Assim fica difícil. Muito difícil.

calçadas

Em uma cidade que preza a mobilidade e a acessibilidade, não deveriam acontecer fatos como os da foto. Invasão de calçadas, construção de obstáculos e, para arrematar, grandes caminhões tomando conta de tudo. Como passar nesta calçada?

Será que sobrevivem as bicicletas do baixinho?

max haack A prefeitura de Salvador pretende disponibilizar, até o fim do ano, 40 estações de compartilhamento de bicicletas. O prefeito ACM Neto já liberou 5 estações, num dos roteiros históricos da Capital. Pouca gente acredita que as bicicletas permaneçam muito tempo como estão. Ou somem completamente ou são aliviadas de peças importantes como rodas, selins e guidons. A foto é de Max Haack, do Bahia Notícias.

Por que não se resolve o transporte coletivo no País?

Sistema Tiradentes em São Paulo. Provado que funciona bem.
Sistema Tiradentes em São Paulo. Provado que funciona bem.

As denúncias da multinacional Siemens sobre superfaturamento em obras do metrô paulista, o descarrilamento de uma das composições do metrô acontecido hoje e o grande engarrafamento acontecido hoje, quando as autoridades de trânsito de São Paulo resolveram criar mais uma faixa exclusiva de ônibus, na avenida 23 de Maio, são três fatos que tem profunda interação.

A primeira conclusão que se chega é que os governos são maus gestores da chamada mobilidade urbana. E que a corrupção é componente crucial dessa conjuntura. Porque São Paulo e outras capitais brasileiras não têm os chamados VLT – Veículos Leves sobre Trilho, de custo baixíssimo em relação ao metro? Porque os metrôs acabam ficando inacabados como em Salvador? Porque o metrô de Brasília, por exemplo, construído há menos de 2 décadas, já não atende a demanda?

Enquanto isso, Curitiba, uma das capitais que mais cresce no Brasil, onde nunca foi feito um centímetro de metrô, tem um sistema de transporte coletivo satisfatório, o BRT – Bus Rapid Transit, que foi implantado, a partir da experiência paranaense, até em outros países.

Os VLTs, pelo seu baixo impacto nas cidades, e as canaletas exclusivas de ônibus, com estações elevadas e ar condicionado, embarque rápido por até 3 portas, baixíssimo custo, são comprovadamente as ferramentas mais provadas para o transporte público no País.

Por que, então, ônibus sujos, barulhentos, lotados, de difícil acessibilidade e de confiabilidade duvidosa? Seria porque as empresas de transporte coletivo são os maiores contribuintes das campanhas eleitorais?

Em Curitiba, onde tudo começou, os bi-articulados.
Em Curitiba, onde tudo começou, os bi-articulados e as estações elevadas, onde se paga a passagem antecipadamente. Ideias simples, baixo custo, racionalidade.

 

Bogotá: sistema desenvolvido pela empresa de Jaime Lerner, a mesma que o implantou em Curitiba.
Bogotá: sistema desenvolvido pela empresa de Jaime Lerner, a mesma que o implantou em Curitiba.

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Sobram vagas nos presídios federais

A presidente Dilma Rousseff confirmou, nesta quarta-feira (31), a liberação de R$ 8,1 bilhões para obras de mobilidade urbana, infraestrutura e habitacionais na cidade de São Paulo, em um sinal de apoio ao prefeito Fernando Haddad. Os recursos visam, principalmente, melhorar o transporte na cidade, foco das manifestações que também derrubaram a popularidade da própria presidente. “Temos a maior cidade do mundo com menor sistema metroviário do mundo e precisamos encarar esse desafio com todas as armas”, afirmou. “Vim anunciar mais uma contribuição do governo federal para o enfrentamento desses problemas”, completou Dilma. Do total anunciado, R$ 3 bilhões serão para obras de mobilidade, R$ 1,4 bilhão para drenagem e R$ 2,2 bilhões para recuperação de mananciais das represas Billings e Guarapiranga, que abastecem o município. “Para que a população não perca moradia nas obras, colocamos R$ 1,5 bilhão em moradias do Minha Casa, Minha vida. Moradia é elemento que distingue obras sustentáveis e não sustentáveis”, declarou a presidente.

Sobre a roubalheira denunciada pela Siemens, praticada durante 20 anos pelos governos do PSDB, no metrô e no sistema de trens de São Paulo, Dona Dilma não se pronunciou. Sobram vagas nos presídios federais.

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As metrópoles em cólera. Por trás dos aumentos, a vergonha do Caixa 2.

Manifestantes queimaram contêineres na área Central de Porto Alegre (Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)
Manifestantes queimaram contêineres na área
Central de Porto Alegre
(Foto: Bruna Scirea/Agência RBS)

A Brigada Militar do RS divulgou na manhã desta sexta-feira (14) o balanço dos atos de vandalismo praticados por manifestantes durante o protesto contra o valor da passagem em Porto Alegre. Os registros ocorreram na área central da capital gaúcha na noite de quinta-feira (13).

Ao todo foram 21 lojas pichadas, seis agências bancárias depredadas, dois veículos particulares e dois veículos de órgãos de imprensa foram danificados, mais de 40 contêineres de lixo foram quebrados e um incendiado. Além disso, a Igreja do Rosário e a sede do Tribunal de Justiça do estado também sofreram danos. Um policial militar foi atingido por uma pedrada e precisou de atendimento médico, segundo o Major André Cordova, da Brigada Militar. Outros seis manifestantes também ficaram feridos.

A repórter do jornal Folha de S. Paulo Giuliana Vallone, que foi atingida no olho direito por um tiro de bala de borracha disparado por policiais militares na quinta-feira, em São Paulo, está internada no Hospital Sírio-Libanês e afirmou que já consegue enxergar com o olho ferido.

No Rio de Janeiro permanece preso um estudante que portava explosivos, de natureza não explicitada, em sua mochila.

O que está por trás do grande vulto das manifestações, a grande imprensa e até a imprensa nanica não comentam. É cristalina a verdade que nos setores de transporte público, do recolhimento do lixo e das obras rodoviárias estão os principais financiadores do chamado CAIXA 2 de campanha. Isto significa que os prefeitos dessas grandes cidades têm compromissos com os cessionários do serviço público de transportes. Uma vergonha tão explicita quanto um folhetim pornográfico.

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