O idiota da aldeia, a legião de imbecis e a morte dos brasileirinhos

Foto de Kevin Carter, prêmio Pulitzer de 1994. Morte de crianças na África
Foto de Kevin Carter, prêmio Pulitzer de 1994. Morte de crianças na África

Enquanto um punhados de bobalhões lamenta nas mídias sociais as mortes do cantor  inglês Jorge Miguel e da atriz norte-americana Carrie Fixer, mais de 190 crianças, menores de um ano morreram no Brasil.

Morrem mais de 95 por dia: por problemas de pré-natal da mãe, por doenças congênitas, por microcefalia , por subnutrição, por falta de assistência médica, por água contaminada.

E não vejo nenhum desses bobagentos postando a sua tristeza por este verdadeiro massacre de brasileirinhos, o futuro do País do Futuro.

Como aqui não canso de repetir, a frase de Umberto Eco vem mais uma vez a calhar:

“O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”.

Dizia mais, o semiólogo e escritor:

As redes sociais dão o direito à palavra a uma “legião de imbecis” que antes falavam apenas “em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”.