noite, dias com alta luminosidade e altitudes que variam de 600 a 1.000 metros são fatores que influenciam positivamente na produtividade e na qualidade industrial dos grãos, considerada uma das melhores do mundo.

As recomendações de plantio, de manejo e de controle de pragas e doenças da cultura para a região se assemelham às preconizadas para o Brasil Central, sendo também a brusone a doença mais recorrente. “Com os mesmos cuidados preventivos e recomendações, os produtores têm conseguido escapar da doença ou minimizar os seus efeitos”, afirma o pesquisador da Embrapa Cerrados.

Segundo Cleber Soares, diretor de Inovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a tropicalização do trigo, por meio do processo de inovação, é um exemplo claro da importância da pesquisa e da inovação na agropecuária.

“O trigo, que é uma cultura originalmente de clima temperado, que há décadas passadas era produzido quase exclusivamente na região Sul do Brasil, hoje graças à inovação agropecuária brasileira é possível cultivar no cerrado brasileiro, inclusive no Nordeste e em parte da região da caatinga. Isso mostra, a exemplo de outras culturas como a soja, que com inovação é possível expandir a produção agropecuária e, sobretudo, ofertar mais alimento na mesa do consumidor e do cidadão brasileiro”, diz o diretor, lembrando a recente colheita de trigo no estado do Ceará.

Para Soares, a expansão do cultivo poderá tornar o Brasil um grande produtor mundial de trigo. “A nossa perspectiva é de que, com o avanço do trigo tropical na região do Cerrado e no Nordeste Brasileiro, esperamos em um horizonte de tempo de curto prazo, quem sabe até em dois anos deixarmos de importar trigo e, por que não, pensarmos até em exportar trigo para o mundo”, afirma o diretor do Mapa.

Celso Moretti, presidente da Embrapa, diz que, depois de “tropicalizar” diversos tipos de plantas e animais nas últimas décadas, o Brasil agora trabalha para a “tropicalização” do trigo. “Estamos trazendo trigo para os trópicos. No entorno do DF, já temos trigo de alta qualidade. E tivemos a satisfação da primeira colheita no Ceará”.

Opção para o produtor 

Osvino Fábio Ricardi, proprietário da Fazenda Savana, em Riachão das Neves (BA), acredita no aumento da área plantada de trigo no Oeste da Bahia nos próximos anos. “A tendência é de aumento porque a área com agricultura irrigada está aumentando e o trigo é uma opção para a rotação de culturas. Não é a cultura mais rentável, mas é rápida e tranquila”, afirma, destacando a qualidade do grão colhido na região, que tem peso do hectolitro (PH)* variando de 82 a 85, o que indica boa qualidade.

Em 2020, foram plantados 1.625 hectares de trigo na propriedade. “Este ano, a realidade climática foi mais favorável”, observa. A expectativa do produtor é colher 6 ton/ha (ou 100 sc/ha) na atual safra, superando as 5,8 ton/ha (ou 96,66 sc/ha) obtidas em 2019.

Para o próximo ano, ele espera plantar entre 800 e 1.200 hectares, conforme o planejamento de rotação de culturas estabelecido pela fazenda. “Muitos produtores tiveram sucesso este ano e há o interesse em continuar plantando”, comenta, lembrando que, como o ciclo da cultura na região varia de 90 a 110 dias, o rendimento médio fica em torno de 1 sc/ha/dia.

Consultor em trigo na fazenda, o engenheiro agrônomo Pedro Matana Jr. conta que o primeiro plantio do cereal na propriedade ocorreu na safra de 2010, em uma área de algodão com soja e milho em rotação sob pivô de irrigação. Ele explica que a opção por plantar trigo na área, que apresentava boa fertilidade, se deveu à presença de nematoides. “Avaliamos táticas de controle químico e biológico e decidimos colocar uma planta nova. Hoje, sabemos que o trigo tem baixo fator de reprodução de nematoides, de acordo com avaliações”, diz.

Ele lembra que a elevada produtividade média obtida naquele ano, de 7,5 ton/ha (ou 125 sc/ha), estimulou vizinhos a plantarem o trigo nas safras seguintes. “Nós mesmos não continuamos plantando porque o preço do algodão ficou mais atrativo, mas ficamos com a boa lembrança do trigo”.

Tanto que, em 2015, a fazenda voltou a plantar o cereal, realizando, inclusive, um dia de campo para demonstrar a viabilidade na região. Segundo Matana, diversos produtores passaram a cultivá-lo, mesmo que em áreas pequenas e não em todos anos. “O maior estímulo não é o financeiro. Geralmente, são grandes produtores com algum problema agronômico, já que o trigo, no mínimo, aumenta a diversidade de plantas na área. E outros ainda não ocultivam porque ainda não há moinhos em operação na região”, explica.

O consultor, que também visita trigais em outras propriedades da região, observa que nem todos os produtores foram bem sucedidos com a cultura, por terem tomado decisões de manejo de forma reativa, sem planejamento. Por isso, ele atenta para a necessidade de compreensão das especificidades de manejo da cultura para o Cerrado baiano. “Muitos produtores conhecem o trigo do Sul, mas ainda não entenderam que aqui tanto a estratégia de manejo como as ameaças são diferentes. Você trabalha com outra adubação, outra população de plantas, regulador de crescimento etc.”, explica.

Ao longo dos últimos 10 anos, o consultor tem observado que, se por um lado há uma sazonalidade de produtividade na região, por outro há a segurança de se produzir um trigo de qualidade pão ou melhorador. “Podemos colher, na média, o mesmo que no Sul do País, mas tudo de grãos melhoradores”.

Matana ressalta a quebra do paradigma de que o trigo seria uma cultura exclusiva de clima frio, citando a primeira colheita de trigo no Ceará este ano, em experimentos conduzidos pela Embrapa. A produtividade média foi de 3,6 ton/ha (ou 60 sc/ha), considerada surpreendente pelos pesquisadores. Nesse sentido, ele aposta no potencial de expansão da cultura no Nordeste, como a região central da Bahia e o Piauí. “É uma fronteira que está aberta e tem que ser explorada”.

Cultivar mais plantada

A cultivar de trigo BRS 264 da Embrapa é a mais plantada pelos produtores da região, que também têm testado a cultivar BRS 394. Enquanto alguns produtores avaliam esses e outros materiais em parcelas piloto, outros já realizam plantios em escala comercial. “A BRS 264 se sobressai pela precocidade, pela qualidade e pela produtividade, com lavouras comerciais produzindo 6 ton/ha (ou 100 sc/ha). Além disso, é a mais demandada pelos próprios moinhos”, diz Albrecht.

A Fazenda Savana utiliza cultivares de diferentes empresas, incluindo a BRS 264, que este ano ocupa 250 hectares da área com trigo. “Ela tem um ciclo mais precoce e é produtiva, sendo um trigo melhorador”, diz Ricardi. “A grande maioria dos triticultores planta a cultivar porque ela está sob medida para a região e atende à demanda dos moinhos quanto à qualidade de farinha exigida pelo consumidor. Aqui, ela consegue produzir um grão melhorador e branqueador (de farinha)”, completa Matana.

O consultor diz que a cultivar apresenta, no campo, um elevado potencial produtivo – média de 6 ton/ha (ou 100 sc/ha), tendo sido colhidas 7,62 ton/ha (ou 127 sc/ha) em uma área de 80 hectares em 2010 na Fazenda Savana –, além de estabilidade entre as safras e ampla adaptação em solos arenosos (como é o caso da região) bem manejados. Já o ponto fraco, que é a suscetibilidade à brusone, deve ser mitigado com estratégias de manejo.

Gargalo 

O principal limitante à produção do trigo no Oeste baiano é a comercialização, já que os moinhos mais próximos de Luís Eduardo Magalhães, um dos municípios produtores do cereal na região, estão no Distrito Federal, a 550 km, e em Salvador, a 960 km, o que encarece o frete. Por isso, os grãos são comercializados para moinhos do DF, de Anápolis e Goiânia (GO) e de Estados do Nordeste. “Neste ano, houve moinhos de Maceió (AL) que buscaram trigo no Oeste da Bahia”, lembra o pesquisador Jorge Chagas, da Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS).

Mas a situação pode melhorar em breve. Um moinho está em construção em Luís Eduardo Magalhães e há empresas moageiras do Paraná, de São Paulo e de Salvador (BA) interessadas em atuar na região, uma vez que o preço do trigo importado tem aumentado em consequência a alta do dólar – atualmente, o trigo FOB (sigla para free on board ou “livre a bordo”) tem sido cotado a R$ 1.100/ton, em média.

Osvino Fábio Ricardi acredita que o estabelecimento do moinho pode estimular a cadeia do trigo na região.

“E como há uma previsão da redução da área plantada de algodão em pivô no ano que vem, abre-se espaço para culturas como milho, feijão e para o próprio trigo”, acrescenta Pedro Matana Jr.

Para o diretor de Abastecimento e Comercialização do Mapa, Sílvio Farnese, a localização dos grandes moinhos de trigo nos portos faz com que a logística de transporte seja mais onerosa que as importações, que entram no país de navio.

“Sem dúvida equacionando esses entraves, não só Oeste da Bahia, como os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal têm um grande potencial de produção. Porém, como existem poucas unidades de moinhos, há dificuldade de comercialização pelo produtor, sobretudo se a produção se elevar muito. Uma alternativa é a produção em contrato com os moinhos da região”, diz Farnese.

*Peso do hectolitro é a massa de 100 litros de trigo, expressa em Kg. É medida tradicional de comercialização em vários países e expressa indiretamente atributos de qualidade dos grãos, em especial os relacionados à moagem. Na determinação do peso do hectolitro, estão associadas várias características do grão, como a forma, a texturado tegumento, o tamanho, o peso, bem como as características extrínsecas ao material, como a presença de palha, de terra e de outras matérias estranhas.

Governo libera mais 51 agrotóxicos, totalizando 262 no ano

Utilizado no combate a insetos que atacam frutas e grãos – como a mosca branca e o psilídeo – o princípio ativo sulfoxaflor está em seis desses agrotóxicos.

Com a liberação de mais 51 agrotóxicos pelo Ministério da Agricultura nesta segunda-feira (22), chegou a 262 o número de produtos com o registro aprovado este ano, informa o G1.

Do total, sete são produtos formulados, ou seja, que podem ser adquiridos em lojas de insumos agrícolas.

Utilizado no combate a insetos que atacam frutas e grãos – como a mosca branca e o psilídeo – o princípio ativo sulfoxaflor está em seis desses agrotóxicos.

O sulfoxaflor é relacionado à diminuição de enxames de abelhas e ainda é estudado fora do país. Conforme o governo, o uso do produto no Brasil deverá seguir as orientações estabelecidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

Os agricultores precisarão seguir algumas normas, como evitar a aplicação em períodos de floração das culturas, o estabelecimento de dosagens máximas do produto e de distâncias mínimas de aplicação em relação à bordadura para a proteção de abelhas não-apis (aquelas sem ferrão). Do bahia.ba, com edição de O Expresso.

O uso indiscriminado de agrotóxicos, nem sempre obedecendo condições ideais de deriva (em caso de aviões), de dosagens e a resistência cada vez maior aos herbicidas com base no glifosato, estão causando problemas no entorno das grandes lavouras do Oeste. Estamos fazendo o levantamento da incidência exponencial de câncer de uma pequena cidade da Região e só depois voltaremos ao assunto.

 

Bahia debate zoneamento de riscos climáticos do cacau

Mapa vai publicar portaria detalhando o zoneamento para a cultura no oeste da Bahia

Celeiro produtivo de grãos e fibra, o Oeste da Bahia tem demonstrado vocação agrícola para outras culturas.

A região, que já lidera na produção de banana e é destaque na produção de mamão e frutas cítricas, desponta também como um polo promissor para o cultivo do cacau.

Algumas lavouras já foram implantadas por iniciativas voluntárias e os resultados surpreenderam, fazendo especialistas apostarem em novas áreas.

O tema foi pauta de reunião, em Salvador, entre representantes do setor produtivo e dos governos estadual e federal, que debateram o Zoneamento de Risco Climático (Zarc) para a cultura na região.

O secretário da Agricultura do Estado da Bahia, Lucas Teixeira, que conduziu o encontro, falou com entusiasmo da possibilidade de a Bahia voltar a retomar o primeiro lugar no ranking da produção de cacau, através de inclusão de áreas promissoras, como é o caso do Oeste baiano, que demonstrou possibilidade de alta produtividade.

Em sua opinião, o novo polo produtivo representa uma proposta de crescimento econômico para o Estado, mas, sobretudo, de desenvolvimento para os pequenos produtores nos vales dos rios perenes, pois a atividade gera emprego e renda às comunidades.

Durante as discussões ficou definido que, no Oeste da Bahia, será zoneado a produção com o uso da irrigação – o que representa uma reinvenção do cultivo em relação ao modelo adotado no passado, no Sul do Estado.

Além disso, as lavouras irrigadas devem alavancar a produtividade do fruto em terras do Oeste. A proposta prevê, ainda, novas técnicas de manejo e colheita, favorecidas pelas características locais.

A decisão deve ser oficializada através de portaria publicada, nos próximos dias, pelo Ministério da Agricultura (Mapa), detalhando o Zoneamento do cultivo do cacau para a região.

O diretor de Águas e Irrigação da Aiba, Cisino Lopes, que representou a entidade na reunião, vê com bons olhos a expansão da cultura na região, que além de clima favorável, a topografia facilita a colheita mecanizada.

“O Oeste já mostrou seu potencial agrícola com outras culturas e com o cacau não deverá ser diferente”, comentou.

Além da Aiba e Seagri, também participaram da reunião representantes do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras (SPRB), Faeb, Ceplac, Embrapa, Mapa, deputados estaduais e produtores de cacau.

Ministra da Agricultura diz que Bolsonaro perdoará dívidas do FUNRURAL

Uma das principais demandas do setor, o projeto que perdoa as dívidas de produtores com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) – contribuição previdenciária de produtores e empreendimentos rurais – está em estudo pelo governo de Jair Bolsonaro. Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o presidente “tem se posicionado a favor de fazer o perdão” dos débitos – o que teria impacto estimado em cerca de R$ 17 bilhões nas contas públicas.

— Existe um grupo estudando, porque tem que estar no orçamento (…) Não é uma decisão do Executivo sozinho. Precisa saber como pode ser feito, se é por medida provisória, e encaminhar ao Congresso. Aí é o congresso que precisa entender que é uma pauta importante do agronegócio brasileiro e votar a favor. E o presidente com certeza não vetará, se ele mandar a medida provisória é porque ele tem certeza que não acarretará na Lei de Responsabilidade Fiscal — disse, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (7).

De acordo com Tereza Cristina, inicialmente, a ideia é fazer uma nova prorrogação para a renegociação das dívidas para que esse estudo seja feito. O último prazo terminou em 31 de dezembro e não foi estendido pelo ex-presidente Michel Temer devido a “impedimentos legais”.

Uma das principais demandas do setor, o projeto que perdoa as dívidas de produtores com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) – contribuição previdenciária de produtores e empreendimentos rurais – está em estudo pelo governo de Jair Bolsonaro. Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o presidente “tem se posicionado a favor de fazer o perdão” dos débitos – o que teria impacto estimado em cerca de R$ 17 bilhões nas contas públicas.

— Existe um grupo estudando, porque tem que estar no orçamento (…) Não é uma decisão do Executivo sozinho. Precisa saber como pode ser feito, se é por medida provisória, e encaminhar ao Congresso. Aí é o congresso que precisa entender que é uma pauta importante do agronegócio brasileiro e votar a favor. E o presidente com certeza não vetará, se ele mandar a medida provisória é porque ele tem certeza que não acarretará na Lei de Responsabilidade Fiscal — disse, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (7).

De acordo com Tereza Cristina, inicialmente, a ideia é fazer uma nova prorrogação para a renegociação das dívidas para que esse estudo seja feito. O último prazo terminou em 31 de dezembro e não foi estendido pelo ex-presidente Michel Temer devido a “impedimentos legais”.

— O governo anterior não fez (a prorrogação) teve impedimentos legais para isso, porque entrava no mandato do novo presidente e então não pode ser prorrogado até 30 de março, o que era pedido pelo setor — explicou a ministra.

No início de dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou pedido de urgência na tramitação do projeto que trata do perdão das dívidas do Funrural. Com a decisão, o texto pode ser votado diretamente no plenário da Casa, sem passar pelas comissões permanentes.

O governo anterior não fez (a prorrogação) teve impedimentos legais para isso, porque entrava no mandato do novo presidente e então não pode ser prorrogado até 30 de março, o que era pedido pelo setor — explicou a ministra.

No início de dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou pedido de urgência na tramitação do projeto que trata do perdão das dívidas do Funrural. Com a decisão, o texto pode ser votado diretamente no plenário da Casa, sem passar pelas comissões permanentes. O texto é do portal Gaúcha/ZH.

O Presidente da República mantém um olho no gato e outro no peixe. Sabe que se negar o perdão do passivo do Funrural se indispõe com a bancada ruralista, amplamente majoritária na Câmara, com mais de 300 deputados na última legislatura.

 

Cortes de investimento e pouca oferta de crédito para o próximo Plano Safra preocupam produtores de algodão

O secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, antecipou o cenário para o próximo Plano Safra 2017/2018 em reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Mapa .

Orçamento restrito, devido à crise econômica, e perspectivas de cortes nos programas de subvenção ao seguro rural e de recursos para o Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), como contingenciamento atrelado à necessidade de cumprimento das metas pelo governo.

Estas foram algumas das sinalizações do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, em sua participação na última quarta-feira (29), da reunião ordinária de número 46 da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, na sede do Mapa, em Brasília.

Por outro lado, o secretário destacou uma tendência real de redução das taxas de juros para o Próximo Plano Safra, considerando que o Conselho Monetário Nacional aponta para uma redução progressiva de juros no país. Geller foi convidado a participar da sessão, na qual antecipou um panorama do próximo Plano Safra, previsto para ser lançado pelo Governo Federal até junho.

As notícias de “tempos difíceis” deixaram apreensivos os membros da Câmara, pois impactam, justamente, sobre alguns dos principais pleitos dos cotonicultores, representados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A Câmara congrega desde a produção agrícola até a indústria têxtil e de confecções.

Continue Lendo “Cortes de investimento e pouca oferta de crédito para o próximo Plano Safra preocupam produtores de algodão”

Ministério da Agricultura diz que normas técnicas de cultivo de 13 produtos vão baixar custo.

O Ministério da Agricultura está anunciando normas que, segundo seus técnicos, podem reduzir custo de produção agrícola em até 35%. A afirmação é no mínimo pretensiosa, ainda mais partindo do ministro Blairo Maggi, um agricultor experimentando. Com toda a tecnologia disponível, se os agricultores pudessem diminuir em 1/3 os seus custos certamente já o teriam feito. 

Segundo o pessoal do MAPA, produtores de arroz, trigo, amendoim, feijão, gengibre e mais oito culturas agrícolas poderão aderir, a partir de agora, a normas técnicas específicas para cada uma dessas culturas e aperfeiçoar os métodos de produção. Definidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com as cadeias produtivas e órgão de pesquisa e extensão, essas regras podem reduzir os custos em 35% a partir da racionalização no uso de insumos.

“Essas normas vão garantir que os nossos produtos sejam saudáveis, produzidos de forma sustentável, além da garantia de rastreabilidade. Isso é muito importante e já  praticado por países como os Estados Unidos e o Canadá”, disse o secretário executivo do ministério, Eumar Novacki.

As normas técnicas assinadas para as 13 culturas ficarão disponíveis no site do Ministério da Agricultura e também serão repassadas aos produtores interessados por meio de técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que darão assistência in loco.

Ministro autoriza compra do milho do Oeste através do PEPRO

Ministro ouve argumentos de Busato
Ministro ouve argumentos de Busato

Dois dias após visitar o Oeste da Bahia, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, autorizou a publicação, na última quinta-feira (21), de um aviso de leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural de Milho (Pepro), atendendo a uma solicitação da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). O leilão eletrônico será realizado na próxima quinta-feira, dia 28 de agosto.

Registrado sob o n124/2014, o leilão reunirá a produção de Milho da Bahia, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Piauí. O objetivo é a venda e o escoamento de 1,75 milhões de toneladas de Milho em grãos, safra 2013/2014 e 201.

O preço do milho em grãos, para fins de preenchimento do DCO, será de R$ 0,226/kg para o Estado do Mato Grosso, R$ 0,2945/kg para o Estado do Mato Grosso do Sul e para o Estado de Goiás e R$ 0,36/kg para o Oeste da Bahia, Sul do Maranhão e Sul do Piauí.

Rádio Prefeitura 1200x433 (1)

Agricultura: Ministro diz que proibição de herbicidas pode “banir” agricultura

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, disse nessa sexta-feira (28) em Mato Grosso que a suspensão de alguns tipos de agrotóxico, entre os quais o glifosato, pode “banir a agricultura brasileira”. A fala é uma referência às duas ações do Ministério Público Federal (MPF) que pedem a imediata suspensão de nove princípios ativos que compõem produtos usados no combate a pragas e plantas invasoras das lavouras.
“Se banirmos o glifosato vamos simplesmente banir a agricultura. Não tem como fazer a agricultura sem [o herbicida]”, declarou Geller, em Lucas do Rio Verde, durante participação no Show Safra, evento voltado ao agronegócio. Leia mais no G1.

hotelcolumbiadavi

gacea

banner_600x400

confiança

belavista

MAPA declara emergência fitossanitária também em Mato Grosso

O Ministério da Agricultura declarou estado de emergência fitossanitária também em Mato Grosso. A decisão, que autoriza o uso de agrotóxicos não aprovados no Brasil para combater a lagarta Helicoverpa armigera, foi publicada em uma portaria no “Diário Oficial da União” de ontem, com vigência de um ano.

A medida já tinha sido adotada em relação ao Oeste da Bahia, no último dia 4. A extensão do mesmo tratamento ao Mato Grosso pode mostrar uma nova tendência. Inicialmente, o decreto presidencial que autorizou o ministério a declarar situação de emergência previa que algumas regiões fossem atendidas. Agora, diversos Estados pleiteiam o mesmo tratamento e devem ser atendidos.

Com isso, o plano inicial do governo de combater uma praga exótica pode se transformar em um “descontrole” no uso de produtos não autorizados legalmente a serem utilizados no país. “Se continuar assim, em breve teremos todos os Estados em situação de emergência para combater diversas pragas, e o uso de produtos será feito de forma menos criteriosa”, disse uma fonte do Ministério da Agricultura. Do Valor Econômico.

 

Helicoverpa: declarada emergência fitossanitária no Oeste baiano

Menos de uma semana depois da articulação feita entre os produtores do Oeste baiano, governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura (Seagri) e Ministério da Agricultura (Mapa), através da Secretaria de Defesa Agropecuária, a presidente Dilma autorizou e o Mapa publicou portaria no Diário Oficial da União desta quarta-feira (6), declarando como emergência fitossanitária a situação do intensivo ataque da praga Helicoverpa zea em lavouras de algodão e soja na safra 2012/2013. A portaria nº 42, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa visa a implementação do plano de supressão da praga, e adoção de medidas emergenciais para as safras seguintes, até 2015, e conseqüentemente permitirá o registro de produtos agroquímicos específicos para as culturas do algodão e da soja.

O Brasil não possui defensivos específicos registrados para o combate a esse tipo de praga no algodão e na soja. A declaração de emergência permite a aceleração dos processos de registros de produtos agroquímicos, já em largo uso e eficiência comprovada em outros países, reduzindo o trâmite burocrático na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde; Ministério da Agricultura, e Ibama, do Ministério do Meio Ambiente, que normalmente pode demorar até três anos.

De acordo com o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV/SDA/Mapa), Cósam de Carvalho Coutinho, o produto Emamectina Benzoato, que está sendo solicitado o registro imediato, já havia sido autorizado pelo Ibama e pelo Mapa, faltando apenas a liberação da Anvisa. Segundo ele, já existem genéricos utilizados em outros países, com eficiência comprovada, o que fará com que o preço seja acessível ao produtor.

Líder formato outdoor

Continue Lendo “Helicoverpa: declarada emergência fitossanitária no Oeste baiano”

ADAB apreende 17 toneladas de produtos ilegais em Barreiras

A Coordenadoria Regional da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) em Barreiras intensificou as ações de fiscalização de trânsito de produtos na BR 242/020. Durante todo o mês de fevereiro médicos veterinários e fiscais estaduais agropecuários, em conjunto com a Polícia Rodoviária, estiveram na região de Barreiras para evitar que produtos clandestinos transitem pelo Estado, colocando em risco a agropecuária baiana. No total, a Agência retirou de circulação duas toneladas de carne, queijo e peixe impróprios para consumo.

Foram apreendidos 500 Kg de carne clandestina, 600 Kg de queijo sem selo de inspeção, com origem de Porangatu, município de Goiás, e 800 Kg de peixe transportados sem condições mínimas de higiene. Toda a carga estava sem inspeção sanitária e imprópria para consumo.

carne2

No dia de hoje, a ADAB apreendeu, em operação conjunta com o Ministério da Agricultura e PM, 15 toneladas de carne que estavam depositadas em estabelecimento do bairro Flamengo, em Barreiras, em péssimas condições de aramazenagem. Foto de Sigi Vilares.

cropped-faahf-campanha-robc3b3tica-920x1801.jpg

Irrigação: o Governo quer, mas não quer.

Matéria distribuída, hoje, pelo Ministério da Agricultura. Leia com atenção:

“As novas tecnologias de irrigação são ferramentas importantes para impulsionar a produtividade agrícola de pequenas, médias e grandes propriedades rurais. Atento a isso, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, determinou a implementação de uma política de irrigação para o campo. O objetivo é o aumento da produtividade e da produção de grãos e carne sem desmatamento.

Hoje, o Brasil tem uma área plantada de 68 milhões de hectares de grãos, frutas e fibras. Na pecuária, o espaço no campo é de 180 milhões de hectares. A execução da política de irrigação é para, justamente, tornar mais intensivo o uso dessas áreas, reduzindo a pressão por novos espaços.

Para atender essas demandas, o governo, por meio do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, já disponibiliza uma linha de financiamento para o incentivo à irrigação, com juro subsidiado e carência de três até 12 anos para pagamento. Além do crédito mais barato e das taxas que variam entre 5% e 5,5%, o Ministério garantiu no Plano Plurianual/2012-2015 recursos de R$ 4 bilhões.

Para o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, o uso da irrigação é um dos itens mais importantes para a modernização e o aumento da produtividade da agricultura brasileira. Segundo ele, a utilização dessa tecnologia permite o uso intensivo dos solos, reduzindo a pressão por abertura de novas áreas, além de qualificar a lavoura.

O crescimento das áreas irrigadas é apontado como um dos principais fatores que garantiram o suprimento de alimentos em décadas de explosão demográfica. Dados mostram que o setor agropecuário é o maior consumidor de água em todo planeta, correspondendo a 70% da água doce existente, enquanto o uso doméstico responde por aproximadamente 10%, sendo o restante consumido pela indústria.”

O que gostaríamos de saber é se o Ministro da Agricultura, em seus pesadelos mais conturbados, imagina como é complicado a outorga de água, na Bahia por exemplo.

Equipamentos caros e com alta carga tributária, energia cara e instável, licenciamento ambiental kafkiano. O Governo definitivamente não incentiva a irrigação.

Brasil, o país dos gargalos logísticos.

“O Brasil gasta hoje quatro vezes mais do que a Argentina e os Estados Unidos (no escoamento dos grãos para exportação). Isso significa que estamos jogando no ralo uma brutalidade de dinheiro porque não temos sistema portuário eficiente. A ferrovia Norte-Sul está pronta, pode chegar lá em cima com facilidade, e não estamos chegando por falta de porto. Se tivéssemos porto em São Luís capacitado, poderíamos tirar a safra por lá. O Brasil mudou de patamar e as elites precisam mudar de patamar”.

 Do presidente da Câmara Logística do Ministério da Agricultura, Luiz Antônio Fayet, ontem, 18, no debate Caminhos da Safra, promovido pela Globo Rural. 

Falando bonito, sem nada dizer

Do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, hoje no twitter:

“Vamos ampliar o diálogo do Mapa com as cadeias produtivas e empreendedores rurais, construindo uma agenda estratégica do agronegócio”

Uma frase como essa, em jornalismo, é chamada de “nariz de cera”. Refere-se às máscaras e aos narizes falsos usados pelos atores do tempo de Shakespeare. Mendes Ribeiro, filho e sobrinho de jornalistas, deveria saber disso. Dá o seu recado sem nada falar.

Ex-Ministro e lobista do Ministério da Agricultura são acionados por fraude

Além de Júlio Fróes e Wagner Rossi, outras dez pessoas são acusadas de improbidade administrativa

O Ministério Público Federal no DF (MPF/DF) acionou a Justiça para cobrar o ressarcimento de cerca de R$ 3 milhões desviados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por meio de contrato firmado com a Fundação São Paulo (Fundasp), em setembro de 2010. A fundação é mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e foi contratada sem licitação para capacitar servidores do Mapa.

A ação de improbidade atinge 12 pessoas envolvidas no esquema, entre eles o lobista Júlio Fróes, professores da PUC/SP, servidores do Mapa e o então ministro, Wagner Gonçalves Rossi. O Ministério Público requer, liminarmente, a indisponibilidade dos bens dos acusados, para assegurar a devolução do dano causado ao erário. Pede, ainda, a condenação dos envolvidos a sanções civis e políticas. Continue Lendo “Ex-Ministro e lobista do Ministério da Agricultura são acionados por fraude”

Luís Eduardo ganha unidade regional do Ministério da Agricultura

A superintendente do Serviço de Fiscalização Agropecuária na Bahia, Virgínia Hagge, esteve hoje em visita ao prefeito Humberto Santa Cruz com o objetivo de conseguir apoio à transferência do escritório regional do Ministério da Agricultura de Barreiras para Luís Eduardo Magalhães. Segundo Virgínia, a determinação da transferência partiu diretamente do ministro Mendes Ribeiro.

Ela estava acompanhada de Altair Santana de Oliveira, fiscal federal de agropecuária, e Eduardo Francisco Alves, representante regional na unidade de Barreiras. E foi recebida também pela sua conterrânea (Itapetinga), a procuradora do Município, Danielle Luz. 

A ex-deputada estadual e segunda suplente em sua legenda (PMDB), questionada por este Editor, sobre o afastamento da agremiação do Governo Santa Cruz, foi taxativa:

– “Ele (HSC) sabe que agora pode contar com uma amiga de fé no PMDB, dada a relevância de sua gestão e de como acolheu com simpatia a ação do Ministério na cidade”.

Prefeito recebe comitiva do Ministério da Agricultura do Japão.

O prefeito Humberto Santa Cruz, Kazuyoshi Nakasugi, Mitsutoshi Akimoto, Seiki Murata, Masamitsu Nakaizumi, Kentaro Morita e Daisuke Kojo.

O prefeito Humberto Santa Cruz recebeu na tarde desta quarta-feira, 14, no Centro Administrativo, uma comitiva do Ministério da Agricultura do Japão. O objetivo da visita foi conhecer as realidades da região oeste baiana, como polo de interesse para futuros investimentos na produção agrícola sob a ótica da segurança alimentar.

Dentre os visitantes estavam o diretor do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, Seiki Murata, os diretores do Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão, Masamitsu Nakaizumi e Kazuyoshi Nakasugi, o diretor do JETRO – Escritório de Chicago (Organismo de Dinamização Comercial Bilateral / Multilateral), Daisuke Kojo, o secretário de assuntos agrícolas da Embaixada do Japão no Brasil, Kentaro Morita e o vice-presidente da Companhia de Promoção Agrícola (CPA – Campo), Mitsutoshi Akimoto, que foi o intérprete durante a reunião.

O prefeito municipal apresentou o potencial agrícola do município, as indústrias da região e destacou a diversidade das culturas de plantio da região oeste da Bahia como um diferencial no país. “O que muito nos anima é a alta tecnologia na produção de alimentos, fazendo com que sementes e máquinas sejam adaptadas à região. As sementes são mais resistentes à seca, por exemplo”, afirma.

 

Exportação do agronegócio perto de US$100 bilhões.

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, disse hoje (10) que o agronegócio brasileiro deve exportar, em 2012, mais de US$ 100 bilhões em produtos.

“Pra chegar a 100 bilhões precisamos apenas de um crescimento de 5,7% das exportações, que é um número que temos como alcançar”, disse o ministro ao se referir aos US$ 94,6 bilhões vendidos para outros países no ano passado.

O resultado de 2011 é o melhor desde 1997 – quando iniciou o registro da série histórica – e supera em 24% o alcançado em 2010, quando foram vendidos US$ 76,4 bilhões em produtos agropecuários.

Os complexos soja, sucroalcooleiro e carnes fizeram as maiores contribuições para o crescimento das vendas. Os principais destinos foram a União Europeia, China, os Estados Unidos, a Rússia e o Japão.

Novo ministro confessa pouca intimidade com agricultura.

Turra, o ex-ministro por trás do novo ministro

O novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, confessou, ontem, em entrevista, que tudo que conhece de agricultura é o sítio de lazer de um amigo. Bom começo. Confessar que nada sabe, pode ser o primeiro passo para uma gestão eficaz. O problema todo reside no fato que a complexidade do setor do agronegócio no País vai exigir muitos técnicos à sua volta. O ex-ministro Francisco Turra (1998/1999) vai ser um deles.

Ao menos gafes como cultivar batatinha frita e milho verde, como recomendou certa vez o Marechal Lott, em campanha para a presidência da República contra Jânio, o novo ministro não vai cometer. Turra conhece muito de agricultura, apesar de ser advogado e jornalista, formado em 78, na PUCRGS.

Faxina geral: agora o Ministro da Agricultura é quem pediu demissão.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, pediu demissão na noite desta quarta-feira (17), após semanas consecutivas de denúncias de irregularidades na pasta, de acordo com informações do G1.

A carta de demissão foi publicada no site do ministério. No texto, o ministro agradeceu a “confiança” que recebeu da presidente Dilma Rousseff e classificou como “mentiras” as denúncias recebidas contra ele.

 “Minha família é meu limite. Aos amigos tudo, menos a honra”, afirmou. Na carta, Rossi relaciona as medidas e ações que adotou no ministério, mas ressalvou que durante o último mês enfrentou “uma saraivada de acusações falsas, sem qualquer prova, nenhuma delas indicando um só ato meu que pudesse ser acoimado de ilegal ou impróprio no trato com a coisa pública”.

Operação Voucher

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, nesta quarta-feira, 17, o bloqueio dos bens de 16 pessoas, da ONG Ibrasi e de cinco empresas contratadas por ela para treinamento no Amapá com verbas do Ministério do Turismo, de acordo com informações da Folha. O bloqueio vale por um ano.

O órgão de controle também determinou que todos acusados apresentem defesa ou devolvam os R$ 4 milhões destinados à ONG. O processo do TCU deu origem à Operação Voucher, da Polícia Federal, que decretou a prisão de 38 pessoas.

Tiveram os bens bloqueados o ex-secretário executivo do ministério, Mário Augusto Lopes Moysés, a ex-diretora de qualificação do ministério, Francisca Regina Magalhães Cavalcante; o diretor do Ibrasi, Luiz Gustavo Machado; os empresários José Carlos Silva Junior, Lucas Nunes de Morais, Hugo Leonardo Silva Gomes, Fabiana Lopes Freitas, Wladimir Silva Furtado, David Lorrann Silva Teixeira, Errolflynn de Souza Paixão, Merian Guedes de Oliveira, Hellen Luana Barbosa da Silva, Humberto Silva Gomes, Dalmo Antônio Tavares de Queiroz, Sandro Elias Saad, Gerusa de Almeida Saad.

Além do Ibrasi, terão que apresentar defesa ou devolver o dinheiro a Luaxe Produções, Promoções Comerciais e Eventos Ltda, Sinc Recursos Humanos e Automação Ltda, Cooperativa de Negócios e Consultoria Turística, Barbalho Reis Comunicação e Consultoria Ltda e Manhattan Propaganda Ltda. O Ibrasi, em nota, afirmou que contratou de empresas idôneas e vai apresentar provas. 

Maracutaia da CONAB tem novas denúncias na Folha.

Líderes da oposição na Câmara e no Senado prometem obstruir as votações em plenário nesta semana e fazer uma nova ofensiva para garantir as assinaturas necessárias para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar suspeitas de corrupção em ministérios do governo de Dilma Rousseff.

O movimento é uma resposta ao loteamento de parentes de líderes políticos do PMDB em cargos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), empresa pública subordinada ao Ministério da Agricultura. Reportagem publicada neste domingo pela Folha aponta que receberam cargos na estatal um filho do senador Renan Calheiros (AL), líder do PMDB na Casa, a ex-mulher do deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder da legenda na Câmara, um neto do deputado federal Mauro Benevides (CE) e um sobrinho de Orestes Quércia, ex-presidente do PMDB de São Paulo. Leia mais na Folha

Veja identifica o “facilitador” da Agricultura: ele tinha até sala privativa no Ministério.

“Facilitador de negócios”, Júlio Fróes tem mais que um escritório clandestino no interior do ministério: ele conta com o aval da cúpula da pasta. É o que mostra reportagem em VEJA desta semana.

Na semana passada, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, foi ao Congresso rebater as acusações de que sua pasta se transformou em uma central de negócios, conforme  denúncia publicada por VEJA com base em uma entrevista do ex-diretor da Conab Oscar Jucá Neto, irmão do senador Romero Jucá. Depois de cinco horas de audiência, o máximo que o ministro admitiu é que, na Conab, há “imperfeições e não irregularidades”. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz reportagem com novas “imperfeições” da pasta comandada por Rossi. Leia a matéria no portal da revista Veja.

Começa outra faxina, agora no Ministério da Agricultura


O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, pediu demissão do cargo na tarde deste sábado (6). Segundo nome em comando do ministério, abaixo apenas do ministro Wagner Rossi, Ortolan entregou o posto após denúncias de que teria solicitado propina em reuniões no setor de assessoria parlamentar do Ministério da Agricultura. As acusações partiram do lobista Júlio Fróes e foram tornadas públicas no mesmo dia da queda do secretário.

Em nota à imprensa, Milton Ortolan nega todas as acusações e diz que renuncia para facilitar as investigações, além de garantir que provará sua inocência. “Informo que o conheci (Júlio Fróes) por ocasião do início do processo de contratação da Fundação São Paulo (PUC-SP). Chegou a mim como sendo um representante da PUC-SP”, diz Ortolan na nota.

“Não participei e nem compactuo com ilegalidades. Tenho 40 anos de serviço público. Jamais fui acusado de conduta irregular”, acentua. Ao fim da nota, diz ter “a consciência tranquila”. “Sinto-me injustiçado e ofendido pelas suspeitas levantadas. Solicito que sejam feitas investigações em todos os níveis considerados necessários. Coloco-me à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos”.

Mais cedo, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, também manifestou-se sobre as acusações, lançadas originalmente pela revista Veja e a seguir reproduzidas por outros veículos. Repudiando as informações contidas na revista, onde Fróes se diz “amigo” do ministro, Wagner Rossi afirmou que nunca participou de reuniões ao lado do lobista. “Não desfruta de minha amizade e nem de minha confiança. Reafirmo: não é meu amigo”, diz o ministro.

De acordo com Wagner Rossi,já foram encaminhados à Controladoria Geral da União pedidos de investigação sobre a contratação da Fundação São Paulo (PUC-SP) e da Gráfica Brasil pelo Ministério da Agricultura, bem como procedimento disciplinar para ouvir todos os funcionários citados nas denúncias. “Reafirmo que, sob minha gestão, o Ministério da Agricultura e a Conab sempre atentaram às boas práticas administrativas e de controle interno. Não fui, não sou e não serei conivente com qualquer tipo de desvio”, conclui o texto. Do portal Sul21.

Começa a operação limpeza no Ministério da Agricultura.

Um parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que o Ministério da Agricultura não exerce controle adequado sobre operações milionárias, abrindo precedentes para desvios de verbas. A informação é publicada nesta terça-feira (2) pelo jornal Folha de São Paulo, depois de denúncias de um ex-diretor da Companhia Nacional da Abastecimento (Conab) feitas à revista Veja.

As denúncias contra a pasta foram feitas por Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e ex-diretor financeiro da Conab. Jucá Neto afirmou à revista que no Ministério da Agricultura “só tem bandidos” e acusou o ministro de comandar um suposto esquema de corrupção.

O ministro Wagner Rossi negou que haja um esquema de corrupção na pasta e descartou uma possível “faxina”, a exemplo do ocorrido no Ministério dos Transportes. Segundo Rossi, houve apenas um “caso isolado de irregularidade” no ministério, cujo responsável foi o próprio Jucá Neto. Ele foi exonerado após a revelação de que ordenou o pagamento de R$ 8 milhões a um armazém em nome de laranjas. Wagner Rossi, ligado ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), admitiu que Jucá Neto foi alçado a diretor da Conab por conta do parentesco com Romero Jucá.

A respeito das irregularidades apontadas pelo TCU, o ministério destacou que está em processo de melhorias do controle interno e que uma fiscalização mais rigorosa está sendo adotada desde meados de julho. Aprovada em junho pelos ministros do TCU, a auditoria foi realizada tanto no ministério quanto em órgãos a ele vinculados, como a Conab. Estes órgãos fiscalizam e aplicam multas que só este ano já arrecadaram R$ 17,6 milhões em multas.

“(Verifica-se) a inexistência de uma sistemática efetiva de controles internos no ministério, o que se mostra temerário por tratar-se de um órgão que exerce a fiscalização de transações de grande valor econômico, com poderes de aplicação de multas, apreensão de mercadorias, interdição de estabelecimentos”, diz o relatório.

Ministério da Agricultura também está LOTEADO por ladrões.

A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado levanta indícios de que mais um esquema de desvio de recursos e dilapidação do patrimônio público corroi o Planalto. Desta vez, os escândalos envolvem o Ministério da Agricultura, tendo a Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, como posto avançado, e o ministro Wagner Rossi, do PMDB, como virtual comandante do esquema.

O esquema de corrupção foi denunciado por Oscar Jucá Neto, o Jucazinho, irmão do senador Romero Jucá, líder do governo no Senado. Jucazinho foi exonerado na semana passada do cargo de diretor financeiro da Conab. A demissão aconteceu depois de VEJA revelar que ele havia autorizado um pagamento de 8 milhões de reais a uma empresa-fantasma que já foi ligada à sua família e que hoje tem como “sócios” um pedreiro e um vendedor de carros – laranjas dos verdadeiros donos, evidentemente.

Ministério abre novos mercados para carne suína.

A África do Sul reabriu seu mercado à carne suína brasileira. O anúncio foi feito hoje (29) pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que ressaltou que o país africano foi o último a reverter sua posição após o foco de febre aftosa registrado em 2005 no Brasil. As últimas negociações foram feitas no fim da semana passada em Pretória com dirigentes do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca sul-africano. “É nossa terceira vitória do setor de suínos: abrimos o mercado da China, dos Estados Unidos e, agora, o da África do Sul. E também estamos avançando com a Coreia do Sul e o Japão”, disse Rossi em coletiva de imprensa. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, a África do Sul tomou, em 2005, uma medida “exacerbada” em virtude de foco de febre aftosa em bovinos em Mato Grosso do Sul e barrou as exportações inclusive de Santa Catarina, reconhecida internacionalmente como área livre de aftosa sem necessidade de vacinação. Segundo Neto, a reabertura desse mercado “corrige irregularidade, totalmente em desacordo com as regras de comércio internacional amparadas pelo Acordo sobre as Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (OMC), que causou sérios prejuízos à suinocultura desde outubro de 2005”.

A ação do Ministério da Agricultura é importante para o Oeste baiano, que quer tornar-se um polo suinocultor, focando no promissor mercado do Nordeste e na abundância de matéria prima. Não tem sentido o Nordeste importar carne e embutidos de porco de Santa Catarina quando existem condições perfeitas de produção por aqui.

MATOPIBA destacada como a nova fronteira agrícola.

A região situada entre sul do Maranhão, norte do Tocantins, sul do Piauí e noroeste da Bahia – denominada Matopiba – é uma das apostas do Ministério da Agricultura como a nova fronteira agrícola do país. “A região será um marco da agricultura do século 21 em função, inclusive, dos preços reduzidos da terra”, aponta Derli Dossa.

O ministério prevê aumento na produção de grãos em Matopiba. O salto será de 13,3 milhões de toneladas de grãos colhidos em 2010 para 16,6 milhões de toneladas no início da próxima década. Em compensação, a área de colheita deve aumentar de 6,4 milhões hectares para 7,5 milhões de hectares.

Estimativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgadas nesta terça-feira (14/6), em Brasília, indicam que a produção de grãos deve aumentar 23% até 2021 e a área de colheita será 9,5% maior que atual. A produtividade da agricultura empresarial brasileira vai continuar a garantir safras cada vez maiores, mas com uma expansão menor da área plantada até a próxima década. A participação da produção brasileira no comércio exterior deve aumentar ainda mais, ressaltando que o mercado interno mantenha-se como o principal destino dos alimentos produzidos no país.

Os números foram colocados pela Assessoria de Comunicação Social (ACS) no site do Mapa. As estimativas constam do relatório “Brasil – Projeções do Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021” do ministério, realizado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “O país deve continuar a produzir alimentos para o nosso povo e outras nações do planeta. Isso mostra a importância e a força do setor agropecuário na economia brasileira”, aponta o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que concedeu entrevista junto com o coordenador geral de Planejamento Estratégico do Ministério, José Garcia Gasques.

Governo não sai do “nunca dantes”, muito menos na agricultura.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, detalhou, na manhã desta segunda-feira (7), os principais pontos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2010/2011, que será anunciado hoje, às 15 horas, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rossi destacou o volume de R$ 100 bilhões em recursos destinados à agricultura empresarial: “É o maior de toda a história e extremamente significativo por conta do crescimento da agricultura brasileira”. Ele ressaltou que nenhum programa do Plano terá aumento de juros. Alguns, inclusive, terão as taxas reduzidas, em comparação com anos anteriores. Ainda segundo o ministro, esta edição do PAP tem enfoque nas questões ambientais e no enfrentamento de alguns gargalos da agricultura brasileira.

No último ano do Governo Sarney, o financiamento agrícola era de 30 bilhões de dólares. Considerada a inflação do dólar, algo como 105 bilhões de reais hoje. E a área de plantio era a metade do que é hoje. Lula definitivamente ainda não está fazendo milagres.

Vem aí a estatal dos fertilizantes. Vai dar certo?

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, e um representante do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, participam hoje (23) de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) para discutir a criação de uma empresa estatal destinada a produzir fertilizantes no país. A sessão está marcada para as 9h30.

A intenção de criar a estatal de fertilizantes foi divulgada nas últimas semanas. O objetivo é a redução do preço do produto em um prazo de dois anos. A administração da empresa ficará a cargo de um conselho de administração, uma diretoria executiva e um conselho fiscal.

Primeiro aviso de Pep milho do ano começa pelo Oeste da Bahia.

O Governo divulgou ontem (28) o Aviso de Leilão de Prêmio para o Escoamento de Milho em Grãos 021/10, dentro dos moldes defendidos pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e demais entidades classistas da região, no último encontro com técnicos do Ministério da Agricultura e da Conab, em Luís Eduardo Magalhães, no dia 14 de janeiro. Este modelo, que segue a lógica econômica, começa por onde há maior demanda, nas regiões Norte e Nordeste, ao encontro da oferta geograficamente mais próxima (Oeste da Bahia), colaborando assim, para o escoamento de 150 mil toneladas de milho de um estoque de passagem estimado em 450 mil toneladas e uma nova safra 2009/10 estimada em 1,5 milhão de toneladas.

Serão ofertadas 150 mil toneladas do cereal em dois lotes. O lote 1 constará de 120 mil toneladas, com valores de prêmios de R$5,52 para o Nordeste, exceto Bahia, R$4,02 para Bahia e Norte de Minas Gerais, R$5,82 para o Espírito Santo e R$7,38 para a região Norte. Já no lote 2, serão 30 mil toneladas, com prêmios de R$ 4,02 para o Norte de Minas Gerais e de R$ 5,82 para o Espírito Santo.

“Os prêmios são bastante competitivos. Porém, para viabilizar a exportação pela Bahia, mesmo com a melhora do dólar, o prêmio de R$4,02 não dá liquidez. Neste caso é necessário incluir os custos com o despacho aduaneiro, estimados em 15 dólares por tonelada para equilíbrio da competitividade. Por outro lado, um prêmio de R$5,52 para o Nordeste é bem interessante. Com esta medida os preços devem reagir um pouco”, diz o vice presidente da Aiba, Sérgio Pitt, que enfatizou o empenho pessoal do coordenador geral de Cereais e Culturas Anuais da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Sílvio Farnese.

Os problemas enfrentados pela cadeia produtiva do milho no Oeste da Bahia foram debatidos na primeira quinzena do ano, por técnicos do Governo Federal, produtores e avicultores, no auditório do Centro de Pesquisa e Tecnologia do Oeste da Bahia (CPTO), da Fundação Bahia. O encontro, que contou com 66 participantes, foi organizado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e pelo Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães.

A decisão governamental ajuda até o setor de transportes, completamente estagnado nesta época, já que a retirada do milho significa quase 4.000 cargas de bi-trem. A injeção de dinheiro nos municípios do Oeste baiano também é significativa, algo em torno de 35 milhões de reais. O estrangulamento da capacidade de armazenagem também melhora, tendo em vista a significativa safra de soja que está para ser iniciada nos primeiros dias de abril.

Produtores baianos de milho querem novas medidas na equalização dos preços

Sérgio Pitt e Sílvio Farnese

Os problemas enfrentados pela cadeia produtiva do milho no Oeste da Bahia foram debatidos por técnicos do Governo Federal, produtores e avicultores na última quinta-feira (14), no auditório do Centro de Pesquisa e Tecnologia do Oeste da Bahia (CPTO), da Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães. O encontro, que contou com 66 participantes, foi organizado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e pelo Sindicato Rural de LEM, e presidido pelo coordenador geral de Cereais e Culturas Anuais da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Sílvio Farnese.

Na abertura da reunião, o vice – presidente da Aiba, Sérgio Pitt, relatou as diversas ações da entidade no sentido de viabilizar o cultivo do cereal no Oeste da Bahia. Entretanto, ressaltou que as políticas governamentais de apoio à comercialização têm sido prejudiciais à região. “Há um equívoco na forma de aplicação dos mecanismos de subvenção, que são oferecidos partindo das regiões onde há excedente de oferta para os pólos demandantes. Ao contrário disso, os mecanismos devem ser ofertados partindo da demanda (avicultura do Nordeste), ao encontro da oferta, nas regiões produtivas mais próximas, reduzindo, assim, os gastos do governo. Esta é a lógica da economia”, argumentou o vice-presidente. Da forma defendida pelas entidades dos produtores, o Governo necessitaria de menos recursos para garantir preços mínimos aos produtores e abastecer o mercado.

Após ouvir produtores e granjeiros, os técnicos do Governo retornaram a Brasília com o compromisso de analisar os dados levantados durante a reunião e encontrar alternativas para minimizar os problemas enfrentados pelos produtores de milho. Uma outra proposta que o MAPA irá avaliar é a possibilidade da exportação de 100 mil toneladas de milho nos próximos meses, para reduzir o estoque de passagem, estimado em 450 mil toneladas, que está deprimindo os preços.

O principal desafio é conciliar interesses e peculiaridades de cada região produtora e pólo de consumo. Orçamento para isso não será problema. Segundo Sílvio Farnese, em 2009, foram disponibilizados R$ 5,2 bi para os programas de apoio à comercialização, dos quais foram aplicados R$ 3,4 bi, sendo R$ 1,3 bi para a cultura do milho. Para 2010, o MAPA conta com os mesmos 5,2 bi no orçamento.

Também estiveram presentes, representando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o supervisor de Gestão de Oferta, Carlos Eduardo Tavares, e o supervisor de Operações Comerciais, João Paulo de Morais Filho.

Além de acompanhar as ações do governo e subsidiar os trabalhos com dados e informações sobre a cultura do milho no Oeste, a Aiba representa os produtores da região na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Milho e Sorgo, em Brasília, e participa de um grupo de trabalho formado no Ministério da Agricultura com o objetivo de aperfeiçoar os mecanismos de apoio à comercialização deste cereal.