Os marqueteiros do PT nas últimas eleições de 2014, os baianos Mônica Moura e João Santana, foram condenados pela princesa Moura de Curitiba, o camisa preta, a 8 anos de reclusão em regime fechado, após delatarem Dilma, Lula e o escambau.
Em ato de pura magia, a pena foi reduzida para 1,5 ano, para ser cumprida no próprio domicílio dos condenados, neste exclusivo condomínio, em Camaçari, na Grande Salvador.
Agora, na hora do início da campanha, os dois fazem nova delação, com o conluio da Globo, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal de 1ª Instância de Curitiba.
O eleitor tem que ser muito imbecil para acreditar numa armação ilimitada dessas, justamente com Dilma Rousseff, preferida pelas pesquisas para o Senado em Minas Gerais, e Fernando Haddad, que em apenas uma semana na chapa de Lula já encostou em Bolsonaro, Ciro, Marina e Alckmin.
Para permanecer em casa, no aprazível condomínio, gozando os capitais, João Santana e Mônica Moura se prestariam a qualquer tipo de armação. Estou certo?
O crime de uso de caixa 2, dinheiro não declarado à Receita Federal, é claro em qualquer campanha eleitoral no Brasil, de vereador a Presidente da República. Todos os candidatos, com raríssimas exceções se utilizam do expediente. No entanto, o esforço dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, presentes na campanha do PT desde 2006, em incriminar Lula da Silva e Dilma Rousseff será bem recompensado.
Depois de quatro meses de arroz mofado, macarrão gelado, feijão duro e carne de músculo dianteiro, nas celas da Justiça Federal, os indigitados marqueteiros voltam às ruas e vão descansar na Bahia, terra da alegria, em uma sensacional mansão. A Casa é capa da edição mais recente da revista Casa e Jardim, da Editora Globo. A construção é dividida em alas e tem vista para o mar e para um lago, com píer particular.
É claro que sobrou um dinheirinho nas contas do Exterior para tomar um uisquinho antes do jantar. O resto é gozar as ilações do adágio popular de que o crime compensa. E como compensa.
O e-mail fictício que Mônica Moura disse à Lava Jato que usava para se comunicar com a ex-presidente Dilma Rousseff foi registrado em cartório para valer como prova de sua delação no dia 13 de julho de 2016, quando a empresária, esposa do marqueteiro João Santana, estava presa em Curitiba por ordem de Sergio Moro.
E a conta do e-mail foi aberta um dia antes da moça do chiclete ser presa. O juiz soltou a dupla de vigários cerca de duas semanas depois do registro, no dia 1º de agosto de 2016.
O e-mail era forjado e o “suposto” dinheiro que se destinava a propaganda em Caixa 2 foi “supostamente” roubado por dois mascarados,claro.
Isso, me perdoem, é fraude à Justiça ou só o famoso jeitinho brasileiro para evitar que a ex-presidente seja candidata ao Senado pelo Rio Grande do Sul? Veja só: ela poderia se transformar numa incômoda peça no Senado. Ou mesmo: ser um corpo estranho no meio daquela matilha de lobos.
Santos Lima
A prova certamente foi criada por aquele douto procurador da República, Santos Lima, que vem de uma região de sombras chamada Operação Banestado. Em setembro de 2003 a hoje insuspeita revista IstoÉ publicou uma matéria sobre Santos Lima cujo título é no mínimo inspirador: “Raposa no galinheiro”.
O subtítulo emenda: “Procurador Santos Lima, casado com ex-funcionária do Banestado, tentou barrar quebra de sigilo de contas suspeitas”. Como se sabe, no final da história, depois da evasão de R$500 bilhões – algo equivalente a 10 vezes o valor dos desvios na Lava-Jato -, a operação terminou em nada, com a soltura do doleiro Alberto Youssef. Ele se tornaria então o principal “alcaguete, cachorrinho, x-9” do juiz Sérgio Moro. E foi o primeiro a fazer uma delação premiada na atual Operação Lava-Jato.
Pois é: a acusação à dona Dilma está no terreno das plenas de convicções, mas sem provas, não é?
Se é o caso de tomar o poder via acordão entre a direita, a justiça e a grande imprensa, com inspiração estrangeira interessada na divisão do butim – minérios, pré-sal, terras férteis, concessões de infraestrutura – assim como se faz na Venezuela e em outras republiquetas de banana ou como se fez no Iraque, na Líbia e na Síria – até se entende.
Ou se era a garantia de não se falar mais em BRICs, moeda paralela ao dólar e cooperação entre grandes países não alinhados, também se entende. Sempre se fez isso no terceiro mundo. Quem poderia enfrentar um bloco econômico como Brasil, Rússia, Índia e China? Nada. Nem mesmo a soma dos países da zona do euro com a Aliança do Pacífico.
Agora entende-se porque sucessivos governos no Brasil enterraram a educação, afastando das universidades aqueles que não eram filhos da classe privilegiada, menos de 1% da população. O objetivo era criar essa grande massa de manobra, analfabeta e alienada, que contempla 99% dos brasileiros.
Quem ousou quebrar essa corrente? Lula e Dilma, sim aqueles mesmos do triplex com contrato de venda sem assinatura e do e-mail forjado.
Aí, golpe final, é só evitar o botão de compartilhamento em algumas redes sociais mais populares, onde as menininhas expõem a bunda e os menininhos expõem sua barriga de tanquinho, e teremos o golpe completo e uma grande vara de porcos comendo a sua ração misturada às suas próprias fezes.
Pobre Brasil, tão inocente e tão culpado de suas próprias barbaridades.